Buscar

TCC - CodeMagoo - Inclusão de Deficientes Visuais no Ambiente Escolar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 138 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 138 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 138 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO PAULA SOUZA 
ETEC PROFESSORA MARIA CRISTINA MEDEIROS 
Técnico em Informática para Internet Integrado ao Ensino Médio 
Feliph Murilo Lucio Marques 
Giovani Vitor Raposeiro dos Santos 
Lucas Schnr Cumpian Silva 
Thiago De Luka Nascimento Silva 
Thiago Schnr Gomes 
CODEMAGOO 
 Inclusão de Deficientes Visuais no Ambiente Escolar 
Ribeirão Pires 
2016
Feliph Murilo Lucio Marques 
Giovani Vitor Raposeiro dos Santos 
Lucas Schnr Cumpian Silva 
Thiago De Luka Nascimento 
Thiago Schnr Gomes 
CODEMAGOO 
 Inclusão de Deficientes Visuais no Ambiente Escolar 
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado 
pelos alunos do curso técnico em Informática 
para Internet Integrado ao Ensino Médio da 
ETEC Prof.ª Maria Cristina Medeiros, 
orientada pela Professora orientadora Cintia 
Maria de Araújo Pinho, como requisito para 
obtenção do título de Técnico de Informática 
para Internet. 
Ribeirão Pires 
2016 
 
 
 
 
Murilo, Feliph Lucio Marques. 
Raposeiro, Giovani Vitor dos Santos. 
 
MURILO, Feliph Lucio Marques. RAPOSEIRO, Giovani Vitor dos Santos. 
CUMPIAN, Lucas Schnr Cumpian Silva. NASCIMENTO, Thiago De Luka 
Silva. SCHNR, Thiago Gomes. 
 
 
CODEMAGOO – Site interativo com o intuito de fazer o intermédio entre o 
portador de necessidades especiais e a educação, visando à construção de 
uma ferramenta pedagógica que proporcione tal mediação. 
 
 
CEETEPS/ETEC Prof.ª Maria Cristina Medeiros/SP, 2° SEM.2016. 
Orientadora: Prof.º Cíntia Maria Araújo Pinho. 
 
 
 
 
 
 
Feliph Murilo Lucio Marques 
Giovani Vitor Raposeiro dos Santos 
Lucas Schnr Cumpian Silva 
Thiago De Luka Nascimento 
Thiago Schnr Gomes 
CODEMAGOO 
 Inclusão de Deficientes Visuais no Ambiente Escolar 
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado 
pelos alunos do curso técnico em Informática 
para Internet Integrado ao Ensino Médio da 
ETEC Prof.ª Maria Cristina Medeiros, 
orientada pela Professora orientadora Cintia 
Maria de Araújo Pinho, como requisito para 
obtenção do título de Técnico de Informática 
para Internet. 
 
 
 
Ribeirão Pires 
2016 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
Dedicamos o presente projeto a todos os portadores de deficiência visual e aos 
profissionais da educação. Criamos essa ferramenta fundamentados na crença da 
educação para todos de forma igualitária, visto que “a educação muda o mundo e 
muda as pessoas” (Evandro Guedes). E também a todos aqueles que acreditaram e 
estimularam nosso potencial, nos apoiaram e ajudaram a transformar nossas metas 
em realidade. 
Gratos, 
Feliph Murilo Lucio Marques 
Giovani Vitor Raposeiro dos Santos 
Lucas Schnr Cumpian Silva 
Thiago De Luka Nascimento 
Thiago Schnr Gomes 
 
 
AGRADECIMENTOS 
Ao Grande Arquiteto do Universo por toda a sabedoria que nos proporcionou 
para o desenvolvimento do projeto. 
A esta escola e todo seu corpo docente, além da direção e administração que 
nos proporcionaram as condições necessárias para que nós alcançássemos nossos 
objetivos. 
A nossa orientadora Prof.ª Cintia Pinho e ao Prof.º Anderson Vanin, por todo o 
tempo que dedicaram a nos ajudar durante o processo de realização deste projeto. 
Agradecemos aos nossos amigos, por confiarem em nós e estarem do nosso 
lado em todos os momentos da vida. 
" Todo mundo escuta quando você fala. Seus colegas entendem até melhor 
aquilo que você disse. Mas é o seu melhor amigo que fica preocupado quando você 
se cala... " (André Victtor) 
E enfim, a todos que contribuíram para a realização deste trabalho, seja de 
forma direta ou indireta, fica registrado aqui, o nosso muito obrigado! 
 
 
 
 
 
EPÍGRAFE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 " Nunca seremos donos de algo ou de 
alguém, nem mesmo da nossa própria 
existência. Estamos somente de 
passagem neste imenso corredor da vida. 
Tudo que existe pertence ao Grande 
Arquiteto do Universo. Suas obras são 
verdadeiras maravilhas cedidas aos olhos 
do mundo. Contemplá-las e entender que 
também fazemos parte delas, é uma forma 
de agradecer a Ele “ 
André Victtor 
 
 
ÍNDICE DE FIGURAS 
Figura 1: Tabela de Snellen ...................................................................................... 21 
Figura 2: Tríade para inclusão ................................................................................... 27 
Figura 3: Exemplo de QR Code ................................................................................ 33 
Figura 4: Demonstração da capacidade de armazenagem do QR Code .................. 33 
Figura 5: Demonstração dos padrões de reconhecimento do QR Code ................... 34 
Figura 6: QR Code sujo e danificado ainda em funcionamento ................................ 34 
Figura 7: Diferenças de tamanho entre um código de barras 1D e um QR Code ..... 34 
Figura 8: Comparação entre um Micro QR Code e um normal ................................. 35 
Figura 9: Canvas CodeMagoo ................................................................................... 38 
Figura 10: Exemplo de análise SOWT ...................................................................... 40 
Figura 11: Caneta PenTop ........................................................................................ 43 
Figura 12: Ilustração 4p’s .......................................................................................... 45 
Figura 13: Logo do projeto ........................................................................................ 50 
Figura 14: Pagina Facebook ..................................................................................... 52 
Figura 15: Vídeo explicativo. ..................................................................................... 53 
Figura 16: Menu ........................................................................................................ 60 
Figura 17: Página inicial banner ................................................................................ 61 
Figura 18: Página inicial Sobre .................................................................................. 61 
Figura 19: Página inicial Objetivos ............................................................................ 62 
Figura 20: Página inicial Colaboradores .................................................................... 62 
Figura 21: Página inicial Galeria ................................................................................ 63 
Figura 22: Página inicial Contato ............................................................................... 63 
Figura 23: Página inicial Teste do Projeto ................................................................. 64 
Figura 24: Área de Login ........................................................................................... 64 
Figura 25: Página Inicial ............................................................................................ 65 
Figura 26: Escolher Arquivo do Livro ........................................................................ 65 
Figura 27: Informações do Livro ................................................................................ 66 
Figura 28: Confirmação de Solicitação do livros ....................................................... 66 
Figura 29: Lista de Livros .......................................................................................... 67 
Figura 30: Perfil ......................................................................................................... 67 
Figura 31: Alterar Imagem ......................................................................................... 68 
Figura 32: Confirmação de Atualização de Imagem ..................................................68 
 
