Resumo da Direito Administrativo Avaliacao Bimestral 2B DN6

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Resumo da Avaliação Bimestral – Direito Administrativo – 2° B – DN6B
Licitação – Lei 8.666/93
Conceito – é a forma de concorrência pública visando a proposta mais vantajosa à Administração Pública. Ex: Leilão de carros, concurso de slogan de campanhas públicas. 
É o procedimento administrativo, exigido por lei, para que o poder público possa comprar, vender, locar bens, realizar obras e adquirir serviços, de acordo com condições previamente estipuladas, visando selecionar a melhor proposta ou o melhor candidato, quando houver conciliação em ter os recursos orçamentários e a promoção do interesse público. O primeiro passo da licitação é o edital e contém as regras da concorrência.
Finalidades:
Garantir a observância do princípio da isonomia;
Selecionar a proposta mais vantajosa para a administração;
Mostrar a eficiência e a moralidade nos negócios administrativos.
Princípios na Licitação:
Legalidade – a licitação, a partir da criação do edital, deve ser pautada em conformidade com a disposição legal.
Impessoalidade – a licitação deve evitar favoritismo e privilégios, tratando os concorrentes de forma igualitária.
Moralidade – a licitação deve pautar-se por uma conduta honesta, evitando conluios e acordos escusos, ressaltando que nem tudo que é legal é moral.
Publicidade – os atos da licitação devem ser amplamente divulgados para garantir, inclusive, a transparência da atuação administrativa.
Vinculação – a licitação é adstrita ao princípio do instrumento convocatório, não podendo ser mudadas as regras após iniciado o procedimento.
Julgamento – a licitação deverá ser decidida, com base em critérios concretos, claros e definidos no instrumento convocatório.
Competitividade – na licitação não poderá haver regras que impeçam o acesso de interessados. 
OBS : Esses princípios são de observância obrigatória e, caso o procedimento seja contestado com base nos mesmos, a licitação será declarada nula.
Objeto da Licitação
Conceito – ressalvados os casos especificados na lei de licitação, as obras, serviços, compras, locações e alienações serão objeto de concorrência pública, o qual somente permitirá as exigências técnicas e econômicas indispensáveis ao cumprimento da obrigação. 
Modalidades de Execução:
De Serviços:
Execução Direta – é aquela que nos termos do inciso VII do Art. 6° da Lei 8.666/93 é realizado pela própria administração, ou seja, sem a necessidade de delegação.
Execução Indireta – nos termos do inciso VIII do mesmo artigo, é aquela em que terceiros delegados são chamados à concorrência pública.
Formas de Execução Indireta:
Empreitada por preço global – é a contratação de uma execução de obra ou serviço por um preço estimado certo e total.
Empreitada por peço unitário (etapas, fases) – ocorre quando se contrata a execução de uma obra ou serviço por preço certo, mas dividido em objetos chamados de fases, etapas, etc.
Tarefa – ocorrerá a tarefa quando haja a mão de obra por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais, no valor estimado, em 2013 de até R$ 80.000,00.
Empreitada Integral- ocorre quando um empreendimento é contratado em todas as suas etapas, serviços e instalações até sua entrega ao contratante em condições operacionais.
Requisitos para Licitação:
Obras – Art. 7° da Lei 8.666/93:
I – projeto básico – viabilidade sócioeconômica e ambiental (margem de custo).
II – projeto executivo
III – Execução
De acordo com a Lei de Licitação, em resumo, a realização de obras deve ser precedida de existência, de um projeto básico, de um projeto executivo, da existência de recursos orçamentários e da previsão no plano plurianual.
Compras – Art. 14 da Lei 8.666/93. São requisitos mínimos para a realização de compras: a) a caracterização do objeto (não podendo haver indicação de marca, a não ser no caso de bens restritos, como remédios específicos); b) a existência de recursos orçamentários e condições de armazenamento compatíveis coma aquisição. 
Licitante – conceito – são as pessoas físicas ou jurídicas aptas à participarem do processo licitatório.
Impedidos de Participar da Licitação – não podem participar da licitação os autores do projeto básico ou executivo, a empresa responsável pelo projeto básico ou executivo, os membros da comissão de licitação e os servidores dirigentes de órgãos ou da entidade contratante responsável pela licitação. OBS: é importante lembrar que antes desses há aqueles que legalmente já estão impedidos de serem empresários como os juízes, membros do MP, militares da ativa, etc.
Comissão de Licitação – é o colegiado responsável pelo julgamento das propostas apresentadas. Será permanente quando previamente instituída e regularmente solicitada como, por exemplo, comissão de compras da Prefeitura; será especial quando decorrente de fato extraordinário como, por exemplo, na construção de um estádio ou de uma Universidade Pública. 
