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DISTURBIOS ALIMENTARE NEUROPSICOLOGIA

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NEUROPSIQUIATRIA
DISTÚRBIOS ALIMENTARES
Recife, 2018
oduçãoINTRODUÇÃO
Na sociedade está cada vez mais frequente observar, sobretudo em adolescentes do sexo feminino, uma preocupação excessiva com o peso, aparência e a imagem corporal, que as leva muitas vezes, a buscar, de uma maneira deliberada, o emagrecimento a qualquer preço.
Entende-se, então, que os distúrbios alimentares são doenças do foro psicológico que conduzem a comportamentos alimentares radicais. Estes comportamentos podem traduzir-se tanto no consumo de quantidades bastante reduzidas e insuficientes para as necessidades do corpo humano (anorexia) como no consumo excessivo de alimentos (bulimia). O presente trabalho tem a finalidade de apresentar quais são os tipos de distúrbios alimentares, seus sintomas e tratamentos.
DESENVOLVIMENTO
O QUE SÃO DISTÚRBIOS ALIMENTARES?
O Distúrbio alimentar também chamado de transtorno alimentar se caracteriza por extremos.
Ele está presente quando uma pessoa experimenta distúrbios graves em relação ao comportamento alimentar, tais como a redução extrema da ingestão de alimentos ou da compulsão extrema de alimentos (comer demais), a pessoa também experimenta sentimentos de extrema angústia ou preocupação com o corpo, peso ou forma.
O QUE PODE CAUSAR UM TRANSTORNO ALIMENTAR?
Pessoas com depressão, ansiedade e transtorno obsessivo-compulsivo estão propensas a um distúrbio alimentar.
FATORES DE RISCO:	
Culto excessivo ao corpo
Maus hábitos alimentares
Distorção da imagem corporal
Autoestima baixa
Sentimento de culpa
Questões hormonais
Distúrbios emocionais
Tudo isso está ligado às seguintes condições: saúde psicológica, sociocultural, biológica e genética.
PRINCIPAIS TIPOS DE TRASTORNOS ALIMENTARES
ANOREXIA NERVOSA 
É um transtorno alimentar no qual a busca implacável por magreza leva a pessoa a recorrer a estratégias para perda de peso, ocasionando importante emagrecimento. As pessoas anoréxicas desenvolvem um medo intenso de engordar, mesmo quando extremamente magras, chegando até a tomarem medidas extremas para alcançar melhores resultados de emagrecimento. 
É uma doença com riscos clínicos, e devido à falta de nutrientes e calorias no organismo, a pessoa pode ficar desnutrida e desidratada de modo grave, levando à morte. 
SINTOMAS
Perda exagerada e rápida de peso sem nenhuma justificativa ; 
Recusa em participar das refeições familiares ; 
Preocupação exagerada com o valor calórico dos alimentos ; 
Interrupção do ciclo menstrual (amenorreia) e regressão das características femininas; 
Atividade física intensa e exagerada; 
Depressão, síndrome do pânico, comportamentos obsessivo-compulsivos; 
Visão distorcida do próprio corpo (apesar de extremamente magras, julgam estar com excesso de peso); 
Pele muito seca e coberta por lanugo (pelos parecidos com a barba de milho). 
CAUSAS 
Diversos fatores favorecem o aparecimento da doença: 
Predisposição genética; 
Conceito atual de moda que determina a magreza absoluta como padrão de beleza e elegância; 
Pressão da família e do grupo social ; 
Alterações neuroquímicas cerebrais, especialmente na concentração de serotonina e noradrenalina. 
2.1.3 TRATAMENTO 
Uma vez diagnosticado um quadro de anorexia, a reintrodução dos alimentos deve ser gradativa, a fim de evitar maior sobrecarga cardíaca. Há casos em que se torna imprescindível a internação hospitalar para que a oferta gradual de calorias seja controlada por nutricionistas. 
Não há medicação específica para a anorexia nervosa. Medicamentos antidepressivos podem ajudar a aliviar os sintomas depressivos, compulsivos e de ansiedade. Em geral, o tratamento desses pacientes exige o trabalho de equipe multidisciplinar.