 
Figura 33: Tela Inicial ................................................................................................ 68 
Figura 34: Contribuir .................................................................................................. 69 
Figura 35: Lista de Livros .......................................................................................... 69 
Figura 36: Página do PayPal para Contribuição........................................................ 70 
Figura 37: Perfil ......................................................................................................... 71 
Figura 38: Alterar senha ............................................................................................ 71 
Figura 39: Confirmar Alteração ................................................................................. 72 
Figura 40: Tela Inicial ................................................................................................ 72 
Figura 41: Alterar Dados ........................................................................................... 73 
Figura 42: Livros ........................................................................................................ 73 
Figura 43: Escolher Arquivo ...................................................................................... 74 
Figura 44: Solicitar Livro ............................................................................................ 74 
Figura 45: Tela Inicial ................................................................................................ 75 
Figura 46: Alterar Senha ........................................................................................... 75 
Figura 47: Perfil ......................................................................................................... 76 
Figura 48: Livros ........................................................................................................ 76 
Figura 49: Tela Inicial ................................................................................................ 77 
Figura 50: Recuperar Senha ..................................................................................... 77 
Figura 51: Contato ..................................................................................................... 78 
Figura 52: Selecionar Arquivos ................................................................................. 78 
Figura 53: Livros ........................................................................................................ 79 
Figura 54: Colaboradores .......................................................................................... 79 
Figura 55: Professores .............................................................................................. 80 
Figura 56: Cuidadores ............................................................................................... 80 
Figura 57: Editoras .................................................................................................... 81 
Figura 58: Instituições Pública ................................................................................... 81 
Figura 59: Instituições Privadas ................................................................................ 82 
Figura 60: Cadastrar Colaborador ............................................................................. 82 
Figura 61: Cadastrar Cuidador .................................................................................. 83 
Figura 62: Cadastrar Professores ............................................................................. 83 
Figura 63: Cadastrar Editora ..................................................................................... 84 
Figura 64: Cadastrar Instituições Privada ................................................................. 84 
Figura 65: Cadastrar Instituições Pública .................................................................. 85 
Figura 66: Representação Gráfica do Ator ................................................................ 87 
 
 
Figura 67: Representação gráfica do caso de uso .................................................... 87 
Figura 68: Use case .................................................................................................. 87 
Figura 69: Diagrama de funcionalidades ................................................................... 88 
Figura 70: Diagrama de Atividades ........................................................................... 88 
Figura 71: Logo da ferramenta HTML 5 .................................................................... 89 
Figura 72: Logo da ferramenta CSS 3 ....................................................................... 90 
Figura 73: Logo da ferramenta PHP .......................................................................... 90 
Figura 74: Logo da ferramenta MySQL ..................................................................... 91 
Figura 75: Logo JavaScript........................................................................................ 91 
Figura 76: Logo da ferramenta JQuery ..................................................................... 92 
Figura 77: Adobe Dreamweaver CS6 ........................................................................ 92 
Figura 78: Logo do Microsoft Office Word ................................................................. 93 
Figura 79: Logo da ferramenta BrModelo .................................................................. 93 
Figura 80: Logo da ferramenta Astah Community ..................................................... 93 
Figura 81: Logo da ferramenta Visio CS6 ................................................................. 94 
Figura 82: Logo da ferramenta Xampp ...................................................................... 94 
Figura 83- Mer e Der ................................................................................................. 96 
 
 
 
 
ÍNDICE DE TABELAS 
Tabela 1: Preços ....................................................................................................... 51 
Tabela 2: Referente à Tabela Colaborador ............................................................... 97 
Tabela 3: Referente à Tabela Cuidador .................................................................... 97 
Tabela 4: Referente à Tabela Editora ....................................................................... 97 
Tabela 5: Referente à Tabela Administrador ............................................................. 98 
Tabela 6: Referente à Tabela Professor ................................................................... 98 
Tabela 7: Referente à Tabela Livro ........................................................................... 98 
Tabela 8: Recuperar senha ....................................................................................... 99 
Tabela 9: Instituição privada...................................................................................... 99 
Tabela 10: Instituição Pública .................................................................................... 99 
Tabela 11: Pacotes ................................................................................................. 100 
Tabela 12: contato ................................................................................................... 100 
Tabela 13: Máquinas e Equipamentos .................................................................... 101 
Tabela 14: Softwares .............................................................................................. 102 
Tabela 15: Veículos ................................................................................................. 102 
Tabela 16: Móveise Utensílios ............................................................................... 103 
Tabela 17: Equipamentos de Segurança ................................................................ 103 
Tabela 18: Capital de Giro....................................................................................... 104 
Tabela 19: Investimentos Pré-Operacionais ........................................................... 105 
Tabela 20: Investimento Total ................................................................................. 105 
Tabela 21: Estimativa dos custos de comercialização ............................................ 106 
Tabela 22: Estimativa de Faturamento .................................................................... 108 
Tabela 23: pedidos esporádicos .............................................................................. 109 
Tabela 24: Estimativa de custos fixos operacionais mensais .................................. 109 
Tabela 25: Demonstrativo de Resultados ............................................................... 111 
 
 
 
ÍNDICE DE GRAFICOS 
Gráfico 1: Idade ......................................................................................................... 54 
Gráfico 2: Qual seu grau de deficiência? .................................................................. 55 
Gráfico 3: Você possui Smartphone? ........................................................................ 55 
Gráfico 4: Você utiliza à internet no Smartphone? .................................................... 55 
Gráfico 5: Você conhece ou já ouviu falar sobre o QRCode ? .................................. 56 
Gráfico 6: Já utiliza algum aplicativo de inclusão digital? .......................................... 56 
Gráfico 7: Você utilizaria um aplicativo que permitirá a leitura de um livro? .............. 56 
Gráfico 8: Você acha este projeto viável? ................................................................. 57 
Gráfico 9: Este projeto te dará mais independência? ................................................ 57 
 
 
 
 
ÍNDICE DE QUADROS 
Quadro 1: Níveis de acuidade visual ......................................................................... 21 
Quadro 2: Tipos de QR Codes .................................................................................. 35 
Quadro 3: Analise SOTW do projeto ......................................................................... 41 
Quadro 4: Ricos e Soluções ...................................................................................... 42 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 18 
1.1. Problemática ................................................................................................... 19 
1.2. Justificativa ..................................................................................................... 22 
1.3. Objetivo ........................................................................................................... 24 
1.3.1. Objetivos gerais .............................................................................................. 24 
1.3.2. Objetivos específicos ...................................................................................... 24 
1.4. Metodologia .................................................................................................... 25 
1.5. Resultados esperados .................................................................................... 26 
2. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................. 27 
2.1. Legislação ....................................................................................................... 27 
2.1.1. Constituição Federal ....................................................................................... 29 
2.1.2. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996 ....................................................... 30 
2.1.3. Declaração Universal de Salamanca .............................................................. 32 
2.2. O que é um código QR Code®? ..................................................................... 33 
3. ORGANIZAÇÃO ............................................................................................. 36 
3.1. Contexto do negócio ....................................................................................... 36 
3.1.1. Histórico da área ............................................................................................. 36 
3.2. Perfil da empresa ............................................................................................ 37 
3.3. Restrições técnicas e administrativas ............................................................. 37 
4. ASPECTOS ESTRATÉGICOS ....................................................................... 38 
4.1. Canvas ............................................................................................................ 38 
4.2. Missão, visão e valores ................................................................................... 39 
4.2.1. Missão ............................................................................................................ 39 
4.2.2. Visão ............................................................................................................... 39 
4.2.3. Valores ............................................................................................................ 39 
4.3. Público Alvo .................................................................................................... 39 
4.4. Diagnóstico organizacional (Análise SWOT) .................................................. 40 
4.5. Riscos e Soluções .......................................................................................... 42 
4.6. Concorrentes .................................................................................................. 42 
4.6.1. Concorrentes diretos....................................................................................... 43 
 
