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Resumo de Processo Civil Av. Bimestral 2 B DN6B (1)

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Da Execução em Geral
Pressupostos Processuais da Ação Executiva:
Subjetivos : capacidade das partes, capacidade postulatória, competência do juízo;
Objetivos: petição inicial, citação válida, juiz natural, juiz investido, pressupostos específicos de inexistência ( litispendência, coisa julgada e perempção). 
Legitimidade Ativa (Art. 566 e Art. 567): 
Credor (legitimidade ordinária- direito próprio);
Ministério Público – legitimação extraordinária – direito alheio;
Espólio; herdeiros; Sucessores ( Legitimação sucessiva ou derivada);
Cessionários ( Legitimação sucessiva ou derivada);
Sub rogado (Legitimação sucessiva ou derivada).
Legitimidade Passiva (Art. 568):
Devedor – legitimação ordinária;
Espólio/ Herdeiros/ Sucessores – legitimação sucessiva ou derivada;
Novo Credor;
Fiador Judicial – responsável;
Responsável Tributário.
Princípios da Execução:
Princípio da Disponibilidade – a execução é realizada no interesse do credor, sendo voltada à satisfazer mesmo contra a vontade do devedor a prestação devida. Art. 569 do CPC.
Art. 573 – É lícito ao credor, sendo o mesmo o devedor, cumular várias execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes, desde que para todas elas seja competente o juiz e idêntica a forma do processo. 
Competência do Processo de Execução – Art. 86 ao Art.100 do CPC:
Título Executivo Judicial – sentença – prolatada por juiz de 1° grau – Art. 475-P/ Art. 575 :
Inciso II – Fase de cumprimento de sentença;
Inciso I – Tribunais – Competência Originária;
Inciso III – Juízo cível – sentença penal condenatória, sentença arbitral e sentença estrangeira.
Título Executivo Extrajudicial – Art. 576:
Foro domicilio do devedor (Art. 94)
Foro de eleição em contrato de adesão;
Lugar do fato ou praça de pagamento (Art. 100, inciso IV, alínea d).
Título Executivo:
Conceito: título é o documento que representa a obrigação (obrigação de fazer, não fazer, dar coisa certa, dar coisa incerta, pagar quantia de dinheiro contra devedor solvente, pagar quantia em dinheiro contra devedor insolvente, etc).
Natureza jurídica – pressuposto processual – a natureza jurídica é de que ele representa um pressuposto processual (requisito mínimo de validade processual e de existência de um processo).
Requisitos / Atributos – Líquido, certo e exigível conforme disposto no Art. 586;
Título Líquido – é aquele título que não depende de apuração de valor (quantum debeatum, ou seja, valor da prestação). Caso o título não seja líquido deverá ser proposto a sua liquidação do título, tal procedimento encontra-se disposto a partir do Art. 475-A. A liquidação inaugura uma nova fase no processo chamado “ Liquidação de Sentença”.
Título Certo – é aquele título comprovado documentalmente.
Título Exigível – o título somente pode ser exigido após o vencimento.
Título Executivo Extrajudicial : Art. 585 do CPC, Rol exemplificativo e não taxativo.
Inciso I – Títulos Cambiais – direito comercial – a) Letra de câmbio – letra de câmbio é o título utilizado nas negociações que envolvem moeda e armazéns gerais; b) debênture – confere aos respectivos titulares um direito de crédito contra uma companhia (geralmente S/A) – previsto em Lei 6.404/76 – Lei das Sociedades Anônimas; c) Cheque – título de pagamento à vista; d) Nota Promissória – circulação de valores e mercadorias; e) Duplicata – mais fácil sem protesto (boleto).
Inciso II – Escritura Pública, documento público, documento particular (devedor e mais duas testemunhas), Instrumento referendado pelo Ministério Público ou Defensoria Pública.
Inciso III – Caução Real ( hipoteca, penhora e anticrese), Caução Fidejussória (fiança);
Inciso IV – Foro – denominado pensão, valor pago anualmente pelo enfiteuta ao senhorio direto decorrente de contrato de “enfiteuse”.
Laudêmio – consiste consiste na compensação devida pelo enfiteuta ao senhorio direto quando este não usar o direito de preferência – Art. 678 ao Art. 683 do CC de 1.916.