BULIMIA NERVOSA 
É uma desordem alimentar que gera na pessoa uma compulsão muito grande em ingerir muita comida, normalmente bastante calóricas e, logo após, é tomada por um sentimento de arrependimento ou de medo de engordar, fazendo com que recorra a meios de eliminar o que foi ingerido. Dentre esses meios, os mais comuns são a indução de vômitos, o consumo de laxantes e diuréticos ou a excessiva prática de exercícios. 
CAUSAS 
São as mesmas da anorexia. Entre elas destacam-se predisposição genética, a pressão social e familiar e a valorização do corpo magro como ideal máximo de beleza. 
SINTOMAS 
Muitas vezes, os sintomas de uma pessoa bulímica não são enxergados por outras. Isso acontece por conta da pessoa esconder para si mesma e para os outros que ela possui o transtorno em questão. 
Mesmo estando com o peso ideal, a pessoa age como se estivesse sob dieta, controlando todas as calorias que ingere e revelando o seu medo excessivo de engordar; 
Faz exercícios compulsivamente e se mostra culpada quando não o faz; 
Dissimula a aparência, usando roupas mais folgadas; 
Afasta-se das pessoas, podendo se tornar desconfiada e agressiva; 
Apresenta sintomas de desnutrição, tais como: tontura, desmaio, fadiga, sono ou insônia e inchaço no corpo; 
TRATAMENTO 
Não se conhecem métodos eficazes para prevenir patologias como a bulimia e a anorexia. Certamente, o empenho da sociedade para mudar certos valores estéticos ligados ao culto do corpo e à magreza traria benefícios importantes para a saúde.
TRANSTORNO DE COMPULSÃO ALIMENTAR OU TCAP 
 Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica é um transtorno alimentar caracterizado por episódios recorrentes de compulsão, onde são ingeridas grandes quantidades de alimentos (na maioria das vezes a pessoa come muito rapidamente e só “para” quando sente desconforto), acompanhada de um sentimento de total perda de controle. A pessoa que sofre de compulsão alimentar experimenta vergonha, angústia ou culpa depois do episódio de compulsão.
A compulsão alimentar é muito semelhante à bulimia. A diferença é que na compulsão (TCAP), os episódios de “descontrole alimentar” não são seguidos de medidas compensatórias (como o vômito ou uso de laxantes e diuréticos, entre outras medidas) para combater a compulsão alimentar. A compulsão alimentar é um distúrbio alimentar grave. Frequentemente a compulsão alimentar é acompanhada de comprometimento funcional do organismo, risco de suicídio e uma alta frequência de transtornos psiquiátricos como comorbidade. O transtorno de compulsão alimentar é o transtorno alimentar mais comum nos Estados Unidos, afetando 3,5% das mulheres, 2% dos homens, entre 1 e 1,6% dos adolescentes. 
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da Compulsão alimentar (TCAP) é realizado através dos seguintes critérios:
Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Um episódio de compulsão alimentar é caracterizado por ambos os seguintes procedimentos: – Comer, em um período limitado de tempo (por exemplo, dentro de um período de 2 horas), uma quantidade de alimentos que é definitivamente maior do que o que a maioria das pessoas consumiria em um período de tempo semelhante em circunstâncias semelhantes.
Uma sensação de falta de controle sobre o comportamento alimentar durante o episódio ( a sensação de que não se pode parar de comer ou mesmo controlar o que ou o quanto se come).
Os episódios de compulsão alimentar estão associados a três (ou mais) das seguintes características:
Comer muito mais rápido do que o normal.
Comer até sentir desconfortavelmente cheio. 
Comer grandes quantidades de alimentos quando não se sentir fisicamente com fome. 
Comer sozinho, porque se sente envergonhado por quanto está comendo.
Sentir-se enojado consigo mesmo, deprimido, ou muito culpado depois.
Acentuado sofrimento sobre a compulsão alimentar está  presente. 
A compulsão alimentar ocorre, em média, pelo menos uma vez por semana durante um período mínimo de 3 meses. 
A compulsão alimentar não está relacionada com a utilização de repetição de comportamentos compensatórios inadequados (por exemplo, vômitos) como no caso da bulimia.
