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Ciência, Tecnologia e Sociedade
14/11/2013
Livro: A Era dos Extremos
Escrito em 1994, o objetivo do autor foi sutar o leitor sobre as transformações sociais, econômicas e políticas decorrentes do desenvolvimento científico e tecnológico no século XX e suas consequências – trata-se do período que deu origem ao debate e estudos sobre ciência, tecnologia e sociedade CTS
As ciências naturais e suas inquietações no século XX
Século XX: período da história mais intenso e dependente das ciências naturais.
Valorização da formação científica na segunda metade do século XX:
- Em 1910 existiam ao todo 8 mil físicos e químicos alemães e britânicos, já no final da década de 1980 haviam 5 milhões de cientistas e engenheiros em todo o globo terrestre.
“NÃO NOS ESQUEÇAMOS DO SURGIMENTO DE CIENTISTAS ORIUNDOS DO LESTE ASIÁTICO E DA ÍNDIA QUE DESPONTARAM NO PERÍODO”
Deslocamento do centro de gravidade científica da Europa para os EUA (por conta dos efeitos da 1ª e 2ª guerra mundial na Europa – Era das Catástrofes 1914 – 1945)
O surgimento de novas teorias científicas na primeira metade do século XX
As certezas tradicionais da própria ciência se rompem. Mudança nos postulados científicos; Há vários questionamento da “antiga ciência” e o surgimento de novas teorias.
Os contorno da moderna tecnologia e da moderna teoria científica no século XX
Novos materiais, novas fontes de energia, novos processos de produção, novos produtos (automóveis, aviação, rádio, cinema...) – No período de 1875-1914 – Contornos da moderna tecnologia.
Teoria da relatividade, genéticas, etc.... – Contornos da moderna teoria científica.
A tecnologia com base nas ciências dominou o boom econômico da segunda metade do século XX (pós-guerra), no mundo desenvolvido e em desenvolvimento.
O avanço da tecnologia baseada em ciência no pós guerra do século XX
A associação de recursos financeiros com o avanço tecnológico de curto prazo na 2ª guerra mundial acelerou a transformação da ciência de laboratório em tecnologia de uso diário aos usuários finais.
A religião também passou a estabelecer relação com a tecnologia baseada em ciência tanto quanto qualquer outra atividade.
Desconfiança e medo da ciência no século XX
A ciência era incompreensível para os não-cientistas, tanto que os cientistas eram tidos como parte da elite. Suas consequências práticas e morais eram imprevisíveis.
No entanto, o século XX não se sentia à vontade com a ciência. (Desconfiança e medo)
Ciência, política e ideologia na primeira metade do século XX
Consciência por parte dos cientistas sobre o potencial da ciência moderna e dos seus riscos se utilizada inadequadamente (fins bélicos).
Organização pública da ciência (financiamento para atividades de pesquisa, principalmente militares).
Ciência, política e ideologia na segunda metade do século XX
O patrocínio de governos e de grandes empresas estimulou uma “raça” de pesquisadores que tinham as políticas de seus pagadores como ponto pacífico, preferiam não pensar nas implicações de seus trabalhos.
A temperatura política da ciência caiu após a 2ª Guerra mundial.
À medida que avançava a segunda metade do século, a região soviética tornou-se palco de uma ciência mais politizada (contestadora) e com condições de enfrentar os EUA – Guerra Fria.
À partir dos anos de 1970 o mundo externo passou a intrometer0se mais indiretamente e com mais força; A tecnologia baseada na ciência e a explosão economia global passaram a produzir mudanças fundamentais no planeta Terra.
Trata-se do período das consequências naturais do boom econômico, como consumo da camada de ozônio, efeito estufa e etc.
Ainda na década de 70:
Debates sobre questões éticas e morais da investigação científica, por exemplo – pesquisas genéticas.
O que estava em jogo: não era a busca da verdade, mas a impossibilidade de separá-la de suas consequências.
Os governos não estavam interessados na verdade última, mas na verdade instrumental (aplicada), com investimentos direcionados.
A verdade é que a ciência estava demasiadamente grande, poderosa e indispensável à sociedade em geral e a seus pagadores.
Considerações finais
Desenvolvimento científico e tecnológico no século XX
- Gerou transformações sociais, econômicas e políticas.
Evolução da ciência neste período
- Dada pela contestação do conhecimento gerado por ela.
Legados do Século XX
- O boom econômico, as questões éticas, morais e ideológicas e as consequências do desenvolvimento científico e tecnológico.
Por que o século XX é considerado paradoxal:
“Nenhum período da história foi mais penetrado pelas ciências naturais nem mais dependente delas do que o século XX. Contudo, nenhum período, desde a retratação de Galileu, se sentiu menos À vontade com elas. Este é o paradoxo que tem de enfrentar o historiador do século”.
									(Eric Hobsbawm, 1994)
Texto Obrigatório:
CASTELLS, M. (1999) A Sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra. Capítulo 1: A revolução da Tecnologia da Informação, pp. 67 – 118.
Atividade Prática do Eixo 2 em Sala de aula:
RAUEN, A. T. Ciência, tecnologia e economia.
Atividade da aula 14/11/2013
Conhecimento não é fator importante para formação de opinião sobre ciência.
Questões:
Por que o nível de conhecimento não é fator determinante para formação de opinião sobre ciência e tecnologia? Que elementos e aspectos o texto apresenta nessa direção?
- Pesquisas tradicionais sobre percepção pública da C&T:
Atitudes das pessoas em relação aos assuntos científicos e tecnológicos são moduladas pelo conhecimento que elas têm sobre esses temas”
- Entretanto, novos estudos apontam que...
Grupos com baixa escolaridade (notadamente PED), não buscam informações e apresentam atitudes positivas à C&T, em outros casos, pessoas municiadas de mais informações tendem a ser mais cautelosas e críticas.
- São fatores de influência sobre a percepção de C&T (para além do conhecimento da sociedade sobre esses temas): códigos morais, éticos, políticos, religiosos das pessoas
Quais aspectos trazidos nesse texto se comunicam os conteúdos presentes no eixo 1 da disciplina de CTS?
- Evolução Sobre o desconforto em relação à C&T presente no século XX – Atualmente C&T se tornaram mais “legíveis” e monitoradas pela sociedades.
- Consequências do desenvolvimento da C&T – Os benefícios e malefícios das atividades de C&T são mais discutidos e ponderados pelas pessoas
- Avanços tecnológicos e associados ao contexto econômico – Ainda oferecem consequências ambientais. O maior contato com os produtos do avanço da C&T permite melhor avaliar os prós e contras dos mesmos.
