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Resumo de Direito Empresarial Av Bimestral 1B

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Resumo de Direito Empresarial - 1° Bimestre DN9B - Av. Parcial
Direito Falimentar :
Na hipótese em que o devedor tem bens insuficientes para totalizar a liquidação de suas dívidas, o direito afasta a regra da execução individual pelo credor e adota a execução concursal, ou seja, um concurso de credores – princípio do “par condictio creditorum”.
A execução concursal promove o tratamento paritário dos credores, perfazendo a função social na sociedade empresarial. 
Lei de Recuperação Judicial e Recuperação Extrajudicial e Falências – Lei 11.101/2005
Conceito de Falência – Art. 75 da Lei de Falência – é a execução concursal do devedor empresário no momento em que o profissional empresário se encontra em estado de insolvência ou aliado a isso, de impossibilidade real de saldar suas dívidas, ficará sujeito ao procedimento liquidatório que se iniciará com a sentença de mérito. 
A falência é a execução concursal do devedor empresário. Quando o profissional exercente de atividade empresária é devedor de quantias superiores ao valor de seu patrimônio, o regime jurídico da execução concursal é diverso daquele que o direito assegura ao devedor civil, não empresário. 
Duas diferenças entre o regime de execução concursal civil e o comercial - Existem dois privilégios concernentes ao procedimento de falência do empresário devedor:
Recuperação da empresa Judicial – é uma faculdade legal voltada exclusivamente aos devedores empresários em razão da possibilidade de reorganização de suas empresas com maior ou menor sacrifício dos credores, de acordo com um plano de recuperação aprovado ou judicialmente homologado. Esses pressupostos, de um modo geral, são os mesmos aplicáveis à recuperação extrajudicial. Dessa forma o devedor pode postergar o vencimento de obrigações, reduzir seu valor ou ter benefícios de meios para impedir a instauração da falência (execução concursal). 
Extinção das obrigações – o devedor empresário, em regime de execução concursal, tem as suas obrigações julgadas extintas, com o rateio entre os credores quirografários, de mais de 50%, após a realização de todo o ativo, conforme o Art. 158, inciso II da Lei de Falência. Isto significa que o empresário que entra em falência com um patrimônio de valor suficiente para pagar 100% dos credores com preferência e mais de 50% dos quirografários, poderá obter a declaração de extinção das obrigações, logo após a realização de seu ativo. 
OBS: O Art. 2° da Lei de Falência trata das categorias excluídas nessa lei, ou seja, as instituições financeiras e de previdência complementar, os planos de saúde, os consórcios e empresas públicas e sociedades de economia mista. 
Os pressupostos para a instauração do processo de execução concursal ( Falência) e estes devem ocorrer de forma concorrente:
Devedor empresário 
Insolvência;
Sentença Declaratória de Falência.
Devedor empresário – o profissional empresário , pessoa física ou jurídica, é o executado no regime de execução concursal falimentar. Empresário é o que exerce atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens e serviços . Profissionais liberais não são empresários. Tem que estar registrado no Registro de Empresas. 
Quando o empresário não á capaz de honrar com suas obrigações no vencimento, o juiz deve inaugurar o procedimento de execução concursal (falência) destinado à satisfação dos credores.
Dos Atos Ensejadores da Falência :
A insolvência financeira difere da falência em seu significado. Estes atos são circunstâncias que ensejam a insolvência para fins falimentares. 
A insolvência econômica não se constitui como um fator, por si só, para a decretação falimentar. A insolvência nessa espécie de processo é indicada por uma série de circunstâncias previstas no Art. 94 da Lei 11.101/2005 que podem ser resumidos em impontualidade injustificada de obrigação líquida, execução frustrada ou atos de falência propriamente ditos. 
OBS: a insolvência civil é aplicada ao devedor civil privado, prevista no Art. 748 do CPC, já a insolvência falimentar á aplicada ao devedor empresário e disposta na Lei 11.101/2005. 
Com relação à impontualidade injustificada deve-se atentar para três requisitos : a liquidez do título não pago, o protesto do título e o valor superior a 40 salários mínimos. Para se caracterizar como injustificada a impontualidade não deve estar inserida em algumas das hipóteses de falência previstas no Art. 96 da Lei de Falência. Nenhum outro meio de prova pode ser utilizado para caracterizar a impontualidade. 