Adjudicação Compulsória – é a entrega do objeto ao vencedor da licitação. Segundo a doutrina não existe direito subjetivo à adjudicação compulsória em observância ao princípio da supremacia do interesse público. Ex: Licitação → Construção de Estádio → Empresas concorrentes X, Y e Z → Empresa X ganha a concorrência → confecção do contrato administrativo → modificação da Lei Ambiental Federal que transforma a área em parque federal → extinção do contrato (não houve adjudicação). 
Dispensa de Licitação – Art. 24 da Lei 8.666/93
Distinção entre dispensa e inexigibilidade: dispensa são circunstâncias subjetivas impeditivas e Inexigibilidade são circunstâncias objetivas impedientes.
A ocorrência da dispensa de licitação é baseada nas chamadas circunstâncias subjetivas impeditivas, tendo em vista que, o legislador se vale do tempo “dispensável”, criando assim, a discricionariedade na sua aplicação. Em resumo, as causas de dispensa de licitação são concentradas em valor, emergência e economia burocrática. 
Art. 25 da Lei 8.666/93 – a inexigibilidade de licitação ocorre quando existe a impossibilidade jurídica de competição entre os contratantes, por isso, são chamadas de circunstâncias objetivas impedientes e ocorrem nas seguintes situações: 1) na aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusiva. 2) para a contratação de serviço de natureza singular com profissionais de notória especialização. 3) para contratação de profissional de qualquer setor artístico, desde que consagrado pelo critério especializado ou pela opinião pública.
Licitação Fracassada – ocorrerá a licitação fracassada quando aparecem interessados,mas nenhum é selecionável em decorrência de inabilitação ou desclassificação, assim, na licitação fracassada, a dispensa não é possível.
Ex: em uma concorrência que envolva 4 empresas, duas não apresentam certidão negativa de débitos (inabilitadas) e duas são desclassificadas por apresentarem propostas incompatíveis com os valores praticados no edital.
Sanções Penais – Art. 100 da Lei 8.666/93:
O crime praticado e tipificado no tocante à licitação, será objeto de ação penal pública incondicionada, cabendo ao MP promovê-la de ofício ou mediante provocação. As penas de detenção e multa são cumulativas em quantias fixadas de 2 a 5% do valor do contrato e, no caso de comprovação de superfaturamento respondem solidariamente pelo dano à Fazenda Pública o agente público responsável e o fornecedor ou prestador de serviços.
Fases da Licitação:
Interna – é aquela que se inicia na repartição interessada com a abertura do processo que determina a sua realização, definindo o objeto e indicando os recursos para as despesas necessárias.
Fase Externa – compreende a audiência pública, o edital ou carta convite, o recebimento da documentação e das propostas, o julgamento das propostas, a adjudicação e a homologação.
Procedimento da Licitação:
O procedimento será iniciado, ainda da fase interna, com a abertura do processo interno de licitação que, por sua vez, é uma espéciede procedimento administrativo.
Nesse, há a necessidade da autuação, do protocolo e da numeração contendo: a respectiva autorização, a indicação sucinta do objeto, e o recurso próprio para a despesa. Encerrado esse processo, se inicia a fase externa da licitação.
Edital – Lei Interna da Licitação Art. 21 da Lei 8.666/93
Edital é o instrumento pelo qual a administração leva ao conhecimento do público a abertura de concorrência, tomada de preços, concurso ou leilão, divulgando as regras a serem aplicadas no procedimento licitatório, é a lei interna da licitação.
OBS: qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por irregularidade na aplicação desta lei, devendo protocolar o pedido em até 5 dias úteis antes da data fixada para abertura dos envelopes de licitação, devendo a administração julgar e responder à impugnação em até 3 dias úteis, sob pena de nulidade do edital.
Habilitação – Art. 27 da Lei 8.666/93 – é a fase do procedimento em que a administração verifica a aptidão do candidato para futura contratação. Nessa fase são eliminados os proponentes que não atendem as condições do edital. Na carta convite, leilão e concurso, não existe habilitação.
OBS: o licitante não habilitado não poderá participar dos atos subsequentes e, ultrapassado a fase de licitação e aberta as propostas, não cabe mais desclassificação, salvo por conhecimento de fato superveniente.
Julgamento – Art. 44 da Lei 8.666/93 – objetividade, publicidade, vinculação e preço.
No julgamento, os dias e locais designados são abertos os envelopes dos proponentes habilitados. No julgamento, a comissão levará em conta os critérios de objetividade, publicidade, vinculação e preço. Nesse último critério, a comissão deverá desconsiderar as propostas de valor irrisório ou que de qualquer forma não forem economicamente viáveis.