- Percepção e avaliação das práticas científicas e tecnológicas – Ainda são percebidas e avaliadas à luz de questões morais, éticas, políticas e religiosas
21/11/2013
Atividade prática do Eixo 2 em sala de aula
Ciência, tecnologia e economia: características frente à primeira e segunda revoluções industriais
Questão:
De acordo com Rauen (2006)
“O padrão do progresso tecnológico ou o relacionamento entre ciência e tecnologia presente na segunda revolução industrial foi qualitativamente diferente do verificado quando da primeira revolução industrial”.
Aponte elementos presentes no texto que corroborem com essa constatação.
I Revolução Industrial
Destaque da 1ª revolução industrial: tecnologias que não foram baseadas em conhecimento científico (e sim em empirismo)
- Destaque do período: máquina a vapor – foi uma invenção essencial empírica. Seus princípios científicos (termodinâmica), foram sistematizados meio século mais tarde
Protagonismo: Inglaterra
A 1ª revolução Industrial não foi uma revolução científica nem uma revolução tecnológica baseada nas ciências
Até o término da 1ª Revolução Industrial, ciência e tecnologia permaneceram separadas
Mas a 1ª Revolução Industrial abriu caminhos para o uso da ciência pela indústria na 2ª Revolução Industrial
O motivo disso: Tecnologia desenvolvida através da precedência da técnica sobre a ciência, ou seja, a observaçãoempírica determinava a criação das inovações.
Nesse período o perfil econômico foi alterado à partir da mudança nos padrões de consumo da época. Coma a elevação da renda per capita, as camadas mais pobres da população passaram a demandar, além de bens de primeira necessidade, produtos manufaturados. Isso gerou novos desafios tecnológico que se tornaram mais complexos. O padrão não podia ser mais empírico e inevitavelmente se tornou científico.
Período de transição entre revoluções industriais (1830 e 1870):
Houve grandes avanços na área da ciência. Forte papel das empresas, governo e universidades. Esses avanços científicos colaboraram a evolução.
2ª revolução Industrial (1870-80 a 1920-30)
Na 2ª Revolução Industrial, o padrão de desenvolvimento tecnológico era alcançado através da precedência da ciência sobre a técnica (isto é, tecnologias baseadas em ciências)
Protagonismo: EUA e Alemanha
Também se destacam: Inovações em novos materiais, inovações em novos processos de produção, inovações em novas fontes de energia e inovações em novos produtos. Essas inovações resultam em um aumento da quantidade e da velocidade de produção (do lado da oferta), (do lado da demanda) permanente substituição de produtos, novos hábitos de consumo... Surgimento da grande e moderna empresa, forte contexto concorrencial.
No final desse período a tecnologia baseadas na ciência produzida pelas indústria já estava em todos os lugares. A institucionalização das atividades de P&D cumprem um papel fundamental nas empresas da época (Não somente por causa da crescente complexidade das inovações tecnológicas, mas também devido à forte concorrência nos mercados)
Texto analisado na aula de hoje
CASTELLS, M. (1999) A Sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra. Capítulo 1: A revolução da tecnologia da Informação, pp. 67-118.
Temas da aula de hoje
Aspectos gerais da revolução TI
Trajetória histórica da Revolução da TI
Período, atores e locais da Revolução da TI
A Revolução da RI como um paradigma tecnoeconômico
Aspectos Gerais da Revolução da TI
Fortemente a partir dos anos 70 do século XX um novo paradigma se organiza em torno da TI
A revolução da TI compreende campos tecnológicos integrados – tendo como base a informação...
Seja na geração, processamento, armazenamento ou transmissão de informação
“Tecnologias em microeletrônica, computação, telecomunicações, optoeletrônica, nanotecnologia, biotecnologia (esta última por concentrar-se na decodificação, manipulação e reprogramação dos códigos de informação da matéria viva)”
Castells (1999)
Semelhança da abordagem conceitual
A revolução da TI tida como a 3ª Revolução teve seus impactos causados sob o ponto de vista tecnológico, econômico, social e cultura. O papel dos usuários foi importante, dado o seu potencial para utilizar e reconfigurar/controlar as tecnologias, segundo seus interesses. O grau de abrangência é universal, já que se difundiu conectando o mundo (embora tenhamos regiões no mundo que ainda estão descoladas dessa revolução)
Lições das revoluções industriais
(Tanto da 1ª quanto da 2ª)
São períodos de transformações tecnológicas, econômicas, sociais 0 endereçam lições importantes
Elas mostram que as transformações tecnológicas não são ocorrências isoladas, e refletem:
- Um determinado estágio de conhecimento
- Um ambiente institucional e industrial específico
- Mão de obra qualificada
- Contexto econômico favorável para geração, difusão e adoção das inovações
- Fabricantes e usuários que comuniquem experiências e demandas
- Ambiente propício para interações e aprendizagem
Esses mesmo elementos se verificam na Revolução da TI
Vídeo em aula – anotações referente ao local e ano de determinadas criações
1946 ENIAC –
1947 Transistor – 
1953 MIT ao mercado de trabalho
1953 descoberta da dupla hélice
1957
59 a 62
69 ARPANET
69 UNIX 
70 Fibra ótica
71 queda dos preços dos transitores e invenção de microprocessadores
1977 primeiro gene humano clonaod
78 TCP / IP
78 Invenção do modem
79 protocolo XMODEM
80 processadores 
80 Internet
84 Macintosh
87 ARPANET
1990 IBNs
1990 extensão WWW
90 privatização da INTERNET
95 Netscape – navegador
95 processador Pentium e tecnologia de transmissão
97 clonagem – Dolly e Celulares
00 Software JInny
2000 fibraótica de até 1000 Mbps
Voltando a aula
Avanços em computadores
Criado em 1964 nos EUA o primeiro computador para uso geral – o ENIAC pesava 30 toneladas e media 2, 75m de altura
Em 1975, nos EUA, um engenheiro construiu uma caixa de computação com um microprocessador: Altair – base para o design do Apple I e do Apple II
O Apple II foi o primeiro microcomputador de sucesso comercial em 1977
A partir dos anos 80 os computadores começam a atuar em rede
Anos 70: avanços nas telecomunicações 
Advento da internet
Sua origem se deu na instituição de pesquisa ARPA (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada) do departamento de Defesa dos EUA
1969: primeira rede de computadores – a ARPANET. Estava aberta aos centros de pesquisa e universidades que colaboravam com o departamento de defesa dos EUA
Em 1983, houve a divisão da ARPANET (dedicada à fins científicos) e a MILNET (orientada diretamente à aplicações militares)
1990: novo salto tecnológico permitiu a difusão da internet na sociedade em geral – teia mundial (WWW) criada em Genebra, oferecendo aos usuários um sistema fácil de pesquisa para procurar as informações desejadas
Avanços Biotecnológicos
Início dos anos 70: estudos sobre a combinação genética e a recombinação do DNA
80: dificuldades científicas, problemas técnicos e obstáculos legais
Final da década de 80: a clonagem – especulações quanto à sua viabilidade e ética: em humanos e animais
Período, atores e locais da revolução da tecnologia da informação
Por que os grandes avanços das novas tecnologias da informação concentraram-se a partir dos anos 70?