Já a frustração da execução se caracteriza pela inexistência de pagamento, depósito ou nomeação de bens a penhora por parte do empresário. Nesse caso a execução deve ser encerrada e o credor deverá entregar o pedido de falência – Art. 94, inciso II da Lei de Falência. 
O inciso III do Art. 94 da Lei de Falência traz algumas circunstâncias chamadas de atos falimentares propriamente ditos como: a liquidação precipitada, que pode levar a situação de fraude ao credor; negócios simulados, quando o empresário tenta retardar pagamentos ou fraudar credores por meio de transações inexistentes; alienar irregularmente estabelecimento; simular estabelecimento de empresa (transferência); garantia real; abandono de estabelecimento empresarial; o descumprimento de plano de recuperação judicial. 
Do Processo Falimentar : trata-se de um processo.
Dividido em três etapas:
 Etapa Pré-Falencial: inicia-se com o Pedido de falência (petição inicial de falência) → sentença que pode ser declaratória de falência.
Etapa Falencial: inicia-se com a Sentença declaratória da falência e se conclui com o encerramento da falência com a liquidação do ativo e pagamento do passivo. 
Reabilitação – compreende a declaração da extinção das responsabilidades de ordem civil do devedor falido. 
OBS: O procedimento falimentar compreende três fases distintas:
Etapa Pré-falimentar – em razão da ainda não existência de uma sentença declaratória de falência, nomeia-se pré-falimentar a fase que compreende o período entre o pedido inicial e a sentença declaratória de falência; se sobrevier a sentença denegatória irrecorrível, o processo se extingue. Contra a sentença declaratória cabe agravo, conforme a LF.
Etapa Falencial – se inicia na sentença declaratória seguida da formação do sujeito de falência, da habilitação do crédito, a colocação em ordem de preferência, a liquidação do ativo e o pagamento do passivo até o limite econômico possível. 
Reabilitação – é a fase compreendida de acordo com os prazos do Art. 158 da LF 11.101/2005. 
IMPORTANTE: A competência para os processos de falência, de recuperação judicial e homologação de recuperação extrajudicial, bem como de seus incidentes, é do juízo do principal estabelecimento do devedor, conforme o Art. 3º da LF. 
Principal estabelecimento é aquele em que se encontra centrado o maior volume de negócios da empresa, ou seja, é o principal estabelecimento do ponto de vista econômico. 
Segundo o Art. 3° da LF, o juízo competente para seu trâmite é da comarca onde houver o principal estabelecimento do devedor. O principal estabelecimento será como a localidade onde houver a maior movimentação financeira da empresa, ou seja, não necessariamente a matriz da mesma. Ainda o Art. 73 da LF determina que as causas de natureza trabalhistas, fiscais e outras relacionadas nessa lei serão processadas em juízo apartado. 
Na hipótese de mais de um juízo cível na mesma comarca, a distribuição do primeiro pedido de falência ou de recuperação judicial referente a um determinado devedor previne a competência para a apreciação dos pedidos seguintes. 
O Art. 106 do CPC – no caso de dois pedidos junto à mesma competência territorial será prevento, de acordo com a regra deste artigo, aquele que primeiro o receber. 
IMPORTANTE: O juízo da falência é Universal, ou seja, significa que todas as ações referentes aos bens, interesses e negócios da massa falida serão processadas e julgadas pelo juízo em que tramita o processo de execução concursalpor falência – Art. 76 da LF. 
IMPORTANTE: Cinco exceções ao princípio da universalidade do juízo falimentar:
Ações não reguladas pela Lei Falimentar em que a massa falida for autora ou litisconsorte ativa – Art. 76 da LF;
Ações trabalhistas cuja competência é da Justiça do Trabalho, de acordo com o Art. 114, inciso I da CF;
Ações fiscais e tributárias cuja competência está regulada no Art. 187 do CTN, incluindo os créditos previdenciários;
Ações de conhecimento em que a União for parte interessada, caso em que a competência é da Justiça Federal, de acordo com o Art. 109, inciso I da CF, ressaltando que se refere a obrigação ilíquida, de que seja ré a massa falida, onde a União ou entidade autárquica ou empresa pública federal seja parte interessada. 
