DESAFIO PROFISSIONAL 2 BIMESTRE Pronto FUNDAMENTOS III ETICA E DIREITOS HUMANOS (2)

Prévia do material em texto

CURSO: SERVIÇO SOCIAL
DISCIPLINAS NORTEADORAS: FUNDAMENTOS HISTÓRICOS TEORICOS METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III, ÉTICA PROFISSIONAL E DIREITOS HUMANOS.
	ACADEMICO (A): Viviane Silva 
 
POLO: Nova Iguaçu
Novembro/2015
Sumário 
1 Indrodução...........................................................................................03
2 Mapeamento das Palavras.................................................................03
3 Temáticas de Estudo..........................................................................03
4 Plano de Estudo, Conhecimento de Direitos e Perfis Pedagógicos.......................................................................................... 03
4.1 Princípio Fundamental do Código de Ética...................................04
5 Implementação da Intervenção Profissional....................................06
5.1 O Conceito da Prática Paternalista na Contemporaneidade e as
 Estratégias para o Rompimento dessa Teoria....................................06
5.2 A Importância do Código de Ética na Atuação do Profissional....07
6 Relatório Final......................................................................................07
7 Referências Bibliográficas..................................................................08 
1 Introdução
O presente trabalho formula uma reflexão e análise sobre os diferentes perfis pedagógicos que norteiam o profissional do Serviço Social, busca entender como ocorreu o processo de transição desses perfis dentro da profissão, reconhecendo suas potencialidades e limites. O conhecimento propiciado por este estudo permite apontar a importância da função pedagógica do assistente social em suas diversidades e os vínculos que a profissão estabelece com as classes sociais. Os parâmetros necessários para a construção de um profissional preparado, bem como, entender a importância da ética profissional e dos direitos humanos na maneira de pensar e agir nos processos da prática profissional.
2 Mapeamento das Palavras
	Ajuda, caridade, auxílio, donativo, piedade, recebimento de cesta básica.
	Doação de alimentos, socorro, favor, pena, desemprego, amparo, oferta. 
3 Temáticas de Estudo
	1º encontro 
	Código de ética
	2º encontro
	Loas
	3° encontro
	Direitos Humanos
	4° encontro
	Eca
	5° encontro
	Tipificação nacional de serviço socioassistenciais
4 Plano de Estudo, Conhecimento de Direitos e Perfis Pedagógicos. 
4.1 Princípio Fundamental do Código de Ética
	Os direitos sociais têm como objetivo assegurar que as desigualdades sociais não interfiram no exercício da cidadania. Diante das questões vividas atualmente, pensar em direitos humanos é de extrema urgência, pois definem uma importante mudança na evolução da cidadania contemporânea. Considerando os princípios fundamentais do código de ética da profissão podemos constatar essa afirmação “Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis, sociais e políticos das classes trabalhadoras” (Conselho Federal de Serviço Social – CFESS. Código de Ética do Assistente Social. Princípios Fundamentais, pág 23)
	Muito se ouve falar dos direitos humanos, entretanto pouco se tem feito para efetivação desses direitos. Nunca se fez tão necessário uma luta de toda sociedade pela garantia de condições mínimas de bem-estar social e econômico dos cidadãos, auxiliando assim ao cidadão sua conquista pela autonomia social. Como grande desafio temos a construção de uma sociedade mais ética e justa que busca a emancipação do sujeito em um mundo mais democrático e igualitário, onde prevaleça essencialmente a dignidade humana. Para isso é de fundamental importância que os sujeitos estejam cientes dos seus direitos quanto cidadãos para assim poderem exercer de maneira plena sua cidadania. Dessa maneira realizamos encontros onde trabalhamos temas pontuais para o conhecimento dos usuários tais: Código de Ética, Loas, Direitos Humanos, Eca, Tipificação Nacional de Serviço Socioassistenciais. 
	Destaca-se como grande marco para o reconhecimento das questões sociais no Brasil foi a Constituição de 1988 que adotou pela primeira vez, a condição de política pública à assistência social, logo após em 1993 aconteceu à promulgação da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), regulamentando e estabelecendo normais, critérios e leis afirmando a assistência social com direito. Ao longo dos anos a sociedade brasileira sofreu enormes transformações sociais e junto com elas ocorreram também mudanças na profissão do assistente social, a renovação do código de ética profissional trouxe para esse profissional o reconhecimento de uma atuação mediadora entre as classes sociais, buscando em sua atuação a igualdade de direitos, além disso, temos o Eca que efetivou os preceitos da Constituição transformando-os em leis, crianças e adolescentes são resguardados por uma série de regras e leis devendo ser protegidas por toda sociedade. Ficando acordado que todos nós somos responsáveis por garantir o desenvolvimento integral desse grupo. 
 	Na perspectiva desse desenvolvimento humano e universalização do direito temos os serviços socioassistenciais que dentro da sua normatização adota estratégias para atender seus usuários, trabalhando no favorecimento da emancipação e autonomia dos sujeitos sociais, isso sob uma orientação nacional que pretende organizar as proteções previstas no SUAS (Sistema Único de Assistência Social).