 
4.6.2. Concorrentes indiretos .................................................................................... 43 
4.7. Mix de marketing (planejamento de marketing - 4p’s) .................................... 45 
4.7.1. Produto/Serviço .............................................................................................. 45 
4.7.2. Definição de preços ........................................................................................ 50 
4.7.3. Promoção ....................................................................................................... 51 
4.7.4. Praça .............................................................................................................. 53 
5. BRIEFING ....................................................................................................... 54 
5.1. Resultados da Entrevista com Deficientes Visuais ......................................... 54 
5.2. Resultados da Pesquisa de Campo com o Profissional ................................. 57 
5.2.1. Conclusão ....................................................................................................... 58 
6. SITE ................................................................................................................ 59 
6.1. Objetivos do site/aplicativo ............................................................................. 59 
6.2. Conteúdo e Material Disponível ...................................................................... 59 
6.3. Elementos das páginas/Menus de navegação ............................................... 59 
6.4. Elementos de Navegação ...............................................................................60 
6.4.1. Elementos de Navegação dos logins .............................................................. 64 
7. PROGRAMAÇÃO ........................................................................................... 86 
7.1. Planejamento UML ......................................................................................... 86 
7.1.1. Site.................................................................................................................. 86 
7.2. Linguagens utilizadas ..................................................................................... 89 
7.2.1. Html ................................................................................................................ 89 
7.2.2. Css (Cascating style sheet) ............................................................................ 89 
7.2.3. Php ................................................................................................................. 90 
7.2.4. Mysql .............................................................................................................. 90 
7.2.5. Javascript ........................................................................................................ 91 
7.2.6. Jquery ............................................................................................................. 91 
7.3. Ferramentas utilizadas.................................................................................... 92 
7.3.1. Adobe Dreamweaver CS6 .............................................................................. 92 
7.3.2. Microsoft Office ............................................................................................... 92 
7.3.3. BrModelo ........................................................................................................ 93 
7.3.4. Astah Community ........................................................................................... 93 
7.3.5. Visio ................................................................................................................ 94 
 
 
7.3.6. Xampp ............................................................................................................ 94 
8. DESENVOLVIMENTO DO BANCO DE DADOS ............................................ 95 
8.1. MER – Modelo de Entidade e Relacionamento .............................................. 95 
8.2. Planejamento/Documentação ......................................................................... 96 
9. PLANEJAMENTO FINANCEIRO .................................................................. 101 
9.1. Investimentos Fixos ...................................................................................... 101 
9.2. Capital de Giro .............................................................................................. 104 
9.3. Investimentos Pré-operacionais .................................................................... 104 
9.4. Investimento Total ........................................................................................ 105 
9.5. Custos Variáveis ........................................................................................... 106 
9.6. Faturamento ................................................................................................. 107 
9.7. Estimativa de custos fixos ............................................................................. 109 
9.8. Conclusão do Estudo De Viabilidade ............................................................ 110 
9.9. Rentabilidade ................................................................................................ 112 
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 113 
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 114 
APÊNDICE A - DIÁRIO DE BORDO ....................................................................... 122 
APENDICE B - TERMOS DE USO ......................................................................... 131 
APENDICE C – FOTOS PESQUISA DE CAMPO ................................................... 135 
 
 
 
 
RESUMO 
A inclusão escolar de educandos com deficiência visual é um desafio para a educação, 
seja nas escolas públicas ou particulares, dado a falta de materiais adequados que 
contemplem as necessidades de cada educando com deficiência, dificultando todo 
processo de ensino-aprendizagem. É indispensável ressaltar que todos têm o direito 
à educação constitucionalmente garantida e com igualdade de oportunidades, sem 
discriminação e exclusão institucional-educacional. Sendo que em sua maioria a 
sociedade brasileira carece de informações, principalmente jurídicas. Sendo 
necessário trazer junto a esse trabalho de conclusão de curso todo o referencial 
teórico, no tocante à legislação que garante os direitos dos portadores de 
necessidades especiais. Daí a necessidade da criação do projeto que visa à 
construção de uma ferramenta pedagógica, que através do uso de um smartphone 
com câmera, para leitura de um código de barras do tipo QR Code®, código esse, que 
fica contido nas páginas do material desenvolvido pelo professor, o mesmo contém 
um link que após ser lido redireciona para o website CodeMagoo, no qual, as apostilas, 
já transformados em áudios, ficam disponíveis para que o usuário possa ter acesso 
às informações e acompanhar a leitura junto com os demais alunos, através de um 
fone de ouvido. É esperado que o projeto atinja grandes proporções, sendo uma 
aplicação relativamente de baixo custo comparadas as impressões convencionais em 
braile, isto pelo fato de que a maioria do público alvo já possuir smartphones, 
contribuindo assim para a autonomia do deficiente visual e ao ensino-aprendizagem 
dentro e fora da sala de aula. 
Palavras chaves: Legislação; Acessibilidade; QR Code®; Smartphone; Inclusão 
Educacional; Ferramenta Pedagógica; Deficientes Visuais. 
 
 
 
ABSTRACT 
The school inclusion of students with visual impairments is a challenge for education, 
whether in public or private schools, given the lack of suitable materials that address 
the needs of each student with disabilities, hindering all teaching-learning process. It 
is essential to emphasize that everyone has the right to constitutionally guaranteed 
education and equal opportunities without discrimination and institutional and 
educational exclusion. Since mostly Brazilian society lacks information, especially 
legal. If necessary bring along this course conclusion work all the theoretical 
framework, with regard to legislation that guarantees the rights of people with special 
needs. Hence the need to create a project that aims to build a pedagogical tool, which 
through the use of a smartphone with a camera, for reading a bar code type QR 
Code®, this code, which is contained in the pages of material developed by the 
teacher, it contains a link that after being read redirects to CodeMagoo website, where 
the handouts, already turned into audio, are available for the user to access information 
and monitor the reading along with the other students, through a headset. It is expected 
that the project reaches major proportions, with an application relatively low cost 
compared to conventional prints in Braille, that the fact that most of the target audience 
already have smartphones, thus contributing to the autonomy of the visually impaired 
and the teaching-learning inside and outside the classroom. 
Key words: Legislation; Accessibility; QR Code®; smartphone; Educational 
Inclusion; Educational tool; Visually Impaired. 
18 
 
1. INTRODUÇÃO 
Atualmente, ter um smartphone deixou de ser algo exclusivo de algumas 
pessoas para se tornar um objetode uso cotidiano, havendo, inclusive, quem possua 
mais de um dispositivo. Destarte, esta propagação acabou influenciando nos hábitos 
de todas as pessoas que utilizam esses aparelhos, com diversos tipos de utilização, 
desde de fazer uma ligação a pagar uma conta de banco. Nesse contexto, como foi 
prognosticado o smartphone chegou às escolas, mesmo com todas as medidas 
restritivas, com relação ao uso em sala de aula, os alunos continuam a transportar 
consigo esses dispositivos e a usá-los. 
Nessa conjuntura, assim como o uso desses dispositivos móveis, os códigos 
de barras no formato QR Code®1 também vem aumentando e muito sua utilização. 
Portanto, com todas essas transformações, é importante ser pensado nas diversas 
etapas a serem superadas para um futuro melhor para toda a sociedade. O direito à 
educação, bem como, o aprender das pessoas com deficiência é uma dessas etapas 
a serem ultrapassadas. Sendo expressamente reconhecido, pela Convenção sobre 
os Direitos das Pessoas com deficiência2, esse direito sem discriminação e com base 
na igualdade de oportunidades, para que seja efetivado, o Brasil assegurará um 
sistema educacional inclusivo em todos os níveis, bem como o aprendizado ao longo 
da vida. 
Não sendo poucos os documentos que reconhecem e garantem esses direitos 
aos cidadãos. Em especial o tratado internacional3 no qual o a República Federativa 
do Brasil é signatário, já citado a cima, a Declaração de Direitos das Pessoas 
Deficientes por parte da organização das Nações unidas, promulgada em meados dos 
anos 70, colocando desde então, o zelo da sociedade para esse tema e de que 
maneira colocar em prática o que veio a ser conceituado na declaração como inclusão. 
Segundo o consultor de inclusão social Romeu Kazumi Sassaki: 
 Conceitua-se a Inclusão Social como o processo pelo qual a 
sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas 
sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, 
simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis 
 