Inciso V – Contrato de Locação, água, energia, telefone, condomínio;
Inciso VI – Crédito de serventuário;
Inciso VII - CDA;
Inciso VIII – todos os demais – rol exemplificativo.
Art. 587 – É definitiva a execução fundada em título extrajudicial , é provisória enquanto pendente apelação da sentença de improcedência dos embargos do executado, quando recebidos com efeito suspensivo nos termos do Art. 739.
Responsabilidade Patrimonial:
Regra Geral – a execução recai sobre bens presentes e futuros (Art. 591);
Conceito – a responsabilidade patrimonial consiste no vínculo de natureza processual que sujeita os bens de uma pessoa, devedora ou não, à execução.
Art. 592 – inciso I – sucessor a título singular é aquele que adquiriu a coisa litigiosa no curso do processo (processo de conhecimento ou execução) tendo ou não substituído a parte original (art. 41 e Art. 42 do CPC).
Obrigação Reipersecutória é aquela pela qual o devedor se obriga a restituir a coisa ao proprietário.
Art.592 Inciso II – o sócio, nos termos da lei. OBS : O instituto da desconsideração da personalidade jurídica também chamada de despersonalização possibilita que em caso de fraude, desvio de finalidade ou abuso de direito, o sócio responda com o seu patrimônio pessoal ( Art. 50 do CC).
Art. 592 Inciso III – bens do devedor em poder de terceiros, ex: posse violenta e bens de laranja.
Art. 592 – Inciso IV – cônjuges – bens reservados e meação – qualquer que seja o regime de bens, somente os bens do cônjuge que firmou a dívida respondem pela execução, tratando-se de dívida contraída em benefício da família respondem todos os bens dos cônjuges pela dívida.
Art. 592 – inciso V – alienados ou gravados com ônus real em fraude de execução. 
Fraude à Execução:
Conceito – consiste na alienação ou oneração de bens gravados com ônus real num processo de conhecimento ou execução – Art. 593 do CPC.
Fraude contra devedores – está regulamentada no Código Civil no Art. 158 e SS., tendo como requisitos a diminuição de patrimônio do devedor que configure situação de insolvência e a intenção do devedor e do adquirente do bem em causar dano ao credor.
Ação Pauliana – é a ação responsável para combater a fraude contra credores. OBS : o credor quirografário é o credor com garantia real.
Art. 595 – O fiador, quando executado, poderá nomear à penhora bens livres e desembargados do devedor. Os bens do fiador ficarão, porém, sujeitos à execução, se os do devedor forem insuficientes à satisfação do direito do credor.
Art. 596 – os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da sociedade senão nos casos previstos em lei, o sócio, demandado pelo pagamento da dívida, tem direito a exigir que sejam primeiro excutidos os bens da sociedade. 
§ 1° - Art. 596 – Cumpre ao sócio, que alegar o benefício deste artigo, nomear bens da sociedade, sitos na mesma comarca, livres e desembargados, quantos bastem para pagar o débito.
Art. 597 – o espólio responde pelas dívidas do falecido, mas, feita a partilha,cada herdeiro responde por elas na proporção da parte que na herança lhe coube.
Art. 600 – Considera-se atentatório à dignidade da justiça o ato do executado que:
I – frauda a execução;
II – se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos;
III – resiste injustificadamente às ordens judiciais;
IV – intimado, não indica ao juiz, em 5 dias, quais são e onde se encontram os bens sujeitos à penhora e seus respectivos valores.
Execução por Quantia Certa Contra Devedor Solvente: Art. 646 ao Art. 724
Fundamentada em título extrajudicial com obrigação de entregar ou dar quantia certa (dinheiro):
Divide-se em 04 Fases: 
1ª Fase de Proposição
2ª Fase de Apreensão de Bens;
3ª Fase de Expropriação;
4ª Fase de Satisfação do Credor 
Art. 646 – a execução por quantia certa tem por finalidade expropriar bens do devedor para satisfazer o direito do credor. 
1ª Fase de Proposição ou Interposição:
Inicia-se com interposição da petição inicial (nos requisitos do Art. 282)requerendo pelo credor a citação do devedor para que no prazo de 03 dias efetive o pagamento da dívida, conforme disposto no Art. 652.
