Resumo Capitulo 2- livro Psicologia Juridica

Prévia do material em texto

2.7 A VISÃO SISTÊMICA 
Esta visão sistêmica do comportamento humano possibilita integrar todos os conhecimentos anteriores. Na concepção sistêmica, as pessoas participam de uma rede de relações em que cada integrante influi e é influenciado, essa concepção foi estudada e desenvolvida por um médico argentino Salvador Minuchin. O individuo não é um ser isolado, mas um membro ativo e que causa reações, em grupos sociais. Em todos os sistemas, em seu interior, com por exemplo, familiar, empresarial, entre outros, coexiste forças opostas, de um lado a busca em preservar o status quo, que seria o estado atual, e de outro lado a busca pela evolução. No Sistema Doente, pode existir forças destrutivas, como rancores, invejas, essas forças podem enfraquecer os laços e provocar uma morte social no sujeito. Independente do sistema citado, o que acontece com um individuo afeta todos que estão neste sistema. O que define o sistema é a determinação de seus limites e é sempre relativa.
Subsistemas- conflitos e alianças: todo sistema tem um metas e objetivo especifico. Conflitos e alianças entre grupos internos fazem parte do desenvolvimento de qualquer sistema e contribuem para o amadurecimento para eles se desenvolverem. Caso sejam mal administrados podem causar um enfraquecimento no sistema, como rompimento do sistema. 
Padrões de Funcionamento: o sistema, cria padrões de funcionamento para lidar com desafios externos, alguns sistemas desenvolvem padrões não funcionais, para tratar de assuntos da sociedade como o contrabando, trafico de drogas, desvio de recursos financeiros, assaltos, seqüestros, esses são exemplos típicos. O que por sua vez para o próprio sistema revela-se não funcional sob a ética da sociedade e de outros sistemas. Outros sistemas existem as custas da não funcionalidade, seus integrantes não participam da sociedade maior e não seguem os padrões de funcionamento, com isso tais sistemas operam por meio de procedimento que solicitam valores e crenças próprias. Os comportamentos sexuais abusivos intrafamiliares, associam-se á confusão de papeis que tornam os subsistemas disfuncionais 
Conteúdo de comunicação: no sistema disfuncional, as comunicações internas ou com o ambiente, apresentam-se camufladas, distorcidas e geram desgaste emocional. A emoção afeta a maneira que eles contam tal historia, e acabam contando a historia um pouco distorcida. A compreensão da linguagem influencia na interpretação e na compreensão do funcionamento do pensamento dos indivíduos. O conteúdo de cada palavra trás dimensões sócio culturais especificas da historia de cada pessoa. 
Ciclos Vitais: os sistemas vivos possuem ciclos vitais que se dividem em fases, e na evolução de uma fase pra outra surge período de transição, e toda mudança ocasiona conflitos. O sistema sempre se encontra vulnerável quando se trata de mudanças, e alguns desses períodos de transição são bastantes reconhecidos por seu impacto como a adolescência, casamento de filhos, mudança de emprego, entre outros. Todas essas transformações desenvolvem ganho de funcionalidade e isso fortalece o sistema, pode significar redução de prejuízo na passagem para a nova fase. 
Fronteiras entre sistemas e subsistemas: são limitações que os subsistemas estabelecem entre si, dentro de um sistema maior e que os sistemas estabelecem em relação a outros sistemas. Estabelecem para cada individuo os limites de seu espaço vital e o inicio do espaço dos outros. 
Sistema Social: muitas demandas existem porque os indivíduos perdem o senso de realidade e acabam desenvolvendo a falsa cresça de que os sistemas aos quais pertencem têm a obrigação de responder a todas elas. A legislação nem sempre caminha em uma velocidade compatível com a evolução cultural, as vezes se atrasa e em outras se antecipa. Mudanças culturais recentes e transformações de valores devem ser aceitas e absorvidas pelos sistemas, como por exemplo a intolerância com o comportamento homossexual. Toda ocorrência sistêmica contem elementos emocionais que a intercala. Essa visão sistêmica não se limita ao desenho de fluxos de comunicação entre os subsistemas e a identificação de fronteiras e de momentos do ciclo vital, ela mostra a identificação de emoções presentes, influencia que exerce sobre as pessoas e as conseqüências dos estados emocionais em cada uma delas.