	Ciente dessas questões, os profissionais do serviço social devem agir também para que as práticas assistencialistas caiam em desuso, fornecendo para seus usuários conhecimento dos direitos sociais e das politicas públicas de assistência social existentes. Sendo assim, o assistente social tem grande importância na conscientização e organização das classes dominadas, contribuindo para a transformação da sociedade.
 	O Serviço Social profissional no Brasil teve suas origens no contexto do desenvolvimento capitalista e na doutrina da Igreja Católica atuando de maneira assistencialista o que confunde ainda hoje a sociedade e até mesmo alguns profissionais dessa área. Sabemos, porém, que ao longo do tempo seu perfil sendo reformulado, passando de uma prática caritativa para uma atuação profissional institucionalizada com ações interventivas nas questões sociais atuando de forma direta na realidade atual. 
		As funções pedagógicas foram dessa maneira sofrendo intervenções desde época dos grandes burgueses até os dias atuais, passando do perfil pedagógico da ajuda, como vimos acima com cunho caritativo e estratégias de reforma moral e de reintegração social do individuo, ao de participação com uma reformulação profissional em que a participação popular era vista como elemento estratégico na luta de classes e por fim a proposta de construção de uma pedagogia emancipatória pelas classes subalternas buscando justiça social e bem estar comum.
		Todas essas estratégias educativas refletem a organização do movimento cultural desses períodos, trazendo à tona as particularidades e tendências da profissão com o passar dos anos, reafirmando o compromisso de profissional do serviço social com as lutas de classes no sentido de superação das desigualdades e injustiças sociais. 
5 Implementação da Intervenção Profissional.
5.1 O Conceito da Prática Paternalista na Contemporaneidade e as Estratégias para o Rompimento dessa Teoria.
	Ao longo de sua trajetória o serviço social tem sido visto como atuação tradicional e clientelista, sendo associado ao caráter de benesse, transformando o usuário em indivíduo favorecido e não cidadão com direitos. Ainda hoje confunde-se caridade e filantropia com política pública garantida por lei, direitos dos cidadãos e dever do Estado. 
	Portanto o profissional de serviço social deve ser capaz de repensar não só a realidade social que atua, mas também sua prática profissional,buscando ser capacitado e polivalente, com uma visão que favoreça sua intervenção como também seu crescimento profissional. Procurando eliminar os equívocos gerados em torno da identidade de sua profissão, rompendo com o antigo conceito conservador, esclarecendo sua condição está estabelecida pela lei que regulariza a profissão e age como possível mecanismo de universalização dos direitos sociais. Destacando, portanto competências e atribuições do assistente social preconizados em lei.
	 Com essa compreensão, a qualidade e responsabilidade dos serviços prestados aos usuários se torna cada dia melhor e as diferenças entre assistência social e assistencialismo, serviço social e assistente social, cada vez mais evidentes. 	Estando ele ciente do rompimento com o tradicionalismo para uma vertente marxista com conhecimento de prática e práxis do seu trabalho. Levando em conta para isso o aspecto teórico metodológico, ético político e técnico operativo em sua formação e atuação. 
5.2 A Importância do Código de Ética na Atuação do Profissional.
	O entendimento da instrumentalidade permite que o profissional compreenda o antagonismo da realidade social, atuando na contribuição do fortalecimento das classes trabalhadoras e emponderamento do cidadão, agindo como profissional atuante nas expressões da questão social. Formulando e implementando propostas de intervenção para seu enfrentamento, com capacidade de promover o exercício da cidadania e a inserção criativa e prepositiva dos usuários nas relações sociais. 
	O Serviço Social apresenta uma visão social peculiar de mundo referenciado no marxismo, são essas representações e ideias orientam as estruturas cognitivas para ação profissional, na qual a consciência crítica determina o padrão de sociabilidade daqueles que exercem a sua prática.
	Em sua prática profissional atua na perspectiva de assegurar direitos sociais garantidos pela Constituição Federal e pelas legislações complementares referentes às políticas sociais e aos direitos da população. Não podendo haver qualquer tipo de discriminação no atendimento profissional. Com seu Código de Ética expressando o projeto profissional contemporâneo comprometido com a democracia e com o acesso universal aos direitos sociais, civis e políticos.
6 Relatório Final.
Concluímos assim, que este trabalho teve como objetivo analisar as práticas assistencialistas ainda encontradas na profissão buscando estratégias para minimizá-las. Para isso foi realizado estudo das situações apresentadas, dificuldades de atendimento necessário aos usuários e superação do significado da assistência social para tais famílias. 
	Na ocasião foi realizado plano de estudo como instrumento de intervenção pedagógica com a equipe do Cras e seus usuários, afim de que fosse feita orientação adequada dos perfis pedagógicos do assistente social, destacando a assistência social como política pública. 
	Dessa forma ficou claro o caráter interventivo da profissão que procura limitar conflitos e incertezas resultantes de um sistema sócio-econômico em profunda crise, que se reflete nas relações interpessoais e sociais, resultantes das lutas de classes. Destacando a competência do profissional, constituindo como desafio o uso adequado dos instrumentos conforme as características específicas da ação. 