Ações que demandam obrigações ilíquidas, conforme Art. 6° da LF.
Do Rito Falimentar – Pedido de Falência
Legitimados para o pedido de falência do devedor – o próprio devedor, qualquer credor, o cônjuge sobrevivente, o sucessor a título universal, qualquer acionista.
Raramente o empresário devedor requer a autofalência, mesmo na presença dos pressupostos legais. Tem legitimidade ativa concorrente o cônjuge sobrevivente, aos herdeiros, ao inventariante, ao sócio da empresa devedora, e o credor que tem mais interesse na instauração do processo de falência. 
Os critérios para o requerimento de falência por terceiros é objetivo, enquanto que os critérios para requerimento de autofalência pelo devedor são subjetivos. 
No pedido falimentar a legitimidade para a sua propositura compete ao próprio devedor, a qualquer acionista, ao cônjuge sobrevivente, aos sucessores ou na situação mais comum, a qualquer credor. Com exceção do próprio devedor, os demais deverão requerê-la com base nos critérios objetivos contidos no Art. 94 da LF; já o próprio devedor poderá fazê-lo subjetivamente, de acordo com a regra do Art. 105 da LF. 
Com relação ao credor a Lei estabelece alguns requisitos para o exercício da ação. Assim, o credor empresário deve provar a regularidade do exercício de comércio, exibindo a inscrição individual ou registro dos atos constitutivos da sociedade comercial, enquanto o credor não domiciliado no país deve prestar caução, conforme Art. 97 § 2° da LF. O credor civil não necessita desses requisitos. 
O credor que pretenda legitimar seu pedido de falência do devedor deve exibir seu título ainda que não vencido, uma vez que deverá ser incluso na falência os créditos vencidos e vincendos. 
No rito falimentar requerido por terceiros ( credor, sócio da empresa devedora, inventariante, sucessor), poderá ocorrer quatro hipóteses com relação ao pedido de falência: 
O requerido só contesta e se o juiz acolher as razões de defesa, proferirá a sentença denegatória e condena o requerente na sucumbência ou decreta a falência se acolher o pedido do autor.
Se o requerido contesta e deposita, o juiz poderá ou acolher as razões de defesa, e determina o levantamento do depósito em favor do requerido e profere a sentença denegatória, ou não acolhe proferindo a sentença denegatória, autorizando o levantamento do depósito em favor do requerente, não havendo procedência do pedido de falência devido ao depósito elisivo, quando acompanhado da contestação. 
Se o requerido só deposita – o juiz profere a sentença denegatória de falência e determina o levantamento do depósito em favor do requerente. Mas neste caso há o mesmo efeito do reconhecimento do pedido. 
Se o requerido não contesta, nem deposita – o juiz declara a falência e instaura a execução concursal dos bens do devedor.
Sentença Declaratória de Falência
Natureza – a sentença declaratória de falência, por dar sequência ao procedimento falimentar, produz, desde sua expedição, efeito de caráter constitutivo, uma vez que gera modificação do status do devedor, dos credores e dos bens do falido. Assim, o devedor passa a ser falido, seus bens se tornam indisponíveis, seus credores passam a ter ingerência sobre a liquidação dos bens, etc. Portanto introduz o falido e os credores no regime jurídico falimentar, por isso seu caráter constitutivo. 
Art. 99, inciso II da LF – “ A sentença que decretar a falência do devedor, dentre outras determinações: Inciso II – fixará o termo legal da falência, sem poder retrotraí-lo por mais de 90 dias contados do pedido de falência, do pedido de recuperação judicial ou do 1° protesto por falta de pagamento, excluindo-se, para esta finalidade, os protestos que tenham sido cancelados. 
Conteúdo – Art. 99 da LF – o conteúdo da sentença declaratória de falência atende aos mesmos requisitos genéricos do Art. 458 do CPC. Além desses requisitos genéricos, a sentença falimentar deverá conter a identificação do devedor, a localização do seu estabelecimento principal, o termo legal de falência, a nomeação do administrador judicial, a formação dos órgãos de falência, além de medidas cautelares eventuais como o sequestro de bens (até de ofício). 