CAUSAS 
Geralmente, a compulsão é o resultado de uma combinação de fatores, incluindo característicasgenéticas, emocionais  relacionadas à experiências de vida.
CAUSAS BIOLÓGICAS DO TRANSTORNO DA COMPULSÃO ALIMENTAR
Anormalidades biológicas podem contribuir para a compulsão alimentar. Por exemplo, o hipotálamo (a parte do cérebro que controla o apetite) pode não estar enviando mensagens corretas sobre fome e saciedade. Os pesquisadores também descobriram uma mutação genética que parece causar dependência alimentar. Finalmente, existe evidência de que os baixos níveis de serotonina do cérebro desempenham um papel na compulsão alimentar.
Causas sociais e culturais do transtorno da compulsão alimentar
A pressão social para ser magra pode adicionar vergonha às pessoas que sofrem de compulsão, o que faz aumentar o seu “comer emocional”. Alguns pais, acabam criando um “cenário” propício para a compulsão alimentar usando comida para conforto ou recompensar seus filhos. As crianças que são expostas à críticas frequentes sobre seus corpos e peso também são mais vulneráveis, assim como são aquelas que foram vítimas de abuso sexual na infância.
Causas psicológicas do transtorno da compulsão alimentar
Depressão e compulsão alimentar estão fortemente ligadas. Muitos comedores compulsivos estão ou já estiveram deprimidos antes. Outros podem ter problemas com o controle da impulsividade e dificuldade de lidar e expressar seus sentimentos. Baixa autoestima, solidão e insatisfação corporal também podem contribuir para a compulsão alimentar.
Compulsão alimentar e suas emoções
Uma das razões mais comuns para a compulsão alimentar é uma tentativa de gerenciar as emoções desagradáveis, como stress, depressão, solidão, medo e ansiedade. Quando você tem um dia ruim, pode parecer que a comida é o seu único amigo. Compulsão alimentar pode temporariamente fazer sentimentos como estresse, tristeza, ansiedade, depressão, e tédio “desaparecerem no ar”. Mas o alívio é apenas temporário
DISTURBIOS ALIMENTARES MENOS CONHECIDOS
HIPERGAFIA
De acordo com a OMS (Organização Nacional de Saúde), hipergafia consiste em uma espécie de transtorno mental que precisa de tratamento psicológico urgente, principalmente ao considerar os danos que a obesidade repentina causa à saúde. Está relacionada a outros problemas psicológicos como bulimia, crise do pânico, entre outros.
CAUSAS
Em termos práticos, as principais causas da hipergafia se relacionam diretamente aos acontecimentos no passado, cujas sequelas psicológicas persistem por longo tempo. Acontecimentos traumáticos, acidentes, grandes perdas de pessoas ou bens materiais podem acarretar problemas do gênero.
Outro ponto a ser considerado está nas pessoas que possuem propensão a serem obesas, que quando deixam de se cuidarem podem ganhar peso de maneira rápida. A perda de autoestima e da confiança ocorre tanto antes como depois da obesidade.
SINTOMAS 
Na prática, o principal sintoma está no ganho de peso. Quando a pessoa começa a engordar sem nenhum motivo explicado, há sinal de hipergafia, em principal se existiram momentos traumáticos há pouco tempo. Depois de um grande problema, se isolar do convívio social também é sinal do transtorno.
TRATAMENTO 
Assim como boa parte dos transtornos psicológicos, a hipergafia tem cura. No momento em que a pessoa deixa de lado a depressão, começa-se um novo ciclo no qual percebe que está obesa e precisa correr atrás do prejuízo. Enquanto quem sofre não aprender a se amar, lidando com os problemas sem ficar transtornado, a hipergafia vai ser uma constante realidade da sua vida. 
QUE FAZER COM AMIGOS QUE SOFREM DO TRANSTORNO?
Caso tenha amigos ou parentes que sofrem com este problema é necessário intervir de modo direto, demonstrando que este transtorno existe, além de ser conhecido por prejudicar a saúde consideravelmente. Tenha em mente de que um conselho verdadeiro e fraternal pode ser melhor do que longas horas no psicólogo.
