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_____________________________________Geo-História______________________________________ ___________________________________Professor Moacir Cabral_____________________________________ 01. Leia o texto a seguir. “Assim como no Brasil, o processo de independência em Goiás se deu gradativamente. A formação das juntas administrativas, que representam um dos primeiros passos neste sentido, deram oportunidade às disputas pelo poder entre os grupos locais. Especialmente sensível em Goiás foi a reação do Norte que, se julgando injustiçado pela falta de assistência governamental, proclamou sua separação do sul.” PALACIN, Luís; MORAES, Maria Augusta Sant´Anna. História de Goiás. 4. ed. Goiânia: Ed. UCG, 1986, p. 48. Com base no fragmento acima e na bibliografia sobre o movimento separatista do Norte de Goiás, iniciado em 1821, conclui-se que a) o governo separatista do Norte, instalado em Cavalcante, em 1821, declarou-se independente tanto da Comarca do Sul de Goiás quanto da Coroa Portuguesa. b) o enfraquecido governo separatista do Norte de Goiás, após a independência política do Brasil, abdicou de buscar apoio à sua causa no governo de Dom Pedro I. c) o afastamento do capitão-geral, Manoel Sampaio, da direção da capitania de Goiás, em 1822, deu temporariamente novo vigor ao movimento separatista. d) as rivalidades políticas entre os líderes de Cavalcante, Palma, Arraias e Natividade, a partir de 1822, acabaram se sobrepondo à causa separatista regional. O texto a seguir servirá de base para responder às questões 02 e 03. O processo histórico que compreende a construção de Goiânia e a transferência da capital de Goiás ainda constitui um instigante e desafiador campo de trabalho para a historiografia goiana, seja pelas lacunas e limites impostos pelas fontes tradicionalmente pesquisadas, seja pelas polêmicas que o tema suscita no âmbito da história de Goiás. A nova capital significou e continua a significar, para muitos historiadores ou líderes políticos, um marco decisivo na evolução histórica de nosso Estado. 02. Valendo-se da análise dos discursos dos principais idealizadores de Goiânia e com base na historiografia sobre o tema, conclui-se que a) na comparação do processo de fundação da nova capital com a evolução histórica de Goiás desde os seus primórdios – século XVIII –, tenderam a prevalecer os elementos de continuidade sobre os de ruptura. b) a nova capital decorreu de motivações tanto utópicas – ela foi previamente desejada e idealizada antes de se tornar realidade – quanto ideológicas – foi sustentada pela ideologia do progresso evocada por seus fundadores. c) o processo de fundação da nova capital foi o resultado de um amplo acordo entre as principais lideranças políticas e econômicas do Sul e do Sudoeste do Estado, de um lado, e da cidade de Goiás, de outro. d) as justificativas apresentadas para a nova capital restringiram-se aos âmbitos econômico e urbanístico, em razão do isolamento econômico da antiga capital e de seus graves problemas de infraestrutura urbana. 03. Quanto às relações acerca do processo de construção de Goiânia e da transferência da capital de Goiás com a Revolução de 1930, observa-se que a) a Revolução de 1930, como um movimento político importado, carente de um programa claro e definido, teve repercussões insignificantes em Goiás e, portanto, no processo de fundação da nova capital; b) os ideais da oposição revolucionária eram, sobretudo, alimentados por um compromisso de ruptura total com as estruturas e práticas oligárquicas, que se encarnavam simbolicamente na antiga capital de Goiás. c) a nova capital representou um fato de envergadura que foi capaz de romper com o quadro de poucas realizações da Revolução de 1930 em Goiás e de justificar o caráter revolucionário do novo governo goiano. d) a Revolução de 1930 em Goiás foi proclamada por uma coluna de Minas Gerais e a inauguração da nova capital deste Estado, algumas décadas antes, serviu de inspiração para os revolucionários goianos. 