Pode ser atribuído à dinâmica dos efeitos sinérgicos criados entre as várias tecnologias associadas a partir desse período:
Microprocessadores > microcomputador
Telecomunicações > computadores em rede
Microcomputadores > Novos softwares
Computadores em redes > Linguagem aos usuários (www)
Por que as descobertas das tecnologias da informação concentraram-se, sobretudo, nos EUA?
Progressos tecnológicos produzidos nas décadas anteriores (cumulatividade)
Influência de fatores institucionais, econômicos e culturais
Uma vez presente esses aspectos, a revolução tecnológica foi delineada pelo contexto histórico em que se expandiu
EUA: Berço da Revolução da TI, ocupando papel decisivo na sua expansão
Papéis de outros países nas descobertas e na difusão das novas tecnologias
França, Inglaterra, Alemanha, Itália: Descobertas científicas que foram bases importantes para a eletrônica e a biologia
Japão: Organização do processo produtivo com base em eletrônica e massificação de produtos inovadores (vídeo, cassete, fax, videogames...)
China, Índia, Coréia e Europa: Contribuições científicas significativas em biotecnologia e telecomunicações
A revolução da TI contribuiu para a formação de um ambiente onde concentrava-se:
Universidades
Governo
Empresas de tecnologia avançada e fornecedores
Institutos de pesquisa
Capita de risco para financiar novos empreendimentos
Estamos falando de SiliconValley (vale do Silício)
Características do Vale do Silício
As descobertas e aplicações interagiam (learning by interacting) e eram produzidas e testadas (learning by doing e learning by using)
Gerava sua própria dinâmica
Atraía conhecimentos, investimentos e talentos de todas as partes do mundo
“Mecanismos de Aprendizagem > Conhecimentos/Habilidades acumulados > Geração de Competências”
Na década de 80, Castells investigou conglomerados semelhantes em TI em outras partes do mundo:
Ingrediente crucial – Capacidade de gerar sinergia de conhecimentos relacionados às tecnologias e indústria
O papel do Governo – Importante para apoiar interações e investimentos desta naturezaO fenômeno no Brasil – Polos tecnológicos de TI em Campinas, Santa Catarina...
Por que os avanços na TI podem ser caracterizados como uma revolução que induz à um paradigma tecnoeconômico?
Paradigma que provoca transformações que permeiam toda a economia, estabelecendo trajetórias de inovações por décadas.
Conhecimento gerando conhecimento – geração de novos conhecimentos e dispositivos voltados à informação da comunicação
Forte penetrabilidade – Sem fronteiras, alta velocidade, custo otimizados, alta difusão
Forte Interação contextual – os contextos culturais, institucionais, econômicos e sociais interagem de forma complexa e decisiva
Aplicação do conceito de redes – o fenômeno é dotado de alta flexibilidades para a reconfiguração
Convergência tecnológica – Oferece a capacidade de criar sistemas integrados
“Assim, a revolução da TI é tida como a 3ª revolução que induziu a um paradigma tecnoeconomico, por seus impactos causados sob o ponto de vista tecnológico e econômico como um todo, além de impactos causados sob o ponto de vista social.”
28/11/2013
Temas da aula de hoje
A obra de Taylor e a gerência científica
A obra de Ford e a produção em massa
O modelo japonês de racionalização industrial
Frederick Taylor e a Administração científica – Vídeo
A obra de Taylor e a gerência científica
Iniciada por Frederick Taylor
Cenário: indústrias em rápida expansão e a geração de tecnologias baseadas na ciência, a partir das últimas décadas do século XIX
Debruçava-se sobre a aplicação da ciência para a organização e controle do trabalho na produção 
Em 1911: publicou o livro “Princípios da Administração Científica”
Aspectos distintivos do pensamento de Taylor
Filosofia de trabalho: não buscava oferecer a melhor maneira de trabalhar em geral, mas métodos para melhor controlar a força de trabalho na produção
Sistema de controle por parte da gerência: Imposição ao trabalhador da maneira rigorosa pela qual o trabalho deve ser executado (antes – pouca interferência direta no modo de executá-las)
“Um ótimo dia de trabalho”: Definido por Taylor como um máximo fisiológico que um operário pode fazer em um limite extremo e sob força
Marca passo: O amior obstáculo para atingir o “ótimo” da força de trabalho.
- Marca passo normal: tendência dos homens de ficar à vontade
- Marca passo sistemático: quando há intenção e raciocínio
Sistemas de incentivo: Trabalhadores com maior produtividade.
- podem ganhar um pequeno aumento (incentivo) em relação aos seus colegas
Princípios da gerência cinetífica de Taylor
Primeiro princípio: Dissociação do saber e fazer
Análise científica do trabalho: estudo dos tempos e movimento dos operários eliminando movimentos e operação desnecessárias fixando um ritmo “ótimo” de trabalho.
Segundo princípio: Dissociação da concepção e execução
Concepção e execução do trabalho operando em lugares distintos e por grupos distintos de trabalhadores.
Terceiro princípio: Planejamento e controle
Planejar e Calcular previamente todos os elementos do processo de trabalho. Objetivo: controlar cada fase do processo de trabalho e seu modo de execução.
Abriu caminhos para a criação de departamentos de programação e controle da produção, O&M, controle de qualidade, etc. Além da criação da figura dos supervisores (que eram controlados por um “cérebro” distante.
Principais efeitos da gerência científica para a organização da produção e do trabalho
Forte divisão do trabalho, separando “mão” e “Cérebro”
Exigências cada vez menores de capacitação dos funcionários, degradando o significado de qualificação.