Termo legal de falência – é o lapso temporal anterior à declaração da falência que tem por objetivo avaliar a eventual má-fé do devedor e, portanto, a ineficácia de determinados atos perante a massa de credores. Segundo o Art. 99, inciso II, o prazo máximo do termo é de 90 dias a contar do primeiro protesto; se for o próprio devedor que requerer a falência, 90 dias antes do despacho da inicial. 
Recurso – o recurso cabível da sentença declaratória de falência é o agravo de instrumento, uma vez que trata-se de decisão interlocutória. 
Sentença Denegatória de Falência 
Conceito – é o ato que extingue o processo falimentar, seja pelo depósito, seja por qualquer razão de direito que impeça a progressão da liquidação. 
Existência de dolo – O Art. 101 da LF confere ao magistrado a possibilidade de arbitrar indenização por perdas e danos, no caso de dolo por parte do requerente. Caso a mesma não seja emitida, o prejudicado deverá pleitear a indenização em ação autônoma, uma vez que essa não constava da parte petitória inicial. 
Efeito do depósito – o depósito do valor principal, acrescido das verbas de sucumbência, custas processuais e honorários advocatícios, impedem a declaração da falência. Depósito elisivo. 
Recurso – a sentença que denega o pedido de falência será objeto do recurso de apelação, conforme o Art. 100 da LF. 
Da Administração da Falência – Órgãos da Falência:
Administração da massa falida: Juiz, MP, Órgão da Falência
Órgãos da Falência : Administrador Judicial, Assembleia de Credores e Comitê de Credores.
Do papel do Juiz – no processo falimentar compete ao magistrado presidir a administração da falência, agindo como superintendente das ações do administrador judicial. Dentre outras funções incumbe ao magistrado: 
Autorizar a venda antecipada de bens, pagar o salário do administrador judicial e de seus auxiliares, aprovar as prestações de contas do administrador judicial, etc. 
OBS: o representante do MP intervém no processo falimentar, na qualidade de fiscal da lei Art. 8º, Art. 9°, Art. 30, § 2° e Art. 132 da LF.
Tanto o juiz como o representante do MP tem nesse processo falimentar funções de cunho administrativo.
Do Administrador Judicial – Art. 21 da LF – o papel e função do Administrador Judicial – o administrador judicial é agente auxiliar do juiz cuja atribuição está diretamente ligada à administração da falência. Além de auxiliar o juiz, o administrador judicial também é o representante dos interesses dos credores, chamados de massa falida subjetiva. 
Art. 12, inciso III do CPC – serão representados em juízo, ativa e passivamente a massa falida pelo síndico. 
A função do administrador judicial é indelegável podendo contar apenas com auxiliares autorizados previamente pelo juiz. 
O administrador judicial pode deixar suas funções por substituição ou por destituição. No primeiro caso não se trata de uma sanção aplicada ao administrador, mas uma providência legal por fatores diversos como, por exemplo, a falta de perícia na condução da falência. Já a destituição é umasanção aplicada ao administrador judicial que tenha agido em conflito com os interesses da massa ou não observado o cumprimento de prazos legais. Se destituído não poderá ser nomeado como administrador judicial por 5 anos após sua última destituição.
Causas de substituição: renúncia, morte, incapacidade civil e falência.
Causas de destituição: inobservância de prazo legal e interesse conflitante com o da massa falida.
O administrador judicial entre suas várias funções tem por mais importantes:
 a verificação de créditos (Art. 7 a Art. 20 da LF) – o juiz apenas decide sobre as impugnações dos credores ou interessados;
relatório inicial - exame das causas e circunstâncias que ocorreram a falência, análise do comportamento do falido, apresentado 40 dias após o termo de compromisso.
as contas mensais ( Art. 22 da LF) – até 10° dia de cada mês – prestação de contas ao juiz com receita e despesa da massa falida.
relatório final ( Art. 155 da LF). – 10 dias contados do término da liquidação e do julgamento das contas. Tem o ativo e o passivo com o saldo pertinente a cada credor. Permite a extrações das certidões de crédito remanescente. 
Sua prestação de contas ordinárias é mensal. As impugnações tem o prazo de 10 dias e parecer do MP em 5 dias. 