1 "Quick Response” (resposta rápida), indicando seu objetivo de ser um código facilmente interpretado 
por um equipamento de leitura de códigos de barras. 
2 Resolução aprovada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas em 09/12/75. 
3 Tratado internacional com força de emenda. (Vide Art. 5º §3º CF/88) 
19 
 
na sociedade. A inclusão social constitui, então, um processo 
bilateral no qual as pessoas, ainda excluídas e a sociedade 
buscam, em parcerias, equacionar problemas, decidir sobre 
soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos. 
(SASSAKI,1997, p.3) 
 Este trabalho visa desmistificar o uso dos smartphones em sala de aula, 
transformando esta ferramenta em um excelente recurso pedagógico, potencializando 
todo o processo de ensino-aprendizagem, dando maior autonomia por parte do 
deficiente visual para obter informações. Usando do QR Code®, um código de barras 
2D, aliando uma tecnologia já existente, devido ao crescente processo de inclusão 
social dos deficientes visuais. Smartphones com leitor de tela e um aplicativo 
identificador de códigos de barras. 
 De modo que esse processo de inclusão educacional ocorra de uma maneira 
efetiva, é necessário que haja uma integração entre todos os membros da 
comunidade escolar, a fim de que possam atuar no processo de transformação do 
material didático utilizado pelos professores, nas escolas que pretendem implementar 
o uso dessa tecnologia. 
“A educação inclusiva representa um passo muito concreto e 
manejável que pode ser dado em nossos sistemas escolares para 
assegurar que todos os estudantes comecem a aprender que o 
“pertencer” é um direito, não um status privilegiado que deva ser 
conquistado.” (N.Kunc, 1992 apud SASSAKI, 1999) 
Sendo assim, faz-se necessário a criação de ferramentas que possibilitem o 
processo de integração à sociedade, bem como o aprendizado das pessoas com 
qualquer nível de deficiência visual. Mesmo com o grande avanço das tecnologias de 
software para inclusão de deficientes visuais, estas acabam sendo pouco exploradas 
por seu público. Constituindo uma realidade de poucas pessoas, pelos mais variados 
motivos que impedem esta inclusão. Deste modo a utilização nas escolas podem 
acabar por estimular o uso destas tecnologias em prol dos portadores de 
necessidades especiais. 
1.1. Problemática 
No que será abordado na justificativa, é conseguido perceber que os portadores 
de necessidades especiais compõem uma parcela considerável da sociedade 
20 
 
brasileira. A acuidade visual4, conforme as estáticas do IBGE é a deficiência com mais 
incidência dentre os portadores de necessidades especiais. 
Contudo, tem-se a necessidade de ser explicado – o que é ser portador de 
necessidades especiais. – Sendo uma expressão muito abrangente, podendo 
envolver anomalias físicas, psíquicas e fisiológicas. Ser portador de deficiência não 
necessariamente implica ter uma anomalia física aparente, como a falta de uma perna 
ou, ainda, ter cegueira absoluta. Ser deficiente, frequentemente, é aparentar estar 
física e mentalmente perfeito, sendo possível fazer a distinção através de perícia 
médica. 
Dentro do ordenamento jurídico brasileiro também existem diferenciações, tais 
como, deficiência, deficiência permanente e incapacidade: 
 “Deficiência – é toda avaria ou anormalidade da composição ou 
função psicológica, fisiológica ou anatômica que gera incapacidade 
para desempenho de atividade dentro do padrão considerado normal 
para um ser humano;” (BOLONHINI, 2004) 
 “Deficiência permanente – é aquela que ocorreu ou se 
estabilizou durante um período de tempo suficiente para não permitir 
recuperação ou ter probabilidade de que se altere apesar de novos 
tratamentos;” (BOLONHINI, 2004) 
 “Incapacidade – é uma redução efetiva e a acentuada da 
capacidade de integração social, com necessidade de equipamentos, 
adaptações, meios ou recursos especiais para que a pessoa portadora 
de deficiência possa receber ou transmitir informações essenciais ao 
bem-estar pessoal e ao desempenho de função ou atividade a ser 
exercida.” (BOLONHINI, 2004) 
A deficiência visual é definida no Decreto 5.296/04 como: 
 “Deficiência visual: cegueira, na qual a acuidade visual é igual 
ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a 
baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor 
olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória 
da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 
60º; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições 
anteriores” (DECRETO LEI 5296, 2004.). 
Segundo YAMADA (2005), a acuidade visual é avaliada colocando-o em frente 
ao indivíduo elementos de diferentes tamanhos a uma distância padrão do olho. A 
ferramenta mais frequentemente utilizado nessa avaliação é a “Tabela de Snellen”, na 
 
4 Acuidade Visual (AV) é o grau de aptidão do olho, para discriminar os detalhes espaciais, ou seja, a 
capacidade de perceber a forma e o contorno dos objetos. Essa capacidade discriminatória é atributos 
dos cones (células fotossensíveis da retina), que são responsáveis pela Acuidade Visual, central, que 
compreende a visão de forma e a visão de cores (Portal LAFAMED,). 
21 
 
qual é composta de uma série sucessiva de fileiras menores de letras aleatórias 
utilizadas para avaliar a visão a distância. 
Figura 1: Tabela de Snellen 
 
Fonte: Armao, 2011. 
Os oftalmologistas determinaram o que uma pessoa com visão considerada 
"normal" deveria ser capaz de enxergar a uma distância de 6 metros do quadro de 
teste de visão. Se a pessoa possui visão 20/20, isso significa que quando ficaa 6 
metros do quadro, é capaz de enxergar o que um ser humano normal enxergaria. No 
sistema americano, o padrão é 20 pés (6 metros). É por isso que eles chamam de 
visão 20/20. Portanto tendo uma visão 20/20, é uma visão normal, o que significa que 
a maioria da população pode enxergar o mesmo que as pessoas consideradas 
normais a 6 metros de distância. 
Quadro 1: Níveis de acuidade visual 
Fonte: Portal Brasil Medicina adaptado, 2014. 
Normal: de 20/20 a 20/40 em pelo menos um dos olhos - "olho de menor visão" 
Moderada: de 20/50 a 20/70 
Grave: de 20/80 a 20/200 
Cegueira: menor que 20/200 
22 
 
Após ficarem entendido os vários tipos e níveis de acuidade visual é presumível 
que o portador de deficiência visual acaba por encontrar em sua caminhada inúmeros 
obstáculos, no tocante, a sua integração social, em detrimento ao descaso do poder 
público, e a falta de conhecimento da sociedade, de maneira geral. É possível 
descrever esses obstáculos, como a falta de estrutura nas vias e logradores públicos, 
a falta de sinalização sonora em cruzamentos, assim como a falta de materiais 
didáticos que possibilitem a autonomia do deficiente visual de adquirir conhecimento, 
ou seja, equipamentos públicos de educação que sejam acessíveis assim como diz o 
“Plano Viver sem Limites” dado pelo decreto 7.612, de 17 de novembro de 2011: 
“Art. 3º São diretrizes do Plano Viver sem Limite: 
II - garantia de um sistema educacional inclusivo; 
II - garantia de que os equipamentos públicos de educação sejam 
acessíveis para as pessoas com deficiência, inclusive por meio de 
transporte adequado; 
III - ampliação da participação das pessoas com deficiência no 
mercado de trabalho, mediante sua capacitação e qualificação 
profissional;” (DECRETO LEI 7.612, 2011) 
Sendo assim política de inclusão escolar definida em lei e tratados 
internacionais, não foram verdadeiramente implementados no Brasil, em virtude de 
ainda ser necessário escolas especializadas no acolhimento de determinadas 
deficiências. 
“A inclusão social, portanto, é um processo que contribui para a 
construção de um novo tipo de sociedade através de transformações, 
pequenas e grandes, nos ambientes físicos, espaços internos e 
externos, equipamentos, aparelhos, utensílios mobiliário e meios de 
transportes e na mentalidade de todas as pessoas, portanto também 
do próprio portador de necessidades especiais. ” (SASSAKI,1999, 
p.42) 
Portanto o problema começa na escola, seja ela pública ou privada, onde o 
despreparo, por muitas vezes, dos profissionais da educação, que lidam diretamente 
com o portador de necessidades visuais e a falta dos materiais didáticos específicos 
para esse público também contribuem para uma má formação. Esse problema dos 
materiais didáticos interfere diretamente no aprendizado e na profissionalização desse 
cidadão, impedindo sua integração social no ambiente escolar. 
1.2. Justificativa 
No Brasil, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os 
resultados do Censo realizado em 2000, verificando-se a existência de 24,5 milhões 
23 
 