04. Entre 1920-1929, o gado vivo significou quase a metade de todas as exportações e 27,69% da arrecadação total do Estado. MORAES, Maria Augusta de Sant’Anna; PALACIN, Luis. História de Goiás. Goiânia: Editora da UCG. p. 92. Sobre a economia goiana, marque a alternativa CORRETA. a) A grande importância da pecuária em Goiás, na década de 1920, deve-se principalmente à adoção da pecuária intensiva por parte dos criadores, aumentando, com isso, a produtividade. b) O predomínio da pecuária na economia goiana no século XIX e parte do XX foi acompanhado de relações de trabalho arcaicos no campo, com predomínio do clientelismo. c) A pavimentação das rodovias na década de 1920 contribuiu para incrementar as exportações goianas de carne bovina. d) Ainda hoje, o gado vivo, principalmente do sudoeste, é o principal produto de exportação de Goiás. 05. “[...] a mudança da capital não é apenas um problema na vida de Goiás. É também a chave, o começo da solução de todos os demais problemas. Mudando a sede de Governo para um local que reúna os requisitos de cuja ausência absoluta se [ressente] a cidade de Goiás, teremos andado meio caminho na direção da grandeza desta maravilhosa unidade Central”. (Relatório apresentado por Pedro Ludovico Teixeira ao presidente Getúlio Vargas em 1934. In: PALACIN, Luis. Fundação de Goiânia e desenvolvimento de Goiás. Goiânia: Oriente, 1976. p. 44) Com relação à mudança da capital de Goiás na década de 1930, marque a alternativa INCORRETA: a) De acordo com o texto citado, para Pedro Ludovico o objetivo explícito da mudança da Capital era promover o desenvolvimento de Goiás. No entanto, implicitamente, visava criar um novo centro de poder, afastando-se de seus adversários políticos. b) Em termos econômicos, a construção de Goiânia foi uma estratégia utilizada por Pedro Ludovico Teixeira para promover o desenvolvimento socioeconômico do Estado de Goiás. c) Ao afirmar que a cidade de Goiás não reunia condições para propiciar o desenvolvimento econômico de Goiás, Pedro Ludovico Teixeira equivocou-se. No século XIX, graças à exploração aurífera, Goiás era um dos estados mais desenvolvidos do Brasil. d) A construção de Goiânia expressou o desejo renovador advindo com a Revolução de 1930. Os revolucionários aspiravam romper com o passado, com as tradições e com o atraso representado pela cidade de Goiás. 06. Com a Independência, iniciou-se a passagem da ordem colonial à nacional. O grito do Ipiranga ecoou principalmente nas regiões centrais (Rio de Janeiro, Minas e São Paulo), mas o Brasil era um continente formado por inúmeras ilhas cercadas pelo desejo de afirmação de uma nova nacionalidade. _____________________________________Geo-História______________________________________ ___________________________________Professor Moacir Cabral_____________________________________ Acerca da vida econômica e social do Brasil no contexto da independência, é CORRETO afirmar: a) Em Goiás, a independência motivou disputas entre as comarcas do sul e do norte, mas o separatismo não contou com o apoio do regime monárquico e foi controlado. b) O projeto de emancipação política foi negociado amplamente pelas distintas regiões do país com base no compromisso de que as elites portuguesas seriam banidas da vida política. c) O crescimento da economia do café e os recursos advindos da produção do açúcar e do ouro formaram a base de sustentação de uma próspera economia nacional. d) A atividade pecuarista permitiu que Goiás desempenhasse importante papel no abastecimento do Rio de Janeiro, o que garantiu o compromissoda monarquia contra os movimentos separatistas. e) Os conflitos entre as comarcas do sul e do norte ganharam relevo durante a primeira metade do século XIX e assumiram a forma de uma guerra civil que só pode ser controlada com o auxílio de tropas vindas da Corte. 07. A guerra ofensiva perpetrada contra os Avá-Canoeiro durou até a década de 1860 (praticamente 100 anos de conflitos contínuos entre colonos e indígenas), tendo como consequência a redução da população. PEDROSO, Dulce Madalena. Avá-Canoeiro. In. MOURA, Marlene de Castro Ossami de (Org.). Índios de Goiás: uma perspectiva histórico-cultural. Goiânia: UCG/Kelps/Vieira, 2006. p. 96. O texto citado refere-se a um importante grupo indígena de Goiás, os Avá-Canoeiro, praticamente dizimados em decorrência da guerra com os colonizadores. O motivo desse conflito é decorrente a) da especificidade da língua macro-jê falada pelos Avá-Canoeiro, que inviabilizava a sua catequização, pois destoava da língua geral utilizada pelos jesuítas para evangelização indígena. b) do desejo dos colonizadores de apossar-se das terras habitadas pelos Avá-Canoeiro, já que elas, situadas na bacia do Rio Vermelho, eram ricas em ouro. c) do deslocamento da exploração agropecuária para o norte da Capitania, quando fazendas de gado foram estabelecidas em território habitado pelos Avá-Canoeiro. d) da miscigenação étnica entre os Avá-Canoeiro e os quilombolas, o que lhes possibilitou condições de atacar engenhos, colocando em risco o sistema escravista. 