Da Assembleia Geral de Credores – Art. 35, inciso II da LF
Ministério Público ← Juiz → Órgãos da Falência ( Administrador Judicial, Assembleia de Credores e Comitê de Credores)
Juiz – Presidente da Falência
MP – fiscal legal 
Órgãos da Falência: Adm. Judicial, Assembleia de Credores e Comitê de Credores.
A assembleia geral de credores é o colegiado falimentar, que reúne os interesses da massa falida e segundo o Art. 35, inciso II da LF, tem por principais objetivos: 
Aprovar a constituição do Comitê de Credores e eleger seus membros, sendo a assembleia a reunião do interesse geral, e o comitê será o órgão designado para a atividade de fiscalização, só podendo emergir, portanto, da própria assembleia. 
Adotar modalidades extraordinárias de realização do ativo do falido – a lei de falência não é taxativa quanto às formas de execução do patrimônio do devedor, podendo modifica-la a qualquer tempo por deliberação da maioria. 
Deliberar sobre assuntos de interesse geral da massa falida. 
Art. 38 da LF – a proporcionalidade dos votos na Assembleia de Credores, não diz respeito ao número de membros, mas sim ao volume individual de crédito. Terá direito ao voto na assembleia, as pessoas inclusas no quadro geral de credores ou da relação de credores apresentada pelo administrador judicial nos termos do Art. 39 da LF. 
OBS: A assembleia geral de credores será composta pela divisão de classes entre credores, representada pela seguinte ordem hierárquica: 
titulares de crédito decorrente de créditos da legislação trabalhista ou de acidente de trabalho;
titulares de crédito com garantia real;
titulares de crédito quirografário com privilégios especiais, com privilégios gerais ou subordinados;
titulares de crédito enquadrados como microempresas ou empresa de pequeno porte; nesse caso incluso posteriormente pela Lei Complementar LC 147/2014 e enquadrado como crédito de privilégio especial. 
Art. 83 da LF : 1) trabalhistas ; 2) Garantia Real; 3) Tributário; e 4) quirografário: especial, geral e subordinado. 
A Presidência da Assembleia Geral de Credores será efetivada pelo Administrador Judicial, acompanhado de um secretário nomeado entre os credores presentes. A presença física do credor é indispensável para a eficácia das decisões, tendo em vista que, em caso contrário, podem não representar o interesse da maioria, segundo a interpretação da regra do Art. 37, § 2° da LF. O credor pode ser representado por mandatário ou representante legal, desde que previamente comunicado ao administrador judicial nos termos do Art. 37, § 4° da LF. Ainda poderá o sindicato representar os trabalhadores desde que o faça nos termos da LF. 
A representação de 25% do total de créditos de uma determinada classe poderá requerer ao juiz a convocação de Assembleia em caráter extraordinário. 
Do Comitê de Credores
O Comitê de Credores tem por função principal fiscalizar a atividade do administrador judicial nos modos previstos do Art. 27, inciso I da LF. O Comitê de Credores deverá ser composto da seguinte forma: 
um representante dos credores trabalhistas;
um representante dos credores com direitos reais e privilégios especiais;
um representante dos credores com privilégios gerais;
um representante dos credores de pequena e micro empresas – art. 26 da LF.
Em qualquer caso, os representantes terão 2 suplentes.
OBS: Não poderão integrar o Comitê de Credores: 
aquele que exerceu nos últimos 5 anos anteriores, cargo de administrador judicial ou de membro de Comitê de Credores de Falência;
aquele que foi destituído desta função;
aquele que deixou de prestar contas ou teve as mesmas rejeitadas em exercício de mandatos anteriores. 
Da Apuração do Ativo do Falido
Após a sentença declaratória de falência → apuração do ativo e verificação do passivo.
Proferida a sentença declaratória, tem início o processo falimentar propriamente dito, que se inicia com a arrecadação dos bens componentes, da agora chamada de massa falida. A arrecadação de bens recairá sobre todos aqueles na posse do falido, bem como de seus documentos e escriturações mercantis, cabendo ainda, medidas judiciais como o pedido de restituição e os embargos de terceiro. 
Pedido de Restituição – Art. 85 da LF – O proprietário de bem arrecadado no processo de falência ou que se encontre em poder do devedor na data da decretação da falência poderá pedir sua restituição. 
Parágrafo único – também pode ser pedida a restituição de coisa vendida a crédito e entregue ao devedor nos 15 dias anteriores ao requerimento de sua falência, se ainda não alienada. 