de pessoas com deficiência. Sendo pela primeira vez que os dados foram levantados 
com referência nos critérios previstos na CIF (Classificação Internacional de 
Funcionalidade, Incapacidade e Saúde), conforme recomendação da OMS – Último 
censo de 2010 demostra 24,6 milhões, evidenciando ainda mais que o número de 
deficientes tende a aumentar com o passar do tempo –. Desse total, aproximadamente 
42% (ou 10,2 milhões) possuem deficiências severas, tais como deficiência mental 
permanente, tetraplegia, paraplegia ou hemiplegia permanente, falta de um membro 
ou de parte dele e incapacidade ou grande dificuldade permanente de caminhar, subir 
escadas, enxergar e ouvir. 
No que tange a deficiência visual, a Organização Mundial de Saúde (OMS) 
estima que nos países em desenvolvimento, como no Brasil, 1 a 1,5% da população 
apresenta esta deficiência. "Assim, no Brasil haveria cerca de 1,6 milhão de pessoas 
com algum tipo de deficiência visual, sendo a maioria delas com baixa visão" (Gil, 
2000, adaptado). Com conformidade aos dados do MEC divulgados pelo portal 
Pessoas com Deficiência em 2015, nos últimos 12 anos no Brasil, o número de 
matrículas de pessoas com deficiência em escolas regulares passa de 145 mil em 
2003 para 698 mil em 2014, um crescimento de mais de 400% com tendência de 
aumento. 
Na esfera da educação, segundo dados oficiais acima, indicam que, apesar de 
que as matrículas estejam aumentando na rede de ensino regular, as condições 
educacionais se mantêm desiguais para os estudantes com deficiência. 
Frequentemente, estudantes com deficiência são discriminados nas escolas 
brasileiras quando não têm o acesso aos recursos e apoios de que necessitam para 
estudarem em condições de igualde com relação aos seus colegas. 
Em pesquisa realizada no Portal Saúde Visual (2016), foi identificado que estes 
smartphone estão batendo recorde de vendas para pessoas com deficiência visual, 
pois já existem inúmeros aplicativos que ajudam na navegação, sendo que o usuário 
passa o dedo sobre a tela e ouve uma descrição do que está sendo tocado pelos 
dedos. Assim o mesmo será utilizado como principal ferramenta deste projeto, 
evitando novos gastos. 
24 
 
Assim sendo, com tamanha demanda de pessoas com deficiência em escolas 
de ensino regular, cria-se a necessidade desse instrumento pedagógico 
individualizado tanto para o auxílio aos professores como aos próprios deficientes 
visuais. Não se podendo excluir do sistema educacional geral sob alegação de 
deficiência. Para tanto, as pessoas com deficiência tem o direito resguardado no artigo 
24, referente a Educação, da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com 
Deficiência, dentre outras, diz que, para a realização desse direito é assegurado: 
“Medidas de apoio individualizadas e efetivas sejam adotado em ambientes que 
maximizam o desenvolvimento acadêmico e social, de acordo com a meta de inclusão 
plena.” 
1.3. Objetivo 
1.3.1. Objetivos gerais 
Criar uma ferramenta pedagógica, com o uso de um smartphone com câmera, 
neste irá conter um aplicativo, que permitirá fazer o reconhecimento do código de 
barras no estilo QR Code®, por conseguinte as informações armazenadas no mesmo. 
A ideia é incluir o código em cada página do material didático utilizado pelo professor, 
possibilitando a reprodução em áudio do teor do material para o educando portador 
de necessidades especiais, podendo este colocar o fone de ouvido, para não interferir 
na leitura do aluno ao lado. Assim o foco é garantir aos deficientes visuais a 
possibilidade de acompanhar as aulas e adquirir o conhecimento de maneira 
autônoma. 
1.3.2. Objetivos específicos 
O projeto visa aos seguintes objetivos: 
 Criar materiais impressos com o QR Code® e uma régua no qual os 
alunos poderão se orientar onde focar a câmera de seu smartphone; 
 Cadastrar alguns materiais didáticos no aplicativo e pedir para alguns 
deficientes visuais testarem a funcionalidade do mesmo. 
 Promover o conhecimento com base na legislação que garante os direitos 
dos portadores de necessidades especiais. 
 Proporcionar a ETEC Prof. Maria Cristina Medeiros ter uma ferramenta de 
inclusão aos deficientes visuais. 
25 
 
 Auxiliar no estudo do portador de necessidades especiais. 
 Trazer autonomia ao deficiente visual. 
 Possibilitar a inclusão dentro do meio educacional. 
 Proporcionar acessibilidade. 
 Reduzir custos, em relação as impressões convencionais em braile, e pelo 
fato do celular já ser um dispositivo utilizado pela maioria das pessoas, 
assim não terá a necessidade de adquirir um outro equipamento leitorde 
códigos de barras. 
1.4. Metodologia 
 O estudo metodológico teve início em uma reunião com os orientadores, que 
apresentaram ao grupo o projeto brasileiro chamado “Pentop”, que tinha como base 
utilizar uma caneta leitora para identificar dinheiro, com a mesma tecnologia eles 
aproveitaram para a leitura de livros infantis para crianças que ainda não sabem ler, 
assemelhando-se bastante com o “Wizard pen”, canetas utilizadas na escola de inglês 
Wizard, estas fazem tradução das suas apostilas. A partir deste momento, a ideia foi 
criar algo, porém de baixo custo para facilitar a leitura e autonomia dos deficientes 
visuais nas escolas. As canetas citadas inicialmente possuem um alto custo de 
aquisição e então pensou-se na possibilidade de utilizar o smartphone para isso. 
Com bases nas pesquisas bibliográficas e conversas com nosso público-alvo, 
foi elaborado o projeto em questão. Para sua criação, o material didático dos 
professores será adaptado com os QR Codes® e sinalização para localização do 
código, através de uma régua, que auxilie o deficiente visual. 
 Em paralelo, haverá a criação ou adaptação do aplicativo para a leitura dos 
materiais didáticos, o armazenamento dos arquivos será no website CodeMagoo. O 
qual será criado um site para divulgação do aplicativo e adaptação para outras 
unidades escolares que desejarem ser inclusas no projeto. A ideia é disponibilizar 
versões betas para o teste e aceitação do público alvo. 
26 
 
Com ideia formada deu-se a construção do website a partir de um template5 
pronto fornecido pelo W3layouts6, onde foi utilizado ferramentas como: Adobe 
Dreamweaver CS6 para edição de código; Adobe Photoshop CS6 (64 Bit) para edição 
de imagens; entre outros, visando adequação do template para o intuito do projeto. 
Que só foi possível a construção do website, dando-se aos conhecimentos 
adquiridos em aula, nas mais variadas técnicas de programação7 e desenvolvimento 
para internet e banco de dados ensinados pelos professores orientadores, além de 
pesquisas como já citado na internet para incrementar o website. 
1.5. Resultados esperados 
É esperado que o projeto atinja grandes proporções, que vença as barreiras e 
dê acesso a uma nova forma de aprendizagem, contribuindo assim para a autonomia 
e ao ensino-aprendizagem dentro e fora da sala de aula. Conclui-se que com este 
projeto a utilização dos códigos QR na educação das pessoas portadoras de 
deficiências visuais tende-se a ser um recurso eficiente. 
Sendo uma aplicação relativamente de baixo custo, pelo fato dos dispositivos 
eletrônicos já estarem em posse do público alvo, pretende-se promover sua 
integração social através da educação e quem sabe num futuro próximo, incluir 
também para as leituras facultativas. 
Espera-se que a ideia seja adaptada à maioria das editoras e que os deficientes 
visuais possam acessar além dos conteúdos didáticos no âmbito escolar, ou seja, ter 
acesso às informações dos jornais diários, os seus livros preferidos, revistas, menu 
de restaurantes, cafeterias, entre outros, e em qualquer lugar, tendo o prazer de tê-
los em suas mãos e podendo acessar o conteúdo de maneira prática e autônoma 
como qualquer outro indivíduo. 
 