Forte dependência e controle da gerência.
Fortalecimento dos sindicatos (postura reativa)
Adaptação do trabalho às necessidades do capital
A obra de Ford e a Produção em Massa
Tempos Modernos – Filme
1903 – inauguração da Ford Motor Company nos EUA
Nas primeiras duas décadas do século XX: Ford aplicaria os princípios da produção em massa
Destaque: Incorporação à produção da esteira rolante (produção semi automática), que passou a ter um funcionamento ininterrupto.
O trabalho era realizado com a mais extrema simplificação, de acordo com os princípios de Taylor.
Potencialmente humano: não era valorizado “não se deveriam procurar pessoas excepcionais para o trabalho, mas homens comuns para o tipo de trabalho exigido.
Linha de montagem: as peças deslocavam-se automática e ininterruptamente, sendo o operário obrigado a seguir essa cadência
O papel da máquina assumindo o papel antes delegado ao centro de planejamento da produção eliminando o “marca passo” Taylorista
Intensificação do trabalho promovida pela linha de montagem, sem a necessidade de exigir horas extras.
Principais efeitos da produção em massa para a organização da produção e do trabalho
Desqualificação operária e a intensificação do trabalho
Aumento da produtividade em função de inovações da indústria mecânica
Transformação do automóvel num bem de consumo de massa
Retomada dos princípios do taylorismo: valorização do trabalho desqualificado
Relação homem/máquina reduziu planejamento da produção e o marca passo taylorista.
O modelo japonês de racionalização industrial
As condições originárias do modelo japonês partem da lógica de “mercado restrito” no Japão nos anos 50, com a economia quase paralisada, escassez de recursos e a devastação de seu parque industrial durante a II Guerra Mundial
O modelo japonês se tornou referências em países ocidentais, sobretudo a partir da crise mundial dos anos 70 e da difusão da TI na produção no mesmo período.
Crise mundial nos anos 70:
Desvalorização do dólar americano (1971), crise do petróleo em 1973 e 1979 (elevando muito o seu preço. Recessão econômica fazendo com que o potencial de consumo caísses drasticamente.
Difusão da TI na produção:
O fenômeno da automação retrata uma transformação
Sistema de produção mecanizado e em grandes volumes não flexíveis são transformados em sistema de produção flexível, diversificado e de fácil adaptação graças tal difusão.
O modelo japonês em debate
“(...) o modelo japonês procurou responder à interrogação, posta pelo capital diante das condições do mercado japonês dos anos 50 (e que é, de certo modo, posta pelo capitalismo mundial na crise dos anos 50): o que fazer para elevar os ganhos quando as quantidades não aumentam?”
“O modelo japonês busca ganhos de produtividade alternativos às economias de escala, por meio de volumes menores e na produção flexível de produtos diferenciados e variados”
Coriat (2000)
Bases do modelo japonês
Aplicação adequada da tecnologia na produção
Melhor domínio de uso dos robôs, melhor distribuição nas oficinas, melhor adaptação às necessidades das linhas de produção
Emprego vitalício ao sexo masculino (até aposentadoria)
Objetivos:
- Identificação dos trabalhadores com a empresa
- Retenção do conhecimento dos trabalhadores acumulados no tempo
- Investimento em formação profissional
Polivalência dos operários e trabalho em grupo
Implicações:
- Facilitação da troca de conhecimentos e experiências no meio coletivo para busca de soluções
- Relações em equipes
Princípios de organização da produção e do trabalho difundidos:
Destaque da empresa Toyota
- Just in time: produção sob demanda, minimizando os lotes produzidos e os estoques da empresa (finais e de matéria-prima), atendendo de forma mais rápida e flexível
- Kaizen: Melhoria contínua e redução de desperdícios por meio de práticas zeros (zero erro, prazo zero, enguiço zero, etc.)
- Kanban: Placas ou luzes de comando para reposição de peças e de estoque. Permitem agilizar a produção
- Qualidade: Metodologias de qualidade nos processos de produção e nos produtos
Elementos de eficácia do modelo japonês
Regime do emprego vitalício
- Sistema altamente seletivo, onde as escolhas são absolutamente radicais
- Divisão sexual do trabalho (mulheres em menor representatividade na indústria)
Vida pessoal = Vida da empresa
- Os interesses da empresa estão acima de qualquer coisa,implicando em horários estendidos e trabalho nos finais de semana.
Autonomia controlada
- Trabalho em grupo é severamente controlado
- Comportamentos fora dos interesses da empresas eram registrados
- Não cabia individualidade
As vulnerabilidades do modelo a partir do anos 80
Com a abertura e expansão econômica do japão a partir de 1986
Recrutamento de profissionais mais experiente de diferentes setores industriais
- Diversificação de competências
- Emprego vitalício perde força
Atividade das mulheres aumenta consideravelmente
- Com alocação ainda discriminatória
- Cresce o trabalho dos estrangeiros no Japão
Conclusões acerca do modelo japonês para a organização da produção e do trabalho
A eficiência do modelo é indiscutível (aprenderam com a situação decorrente da II Guerra mundial
Depois da crise dos anos 70 as empresas tiveram que rever suas formas de atuação e ganho
O conhecimento assume um papel primordial nesse contexto
Os avanços tecnológico (automação) oferecem transformações no sistema de produção
O modelo japonês inspira-se nos modelos taylorista/fordista: controle dos trabalhos em grupo
Modificaram a lógica dos modelos taylorista/fordista: utilização do conhecimento operário no cotidiano
Atividade prática do eixo 3 em sala de Aula
No ritmo das máquinas
Questões:
Quais aspectos relacionados aos modelos fordista e japonês de racionalização industrial trazidos nesse texto se comunicam os conteúdos presente no eixo 3 da disciplina de CTS?
Quais os aspectos mais recentes relacionados ao trabalho são apresentados no texto?
Primeira questão:
“Na fábrica, a placa de metal move-se pela esteira. Operários em pé com ferramentas em mãos trabalham sobre ela conforme chega até eles”
“(...) O filme, do também cineasta Chaplin, satiriza o movimento de intensificação do trabalho industrial capitalista, onde a velocidade dita a produção em massa, o lucro e o comportamento dos trabalhadores.”
Principais efeitos da produção em massa para a organização da produção e do trabalho
“O fordismo permitiu um aumento da produtividade a partir dos recursos disponíveis, diminuindo, portanto, os custos”.