Súmula 495 do STF – a restituição em dinheiro da coisa vendida a crédito, entregue nos 15 dias anteriores ao pedido de falência ou de concordata, cabe, quando, ainda que consumada ou transformada, não faça o devedor prova de haver sido alienada a terceiro. 
Art. 93 da LF – Embargos de Terceiros – Nos casos em que não couber pedido de restituição, fica resguardado o direito dos credores de propor embargos de terceiros, observada a legislação processual civil. 
Da Verificação de Créditos 
A verificação de créditos é de responsabilidade do administrador judicial. É a verificação que irá de fato habilitar os credores no processo falimentar. 
O momento inicial da verificação é a publicação da relação de credores; na autofalência é apresentado pelo próprio devedor e a falência a pedido, o devedor deverá apresentar a lista nos 5 dias seguintes ao despacho da sentença. Após juntada aos autos a relação de credores, esta será publicada no Diário oficial, tendo os credores 15 dias para se habilitarem. Em caso de divergências, deverá o administrador judicial republicar a lista, tendo os interessados, 10 dias de prazo para impugná-la. Os credores impugnados terão 5 dias para contestar a impugnação e em seguida intima-se o falido para se manifestar no prazo, a respeito da lista, de também 5 dias. 
Após essa conclusão o administrador judicial tem 5 dias para proferir, sem parecer, levando os autos à conclusão para o magistrado. 
Poderá ser publicado em DO a lista de credores junto com a sentença declaratória de falência e ser conferida pelos credores. O credor fiscal e os credores remanescentes da convolação da recuperação judicial em falência estão dispensados desta habilitação na lista. 
Qualquer divergência da lista deverá ser reclamada ao administrador judicial. 
Legitimados para impugnação da lista de credores (habilitação) : qualquer credor, o comitê de credores, o falido, o sócio ou acionista e o MP. 
Concluída a dilação probatória das impugnações, o juiz julga as mesmas, rejeitando ou acolhendo elas. Contra estas decisões caberá agravo. 
Da Liquidação do Processo Falimentar
São dois objetivos da liquidação falimentar:a realização do ativo, vendendo os bens arrecadados e o pagamento do passivo a medida da possibilidade resultante do processo de venda judicial. 
A venda dos bens arrecadados pode ser feita de 3 maneiras: por conveniência e com vistas à otimização dos recursos existentes.
Compete ao juiz escolher entres as alternativas legais, de forma discricionária a melhor opção ao caso concreto.
Leilão – a venda por leilão deve atender às normas específicas da LF. Assim é indispensável, por exemplo, a intimação do MP. Para a LF não há distinção entre a venda de bens imóveis e de bens móveis, quanto ao procedimento. 
Proposta Fechada – a apresentação das propostas fechadas segue um procedimento similar ao da licitação com a apresentação dos envelopes lacrados junto ao cartório distribuidor. A venda por proposta fechada deve ser divulgada de forma ampla no DO e em jornais de grande circulação. 
Pregão – o pregão é uma combinação entre leilão e as propostas fechadas. Assim, é dividido em duas fases: primeiro o recebimento das propostas fechadas e posteriormente, o leilão por lances orais, do qual participarão aqueles que apresentarem propostas não inferiores a 90% da maior oferta. Ainda, nesta modalidade o valor de abertura será o da proposta recebida do maior ofertante presente, o qual fica obrigado à mesma; caso este não compareça e não seja dado o lance igual ou superior ao valor por ele ofertado, ficará o mesmo obrigado a pagar pela diferença que for constatada. 
Responsabilidade ilimitada dos sócios – Art. 81 da LF – nos casos de sócios com responsabilidade ilimitada, deverão ser vendidos, primeiramente seus bens sociais e, somente depois chegará aos seus bens particulares, se forem necessários para o pagamento do passivo.
Responsabilidade Limitada dos sócios – Art. 82 da LF – o art. 82 trata dos sócios com responsabilidade limitada. A não ser nos casos de desconsideração da personalidade jurídica, o encerramento da execução concursal, extingue as obrigações dessa categoria. 