5 Template é o modelo de documento sem conteúdo, apenas com apresentação visual. (Dicionário 
Informal, 2013) 
6 W3layouts nasce com o intuito de unir sites que rodem bem na web e na versão mobile. Fornecendo 
um único projeto em três layouts diferentes, que são otimizados para Smartphone (iPhone, Android, 
Windows Mobile e muito mais), Mobiles (Nokia, Sony Ericsson, LG e outras Java, Mobiles Symbian) e 
web Responsive. (W3layouts) 
7 Programação é o processo de escrita, teste e manutenção de um programa de computador. Diferentes 
partes de um programa podem ser escritas em diferentes linguagens. (Oficina da Net) 
27 
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
Nesse capitulo será abordado a pesquisa bibliográfica, que por sua vez, 
buscará a resposta do problema a partir de referências teóricas obtidas em livros, 
teses, artigos, dissertações, e outros documentos confiáveis criados por pesquisas 
anteriores. (Cervo e Bervian, 2002) 
Para Lakatos e Marconi (2001, p. 183), a pesquisa bibliográfica, 
 “[...] abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema 
estudado, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, 
pesquisas, monografias, teses, materiais cartográficos, etc. [...] e sua 
finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi 
escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto [...]”. 
Em resumo, todo e qualquer trabalho científico, toda pesquisa, deve ter o apoio 
e o fundamento no referencial teórico, para que não se desaproveite o tempo com um 
problema que já foi solucionado e possa chegar a conclusões inovadoras (LAKATOS 
& MARCONI, 2001). 
2.1. Legislação 
A república federativa do Brasil dispõe de diversas legislações que visam 
atender aos portadores de deficiência, entretanto a sociedade brasileira por muitas 
vezes carece dessas informações, por este fato institui na falta de respeito ás 
condições já garantidas. Segundo Paulino (2008) a educação para deficientes é 
definida por duas tríades (legislação/acessibilidade/potencialidade e 
direitos/inclusão/eficiência) que envolta do RESPEITO resulta na obtenção da 
cidadania. 
Figura 2: Tríade para inclusão 
 
Fonte: Paulino, 2008. 
28 
 
Cidadania essa, que não pode ser atingida, senão for dado espaço as pessoas 
com deficiência, haja vista que são consideradas “invisíveis”. Como comprovado com 
uma breve reflexão empírica sobre o dia a dia do Brasil, é possível perceber que se 
convive pouco com os portadoras de necessidades especiais: eles não estão nas 
ruas, nos shopping, nos cinemas, nas escolas e universidades. Consequência 
indubitável que pouco se sabe sobre este grupo social. (FERREIRA, 2006) 
Ainda segundo Ferreira (2006), essa invisibilidade das pessoas com 
deficiência, em ambientes sociais comuns, e a falsa premissa em sua incapacidade, 
juntamente com o desconhecimento sobre seus direitos e os direitos humanos, em 
geral, perpetuam as atitudes e procedimentos discriminatórios. 
A discriminação contra pessoas e grupos em condição social de subalternidade 
são tão reiterados que, de acordo com a história, se tornou estritamente necessária a 
publicação de documentos legais que tratam do tema. Por exemplo, a Convenção 
Internacional Contra a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial 
(ONU, 1968), que veio conceituando a discriminação como: 
“[...]qualquer exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, 
descendência ou origem nacional ou étnica, que tenha o propósito ou 
efeito de anular ou prejudicar o reconhecimento, gozo ou exercício em 
pé de igualdade de direitos humanos, e liberdades fundamentais nos 
campos político, econômico, social, cultural ou qualquer outro domínio 
da vida pública.” (ONU, 1968) 
Tais descriminações também fazem parte da história dos grupos sociais de 
subalternidade como os portadores de necessidades especiais, tendo portanto o 
Estado a responsabilidade e função de intervir com instrumentos jurídicos que 
garantem os direitos desse grupo social. 
Segue em lista, alguns desses instrumentos jurídicos que garantem os direitos 
dos portadores de deficiências no Brasil: 
 Constituição Federal de 1988 - Educação Especial 
 Lei nº 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBN 
 Declaração Universal de Salamanca 
 Lei nº 8069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA 
 Lei nº 8859/94 - Estágio 
 Lei nº 10.098/94 - Acessibilidade 
29 
 
 Lei nº 7.853/89 - CORDE - Apoio às pessoasportadoras de deficiência 
 Lei n.º 8.899, de 29 de junho de 1994 - Passe Livre 
 Lei nº 9424 de 24 de dezembro de 1996 – FUNDEF 
 Lei nº 10.845, de 5 de março de 2004 - Programa de Complementação ao 
Atendimento Educacional Especializado às Pessoas Portadoras de Deficiência 
2.1.1. Constituição Federal 
A Constituição Brasileira de 1988 assegurou o direito à educação a todo 
brasileiro e estrangeiro residentes no País, e a promoção do bem de todos, 
independentemente de raça, sexo, cor, ou condição física ou psíquica, ficando 
terminantemente proibido toda e qualquer discriminação e exclusão institucional-
educacional. (Art. 3º, inciso IV) 
“Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa 
do Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II - garantir o desenvolvimento nacional; 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades 
sociais e regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, 
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.” 
(CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988.) 
Dado aos fundamentos da República federativa do Brasil à cidadania e à 
dignidade da pessoa humana (Art. 1º, incisos II e III). 
“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-
se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio 
de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta 
Constituição.” (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988.) 
A igualdade, como direito fundamental disposto no artigo 5º da Constituição 
Federal, fica garantido aos portadores de necessidades especiais o mesmo acesso 
(aos ditos “normais”) à educação, nas instituições públicas e privadas, da pré-escola 
à universidade, devendo, os portadores de deficiências, ser educados através de um 
atendimento especial adequado às suas necessidades pessoais. 
30 
 
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes 
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:” (CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL, 1988.) 
Para tanto, somente pode ser consagrado como verdadeira igualdade social, 
segundo o ilustre Ruy Barbosa8, afirmou com propriedade que, igualdade é tratar os 
iguais de maneira igual e os desiguais de maneira desigual na medida de suas 
desigualdades. 
“A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente 
aos desiguais, na medida em que se desigualam. Nesta desigualdade 
social, proporcionada à desigualdade natural, é que se acha a 
verdadeira lei da igualdade... Tratar com desigualdade a iguais, ou a 
desiguais com igualdade, seria desigualdade flagrante, e não 
igualdade real.” (RUY BARBOSA, 1921) 
Sendo instituído como um dos princípios, o ensino a igualdade de condições de 
acesso e permanência nas escola (Art. 206, inciso I). 
“ Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;” 
(CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988.) 
Assim como o Estado tem o dever de incluir os portadores de deficiência nas 
redes de ensino regular. (Art. 208, inciso III). 
“Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante 
a garantia de: 
I – (...) 
II – (...) 
III - atendimento educacional especializado aos portadores de 
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;” 
(CONSTITUIÇÃO FEDERAL ADAPTADO, 1988.) 
2.1.2. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996 
A lei de Diretrizes e bases de educação nacional ratifica o princípio que foi 
disposto na Constituição Federal em seu artigo 58: 
“Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, 
a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na 
rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos 
 