Art. 652, § 1° - Não efetuado o pagamento, o oficial de justiça, munido da 2ª via do mandado, fará a penhora de bens e sua avaliação, intimando o executado destes atos na oportunidade imediata.
OBS: Para haver penhora tem que haver a citação.
Art. 652, § 2° - o credor poderá na petição inicial indicar bens a serem penhorados;
Art. 652, § 3° - o juiz, de ofício ou a requerimento do credor, poderá determinar a intimação do devedor para indicar bens passíveis de penhora.
Art. 653 – O oficial de justiça não encontrando o devedor para a citação poderá arrestar os bens ( pré penhora) para garantir a execução. Nos 10 dias depois do arresto o oficial de justiça deverá tentar localizar o devedor por 3 vezes distintas.
Art. 654 – depois que o credor for intimado do arresto terá 10 dias para requerer a citação por edital do devedor, que no final deste prazo o arresto se converte em penhora.
Quadro Sinótico da Fase de Proposição de Execução por Quantia Certa: 04 hipóteses
	Na petição Inicial o devedor é citado para pagar a dívida em 03 dias:
	1ª hipótese: 
devedor é citado e faz o pagamento voluntário em 03 dias, isto gera a extinção da Execução ( Art. 794-I e Art. 795)
	2ª Hipótese: 
devedor citado, mas não paga a dívida em 03 dias, o oficial de justiça munido da 2ª via do mandado, fará a penhora dos bens e sua avaliação. 
	3ª Hipótese: devedor não foi citado porque não foi encontrado e o oficial de justiça fará o arresto (pré penhora) dos bens do devedor ( Art. 653). Após a citação do devedor por edital haverá a conversão do arresto em penhora. 
	4ª hipótese:
O devedor citado, mas não paga, porém interpõe Embargos no prazo de 15 dias ( Art. 738). 
 Lembrando que estes Embargos em regra não tem efeito suspensivo. Com efeito suspensivo somente nas hipóteses do Art. 739-A, § 1°. 
SQP – Art. 738, § 3° - não se aplica prazo em dobro para hipóteses do Art. 191 (Litisconsórcio). 
Art. 745 – Matérias arguíveis em Embargos à Execução: a) nulidade do Título, b) penhora incorreta ou avaliação errônea, c) excesso de execução, d) retenção por benfeitorias úteis e necessárias, e) matérias do Art. 301 (processo de conhecimento).
Art. 745-A – possibilidade de parcelamento da dívida com depósito de 30% e 06 parcelas, e este requerimento de parcelamento impede o devedor de efetivar Embargos à Execução. 
2ª Fase Apreensão de Bens : Penhora + Arresto + Busca e Apreensão
A penhora é ato processual que determina a apreensão de bens do devedor para posterior expropriação. 
Art. 648 – Não estão sujeitos à execução os bens que a lei considera impenhoráveis ou inalienáveis.
Art. 649 – São absolutamente impenhoráveis (impenhorabilidade absoluta):
I – bens inalienáveis (bens públicos, bem de família) e os declarados (com cláusula de inalienabilidade) por ato voluntário, não sujeitos à execução.
II – móveis, pertences e utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor que ultrapasse a necessidade de um padrão médio de vida.
III – vestuários, pertences de uso pessoal, salvo de elevado valor.
IV – vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, aposentadorias, pensões, pecúlios, quantias recebidas de terceiros para sustento da família, ganho de trabalhador autônomo, honorários de profissional liberal.
V – livros, máquinas, ferramentas, utensílios e instrumentos e outros bens móveis necessários ao exercício de qualquer profissão.
VI – seguro de vida.
VII – materiais necessários para obras em andamento, salvo se a obra estiver penhorada;
VIII – pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada em família;
IX – recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social;
X – depósito em caderneta de poupança até 40 salários mínimos;
XI – recurso público de partido político , recebidos nos termos da lei.
SQP - § 1° - a penhorabilidade é admitida em cobrança de crédito concedido para a aquisição do próprio bem.
SQP – no caso de penhora para prestação de alimentos é admitida nas hipóteses do inciso IV ao Art. 649 ( vencimentos, salários, ...), portanto a impenhorabilidade não é válida nesta hipótese.
SQP – Art. 650 – podem ser penhorados, na falta de outros bens, os frutos e rendimentos dos bens inalienáveis ( aluguel, arrendamento), salvo se destinado à pagamento de pensão alimentícia. 