Com o apurado na venda dos bens da massa serão pagos tanto os credores da falido, admitidos de acordo com a habilitação da lista de credores. Após os relatórios do administrador judicial e da prestação de contas, o juiz profere a sentença declarando o encerramento do processo de falência, que é publicada em edital e podendo ter recurso de apelação – art. 156.
Da Reabilitação do Falido – Art. 158 da LF
Conceito – após o término do procedimento falimentar, poderá o falido requerer, dentro dos limites da lei de falência, a possibilidade de reversão do status de falido ( reabilitação para exercer atividade empresarial). Esse procedimento é objetivo e taxativo e, segundo a doutrina, é chamado de reabilitação do falido.
Com relação ao Art. 158 da LF é importante ressaltar que o a extinção das obrigações, requeridas em declaração por sentença, ocorre nas seguintes hipóteses:
com relação ao pagamento total dos créditos, devem ser computados as custas legais, verbas processuais, honorários advocatícios e eventuais despesas adicionais;
o pagamento de 50% dos créditos quirografários deve necessariamente passar pelo pagamento dos créditos com privilégios especiais – inciso II;
decorrido o prazo de 5 anos, independentemente do cumprimento da obrigação, reputa-se o falido como reabilitado, se não concorreu para crime falimentar. 
decurso do prazo de 10 anos após o encerramento da falência, se houve condenação do falido ou do representante legal da sociedade falida por crime falimentar – Inciso IV;
prescrição das obrigações anteriormente ao decurso desses prazos decadenciais, lembrando que a declaração da falência suspende a fluência dos prazos prescricionais das obrigações do falido que recomeçam a contar a partir do trânsito em julgado da sentença de encerramento da falência. Se antes de 5 ou 10 anos ocorrer a prescrição, extingue-se a obrigação. 
O falido reabilitado civil e criminalmente poderá voltar a explorar as atividades empresariais e se não requereu sua reabilitação, os efeitos da inabilitação fica limitada a 5 anos, contados da extinção da punibilidade – Art. 181, § 1° da LF.
Recuperação Judicial 
Conceito – substituiu a concordata em 2005. Objetivo latu. A recuperação judicial é procedimento que tem por finalidade a renovação e o saneamento financeiro de uma empresa, aprovada mediante os termos da LF, a fim de manter a função social da empresa. Ao contrário da falência que se baseia em critérios objetivos estritos para a sua decretação, a recuperação judicial é baseada em um certo grau de subjetividade por parte do Poder judiciário. 
Para requerer a recuperação judicial, a lei estipula requisitos objetivos aplicados ao empresário:
exercer atividade há pelo menos 2 anos, seja ela no mesmo ramo ou ramo empresarial diverso;
se for falido, ter tido suas obrigações extintas por sentença judicial;
não ter obtido recuperação judicial nos últimos 5 anos ou nos últimos 8 anos no caso de micro ou pequeno empresário;
ter suas obrigações criminais extintas na forma da lei.
Art. 49 da LF – na recuperação judicial, os créditos englobados na sua apreciação computam-se, entre os vencidos e os vincendos.
As relações de garantias acessórias como a fiança e o aval, são obrigações acessórias que persistem, não podendo o garantidor se eximir da mesma.
Com relação as obrigações pretéritas, o plano de recuperação judicial pode prever, segundo o Inciso I do Art. 50 “ a concessão de prazos e condições especiais para pagamentos das obrigações vencidas ou vincendas”. Isso resulta na possibilidade de diminuição do valor principal e supressão de juros.
Meios de Recuperação Judicial
Art. 51 da LF – petição inicial para análise do pedido de plano de recuperação judicial com o esboço do plano. 
Com relação às medidas pertinentes ao plano de recuperação judicial, deve-se levar em conta por exemplo, a possibilidade dos credores interferirem diretamente na condução da empresa por meio de voto e de veto nas deliberações sociais.
Inciso X – a sociedade de credores, prevista neste inciso, ao art. 50 da LF, representa a possibilidade de um ente personificado autônomo, por tempo determinado, cujas as funções são paralelas, mas em conjunto com a assembleia de credores.
Inciso XII – equalizar encargos financeiros significa nivelar dívidas de uma mesma natureza. Ex; pode ser proposta aos fornecedores que se encontram em uma faixa de crédito semelhante que recebam a mesma quantidade devida.

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