ALOTRIOFAGIA
Alotriofagia, também chamada de Pica ou picanismo, é nome que representa a ingestão de substâncias que não apresentam nenhum valor nutritivo e o portador continua ingerindo de forma persistente e desassociada a qualquer prática cultural. Na alotriofagia é comum observar o consumo de terra, barro, cabelo, alimentos crus, cinzas de cigarro e fezes de animais. Mas também podem ser itens inofensivos, como comer gelo. É um transtorno mais comum na infância, em crianças com entre um e seis anos. 
CAUSAS
A alotriofagia pode ter diversas causas, sendo as mais comuns:
Deficiências nutricionais como ferro (anemia) e zinco.
Presença de distúrbio mental, como esquizofrenia, transtorno obsessivo compulsivo (TOC) ou depressão.
Alotriofagia na gravidez em geral é atribuída à anemia.
SINTOMAS 
O único sintoma da alotriofagia é o consumo de itens não nutritivos. Os mais comuns são
Terra
Barro
Cabelo
Alimentos crus
Cinzas de cigarro
Fezes de animais
Tinta
Cola
Sabão
Gelo.
TRATAMENTO 
Tratamento dependerá da causa da alotriofagia, e pode incluir mudanças na dieta, suplementação de nutrientes (em casos de deficiência) e suporte psicológico, que é importante principalmente para as crianças que apresentam a alotriofagia.
Além disso, pode ser necessário tratar as complicações que ocorrem com a alotriofagia, como intoxicações e infecções no aparelho digestivo, por exemplo.
Ainda não há comprovação de que algum medicamento específico possa curar a alotriofagia.
COMPLICAÇÕES 
As principais complicações desta doença acontecem no sistema digestivo e podem ocorrer intoxicações ou infecções.
PREVENÇÃO 
Como a alotriofagia é uma condição multifatorial, não há apenas uma forma de prevenir. Em geral, na gravidez, ela pode ser evitada se houver o consumo apropriado de nutrientes.
ORTOREXIA NERVOSA
A ortorexia é um transtorno alimentar recentemente diagnosticado, que surge quando a pessoa se torna obsessiva quanto aos padrões daquilo que come. Ao contrário da anorexia ou bulimia, a pessoa permite-se comer, mas fica tão obcecada com o que come que todos os seus pensamentos ficam ocupados com a dieta.
Permitem-se apenas alimentos saudáveis e escrutina o conteúdo nutricional de cada elemento que ingerem. Calorias, vitaminas e nutrientes tornam-se o ponto focal da comida e qualquer coisa que contenha o mínimo vestígio do que está na lista do “não é permitido” não é consumido. 
Embora todos possam beneficiar ao adoptar esta atitude de forma mais habitual, estes “mártires” levam a obsessão com o conteúdo dos seus alimentos ao extremo, e não se permitem, em circunstância alguma, um desvio do seu programa de tipos de alimentos autorizados.
CAUSAS
A causa principal desse transtorno é a busca por um corpo perfeito. Atualmente, podemos facilmente nos deparar com parâmetros divulgados pela mídia e as referências utilizadas podem induzir as pessoas a buscarem por medidas que não se adequam ao seu biotipo corporal. A ideia central delas é apenas conquistar o corpo ideal e perfeito. 
Há casos de preconceito com pessoas obesas que podem induzir à ortorexia através de discriminação e humilhação, assim resultando em consequências muito mais graves a essas pessoas. Esse transtorno requer muita atenção, pois diferentemente da anorexia e da bulimia, ele pode ser identificado tardiamente, pois seus sintomas podem aludir apenas a hábitos saudáveis. A insatisfação com a autoestima é um dos principais motivos responsáveis pela maioria dos casos de ortorexia nervosa. Há pessoas que também reconhecem a ortorexia nervosa como a única solução para melhoras rápidas de estado de saúde.
SINTOMAS
Abaixo você poderá conhecer alguns dos sintomas que podem ser utilizados como referencia para identificar casos de Ortorexia nervosa. É importante analisar o comportamento e comparar com cada sintoma apresentado, pois quanto mais rápido for o reconhecimento do caso, melhor para a pessoa se recuperar e retomar um novo estilo de vida equilibrado e sadio.