Art. 651 – antes da adjudicação ou da alienação dos bens, o executado poderá remir a execução, pagando ou consignando a dívida, atualizada com juros, custas e honorários. 
SQP – Art. 655 : a penhora observará a preferência na seguinte ordem:
I – dinheiro ou depósito ou aplicação financeira;
II – veículos terrestres;
III – bens móveis em geral;
IV – bens imóveis;
V – navios e aeronaves;
VI – ações e quotas de sociedades empresariais;
VII – porcentagem de faturamento de empresa devedora;
VIII – pedras e metais preciosos;
IX – títulos da dívida pública da União;
X – títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;
XI – outros direitos.
§ 1° Art. 655 – na execução de crédito com garantia real, a penhora irá recair sobre esta garantia, se a coisa estiver com terceiro garantidor, ele será intimado da penhora.
Art. 655 –A : conceito de penhora eletrônica – o juiz, a requerimento do credor, requisitará à supervisão do sistema bancário as informações sobre os ativos em nome do executado , determinando a sua indisponibilidade até o valor indicado na execução.
Modalidades de Penhora:
Penhora eletrônica – Art. 655 –A;
Penhora Judicial – realizada pelo oficial de justiça – Art. 652
Penhora por termo nos autos (bens imóveis) – Art. 659, § 1°, Art. 664 e Art. 665
Penhora no rosto dos autos – Art. 674. 
Art. 656 – a parte poderá requerer a substituição da penhora:
I – se não obedecer à ordem legal;
II – se não incidir sobre os bens designados em lei, contrato ou ato judicial para o pagamento;
III – se, havendo bens no foro da execução, outros houverem sido penhorados;
IV – se, havendo bens livres, a penhora houver recaído sobre bens já penhorados ou objeto de gravame;
V – se incidir sobre bens de baixa liquidez;
VI – se fracassar a tentativa de alienação judicial do bem;
VII – se o devedor não indicar o valor dos bens ou omitir qualquer das indicações a que se referem os incisos I a IV do parágrafo único do Art. 668. 
§ 3° Art. 656 – o executado somente poderá oferecer bem imóvel em substituição caso o requeira com a expressa anuência do cônjuge.
3ª Fase de Expropriação : Art. 647 – a expropriação consiste na: a) adjudicação em favor do credor ou do credor com garantia real; b) na alienação por iniciativa particular; c) na alienação em hasta pública; d) no usufruto de bem móvel ou imóvel.
Adjudicação – consiste na transferência do bem penhorado ao patrimônio do exequente, para satisfação do seu crédito, sendo a principal modalidade de expropriação de bens do devedor. O credor tem a faculdade de adjudicar o bem, não desembolsando valores, pois o pagamento é feito com a utilização do seu crédito (art. 685-A).
Alienação por iniciativa particular – Art. 685-C – frustrada a adjudicação, passa-se à segunda modalidade de expropriação, que consiste na alienação dos bens do devedor por iniciativa e conta própria do credor. Consiste em faculdade e está em desuso.
Alienação por Hasta Pública – se divide em 3 fases:
1ª fase – atos preparatórios com publicação do edital e intimação das partes – Art. 686, incisos I a VI;
2ª fase – Leilão – Art. 689, Art. 689-A (leilão eletrônico) e Art. 690, a arrematação ocorre à vista ou em 15 dias (art. 690 –A).A arrematação consiste na possibilidade do Estado em transformar os bens penhorados em dinheiro, através da Hasta Pública (leilão ou praça)
3ª fase – assinatura do termo.
Hasta Pública – conceito – consiste em praça ou leilão público dos bens do executado, que foram apreendidospela penhora. Hasta Pública é gênero, que abrange o leilão (quando os bens destinados à arrematação são bens móveis) e praça (quando se tratar de bens imóveis).
Usufruto de Bem Móvel ou Imóvel
Usufruto é direito real de garantia (Art. 1.225 do CC), é uma modalidade de pagamento, pela qual o devedor é privado da disponibilidade dos frutos e dos rendimentos do bem móvel ou imóvel durante o tempo necessário à satisfação da obrigação.
O usufruto não implica na perda da propriedade, mas apenas dos frutos e dos rendimentos que serão revertidos ao credor para o pagamento da dívida exequenda. 
