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* A Ética em Aristóteles * De acordo com a Teoria do Conhecimento de Aristóteles, as ciências podem ser classificadas em dois grupos: * 1) Conhecimento do necessário 2) Conhecimento do contingente * * Ética e Politica / Indivíduo e Cidade A ética aristotélica é teleológica a ação deve ser realizada não em vista dela mesma, mas em vista do bem para o homem “Toda arte e toda investigação, toda ação e toda escolha parecem ter em vista algum bem” O fim que uma ação particular tem em vista é um meio para um outro fim De estar com fome...-> necessidade de estar vivo alguma finalidade A felicidade para Aristóteles consiste na realização humana através das suas virtudes, isto é com o mais alto grau em excelência humana. * Ética a Nicômaco Estrutura da obra O objeto do agir humano Caracterização das virtudes Estrutura do ato moral As virtudes morais As virtudes intelectuais (dianoéticas) A amizade e o prazer * O objeto do agir humano Caracterização das virtudes Estrutura do ato moral * “Como no homem que dorme ou que permanece inativo; mas a atividade virtuosa, não: essa deve necessariamente agir, e agir bem". “O homem feliz parece necessitar também dessa espécie de prosperidade; e por essa razão, alguns identificam a felicidade com a boa fortuna, embora outros a identifiquem com a virtude". “(…) os homens tornam-se arquitetos construindo e tocadores de lira tangendo seus instrumentos. Da mesma forma, tornamo-nos justos praticando atos justos"… “Tanto a deficiência como o excesso de exercício destroem a força; e da mesma forma, o alimento e a bebida que ultrapassam determinados limites, tanto para mais como para menos, destroem a saúde"… * “Mas a maioria dos homens não procede assim. Refugiam-se na teoria e pensam que estão sendo filósofos e se tornarão bons dessa maneira. Nisso se portam como enfermos que escutassem atentamente seus médicos, mas não fizessem nada do que estes lhe prescrevem". “Se um tirano ordenasse a alguém um ato vil e esse, tendo pais e filhos em poder daquele, praticasse o ato para salvá-los de serem mortos"… "(…) O homem é um princípio motor e pai de suas ações como o é de seus filhos". "Podemos supor o caso de um homem que seja enfermo voluntariamente, por viver na incontinência e desobedecer os seus médicos. Nesse caso, a princípio dependia dele o não ser doente, mas agora não sucede assim, porquanto virou as costas à sua oportunidade. Tal como para quem arremessou uma pedra, já não é possível recuperá-la; e contudo, estava em nosso poder não arremessar, visto que o princípio motor encontrava-se no agente". * As virtudes morais (13) A Coragem (andrêia) A Temperança (Sofrosíne) A Liberalidade (Eleuteriótes) A Magnificência (Megaloprépeia) O Justo Orgulho (Megalopskhia) Anônimo: ambicioso (Afilotimia) e desambicioso (Filotimia) A Calma (Praótes) A Veracidade (Alétheia) A Pessoa Espirituosa ou Espírito (Eutrapelia) A Amabilidade (Filía) A Modéstia (Aidémôón) A Justa Indignação (Némesis) A Justiça (Dicaiosíne) * A Coragem (Andrêia): é o meio-termo em relação ao sentimento de medo e de confiança. É vil não temer as coisas más; temer certas coisas, é até justo e nobre; Não devemos temer a pobreza e nem, a doença, nem aquelas coisas que procedem do vício ou aquelas que não dependem de nós; É covarde aquele que não suporta os insultos ou inveja como deve e se excede no medo, temendo o que não se deve temer; A bravura relaciona-se com as coisas mais nobres, como a morte na guerra; Bravo é aquele que se mostra destemido em face a uma morte honrosa. Os bravos caracterizam-se por enfrentarem aquelas coisas que estão acima das forças humanas como deve; O temerário é um simulador de coragem, pois, ao não temer o que realmente é terrível, deseja parecer ser um corajoso. “A covardia e a temeridade são a carência e o excesso e a posição correta é a bravura” * A Temperança (Sofrosíne): é o meio termo em relação aos prazeres e dores Relaciona-se com os prazeres corporais: tato e paladar (excluem-se a visão, a audição e o olfato); Ao intemperante interessa o gozo do objeto em sir: no comer e beber e na união dos sexos; Dentre os vícios, intemperança é a mais difundida, por causa dos prazeres; A intemperança é motivo de censura, porque nos domina não como a homens, mas como a animais; O apetite é natural, mas o engano é o excesso; Os intemperantes excedem com o que não devem, e mais do que devem; O temperante não aprecia o que não deve, nem nada disso em excesso; A intemperança, que é o excesso que nos leva pelo apetite, em relação aos prazeres é culpável; Os apetites não devem opor-se, de modo nenhum, ao racional; devem ser poucos e moderados. “No homem temperante, o elemento apetitivo harmoniza-se ao racional; o que ambos tem em mira é o nobre” * O Justo Orgulho (Megalopskhia): é o meio-termo em relação à honra e à desonra. No justo orgulho, o excesso é a ‘vaidade oca’ e a deficiência é ‘humildade indébita’; Pode ser chamado também de magnanimidade ou respeito próprio; O magnânimo reclama a honra, por