As pessoas com Ortorexia nervosa se recusam a consumir alimentos com condimentos, conservantes ou corantes, muito utilizados principalmente em alimentos industrializados.
Elasexcluem qualquer possibilidade de ingestão de alimentos geneticamente modificados ou pesticidas.
Quando convivem com essa obsessão, as pessoas com ortorexia nervosa excluem de forma radical a possibilidade de consumo de sal, açúcar e gordura, o que muitas vezes leva-os à exclusão de alimentos ricos em gorduras boas para o organismo.
Elas estão obcecadas com a forma de preparo e a composição dos alimentos.
Quando oferecidos, recusam alimentos que não se enquadram no grupo de alimentos permitidos em sua dieta restrita. 
Quando decididas, as pessoas com ortorexia nervosa dedicam-se integralmente à dieta e não medem esforços, independente do preço a ser pago.
Quando não conseguem resistir a uma exceção, essas pessoas se culpam e se repreendem como se um crime fosse cometido, o que muitas vezes pode levar a momentos de sentimento de derrota e depressivos.
Essas pessoas deixam de respeitar o equilíbrio saudável que a variedade de alimentos pode oferecer o que pode resultar em desnutrição e principalmente em mais momentos de fome durante o dia.
Há casos em que pessoas deixam de confiar nos profissionais da saúde e decide inclusive adequar uma nova dieta de acordo com seus conhecimentos errôneos e influenciados pelo desejo infindável de conquistar o corpo sonhado.
Frequentemente criticam o estilo de vida das demais pessoas e desvalorizam qualquer hábito que não se adeque às finalidades que são priorizadas pela dieta equivocadamente reconhecida como “saudável”.
Distanciam-se dos âmbitos sociais e podem inclusive perder vínculos com amigos e familiares devido à dificuldade de aceitação da continuidade de rotinas vividas anteriormente com a ingestão de diversos alimentos que então se tornaram “proibidos”.
A dificuldade de aceitação de uma refeição não se limita aos valores nutritivos dos alimentos, mas pessoas com ortorexia nervosa também resistem em aceitar refeições preparadas por terceiros.
A perda de peso excessiva sem seguir uma dieta indicada e aprovada pode ser um dos sintomas de início de Ortorexia.
TRATAMENTO
A pessoa deve reconhecer que está vivenciando esse transtorno, o que pode ser difícil. Em seguida, recomenda-se avaliar as causas e fundamentos que resultaram em tal consequência. O apoio dos familiares e amigos é fundamental para que essa pessoa gradativamente permita-se consumir alimentos que antes eram “exterminados” do seu plano alimentar.
O processo de readaptação e retorno a uma alimentação normal deve ser baseado sobre os impulsos e características pessoais; é fundamental utilizar questões emocionais para a aceitação da alimentação normal. Há diversos graus e causas para a Ortorexia nervosa, então pode ser necessário o acompanhamento de um médico.
RECUPERAÇÃO 
Ortoréxicos não se adaptarão à alimentação normal tão facilmente. É importante respeitar e apoiá-los no momento de recuperação, pois engloba diversos fatores emocionais e físicos. O entendimento de alimentação saudável foi modificado e a aceitação não ocorre de forma tão fácil, requer tempo, dedicação e apoio.
VIGOREXIA 
A Vigorexia é um transtorno de ansiedade que faz com que o paciente tenha uma distorção de sua imagem. Comum com pessoas do sexo masculino, a Vigorexia também é conhecida pelos exercícios físicos intensos. O que a diferencia da anorexia nervosa é que o paciente costuma se enxergar fraco do que realmente está, por isso a compulsão pelo aumento de massa.
SINTOMAS 
Preocupação de exagerada 
Distorção da autoimagem
Tendência a automedicação 
Métodos extremos de treino 
Dietas rigorosas 
Abuso de esteroides, cirurgias plásticas desnecessárias.
Tentativas de suicídio (em raros casos)
TRATAMENTO 
Avaliação médica, psicológica e nutricional;
Tratamentos para controlar a ansiedade;
Tratamento terapêutico envolvendo a família e amigos.