08. Bombeiros-2010. Os historiadores aproximam a história de Benedicta Cypriano Gomes (1905-1970) com a de Antonio Conselheiro, líder de Canudos. Tida como santa pelos moradores de Lagolândia, distrito de Pirenópolis, Santa Dica, como passou à história, tornou-se uma figura lendária de força política e de fé sincrética, conquistou seguidores de diferentes regiões em torno de si, nos primeiros anos da década de 1920, e logo passou a ser vista como uma ameaça pelo governo e pela Igreja. Esse movimento pode ser caracterizado como: a) um movimento causado pelo intenso processo de urbanização ocorrido em Goiás no início do século XX. b) um movimento de amplo apoio da Igreja Católica, que reconheceu seus milagres e iniciou seu processo de canonização junto ao Vaticano. c) um movimento de cunho meramente político, apoiado pelos grandes proprietários de terra como forma de controlar a população do campo. d) um movimento de apoio à Coluna Prestes e seus ideais, resultando na oposição ao poder das oligarquias da região e do Estado. e) um movimento messiânico que expressa a religiosidade do homem do campo, entrando em contradição com as práticas ortodoxas pregadas pela Igreja Católica. 09. Bombeiro-2010. A “Marcha para o Oeste” representava, na visão oficial, um mundo em perspectiva, uma realidade geográfica a incorporar-se no quadro da civilização moderna. No período entre 1930 e 1945, Goiás conheceu um ativo expansionismo dirigido pelo Estado que incrementou o avanço da fronteira agrícola e ampliou a inserção da economia no mercado, tendo como principal suporte: I. o apoio dos grandes proprietários de terra às medidas defendidas pelo governo, que tinham como objetivo a alteração da estrutura fundiária doEstado, bem como sua expansão. II. a fundação da Colônia Agrícola Nacional de Goiás (CANG), implantada no vale do São Patrício, no início dos anos 40, com o objetivo de promover a ocupação da fronteira do Estado. III. a transferência da capital para o centro mais dinâmico da economia regional em atendimento aos interesses das novas forças políticas e econômicas emergentes. IV. o expansionismo preconizado pelos governos federal e estadual, centrado na ideia de industrialização do Estado, como forma de expandir as fronteiras. Estão CORRETOS apenas os itens: a) I e II. b) III e IV. c) I e III. d) II e III. e) II e IV. 10. (UEG GO/2006) Você voltou para a civilização, né? Você tinha ido para Goiás. Ana Maria Braga, apresentadora de TV, entrevistando a atriz Glória Pires. In: O Popular, Goiânia, 1o maio 2005. Até 1930, o estado de Goiás continuava fora da corrente de progresso que, nos últimos 80 anos, havia transformando São Paulo e outros estados a partir da modernização da agricultura e de um começo da industrialização. PALACÍN, Luís; MORAES, Maria Augusta S. de. História de Goiás. Goiânia: Editora da UCG, 1994, p. 90. Conceitos como “progresso” e “civilização” são recorrentes na análise dos fenômenos econômicos e culturais. Acerca do uso desses conceitos para a compreensão da história de Goiás, julgue os seguintes itens: I. A construção da estrada de ferro provocou uma profunda transformação econômica, pois o Estado passou a exportar produtos agropecuários para o Sudeste do país. II. A mudança da capital na década de 1930 provocou o aumento da população e a intensificação da urbanização, eliminando os traços rurais da cultura goiana. III. Os conceitos de “progresso” e “civilização” são insuficientes como instrumentos de análise cultural, pois é impossível afirmar que os valores culturais goianos são superiores ou inferiores aos de outros estados. IV. A necessidade de construir uma nova capital, segundo Pedro Ludovico, se justificava pela defesa do patrimônio histórico da cidade de Goiás, ameaçada pelo crescimento demográfico. São CORRETAS as seguintes assertivas: a) I e II b) I e III c) II e IV d) III e IV
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