que relaciona-se com a mesma em ‘grande escala’; a simples honra é conferida ao homem bom, que terá prazer moderado; Para o magnânimo, os méritos e as pretensões são elevados, sendo que sua virtude pressupõe outras, que são realçadas; O magnânimo é um extremo com respeito à grandeza de suas pretensões, mas é meio-termo na justiça na justiça de suas pretensões; O homem indevidamente humilde, fica aquém, por ser digno de coisas boas mas roubar de si o que merece e julgar-se indigno das mesmas; “Todos os que ignoram a si mesmos, aventuram-se a honrosos empreendimentos sem serem dignos para tal e logo fracassam”. * Justiça * A Justiça (Dicaiosíne): há duas espécies, sendo cada uma delas um meio-termo 1ª) Uma que se manifesta na distribuição das honras, de dinheiro entre aqueles que tem parte na constituição; e 2ª) Outra que tem papel corretivo nas transações entre indivíduos. * A justiça é a disposição de caráter que torna as pessoas propensas a fazer o que é justo e a desejar o que é justo; A justiça e uma virtude completa, e muitas vezes é considerada a maior das virtudes; É virtude completa por ser o exercício atual da virtude completa, isto é, aquele que a possui pode exercer sua virtude sobre si e sobre o próximo; A justiça seria, dito por alguns, como o bem do outro, visto que é possível fazer o que é vantajoso a um outro; “O melhor dos homens é aquele que exerce sua virtude para com o outro, pois essa tarefa é a mais difícil.” * Há quem defenda outro tipo de justiça, que não se enquadra nas citadas acima, que seria a reciprocidade. Mas, a reciprocidade não é justiça, porque pagar o mal com o mal ou o bem com o bem faz parte das ações dois cidadãos, e não caracteriza o agir justo, salvo em alguns casos; A justiça política divide-se em natural e legal: a natural é aquela que tem a mesma força em toda parte; e a legal é a justiça estabelecida A justiça também pode se dividir em transações voluntárias e involuntárias. “No tocante à justiça, cabe destacar que é o caráter voluntário ou involuntário que determina o justo. O homem somente é justo quando age de maneira voluntária, e se age involuntariamente não é justo nem injusto, e não ser por acidente” * As virtudes intelectuais (dianoéticas) A alma humana possui duas partes: a que tem um princípio racional e a privada de razão. A parte racional da alma se divide em científica (direcional ou prática) e calculativa (especulativa e teórica). A calculativa é uma parte da alma que concebe um princípio racional, ela versa sobre coisas universais e teóricas, que não podem ser a não ser aquilo que são. O objeto da parte calculativa é a verdade, logo, para o conhecimento especulativo o bem se identifica com o verdadeiro e o mal com o falso. * As virtudes intelectuais (dianoéticas) A alma possui três elementos que controlam a ação e a verdade: a sensação, a razão e o desejo. "A origem da ação é a escolha, e da escolha é o desejo e o raciocínio com um fim em vista. Eis aí por que a escolha não pode existir nem sem razão nem sem intelecto, nem sem uma disposição moral.” * As virtudes intelectuais (dianoéticas) As disposições, pelas quais a alma possui a verdade, são cinco: a arte, o conhecimento científico, a sabedoria prática, a sabedoria filosófica e a razão intuitiva. O conhecimento científico (episteme) A Arte (tekné) A Sabedoria Prática (phrónesis) A Razão Intuitiva (nõus) Sabedoria Teorética. (sofia) * A amizade e o prazer * A amizade e o prazer Atualização Responsabilidade A Perfectibilidade do Caráter A Amizade * Considerações finais o mais importante de seus textos sobre o bem e o comportamento dos homens: “Toda arte e todo saber, assim como tudo que fazemos e escolhemos, parece visar algum bem. Por isso, foi dito, com razão, que o bem é aquilo a que todas as coisas tendem, Mas há uma diferença entre os fins: alguns são atividades, ao passo que outros são produtos à parte das atividades que os produzem.” duas teses fundamentais todas as coisas tendem ao bem (o bem é a finalidade de todas as coisas) chega-se a um fim por dois caminhos: Pelas atividades práticas (que contém seus próprios fins) – ética e política Pelas atividades produtivas * Considerações finais (responsabilidade individual) Em relação à ética, o bem leva cada indivíduo a ser capaz de viver com os outros, na polis. Em outras palavras, a ética, no campo individual, prepara terreno para a política, no campo coletivo. Para Aristóteles, a finalidade da política é a busca do bem de todos os homens E qual é o bem de todos os homens? A felicidade, responde Aristóteles. A felicidade, porém, não é um sentimento que aparece, instala-se e vai embora; ao contrário, é “obra de uma vida inteira”. “O bem ético pertence ao gênero da vida excelente e a felicidade é a vida plenamente realizada em sua excelência máxima. Por isso não é alcançável imediata nem definitivamente, mas é um exercício cotidiano que a alma realiza durante toda a vida (…) de acordo com a sua excelência mais completa, a racionalidade.” *
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