Art. 716 – o juiz pode conceder ao exequente o usufruto de móvel ou imóvel, quando o reputar menos gravoso ao executado e eficiente para o recebimento do crédito.
4ª Fase de Satisfação do Credor ( pagamento do credor):
Se realiza através de três formas:
Entrega do dinheiro;
Adjudicação dos bens penhorados;
Usufruto do bem móvel ou imóvel.
O pagamento pela entrega do dinheiro poderá ser voluntário ou forçado. O voluntário poderá ser a qualquer momento, e se dará no prazo de 03 dias ocorrido a citação ( Art. 652). Também poderá ser à vista ou parcelado ( Art. 745-A). Já a entrega de dinheiro forçado é aquela que se dará através da penhora de bens do executado, que serão objeto de expropriação para pagamento do credor.
Execução Contra a Fazenda Pública : Art. 730 ao Art. 731 c/c Art. 741 ao Art. 743.
Prazo de Embargos à execução contra a Fazenda Pública: 30 dias.
A decisão (sentença terminativa e sem resolução de mérito) que rejeitar liminarmente os Embargos é uma sentença recorrível por apelação – Art. 739
Art. 741 – na execução contra a Fazenda Pública os embargos só poderá versar sobre:
I – falta ou nulidade da citação, se o processo correu à revelia;
II – inexigibilidade do título;
III –ilegitimidade das partes ( privilégio da FP);
IV – cumulação indevida de execuções;
V – excesso de execução;
VI- qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que superveniente à sentença;
VII – incompetência do juízo da execução, suspeição e impedimento do juiz (privilégio da FP). Peça distinta ( Art. 742). 
Art. 743 – hipóteses de excesso de execução. Nas hipóteses do art. 743 havendo excesso de execução e os embargos forem acolhidos por esse fundamento, não ocorre a extinção da execução, mas tão somente a redução da quantia ou do valor cobrado, além dos honorários e das custas processuais. 
Art. 730 – na execução por quantia certa contra a FP, citar-se-á a devedora (FP) para opor embargos em 30 dias, se esta não os opuser, no prazo legal, observar-se-ão as seguintes regras:
I – o juiz requisitará o pagamento por intermédio do presidente do tribunal competente;
Precatório – acima de 60m salário mínimo, Requisição de Pequeno Valor (RPV) – até 60 salário mínimo.
SQP - Art. 100 da CF - até 30 de Junho – pagamento ano seguinte. Após 30 de junho – pagamento somente no outro ano. 
II – far-se-á o pagamento na ordem de apresentação do precatório e à conta do respectivo crédito. 
Art. 731 – se o credor for preterido no seu direito de preferência, o presidente do tribunal que expediu a ordem, poderá, depois de ouvido o chefe do MP, ordenar o sequestro da quantia necessária para a satisfação do crédito.
Embargos do Devedor – Art. 736 ao Art. 747:
Conceito – é a ação autônoma de conhecimento, de natureza declaratória ou constitutiva, cujo o objeto é a desconstituição ou depuração do título, ou ainda a nulidade da execução. Os Embargos correram em apenso à execução.
Espécies de Embargos:
Embargos à Execução: 
Sentença com título executivo Judicial (Art. 475-J, § 1°) – caberá impugnação no prazo de 15 dias. Exceção: sentença de título judicial contra a Fazenda Pública que caberá embargos ( Art. 741) no prazo de 30 dias.
Título Extrajudicial ( Art. 585) – caberá regra geral embargos à execução (Art. 738) no prazo de 15 dias. 
Embargos à Expropriação – Art. 746 – caberá esta espécie de embargos no prazo de 5 dias quando houver adjudicação, arrematação, alienação por hasta pública ou por iniciativa particular. Sinonímia : Embargos de segunda fase, embargos à adjudicação, embargos à arrematação, embargos à alienação.
Legitimidade para interposição de Embargos:
Embargos à Execução:
Ativa – devedor (executado), embargante.
Passiva – credor, exequente, embargado.
Embargos à Expropriação:
Ativa – devedor
Passiva – credor; no caso de arrematação ( credor + arrematante – litisconsórcio unitário e necessário); no caso de alienação ( credor + terceiro adquirente – litisconsórcio unitário e necessário).
Competência – em regra é do juízo da execução.