8 Ruy Barbosa nasceu em 5/11/1849, Salvador (BA) – morreu 1º/3/1923, Petrópolis (RJ) foi um polímata 
brasileiro, tendo se destacado principalmente como jurista, político, diplomata, escritor, filólogo, tradutor 
e orador. Um dos intelectuais mais brilhantes do seu tempo, foi um dos organizadores da República e 
coautor da constituição da Primeira República. (Fundação Ruy Barbosa, 2016) 
31 
 
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou 
superdotação. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na 
escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de 
educação especial. 
§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou 
serviços especializados, sempre que, em função das condições 
específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes 
comuns de ensino regular. 
§ 3º A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, 
tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação 
infantil.” (LEI 9.394, 1996) 
Assim, os sistemas de ensino devem assegurar aos educando com qualquer 
tipo de deficiência: 
“Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com 
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas 
habilidades ou superdotação: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 
2013) 
I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização 
específicos, para atender às suas necessidades; 
II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o 
nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de 
suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o 
programa escolar para os superdotados; 
III - professores com especialização adequada em nível médio ou 
superior, para atendimento especializado, bem como professores do 
ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas 
classes comuns; 
IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva 
integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para 
os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, 
mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para 
aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, 
intelectual ou psicomotora; 
V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais 
suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.” 
(LEI 9.394, 1996) 
Sendo assim, os órgãos normativos dos sistemas de ensino têm por obrigação 
estabelecer critérios de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos9, 
 
9 Associação é uma entidade de direito privado, dotada de personalidade jurídica e caracterizada pelo 
agrupamento de pessoas para a realização e consecução de objetivos e ideais comuns, sem finalidade 
lucrativa. Associações com objetivos sociais que observam o princípio da universalização dos serviços 
- Ex.: promoção da assistência social; promoção da cultura, patrimônio histórico e artístico; promoção 
gratuita da saúde e educação; preservação e conservação do meio ambiente; promoção dos direitos 
humanos, etc. (UNIFAP, 2011) 
32 
 
sendo elas especializadas e tendo como atuação especifica a atuação em educação 
especial, para apoio técnico financeiro pelo poder público. (BOLONHINI, 2004) 
Ainda segundo Bolonhini, os órgãos administrativos, com conformidade com a 
organização estatal, devem adotar, preferencialmente, medidas de ampliação do 
atendimento dos educandos com necessidades especiais, prioritariamente em suaprópria rede pública de ensino, independentemente do apoio dessas instituições 
anteriormente citadas. 
2.1.3. Declaração Universal de Salamanca 
A Declaração Universal Salamanca é respeitada mundialmente sendo um dos 
mais importantes documentos que visavam a inclusão social, percebesse que, 
juntamente a própria constituição federal (1988) e com a Declaração Mundial sobre 
Educação para Todos (1990), uma tendência mundial que vem por consolidar a 
educação inclusiva. 
Como confirma Bolonhini, com os diversos documentos internacionais e 
nacionais, a partir da década de 90, a realidade educacional dos portadores de 
necessidades especiais tendeu-se a ser a da inclusão, em todos os graus de ensino, 
isto é, da pré-escola à universidade, inserindo-se espontaneamente no processo o 
ensino básico e médio, além do profissionalizante. 
Seguindo está tendência inclusiva, em junho de 1994, na cidade de Salamanca, 
Espanha, houve a discussão do problema da inclusão dos portadores de 
necessidades especiais dentro do processo educativo, e surgiu a Declaração 
Universal de Salamanca, sendo o Brasil signatário. 
Olney Queiroz Assis e Lafayette Pozzoli (apud BOLONHINI, 2004, p. 186) 
assim comentam: 
“Em junho de 1994, representantes de oitenta e oito países, incluindo 
o Brasil, e de vinte e cinco organizações internacionais, reunidos em 
assembleia da Conferência Mundial de Educação Especial, aprovaram 
um documento denominado ‘Declaração de Salamanca sobre 
Princípios, Política, e Prática em Educação Especial’. Em linhas gerais 
o referido documento reconhece a educação de inclusão das pessoas 
com deficiência, razão pela qual deve ser parte integrante do sistema 
regular de ensino dos países signatários” (BOLONHINI, 2004). 
33 
 
Nesse contexto, foi constituído uma estratégia mundial, no qual visava que a 
educação chegasse a todas às crianças, jovens e adultos, independentemente de sua 
condição física, intelectual, social, emocional, sensorial e outras. 
2.2. O que é um código QR Code®? 
Um código QR (“Quick response”) é um código de barras em 2D, desenvolvido 
no Japão pela companhia Denso-Wave Corporation (uma divisão do Grupo da 
Toyota), em 1994. A sua licença de uso abrange qualquer pessoa ou organização por 
se tratar de um software livre. A sua leitura é feita através da câmara fotográfica de 
dispositivos móveis que contenham um scanner de Códigos QR. 
Figura 3: Exemplo de QR Code 
 
Fonte: Portal QR Code, 2009. 
Segundo Law e So (2010) e Aguila e Breen (2011), este pode comportar 7089 
caracteres numéricos, 4296 caracteres alfanuméricos, 2953 bytes binários. O seu 
tamanho varia entre 21x21 e 177x177 células. 
Figura 4: Demonstração da capacidade de armazenagem do QR Code 
 
Fonte: Portal QR Code, 2016. 
O código QR incorpora informação, sob a forma de URL, SMS, número de 
telefone, contatos e texto, numa construção bidimensional. A informação é 
armazenada tanto na vertical, como horizontal e pode ser lida a partir de qualquer das 
34 
 
direções, pois possuem padrões de reconhecimento de posição nos três cantos do 
código. 
Tais padrões permitem a sua leitura em superfícies ainda que curvas ou em 
imagens um tanto quando distorcidas. 
Figura 5: Demonstração dos padrões de reconhecimento do QR Code 
 
Fonte: Portal QR Code, 2016. 
Segundo law e So (2010, p.86) “a capacidade de correção de erros contra 
sujeiras e imagens danificadas é de 30%. Os dados num código QR podem ser 
encriptados para fornecer a sua confidencialidade e confiabilidade e são denominados 
SQRC, podendo ser utilizado para guardar informações pessoais. 
Figura 6: QR Code sujo e danificado ainda em funcionamento 
 
Fonte: Portal QR Code, 2016. 
O QR Code é capaz de codificar a mesma quantidade de dados em cerca de 
um décimo do espaço de um código de barras tradicionais. 
Figura 7: Diferenças de tamanho entre um código de barras 1D e um QR Code 
 
Fonte: Portal QR Code, 2016. 
35 
 
Para um tamanho de impressão menor, existe o Micro QR. Uma característica 
importante dele é que tem apenas um padrão de detecção de uma posição, em 
comparação com QR normal, nos quais exigem uma certa quantidade de área, porque 
os padrões de detecção de posição estão localizados nas três cantos de um símbolo. 
Figura 8: Comparação entre um Micro QR Code e um normal 
 
Fonte: Portal QR Code, 2016. 
Além disso, QR requer pelo menos um quarto módulo ampla margem em torno 
de um símbolo, enquanto uma ampla margem de dois módulos é suficiente para Micro 
QR Code. Esta configuração de Micro QR Code permite a impressão em áreas ainda 
menores do que o QR Code®. 
Quadro 2: Tipos de QR Codes 
 