	Pressupondo-se a capacidade de observação e perspicácia para captar reações, além de implicar sensibilidade e racionalidade, sendo imprescindível nortear-se pelo Código de Ética, pelas leis de Regulamentação da Profissão e textos especializados que compõem seu referencial teórico e prático. 
Assim, verificamos que é de fundamental importância o domínio dos instrumentais utilizados para melhor conhecimento acerca da realidade dos sujeitos envolvidos, favorecendo o acompanhamento das problemáticas trazidas pelos usuários e aprofundando a dinâmica de todas as situações objetivas e subjetivas vivenciadas pelos sujeitos na ação profissional. 
Sendo um profissional mediador, com olhar crítico das questões sociais, deve atuar na construção de uma sociedade baseada na igualdade, na garantia de direitos, na promoção à autonomia e empoderamento dos cidadãos. Comprometido com o projeto ético-político da profissão deve ir além, ter um posicionamento questionador, dinâmico, mas também sensível da realidade em atua, trabalhando como agente viabilizador para uma sociedade igualitária e com justiça social. 
7 Referências Bibliográficas
ABREU, Marina Maciel. Serviço Social, Assistência Social E Lutas Sociais: Inflexões Na Cultura Profissional. Maranhão, 2011. Disponível em: http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinpp2011/CdVjornada/JORNADA_EIXO_2011/MUNDIALIZACAO_BLOCOS_ECONOMICOS_ESTADO_NACIONAIS_E_POLITICAS_PUBLICAS/SERVICO_SOCIAL_ASSISTENCIA_SOCIAL_E_LUTAS_SOCIAIS.pdf. Acesso em: 03 de novembro. 2015. 
ALECRIM, Edinei Messias. A Importância Do Código De Ética, Lei 8662/93 para a Construção Do Projeto Ético-Politico Profissional Do Assistente Social. Bahia, 2009. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfnCsAE/a-importancia-codigo-etica-lei-866293-a-construcao-projeto-etico-politico-profissional-assistente-social. Acesso em: 03 de novembro. 2015.
CARBONARI, Paulo. Situação Dos Direitos Humanos No Brasil Disponível em: http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/carbonari/carbonari_sit_dh_br.htm. Acesso em: 03 de novembro. 2015.
CICILIATI, Erinilza. Serviço Social, das funções tradicionais aos desafios. 
Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABAlMAB/servico-social-das-funcoes-tradicionais-aos-desafios. Acesso em: 02 Novembro. 2015.
CONCEIÇÃO, Débora Guimaraes da. O Serviço Social e a Prática Pedágogica: A Arte como Instrumento de Intervenção Social. Londrina, 2010. Disponível em: http://pt.slideshare.net/joseweldson/o-servio-social-e-prtica-pedaggica-a-arte-como-instrumento-de-interveno-social. Acesso em: 10 novembro. 2015.
Conselho Federal de Serviço Social – CFESS. Disponível em: http://www.cfess.org.br/arquivos/CEP2011_CFESS.pdf Acesso em: 03 de novembro. 2015.
DURIGUETTO, Maria Lúcia; BALDI, Luiz Agostinho de Paula. Serviço Social, mobilização e organização popular: uma sistematização do debate contemporâneo. Florianópolis, 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-49802012000200005 Acesso em: 02 Novembro. 2015.
KOWALSKI, Débora. A Dimensão Sócio-Educativa da Prática Profissional dos Assistentes Sociais do Município de Toledo. Toledo, 2008. Disponível em: http://cac-php.unioeste.br/cursos/toledo/servico_social/arquivos/2008_debora_lucia_schmid_kowalski.pdf Acesso em: 02 de novembro. 2015. 
MARTINS, Fillipe Perantoni. Serviço Social E Perfis Pedagógicos: Elementos Para Uma Análise Crítica. Belo Horizonte, 2013. Disponível em: http://www.cress-mg.org.br/arquivos/simposio/SERVIÇO%20SOCIAL%20E%20PERFIS%20PEDAGÓGICOS%20ELEMENTOS%20PARA%20UMA%20ANÁLISE%20CRÍTICA.pdf Acesso em: 02 Novembro. 2015.
SILVA,  Luzia Gomes da. A Efetivação Dos Direitos Humanos. Recife, 2012. Disponível em:http://www.viajus.com.br/viajus.php?pagina=artigos&id=4965. Acesso em: 02 de novembro. 2015. 
SUGUIHIRO, Vera Lucia Tieko; BREVILHERI, Eliane Cristina Lopes; TORETTA, Ester Taube; GREGÓRIO, Francieli Jaqueline; TARDIOTO, Isaura Paris Cabanillas; PAIÃO, Ivana Célia Franco; CAMPOS, Luana Garcia; YWATA, Suzana Yuriko; MACHADO, Vanessa Rombola. O SERVIÇO SOCIAL EM DEBATE: FUNDAMENTOS TEÓRICOMETODOLÓGICOS NA CONTEMPORANEIDADE. Saber Acadêmico. 2009. Disponível em: http://www.uniesp.edu.br/revista/revista7/pdf/2_servico_em_debate.pdf. Acesso em: 04 de novembro de 2015.