Exceções: a) na execução da sentença estrangeira o juiz competente será o juiz federal na Justiça Federal de 1° grau – Art. 109, inciso X da CF. b) na sentença penal condenatória o juízo cível, ou seja, a sentença penal será executada no juízo cível competente. C) sentença arbitral – será executada no juízo cível competente. 
Matérias Arguíveis 
Embargos à Execução:
De devedor / particular – Art. 745 do CPC – só se aplica aos títulos extrajudiciais;
Contra Fazenda Pública – Art. 741
Devedor / particular de título judicial – Art. 475-L (Impugnação)
Contra Fazenda Pública de título extrajudicial – Art. 745
OBS: SQP – Inciso VII do Art. 741 – privilégio da Fazenda Pública
Matérias Arguíveis nos Embargos à Expropriação – Art. 746:
Nulidade da Execução, Causa extintiva da obrigação (desde que superveniente).
Prazos: SQP
Embargos à Execução: a) Embargos à execução de devedor particular – Art. 738 no prazo de 15 dias; b) Embargos à execução contra a Fazenda Pública – Art. 730 no prazo de 30 dias.
Embargos à Expropriação : no prazo de 5 dias – Art. 746.
Embargos de Execução contra devedor ou Fazenda Pública para entrega de coisa – no prazo de 10 dias – Art. 621.
Efeitos: Regra Geral – efeito devolutivo – Art. 739-A. Exceção no § 1° do Art. 739-A, em caso de lesão grave ou de difícil e incerta reparação. Necessita de segurança do juízo ( ou seja terá que garantir a penhora para pedir o efeito suspensivo). Suspende somente os atos expropriatórios posteriores à penhora. 
Fases dos Embargos: Os Embargos à Execução possuem 4 fases:
1ª Fase: Postulatória – os embargos do devedor como ação autônoma segue o protocolo de uma petição inicial com todos os requisitos do Art. 282 e ao Art. 283 do CPC.
2ª Fase : Cognição Preliminar - condições da ação, pressuposto processual, decadência e prescrição. É na fase de cognição preliminar que o juiz analisará o efeito suspensivo – Art. 739-A.
3ª Fase: Impugnação para alegar incompetência do juízo, impedimento ou suspeição. Impugnar o valor da causa ou laudo pericial. Há cognição e processo de conhecimento para garantir o contraditório e a ampla defesa. Matérias arguíveis – Art. 475 + Art. 1° ao Art. 469 do CPC.
4ª Fase: Audiência de Conciliação, Instrução e Julgamento- A audiência de conciliação poderá ser agendado a qualquer tempo no processo. Na fase de saneamento o despacho saneador, antes da fase instrutória, consiste numa decisão interlocutória. Não sendo caso de julgamento antecipado da lide, ou resolução sem julgamento do mérito, o juiz designará audiência de conciliação, instrução e julgamento, facultando ao embargante e ao embargado a produção de provas. 
5ª Fase – Recursal – Art. 739 – sem julgamento de mérito – sentença terminativa – caberá apelação e Embargos de Declaração – Art. 740 – julgamento antecipado da lide em fase de saneamento.
Art. 740 – se o juiz indeferir as testemunhas, trata-se de decisão interlocutória, que caberá agravo de instrumento.
Exceção de Pré-Executividade ou Objeção de Pré-Executividade:
Conceito – cabível para a veiculação de matérias ligadas a admissibilidade da execução, cognocíveis de ofício pelo juiz. Essa defesa só tem cabimento quando se tratar de matérias de ordem pública – Art. 267, incisos IV, V e VI.
A exceção de pré-executividade é de criaçãojurisprudencial e doutrinária.
SQP - A decisão que rejeita a exceção de pré-executividade é uma decisão interlocutória sendo recorrível através de agravo. 
Execução Fiscal – LEF 6.830/80
Fazenda Pública executando o devedor. 
Título Extrajudicial – Art. 585 (CDA), inciso VII.
Conceito – É uma modalidade de execução por quantia certa, com base em título extrajudicial, constituído pelo CDA, regularmente inscrita de caráter expropriatória, que se realiza no interesse da União. 
Principais Diferenças da Execução Fiscal em relação à execução comum:
Competência – Art. 5° da Lei 6.830/80 – competência absoluta – “ A competência para processar e julgar a execução da Dívida Ativa da Fazenda Pública exclui a de qualquer outro juízo, inclusive o da falência, da concordata, da liquidação, da insolvência ou do inventário.
