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Introdução ao Direito Administrativo

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Introdução ao Direito Administrativo
Aula 1
Parte 1
Conceito de Direito Administrativo: é o ramo do direito público que trata de princípios e regras que disciplinam a função administrativa e que abrange entes, órgãos, agentes e atividades desempenhadas pela Administração Pública na consecução do interesse público.
Divisão das relações do direito:
Direito Privado: regula interesse individuais, relações entre pessoas e seus bens.
Ex.: Casamento, herança, e etc.
Direito Público Externo: regula as relações do Estado soberano e suas atividades no plano internacional. 
Ex.: Estados soberanos, entidades reguladas por tratados internacionais.
Direito Público Interno: regula o interesse do Estado nas três esferas federativas (federal, estadual e municipal), regendo relações entre os indivíduos e o Estado. 
Ex.: sociedades, partidos políticos, e etc.
Fontes:
Lei: fonte primária do Direito Administrativo. Abrange a Constituição Federal, leis infraconstitucionais, e atos infra legais, como decretos e regulamentos.
Jurisprudência: fonte secundária. São as decisões reiteradas de nossos Tribunais.
Doutrina: fonte secundária. São as teses e teorias sobre o Direito Administrativo que influenciam na criação e aplicação da lei.
Costumes: fonte secundária. Conjunto de regras não escritas, mas consideradas obrigatórias pelo conjunto social.
Teoria dos Três Poderes:
Poder Legislativo:
Função Típica: a criação de leis gerais e abstratas.
Função Atípica: emana ato administrativo para conceder férias a um servidor público ou julgando crimes de responsabilidade.
Poder Judiciário:
Função Típica: solucionar conflitos (julgar) aplicando a lei ao caso concreto.
Função Atípica: elabora seus regimentos internos e emana atos administrativos na concessão de licença a seus servidores.
Poder Executivo:
Função Típica: executar as leis criadas pelo Legislativo.
Função Atípica: emitir medidas provisórias ou realizar julgamento de um processo administrativo.
Sistemas Administrativos:
Sistema Francês: Também conhecido como Sistema do Contencioso Administrativo ou Sistema da Dupla Jurisdição.
Veda a reapreciação do Poder Judiciário da causa julgada administrativamente, determinando competência exclusiva a serem julgados administrativamente e outros no judiciário.
Possui apenas duas jurisdições:
Comum: Poder Judiciário.
Administrativa: Poder Executivo como juiz.
Sistema Inglês: Também conhecido como Sistema de Unicidade de Jurisdição ou Sistema de Jurisdição Única. Sistema adotado na jurisdição brasileira.
Todos os litígios poderão ser levados ao Poder Judiciário. Tendo previsão na Constituição Federal no art. 5, inciso XXXV, que trata sobre o princípio da inafastabilidade de jurisdição.
Parte 2
Conceito de Administração Pública: A doutrina divide em duas formas, sendo:
Subjetivo / Formal / Orgânico: É o conjunto de pessoas jurídicas, órgãos ou agentes públicos identificados pela lei como tais, não importando a atividade que exerçam. 
Objetivo / Material / Funcional: é o conjunto de atividades consideradas próprias da função administrativa, sem considerar quem a exerce.
O ordenamento jurídico brasileiro adota o conceito FORMAL.
Características da Função Administrativa:
Concreta: Concretiza e executa a lei geral e abstrata.
Ex.: executando / impondo a lei ou criando um ato normativo explicando a lei.
Não inova: Não cria direitos. Segundo o art. 5, inciso II, da Constituição Federal, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, senão em virtude de LEI.
Parcial: A Administração será parta na relação jurídica, tendo interesse na relação jurídica.
Ex.: no caso de uma licença para construção de uma propriedade, tendo sido a autorização concedido pela mesma.
Subordinada: Se submete ao controle jurisdicional em razão do princípio da inafastabilidade de jurisdição.
Parte 3
Regime Jurídico-Administrativo: 
Concede prerrogativas a Administração para que ela possa proteger o interesse público. Com esses poderes advém o dever-poder da administração.
O dever nada mais é do que proteger o interesse público, e o poder de exercer meios para que proteja tais interesses, tais poderes são INSTRUMENTAIS.
Instrumental: serve de ferramenta para que Administração atinja o objetivo do interesse público.
Interesse Público:
O conceito de interesse público ainda não possui uma definição concreta, pois a doutrina ainda não chegou a um conceito sobre tal, portanto há o entendimento de divisão em duas formas deste interesse, sendo:
Interesse Público Primário: abrange o real interesse da coletividade que será afetada pela prática do ato, diretamente ou indiretamente.