“(...) Ela permite acelerar o trabalho, a exemplo do filme Tempos modernos. Antes da linha de produção, os trabalhadores se deslocavam até o produto que estava sendo montado”.
O modelo japonês em debate
“Eles conseguem com a mesma linha oferecer vários modelos de veículos, porque trocam rápido de um produto para outro, minimizando as paradas e aumentando o tempo disponível para produzir, não precisando, como a GM, de várias empresas, ou deixando de oferecer vários modelos como a Ford”
Bases do modelo japonês
“Entre os pontos levantado está o modo como o toyotismo diminui a distância entre os processos de elaboração e execução das tarefas, buscando uma nova forma de envolvimento do trabalhador”
“Os trabalhos em equipe, os círculos de controle, as sugestões oriundas do chão da fábrica são recolhidos e apropriados pelo capital nessa fase de reestruturação produtiva”.
Segunda questão:
O papel da inovação
Torna-se uma estratégia indispensável para a sobrevivência das empresas. Aumenta a relevância do trabalho intelectual e a valorização do conhecimento.
Perfil do Trabalho
Não está desaparecendo com a mecanização do trabalho. Há uma mudança de perfil nos vínculos (além da contratação, subcontratação, terceirização, com atuação das empresas em rede.
Efeitos dessas perspectivas (empresa)
Valorização cada vez maior das aptidões intelectuais e criativas dos profissionais por parte das empresas para buscar aumento de performance e competitividade
Efeitos dessas perspectivas (trabalhador)
Alta mobilidade e volatilidade do emprego. Necessidade crescente e constante de melhorar qualificação para adquirir mais empregabilidade
05/12/2013
Eixo 4
Inovação: da definição à ação
Temas da aula de hoje
O atual ambiente competitivo e a geração de inovações
Inovação e desenvolvimento econômico
Tipos de inovação e conceitos correlatos
Concepção interativa do processo de inovação tecnológica
A importância dos sistemas de inovação
O atual ambiente competitivo e a geração de inovações
Por que estamos aqui discutindo o tema inovação?
Inovação é tida atualmente como essencial nas estratégias de diferenciação de competitividade em um número cada vez maior de empresas
Na atual conjuntura competitiva que as empresas enfrentam, é preciso criar inovações de valor, ou seja, propostas que sejam diferenciadas para seus clientes a partir de tecnologias proprietárias, difíceis de imitar
E quantos aos impactos da inovação para a economia e a sociedade?
Impactos da inovação para a economia e para a sociedade
Elemento crítico na luta concorrencial das empresas e dos países.
Condição essencial para o progresso econômico (tem capacidade de permitir abertura de mercados, geração de empregos, novos hábitos de consumo)
Podemos permitir condições sociais mais favoráveis:
Seja pelo acesso a produtos no uso cotidiano
Seja nos avanços dedicados à melhoria da qualidade de vida (infraestrutura, saúde...)
Impacto inegável em nossas vidas, como nos dilemas morais, sociais, ambientais e econômicos em que ela nos envolve. Podemos amaldiçoar ou abençoar a tecnologia, mas nunca ignorá-la.
O que é inovar?
Origem do conceito – trabalhos do economista Joseph Schumpeter (1883-1950). Uma das principais referências sobre inovação (notadamente a tecnológica).
“Produzir outras coisas, ou as mesmas coisas de outra maneira, combinar diferentemente materiais e forças, enfim... Realizar novas combinações” em outra palavras, provocar mudanças é o conceito de Schumpeter sobre inovar.
A destruição criativa nos mercados
As empresas atuam em mercados cada vez mais dinâmicos e competitivos, a concorrência é feita via inovação. O efeito que esse tipo de concorrência promove a destruição criativa nos mercados.
Segundo esse conceito, as inovações, ao mesmo tempo em que criam (o novo), destroem (o velho) – produzindo uma contínua mutação industrial.
Por exemplo:
“Sempre que emerge uma nova tecnologia, as tecnologias antigas são suplantadas. Assim, um novo produto passa a ocupar o lugar do velho produto e as novas do processo de destruição criativa.
Lógica do processo de destruição criativa
Exalta as firmas que inovam¸ tornando-as competitivas no mercado (monopólios temporários) que permitem auferir lucros extraordinários.
A ação dos concorrentes
É estimulada pela dinâmica do processo de inovação, induzindo-os a inovar ou mesmo imitar (o inovador teme a ameaça da concorrência – real e potencial)
Desenvolvimento econômico
Decorrentes dessa dinâmica que promove um permanente estado de inovação, substituição de produtos, criação de novos hábitos de consumo.
Invoca-se aqui a ideia de que a inovação é o motor do desenvolvimento econômico, ao manter o movimento da máquina capitalista
Tipos de inovação
Tecnológica: De produto (bens ou serviços), processo
Organizacional: Formas de gestão da organização e relações com atores externos
Mercadológica: Atuação por meio novos métodos de marketing
Exemplo: Sandálias Havaianas
De produto de baixo preço, a empresa desenvolveu um posicionamento diferenciado do produto no mercado associando as sandálias a artigo de moda utilizado por celebridades.
Inovação organizacional
Exemplo: Natura e sua linha Ekos
Implementação de um novo meio de organizar as relações e a integração com seus fornecedores (comunidades extrativistas, fornecedores intermediários) para acesso à biodiversidade brasileira
Inova tecnológica de produto
Exemplo: Embraer e seu jato ERJ 145
Com capacidade de 50 passageiros revolucionou o mercado do setor ao oferecer conforto e benefícios de um avião a jato, mas com custos operacionais de uma aeronave turboélice.
Inovação tecnológica de processo
Presença da robotização no processo de fabricação de automóveis e da esteira rolante fordista
Tipos de inovação tecnológica (quanto ao grau de mudança)
Inovações tecnológicasincrementais
Aperfeiçoamentos contínuos de produtos (bens ou serviços) ou processos já existentes
Correspondem a maior parte das inovações
Exemplos: novas substâncias combinadas com outros medicamentos; baterias com maior duração, televisores com imagens mais nítidas; mudança de plataformas de automóveis com agregação de componentes com novas funcionalidades e benefícios etc. 
Inovações tecnológicas radicais
Introdução de produtos (bens ou serviços) ou processos totalmente novos (mudança de padrão tecnológico)
Fortemente relacionadas com atividades de P&D
Exemplos: borrachas e fibras sintéticas; aparelho celular; automóveis com motorização elétrica; protetor solar; imagem digital utilizada em câmeras fotográficas
Inovações de fronteira
Entre o radical e o incremental
Difusão tecnológica
Difusão
Adoção da inovação por imitação, compra, licenciamento etc.