Citação – Art. 8º da Lei 6.830/80 – prazo de 5 dias para pagar a dívida ou garantir a execução (segurança do juízo – penhora, caução real ou fidejussória: fiador).
Embargos – Art. 16 da Lei 6.830/80 – o executado oferecerá embargos, no prazo de 30 dias, contados: a) do depósito; b) da juntada da prova da fiança bancária; c) da intimação da penhora.
Não admite reconvenção, não admite exceções.
Não há diferença na Execução Fiscal entre praça e leilão.
SQP - A Fazenda Pública pode adjudicar os bens penhorados – Art. 24 da Lei 6.830 – a adjudicação pela Fazenda Pública poderá ser feita a qualquer momento – “ A Fazenda Pública poderá adjudicar os bens penhorados: a) antes do leilão, pelo preço da avaliação, se a execução não for embargada ou se rejeitados os embargos; b) findo o leilão: 1) se não houver licitante, pelo preço da avaliação; 2) havendo licitantes, com preferência, em igualdade de condições com a melhor oferta, no prazo de 30 dias.
SQP – Recebidos os Embargos contra a Execução Fiscal a Fazenda Pública terá o prazo de 30 dias para impugnar os Embargos do devedor – Art. 17 da Lei 6.830/80 – Impugnação aos Embargos do devedor. “ Recebidos os embargos, o juiz mandará intimar a Fazenda, para impugná-los no prazo de 30 dias, designando, em seguida, audiência de instrução e julgamento”.
Ação Monitória – Art. 1.102 – A ao Art. 1.102 –C
Conceito- ação monitória não é execução, é ação de conhecimento,com base em prova escrita sem eficácia de título que se pretende o pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungível ou de bem móvel. Ex: cheque que tem o prazo de prescrição de 6 meses pelo Art. 59 da Lei de Cheque
Prazo para interposição de Ação Monitória:
Prazo de 5 anos – Art. 206, § 5°, inciso I do CC;
Prazo de 3 anos – Art. 206, § 3° do CC;
Prazo de 10 anos – Art. 205 do CC.
Objetivo da Ação Monitória – a pretensão é o recebimento da soma em dinheiro, entrega da coisa fungível ou bem móvel. OBS: Súmula 247 do STJ.
Legitimidade Ativa : Credor e Legitimidade Passiva: Devedor.
O réu será citado para que em 15 dias cumpra com a obrigação ou apresentar embargos – Art. 1.102 – B e Art. 1.102 – C.
O réu é citado, não embarga ou os embargos são rejeitados, o título adquire constituição de título judicial, devendo a sua satisfação ser exigida por meio de cumprimento de sentença. 
Da Suspensão e da Extinção do Processo de Execução :
Da Suspensão - Art. 791 ao Art. 793:
Conceito – são fatos jurídicos que obstam o prosseguimento normal do processo de execução. 
Cabimento: Art. 791 – suspendem a execução:
No todo ou em parte, quando recebidos os embargos à execução no seu efeito suspensivo (Art. 739-A); b) nas hipóteses do Art. 265, incisos I e III – morte ou perda da capacidade processual das partes ou de seu representante legal, quando oposto exceção de incompetência do juízo, suspeição ou impedimento do juiz; c) quando o devedor não possuir bens penhoráveis .
Art. 792 – hipótese de suspensão convencional da execução que ocorre quando as partes transigirem sobre o cumprimento da obrigação.
Art. 793 – suspensa a execução é defeso praticar quaisquer atos processuais. O juiz poderá, entretanto, ordenar providências cautelares urgentes.
Da Extinção – Art. 794 e Art. 795
Conceito – é o mero encerramento da relação processual estabelecida entre exequente, Estado-juiz e executado, com a finalidade de satisfazer o crédito exequendo. A extinção da execução ocorre por meio de sentença. A sentença proferida na execução não contém resolução de mérito.
Cabimento – Art. 794: Extingue a execução quando:
O devedor satisfaz a obrigação; b) o devedor obtém, por transação ou por qualquer outro meio, a remissão total da dívida; c) o credor renunciar ao crédito.
Art. 795 – a extinção só produz efeito quando declarada por sentença.

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