O distúrbio alimentar tem cura, mais se não tratados podem levar o paciente a óbito. Por isso é importante manter um cuidado especial e na medida certa.
ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM
 O enfermeiro sistematiza a assistência utilizando-se do Processo de Enfermagem para prescrever e implementar os cuidados adequados as pessoas com algum tipo de transtorno alimentar, buscando assim uma forma holística de intervenção. Para que esta intervenção seja efetiva, implica considerar o sujeito, o seu sofrimento psiquíco e todos os outros fatores envolvidos, quer sejam eles de ordem biológica, cultural ou psicossocial no plano de cuidados da enfermagem, que deve buscar o alívio do sofrimento dessas pessoas e permitir-lhes o crescimento e a liberdade de fazer escolhas maduras. 
Para tanto, o planejamento da assistência deve ser individualizado, elaborado em conjunto com a pessoa e estabelecido um contrato de aceitação e responsabilidade mútua . Alguns dos cuidados voltados ao aspecto biológico das pessoas hospitalizadas para tratamento das complicações dos distúrbios alimentares são: rigorosa observação clínica (sinais vitais, eliminações fisiológicas, ingestão hídrica, queixas álgicas), sondagem gástrica prescrita pelo médico caso haja recusa em alimentar-se, administração de medicamentos prescritos e observação de possíveis efeitos colaterais dos mesmos, dentre outros. 
Todas as ações de enfermagem devem ser norteadas pelas três medidas consideradas essenciais no relacionamento com qualquer paciente: apoio, estabelecimento de limites e ajuda na expressão de pensamentos e sentimentos . Quanto a essas medidas terapêuticas que devem ocorrer no relacionamento interpessoal entre equipe de enfermagem e pacientes, o oferecimento de apoio pode ser realizado com a permanência ao lado do paciente aceitando-o sem preconceitos, mostrando suas características sadias, estimulando sua participação em grupos de atividades como jogos e técnica de relaxamento, estando disponível e incentivando-o no tratamento. 
O estabelecimento de limites pode ser obtido pela conduta firme do profissional e pela não omissão da informação sobre o que está sendo realizado no tratamento, levando a pessoa a modificar comportamentos prejudiciais a si e aos outros, bem como estabelecer padrões de comportamento mais maduros do ponto de vista psicológico, devendo ser usado principalmente quando são identificados comportamentos como o boicote às intervenções da equipe, nas situações de autopunição e quando ocorre desrespeito ao contrato firmado. 
A ajuda na expressão de pensamentos e sentimentos deve ser desenvolvida por meio do uso de técnicas de comunicação terapêutica como “saber dizer não”, “repetir comentários”, “deixar frases em aberto”, “ouvir em silêncio”, entre outras, principalmente nas situações em que se identificam falta de autocontrole, falta de diferenciação entre emoção e fome e nos momentos em que o sentimento de culpa pela ingestão de algum alimento tortura o paciente.
CONCLUSÃO
Os transtornos alimentares são patologias psicológicas causadas em sua maioria pela preocupação excessiva com o corpo para alcançar o padrão corporal imposto pela sociedade. Os distúrbios alimentares não emergem abruptamente, mas desenvolvem-se ao longo de vários anos, podendo se desenvolver na infância com manifestação dos sintomas na adolescência, sendo a fase mais comum, porem podem aparecer, também, na fase adulta. 
A infância é uma fase extremamente importante para o desenvolvimento humano, pois é onde se tem uma vulnerabilidade psicológica maior, podendo ser influenciada negativamente pelo meio em que se esta inserida.
O tratamento para essas patologias em sua maioria não é medicamentosa e requer do paciente e seus familiares comportamentos e atitudes de compressão, colaboração, paciência, disponibilidade e outras formas de apoia-lo. A família tem um papel muito importante durante o tratamento, pois ajuda o paciente a chegar a uma compreensão melhor de como ele esta e como chegou ate o atual estado. É essencial que seja realizado um tratamento com uma equipe multidisciplinar que combine as áreas da enfermagem, psiquiatria, psicoterapia, endocrinologia e nutrição.BIBLIOGRAFIA
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