Forte impacto econômico, ao capacitar os atores a absorver os avanços tecnológicos gerados pelos inovadores
Invenção x Inovação
Invenção
Enquanto tal, sem valor econômico – não passou pelo ‘crivo’ do mercado
Uma invenção não necessariamente se transforma em inovação (é preciso passar pelo princípio da implementação)
Diferenciação:
Invenção “conceber” é diferente de Inovação “usar”
Processo de inovação tecnológica é multifacetado e envolve integração de várias funções da empresa e atores externos.
A empresa não inova de maneira isolada.
Processo de inovação Tecnológica
Custos da Inovação
P&D, RH, Licenciamento, aquisição, investimento produtivo, MKT. A empresa seria dependente de P&D, da Produção e do Marketing.
A empresa acaba interagindo com fontes de informação e cooperação tecnológica:
- Clientes
- Fornecedores
- Universidades
- Concorrentes
- IPPs
Ao mesmo tempo se relaciona com o Financiamento da inovação (instituições financeiras e com Leis e Políticas Científica e Tecnológica.
Tem como resultante a inovação tecnológica. Produto, processo e causa impactos econômicos e a interação é repetida frequentemente.
O que é um sistema de inovação (Si)?
A concepção interativa de inovação relaciona-se e inspira o conceito de “sistema de inovação”:
Pode ser definido como um conjunto de atores que contribuem para o desempenho tecnológico dos países/regiões
Universidades
Governo
Empresas
Institutos públicos e privados de pesquisa (IPPs)
Instituições Financeiras
Foco de atuação
Busca pela interação entre os atores que compõem o sistema (essas interações auxiliam na combinação mais criativa de partilha/complementaridade de conhecimentos e recursos entre os atores).
Governo e das políticas públicas de CT&I
Tem papel de agente coordenador do sistema:
Estimulando a capacitação tecnológica
Definindo diretrizes para o sistema
Gerando infraestrutura para interação dos atores
Estabelecendo políticas de incentivo à CT&I
As políticas públicas de CT&I também se relacionam com um conjunto mais amplo de políticas governamentais (políticas monetária, fiscal e de comércio exterior)
Considerações finais
As práticas de inovação têm sido vistas como elementos substantivos para a competitividade das empresas e dos países
Inovação deve ser entendida como um processo mais amplo do que as estratégias individuais; trata-se de um processo sistêmico, ou seja
Para analisar o processo de inovação é preciso analisar o conjunto de atores envolvidos, a importância das políticas de CT&I e a influência dos grupos de interesse.
Material para a sala de aula
Inovo, logo existo
Questões
Quais os aspectos presentes na entrevista concedida pelo Prof. Ruy Quadros se relacionam com os conceitos discutidos na aula de hoje?
Como a empresa em que você trabalha trata e posiciona a questão da inovação em seu negócio?
Case Natura
“Empresa que desenvolveu um conceito de produto que é pro ativo na questão da sustentabilidade. A Natura desenvolve produtos com base em ativos da biodiversidade amazônica, garante uma rede de produção que é certificada e cria alternativas de atividade econômica para que as comunidades locais que estão envolvidas com aquilo não derrubem a floresta”
Atividades cooperativas para inovação – Concepção interativa do processo de inovação (slide)
“Por meio da pesquisa cooperativa as empresas começam a estabelecer vínculos com a universidade que podem resultar em programas de pesquisa, na estruturação de laboratórios internos e na contratação de pesquisadores no setor privado, para disseminar a cultura de inovação na empresa”.
Posicionamento da inovação nas estratégias de competitividade das empresas – o atual ambiente competitivo e a geração de inovações (slides)
“As empresas brasileiras têm mais dificuldades no posicionamento estratégico relacionado à inovação... Essa passagem de levar a inovação para o nível estratégico, que significa deixar de pensar como imitador e passar a pensar efetivamente como inovador, marcando sua liderança com base na inovação, é o ponto que considero mais difícil para as empresas brasileiras”
A empresa e sua interface com o sistema de inovação – processo de inovação tecnológica (slide)
“O gestor de inovação tem que ser um sujeito bem informado, com uma sólida base técnica... e, ao mesmo tempo, esse profissional também tem que estar muito ligado no ambiente político e institucional da empresa e na política de ciência e tecnologia do seu setor”
Inovar para competir
“Quando a fronteira de competição é global, a possibilidade de competir como imitador se torna reduzida... Para serem competitivas no mercado global, as empresas precisam ter maior controle sobre as tecnologias de que necessitam. Chamamos isso de capacidade de apropriação da inovação tecnológica, a busca por tecnologias proprietárias, que são protegidas por patentes.”
12/12/2013
Eixo 4
Aspectos das Trajetórias das Políticas Públicas de CT&I no Brasil
Temas da aula de hoje
Aspectos das Políticas Públicas de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I)
Trajetória de formação das instituições, atores e políticas de CT&I no Brasil
Mudanças recentes à agenda de CT&I no Brasil
Perfil Brasil em CT&I
Desafios colocados ao SI Brasileiro
Considerações finais
Políticas Públicas de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I)
As políticas públicas de suporte às atividades de CT&I são cada vez mais relevantes para a inserção competitiva dos países em um cenário internacional
Ponto de partida das políticas públicas de CT&I: apoiar as interações dos atores para desenvolvimento e difusão de CT&I
As políticas públicas CT&I também se relacionam com um conjunto mais amplo de políticas governamentais (como as políticas monetária, fiscal e de comércio exterior)
Aspectos da trajetória de formação das instituições, atores e políticas de CT&I no Brasil
De 1930 a 1950
- Desenvolvimento industrial com forte participação do governo:
- Siderurgia, petróleo e extração de minério de ferro
- Pouca sofisticação tecnológica (importação de tecnologia em bens de capital)
Anos 50
- Criação de importantes instituições: CNPq, CAPES, BNDE
- De 1950 (até 1980)
- Período de Industrialização via substituição de importações (ISI)
1950 a 1980
Período de industrialização via substituição de importações
Estado protegeu a indústria nascente
Apoiou investimentos privados nacionais e estrangeiros para ampliar a capacidade produtiva
Importação de máquinas, equipamentos e tecnologia do exterior
Protecionismo comercial garantia exclusividade do mercado, portanto...