Tipos de Licitação:
São modelos utilizados para a escolha da proposta mais vantajosa para a administração. São eles:
Menor preço - é o tipo de licitação mais utilizado. O critério de escolha é fixado apenas com base nos critérios objetivos mínimos e na economia popular. 
Melhor técnica – é baseado no critério da especialização, no qual, serviços de natureza restrita como exploração de petróleo, projetos arquitetônicos, etc, são enquadrados.
Melhor técnica e preço – é o tipo de licitação menos utilizado, o qual concilia serviços diferenciados com valores reduzidos.
Maior lance ou oferta – é o tipo utilizado em leilões públicos, de objetos inservíveis para a administração, a qual interessa a oferta de maior valor.
Homologação – é o ato de controle da autoridade competente sobre o processo de licitação, o qual equivale a aprovação de procedimento.
Adjudicação – é o ato que confere ao licitante a qualidade de vencedor e de titular de preferência para a celebração do contrato. Da adjudicação surgem os seguintes efeitos: a) direito de contratar, b) impedimento do licitante em contratar com terceiros, c) liberação dos demais proponentes, d) liberação dos documentos dos demais proponentes, e) vinculação do adjudicatário aos encargos, termos e condições pré fixadas no edital.
Modalidades de Licitação
	
	Concorrência
	Tomada de Preços
	Carta Convite
	Serviços
	R$ 650.000,00
	Até R$ 650.000,00
	Até R$ 80.000,00
	Obras
	R$ 1.500.000,00
	Até 1.500.000,00
	Até R$ 150.000,00
Concorrência – é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação, comprove possuir os requisitos mínimos para a execução do seu objeto. A concorrência deverá ser utilizada para obras e serviços de engenharia e para obras e serviços de valor superior a R$ 1.500.000,00 e para compras e serviços acima de RS 650.000,00 e, em qualquer valor na compra ou alienação de bens imóveis, nas concessões de direito real de uso e nas licitações internacionais.
Tomada de Preços – é a modalidade de licitação utilizada entre interessados devidamente cadastrados até o 3° dia anterior à data do recebimento das propostas. Na tomada de preços, as contratações são chamadas de vulto médio, sendo de até RS 1.500.000,00 para obras e serviços de engenharia e de até R$ 650.000,00 para compras e serviços. 
Carta convite – é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao objeto licitado, cadastrado ou não e convidados em número mínimo de 3, pela unidade administrativa. A carta convite não possui edital e a publicidade ampla é facultativa. Caso haja interesse de terceiros não convidados, estes deverão se manifestar no prazo de até 24 h antes da apresentação das propostas. Os valores apresentados pela lei são de até R$ 150.000,00 para obras e serviços de engenharia e até R$ 80.000,00 para compras e serviços de outra natureza. 
Modalidades de Licitação 
Concurso- é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores. É importante lembrar que essa regra é válida para a administração pública direta e indireta, assim, fundações, associações, etc, também poderão promovê-lo. Ex: prêmio jovem cientista, concurso para criação de slogan para Copa do Mundo, etc.
O prazo de publicidade do concurso é de, no mínimo, 45 dias corridos entre a publicação do edital e a abertura dos envelopes.
Leilão –Art. 22, § 5° da Lei 8.666 – bens móveis inservíveis, bens imóveis – critério de escolha por maior lance ou oferta. É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis sem utilidade para a administração pública (Ex: computadores antigos), ou legalmente apreendidos ( contrabando apreendido). O leilão pode ser utilizado para alienação de bens imóveis, cuja aquisição tenha derivado de procedimento judicial ou dação em pagamento. É considerado vencedor aquele que ofereça o maior lance, igual ou superior ao avaliado. No leilão permite-se a participação de qualquer interessado, sem a exigência de habilitação e o prazo mínimo entre o edital e o evento é de 15 dias. 
OBS: Além dessas modalidades, a lei 10.520/02 prevê o chamado pregão. Esta modalidade é utilizada para a aquisição de bens e serviços comuns, qualquer que seja o valor estimado da contratação, e que a disputa pelo fornecimento é feita por propostas e lances em sessão pública.
Anulação e Revogação
Poder discricionário- conveniência e oportunidade. A autoridade competente para a aprovação do procedimento poderá revogar a licitação, por razões de interesse público, baseada nos critérios de conveniência e oportunidade. Entretanto, se houve vício no procedimento, como fraude, dolo, coação, etc, deverá propor a anulação por ilegalidade no procedimento.