“É a melhor realização possível, à vista da situação concreta a ser apreciada, da vontade constitucional, dos valores fundamentais que ao intérprete cabe preservar ou promover”, de acordo com Luiz Roberto Barroso.
Interesse Público Secundário: condiz com a vontade da Administração como pessoa jurídica, sendo parte em uma relação jurídica. Podendo ser caracterizado como o interesse patrimonial, de maximizar a arrecadação e minimizar a as despesas.
O interesse secundário, somente será utilizado pela Administração se condizente com o interesse público primário.
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:
São os vetores para que se construa o direito administrativo, portanto irá influenciar na criação do direito, na interpretação das leis e na aplicação das leis. Desta forma serão base fundamental, pois o direito administrativo não é codifico. Servindo também como limitadores da atuação da Administração.
São divididos em duas espécies de princípios: explícitos e implícitos.
Princípios Explícitos: estão expressos, sendo na Constituição Federal ou leis, e etc.
Ex.: Princípio da Legalidade, tendo previsão legal no Art. 37, caput, da CF e no Art. 2, da Lei 9.784/99.
Princípios Implícitos: não estão escritos em local algum, mas surgem de uma interpretação lógica da Constituição, servindo como pilares do regime jurídico-administrativo, sendo:
Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Interesse Privado:
Pilar do regime jurídico-administrativo
Significa a prevalência do interesse coletivo em prol do interesse particular.
Legitima poderes instrumentais para a proteção do interesse público.
Existirá quando se pretender proteger o interesse público primário.
Ex.: Proprietário de terreno próximo a um aeroporto, visa construir um edifício de 20 andares, mas para que seja protegido o interesse público, há a autorização de construção de um edifício de 8 andares. Desta forma, não impedindo a atuação do aeroporto.
Princípio da Indisponibilidade da Interesse Público:
Pilar do regime jurídico-administrativo
Demonstra a função de gestão da Administração Pública, tendo como base o interesse da coletividade.
Impões deveres a Administração Pública.
Não permite que a Adm. Pública, se indisponha do interesse público.
Parte 4
Princípios Explícitos
Princípios Constitucionais Explícitos: Estão previstos no artigo 37 da Constituição Federal, formando a palavra “LIMPE”.
Princípio da Legalidade: o administrador público está, em toda sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei, e às exigências do bem comum, e deles não se pode afastar ou desviar, sob pena de praticar ato inválido e expor-se à responsabilidade disciplinar, civil e criminal, conforme o caso. Podendo ser dividido em duas formas:
Privada: O particular poderá fazer tudo até que exista uma norma que à proíba, não havendo a necessidade de normas que permissivas.
Pública: Determina a função que o agente público terá frente a lei, havendo a relação de subordinação frente à lei, fazendo somente o que é regido pela mesma, não necessitando de normas proibitivas.
Princípio da Impessoalidade: estabelece o dever de imparcialidade na defesa do interesse público, impedindo discriminações e privilégios indevidamente dispensados a particulares no exercício da função administrativa. Além do mais, possui outro aspecto importante, a atuação dos agentes públicosé imputada ao Estado, portanto, as realizações não devem ser atribuídas à pessoa física do agente público, mas à pessoa jurídica estatal a que estiver ligado, vide art. 37, § 1, da CF/88 e art. 2, parágrafo único, inciso III, da Lei 9.784/99.
Princípio da Moralidade: a moralidade administrativa (o que se espera da adm. pública) possui diferença da moral comum (o que é entendido como correto na sociedade), pois a aquela não obriga o dever de atendimento a esta, vigente em sociedade. No entanto, exige total respeito aos padrões éticos, decoro, boa-fé (objetiva), honestidade, lealdade e probidade.
Boa-fé: exige a transparência no atuar da administração pública, pois sendo transparente é possível o controle da atuação pela sociedade. Mas, nem sempre será pública, seguindo o princípio da publicidade.
Princípio da Publicidade: verifica-se que ele exerce, basicamente, duas funções: a primeira visa dar conhecimento do ato administrativo ao público em geral, sendo a publicidade necessária para que o ato administrativo seja oponível às partes e a terceiros; a segunda, como meio de transparência da Administração Pública, de modo a permitir o controle social dos atos administrativa. Tendo como base o art. 37, § 1 da CF/88. A publicidade dos atos são uma condição de eficácia dos atos normativos. A publicidade terá restrições quando for imprescindível a segurança da sociedade e do Estado.
Princípio da Eficiência: a administração deve implementar um modelo gerencial voltado para um controle de resultados na atuação estatal. Nesse sentido, a Administração deve ser apropriada para que atinja suas finalidades de forma mais rápida. Devendo, o servidor público exercer sua função da melhor forma possível, não sendo relapso.

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