Não havia pressões para investir em tecnologia ou estabelecer interação com universidades ou IPs para produzir novas tecnologias
Anos 60
- Ênfase na capacitação para geração de tecnologia própria
- Objetivo: reduzir a dependência de fontes externas de tecnologia
- Criação da FINEP
Anos 70
- A política econômica não convergia com a política de C&T implementada
- Ausência de incentivo fiscal (P&D, compra tecnologias, além do predomínio de IPs, universidades e empresas estatais no desenvolvimento de C&T
Anos 80
- Contexto de crise fiscal,dívida externa, alta inflação
- A redução dos investimentos atingiu as empresas, IP, universidades estatais e o recuo do escasso gasto realizado pelo setor privado
- Criação do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT)
Anos 90
- Insuficiência de políticas, mecanismos e incentivos dedicados à inovação
- Plano Collor (incerteza acentuada)
- Houve privatizações e políticas econômicas desarticuladas com as políticas de C&T para estimular o SI
Mudanças recentes à agenda de CT&I no Brasil
Final da década de 90 e início dos anos 2000 – mudanças foram implementadas:
Busca do fortalecimento das competências tecnológicas dos atores para inovar e ganhar eficiência
Fundos setoriais:
Criados em 1999
Tratou-se de uma nova modalidade de financiamento para CT&I
(Recursos não reembolsáveis)
Setores:
Aeronáutico, Agronegócio, Amazônia (informática, Transporte fluvial e indústria naval, Biotecnologia, Energia, Espacial, Recursos Hídricos, TI, Petróleo e gás natural, Saúde, Transportes terrestres, Mineração, Telecomunicações
Fundos transversais: Verde Amarelo (projetos universidade-empresa); e Infraestrutura (melhoria da infraestrutura das ICTs)
Seleção de projetos de pesquisa científica e tecnológica por chamadas públicas (editais)
Lei de Inovação 10.973/04
(2004/2005)
Oferecer condições para a realização de parcerias entre universidades, IPs e empresas
Estímulo à inovação na empresa (subvenção econômica)
Seleção por chamadas públicas (editais)
Lei do Bem 11.196/05
(2005)
Trata-se de incentivos fiscais para o gasto privado em P&D:
Dedução do IR para quem investir em P&D
Redução de IPI na compra de máquinas e equipamentos
Subvenção econômica para contratação de pesquisadores (ressarcimento de parte do valor da remuneração de pesquisadores)
Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE), de 2004 a 2008
Melhoria da capacidade inovadora das empresas
Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), de 2008 a 2010)
Elevação do esforço para inovação
Fortalecimento das micro e pequenas empresas
Plano Brasil Maior, de 2011 até 2014
Mais Abrangente:
Estímulo ao investimento e à inovação
Apoio ao comércio exterior
Perfil Brasil em CT&I
Ainda baixa participação do setor privado no esforço em P&D (45% do total pelas empresas)
Como resultado...
Nível inadequado de competência tecnológica das empresas e dificuldades para estabelecer laços com universidades
“Aproximadamente três quartos dos cientistas trabalham no setor acadêmico”
Vilha, Fuck e Bonacelli (2013)
Esforços das empresas em patentes continuam pouco efetivos:
O número de cientistas que trabalha no setor empresarial afeta diretamente o número de patentes originadas no Brasil
O frágil número de patentes decorre também do nível de qualificação dos pesquisadores do setor empresarial (pequena fração com mestrado e doutorado)
Falta de ousadia (cultura) nos objetivos de P&D da maioria das indústrias brasileiras fruto de décadas de funcionamento em meio a uma economia pouco confiável
Desafios colocados ao SI Brasileiro
É preciso...
Salientar a centralidade da empresa na Inovação 
- Intensificar as atividades inovativas
Estimular essas atividades empresariais:
- Ampliar o quadro de recursos e reforçar o padrão existente de recursos e apoio para CT&I:
- Financiamento, incentivos fiscais, subvenção
Formular uma política científica e tecnológica mais próxima da política econômica e menos dependente de instrumentos de ação acadêmicos
- Estado precisa estabelecer um quadro legal e regulatório adequado
Fortalecer o sistema de inovação brasileiro, enfatizando a articulação e parceria entre os atores públicos e privados
Qualificar os atores para as oportunidades e desafios competitivos e tecnológicos do país:
- Pré sal, energias alternativas, biotecnologia, nanotecnologia, TI, energia mudanças climáticas e Amazônia...
Repensar o papel do Governo: não diminuir sua ação, mas transformá-la visando maior competência no desenvolvimento da CT&I
- Planejador, indutor, coordenador de políticas de incentivo à inovação
Considerações finais
SI brasileiro
Considerado imaturo (relacionado com a sua trajetória de desenvolvimento)
Baixo investimento do setor privado para P&D
Hiato entre universidades e empresas
Industrialização brasileira
Tardia e orientada para o modelo ISI
Modelo baseado na aquisição de máquinas, equipamentos e tecnologia do exterior com pouca capacidade de geração de conhecimento interno
Atividades de CT&I e instituições afins
Atividade de CT&I pouco coordenadas e instituições que não conseguiram evoluir suficientemente às demandas da indústria, da ciência e da tecnologia
Entrega do trabalho escrito Parcial, contendo: capa, introdução, contextualização teórica sobre o tema (para todos os grupos de trabalho)
Formato de entrega: (via e-mail: blogctsufabc@yahoo.com.br)
Atividade Prática do Eixo 4 em Sala de Aula
Fatores que limitam a inovação e estratégias de crescimento
De acordo com Pereira (2013):
“O setor industrial brasileiro ainda dá passos lentos rumo à inovação”
A partir dessa constatação, discuta:
Quais os fatores que contribuem para a taxa de inovação ser ainda pouco expressiva no Brasil segundo os especialistas entrevistados na reportagem?
Anapatrícia Vilha (UFABC)
Baixa qualificação dos profissionais
Burocracia local
Alta carga tributária
Hiato entre empresas e universidades
Cultura empresarial pautada em visão de curto prazo (divergente da expectativa de retorno dos resultados do esforço de P&D)
Rolf Sitta (CIESP)
É preciso ambiente econômico estável
Políticas de desenvolvimento
Gestão pública planejada
Estado menos burocrático
Glauco Arbix (FINEP)
Câmbio, juros, inflação (explicam parcialmente o atual desempenho de CT&I brasileiro)
Brasil precisa aumentar a produtividade da economia (o que se faz com tecnologia e inovação)
Quais os principais aspectos do Mapa Estratégico da Indústria (2013-2022) elaborado pela CNI são apontados na reportagem?
