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EXECUÇÃO conta a fazenda pública

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EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA
THAILANA SANTOS DE SOUZA
O objetivo do Novo Código Processual Civil consiste em estabelecer um processo mais célere e mais justo, ainda que no âmbito do processo à execução as mudanças tenham sido delicadas, percebe-se uma tentativa de tornar o processo mais efetivo, dando amplitude da justiça. O processo de execução trás em seu rol taxativo diversificadas modalidade de execução, entre elas a execução contra a Fazenda Pública consoante no artigo 910.
Segundo Odete Meduar trás em sua linha de raciocínio que “na qualidade de autora ou ré nas ações em que é parte, a Administração recebe o nome de Fazenda Pública, sob o enfoque dos ônus patrimoniais da ação.” Percebe-se que o legislador optou por manter a titulação de Fazenda Pública quando se refere à Administração em juízo. Com inspiração no princípio da supremacia do interesse público, a Fazenda goza de prerrogativas quando parte na relação processual. O interesse é público, e não simplesmente interesse do Estado. Contudo, esse status não pode significar a imposição desarrazoada de dificuldades para a outra parte litigante, residindo na própria lei os limites da atuação em juízo da Fazenda Pública.
Para tutelar execução contra à Fazenda Pública o credor requererá a execução instruindo a petição inicial com os documentos e requisitos elencados no art. 798 do CPC. Diferentemente das outras modalidades de execução que é citado para saldar a dívida em três dias, a Fazenda Pública ser intimada para opor embargos em 30 dias com fulcro no artigo 910, caput. Por se tratar de pessoa jurídica de direito público a citação não poderá ser realizada por correio. A contagem do prazo tem início a partir da citação ( art. 230), e não da juntada aos autos do mandado citatório.
Os embargos opostos serão processados na forma do artigo 920. Caso não seja embargada ou sendo os embargos rejeitados, não há de se proceder a penhora, sendo assim, deverá expedir precatório ou requisição de pequeno valor em favor do exeqüente com fundamento no artigo 100 da Constituição Federal: 
“Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.”
A Fazenda Pública ao ser citada poderá opor embargos no prazo de 30 dias ( artigo 910, caput); ou poderá optar pela opção de não embargar, devendo então ser expedido precatório ou RPV para que seja realizado o pagamento da dívida. Os embargos opostos pelo particular não são dotados de efeito suspensivo imediato. Poderá o requerente requisitar ao Juiz que este atribua efeito suspensivo aos embargos quando aferido os requisitos para a concessão de tutela de urgência, desde que a execução já esteja garantida por penhora, caução ou deposito. A contrario sensu, os embargos opostos pela Fazenda Pública são dotados de efeito suspensivo ope legis. Os pagamentos efetuados pela Fazenda Pública, somente poderão ser realizados após o transito em julgado ( artigo 100, parágrafo 1º e 3º). Destarte, se os embargos forem julgados improcedentes, não será necessário aguardar o transito em julgado da decisão para que seja expedida a ordem para pagamento. Se os embargos forem improcedentes a parte excedente poderá ser cobrada pelo exeqüente, por meio de outro precatório o RPV.
O Novo Código de Processo Civil tem como desafio de cessar a morosidade do Poder Judiciário como o intuito principal de outorgar aos jurisdicionado um serviço competente. O Poder Público, como parte nas lides processuais, é grande responsável pela quantidade descomunal de processos judiciais. Os motivos para essa realidade residem na ocultação dos direitos do cidadão brasileiro e, no descumprimento da lei e da Constituição Federal. É de notoriedade que com a entrada do Novo Código Processual Civil surgiu uma preocupação no sentido, especialmente no que se refere à Fazenda Pública. Foram reduzidos os prazos e as possibilidades para o reexame necessário, além da implantação das câmaras de conciliação.
REFERÊNCIA
DONIZETTI, Elpídio. Curso Didático de Direito Processual Civil - 19ª Ed. São Paulo: Atlas, 2016.

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