Incentivos públicos para P&D+I
Espera-se que sejam mais utilizados pelas empresas (estrave identificado)
Falta de conhecimento sobre como acessar esses instrumentos
Revisão do marco regulatório e legal
Incerteza jurídica dos instrumentos de incentivo à inovação
Nos dispositivos que regulam o acesso à biodiversidade
Morosidade do quadro de concessão de propriedade intelectual
Interação dos atores
Reconhecida a necessidade de estabelecer relações entre empresas e ICTs
Intensificar o diálogo entre setor público e privado
Setores intensivos em tecnologia e DS
Emergência e intensificação do setores de
- biotecnologia, automação e robótica, TICs
Sustentabilidade – uma plataforma que se intensificará
09/01/2014
Eixo 4
Texto analisado na aula de hoje...
HOLLANDERS, H. SOETE
Temas da aula de hoje
Discussão sobre a performance de países por meio da análise de indicadores de CT&I
Aspectos de CT&I de alguns países selecionados
Considerações finais sobre o papel do conhecimento na economia global
O papel do conhecimento na economia global
O crescimento intensivo do conhecimento não é uma prerrogativa dos países desenvolvidos da OCDE
A geografia econômica e tecnológica está se ampliandos
OCDE
(Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico)
Troca informações e alinha políticas de crescimento econômico entre os países
São 34 membros da OCDE (países mais industrializados e alguns países emergentes):
Investimento Global em P&D – 2007
GERD (Gasto interno em P&D) como % do PIB
(Gráfico expositivo)
Relevância do Japão, Coreia, EUA e Alemanha (esforço global de P&D e número de pesquisadores)
Relação BERD (investimento Empresarial em P&D) / PIB (%) – 2000-2007
De 2000-2007, chama a atenção o crescimento da taxa no Japão, China, Coreia e Cingapura
A proporção permaneceu mais ou menos constante no Brasil, nos EUA e na EU
E declinou na Rússia
Proporção Mundial de Pesquisadores – (% país) 2002 e 2007
(Gráfico expositivo)
Participação mundial em publicações científicas(% país) 2002 e 2008
EUA ainda são o país que lidera a produção científica no mundo
Porém sua participação mundial (27,7%) tem caído muito ao longo dos seis último anos.
A participação da China mais que dobrou em seis anos (representando 10,6% apenas atrás dos EUA) seguida de Alemanha (7,7%) e Japão (7,6%).
A participação dos BRICs nas publicações mundiais tem mostrado um vigoroso crescimento, com a exceção da Rússia, cuja fatia diminui de 3,5% em 2002 para 2,7% em 2008
Participação mundial de patentes depositadas nos escritórios de patentes da Tríade: Escritório de Patentes e Marcas Registradas dos EUA ( USPTO); Escritório Europeu de Patentes; e Escritório Japonês de Patentes (% país) 2002 e 2006
O predomínio dos EUA é Marcante (41,8%)
Japão (27,%)
Alemanha (10,4%)
Coreia (2,2%) (são os patentes que tem o maior número de patentes no mundo)
Heterogeneidade mundial de C&T: o caso dos EUA
Esforços de P&D têm prosperado e são uma prioridade do governo (mesmo com a recessão econômica de 2009/2010)
P&D industrial parece ter sido atingida de modo relativamente forte pela recessão
O governo está enfatizando no P&D no campo da energias limpas
As universidades dos EUA ainda lideram o mundo em publicações científicas e em conceito de qualidade
Heterogeneidade mundial de C&T: o caso do Japão
Fortemente atingido pela recessão global
Como consequência: foco em inovação (ênfase na relação universidade e empresa; aumento do gasto em P&D e de pesquisadores no setor)
Tem sofrido com a concorrência da China, Coreia e outros países com menores custos trabalhistas
Exibe posição destacada em CT&I nos setores: automotivo, componentes eletrônicos, e ferramentas de maquinário
Heterogeneidade mundial de C&T: o caso da Coreia
Posiciona a área de CT&I como o coração do seu progresso econômico
Fortes investimentos são combinados com políticas fortes de CT&I
Uma das prioridades é o aumento do gasto interno em P&D (em 2008: 3,4% do PIB)
Baixa emissão de carbono e desenvolvimento sustentável entraram na agenda nacional central em 2008
Heterogeneidade mundial de C&T: o caso da Rússia
Fracas ligações entre os atores do seu SI
Forte volume de recursos de P&D às instituições públicas de pesquisa (fora do alcance das empresas e universidades)
O SI carece de reformas institucionais para CT&I
Universidades pouco contribuem para o volume de gasto interno de P&D
Heterogeneidade mundial de C&T: o caso da Índia
Aumento do investimento privado em P&D nos últimos anos
Tendência de maior legitimação do “I” da CT&I nos setores público e privado
Reconhecida como líder mundial na exportação de serviços de TI e forte em medicamentos
Grande desafio: aprimorar os profissionais ligados à área de CT&I (quantitativo e qualitativo)
Heterogeneidade mundial de C&T: o caso da China
Desenvolveu-se economicamente com muita rapidez nos anos 2000
Detêm estratégia de redução do consumo de energia e de emissões de poluentes
Desde 2006, o governo tem realizado uma série de esforços em CT&I para mover o país na direção da inovação até 2020
Está enfrentando o risco de inovação pelos negócios e a condução mais sistêmica dos atores de CT&I
Considerações finais
Geração mundial de conhecimento
- A geografia na geração de CT&I está mudando (emergência de outros países)
Produtividade nos países emergentes
- Tem sido alcançados pelos países emergentes, com o aumento do estoque de conhecimento mundial
Reconhecimento da atuação sistêmica dos atores de CT&I
- Para um crescimento sustentado e bem sucedido em CT&I
- Valorização do “I” nas políticas públicas de CT&I
Efeito nocivo da simples importação de modelos de SI
- Mudanças na área de CT&I não são triviais nos países
- É preciso cuidado com a simples importação de modelos de atuação de SI (há que se observar a trajetória dos países)
Ênfase crescente na sustentabilidade
- É perceptível a orientação para desenvolvimento de tecnologias verdes nas políticas de CT&I dos países
Efeito da globalização para a geração de CT&I
- A globalização não induz a um nivelamento
	- As atividades de CT&I estão crescendo de maneira diferenciada entre os países

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