Fonte: Portal QR Code, 2016. 
36 
 
3. ORGANIZAÇÃO 
Nesse capítulo, serão abordados os dados históricos que contribuíram para o 
desenvolvimento do presente trabalho, demonstrando o perfil da empresa dentro de 
um contexto de negócios, evidenciando as restrições técnicas e administrativas. Com 
o intuito de realizar de maneira plena e eficaz todo o processo de desenvolvimento do 
projeto, seguindo etapas comuns a qualquer organização, tais como serão discorridas 
a seguir. 
3.1. Contexto do negócio 
Com o aumento do uso do celular e a procura por aplicativos de acessibilidades, 
por causa da falta de inclusões de educandos na área de ensino, planejou-se 
desenvolver um site e um aplicativo que auxilie os deficientes visuais a entrar em uma 
instituição de ensino e adquira uma autonomia com relação ao ensino do educando. 
Esta área de aplicativos que permitam os portadores de deficiência visual ler 
livros didáticos e outros tipos de livros, através do QR Code® é muito pequena, pois 
a criação de aplicativos depende de conhecimentos específicos (linguagens de 
programação) que também não há muitos formados na área, porém a muitos projetos 
de autonomia social aos portadores que estão sendo desenvolvidos, tendendo no 
futuro crescer cada vez mais. 
Pensando também na grande dificuldade que as escolas têm em conseguir 
materiais didáticos para estes portadores de deficientes visuais, em relação ao alto 
custo das impressões em braile, pensou-se em utilizar a tecnologia QR Code® fixado 
em cada página dos materiais (livros, apostilas) didáticos, adquirindo assim maior 
dinâmica no ensino-aprendizagem e o professor passa seus conteúdos a seus alunos 
deficientes visuais de maneira mais prática, autônoma e baixo custo. A produção 
destas apostilas adaptadas conta com autores dos materiais e profissionais 
qualificados para a criação. 
3.1.1. Histórico da área 
Esta área de aplicativos que permitam os tais portadores de deficiência visual 
ler livros didáticos e outro tipo de livro através do QRCode® é muito pequena, pois a 
criação de aplicativos depende de conhecimentos específicos (linguagens de 
37 
 
programação) que também não há muitos formados na área, porém a muitos projetos 
de autonomia social aos portadores que estão sendo desenvolvidos, tendendo no 
futuro crescer cada vez mais. 
3.2. Perfil da empresa 
O Projeto CodeMagoo é uma empresa inovadora que tem como foco facilitar e 
auxiliar a inclusão de educandos portadores de deficiências visuais no ambiente 
escolar. A empresa conta com uma equipe de programadores e designers capazes e 
empenhados em oferecer maior qualidade, dos materiais pedidos, para dar conforto e 
satisfação a seus usuários. 
3.3. Restrições técnicas e administrativas 
Conforme as normas técnicas básicas de segurança abrigam-se o sigilo das 
informações inseridas pelos usuários físicos e seu perfil de acesso na integração do 
site. Tais informações são administradas pelo banco de dados com rigorosidade. O 
portal possui um usuárioadministrador; este é responsável pelo controle de todos os 
cadastros realizados. 
O cadastro da instituição de ensino, editoras, professores e cuidadores, são 
necessários somente para pedido e controle sucessivo de seus livros, tendo em vista 
que a escola esteja sujeita à verificação do administrador sobre sua veracidade física. 
Às restrições administrativas é fundamental afirmar que a CodeMagoo não é 
responsável pelos conteúdos mandados errados, nem supostamente é responsável 
por disponibilizar o conteúdo publicamente. Ficando ciente que ao efetuar o cadastro 
como editora, professor ou instituição de ensino estará em consonância aos termos 
presentes no apêndice B do presente trabalho. Apenas os usuários cadastrados 
poderão ter acesso aos seus respectivos materiais, sendo que o mesmo se atribui 
para o requerimento de busca dos educandos. 
38 
 
4. ASPECTOS ESTRATÉGICOS 
No capítulo referente aos aspectos estratégicos, serão abordadas as formas, 
nos quais, a empresa levará como base para ser constituída, levando em 
consideração as especificidades internas e externas do projeto, seu desenvolvimento 
esperado, sua missão, visão e valores, sua análise SWOT e suas estratégias de 
marketing. 
Resumidamente com base na teoria de Kotler, as etapas para a 
construção de um Plano de Marketing devem levar em consideração 
a análise do ambiente, mercado e clientes, identificação dos 
concorrentes diretos e indiretos, medição dos pontos fortes e fracos; 
no que tange a análise interna, o volume de vendas e participação de 
mercado devem ser mensurados, definição da posição visada no 
mercado se é Líder, Especialista ou outra. Outro ponto importante de 
ser avaliado é o Marketing Mix, baseado na política do produto ou 
serviço, no preço, distribuição, vendas e comunicação. (REZ, 2013) 
4.1. Canvas 
Como afirma GUBERT (2014) o canvas foi utilizado com o intuito de visualizar 
melhor os aspectos essenciais do projeto, tais como propõe seu objetivo, para 
organizar os seus pontos principais, dentre eles os clientes, oferta, infraestrutura e 
viabilidade financeira, esclarecendo assim a meta final do mesmo. 
Figura 9: Canvas CodeMagoo 
 
Fonte: Autoria Própria, 2016. 
39 
 
4.2. Missão, visão e valores 
4.2.1. Missão 
A missão do projeto consiste em oferecer aos educandos com deficiência 
visual, bem como, aos professores, uma ferramenta pedagógica que auxilie, tanto ao 
estudo autônomo do portador de necessidades especiais como ao estudo em sala de 
aula no ensino regular. Sendo assim, facilitando todo o processo de ensino-
aprendizagem dando maior dinamicidade, através do uso do código de barras no estilo 
QR Code®, para que seja feito a leitura do material didático. 
4.2.2. Visão 
O projeto propor-se a expandir para o todo o mercado de produtos que visam 
a acessibilidade, dos portadores de necessidades especiais, com maior viabilidade de 
custo e produção, dado a seu baixo preço em relação as impressões em braile, por 
este fato acaba por atrair mais usuários, aumentando consequentemente os possíveis 
lucros decorrentes desta viabilidade. 
4.2.3. Valores 
Os valores são o conjunto dos princípios e convicções que uma organização 
traz consigo, provendo o suporte necessário para a tomada de decisão. Além disso a 
de considerarem uma grande interação com questões éticas e morais. Podendo elas 
em análise tonar o diferencial para vantagem competitiva. 
Sendo possível listar os valores morais e éticos que conduzem a empresa 
CodeMagoo: 
 Praticidade 
 Eficiência 
 Compromisso 
 Respeito 
4.3. Público Alvo 
O projeto CodeMagoo tem como público alvo os portadores de deficiência 
visual em geral, nos quais os serviços podem ser contratados pelas escolas pública e 
particulares, centros de auxílios para estes portadores ou até mesmo o próprio 
40 
 
portador, bem como as editoras, pois eles necessitarão contratar o serviço para que 
seja arquivado o conteúdo do livro em nuvem para acesso através do aplicativo 
disponibilizado aos usuários. 
Outro público engloba os mais variados seguimentos, tais como jornais, 
revistas, cafeterias, hotéis, teatros, entre muitos outras áreas que possuam matérias 
escritos para ser disponibilizado para os usuários de serviço gerando assim um amplo 
nicho de mercado para ser explorado nos próximos anos 
 
4.4. Diagnóstico organizacional (Análise SWOT) 
Nesta etapa é realizado o estudo através da análise SWOT (Strengths, 
Weakness, Opportunities, Threats) ou análise FOFA (Forças, Oportunidades, 
Fraquezas, Ameaças) sendo que é uma ferramenta de identificação que auxilia e 
enfatiza os pontos primordiais para estabilidade e desenvolvimento da empresa. Afim 
de entender a situação atual da mesma, tais como, os aspectos da realidade interna 
e o ambiente externo no qual a empresa encontra- se inserida. 
Figura 10: Exemplo de análise SOWT 
 
Fonte: Portal Administração, 2014. 
41 
 
 
Segue abaixo um quadro tendo como objetivo obter informação sobre os pontos 
fortes e fracos no ambiente interno, assim como, a identificação das oportunidades e 
ameaças do ambiente externo da organização. 
“Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as 
oportunidades e proteja-se contra as ameaças.” – Sun Tzu. 
Quadro 3: Analise SOTW do projeto 
FORÇAS 
 Inovador por se destinar a um 
público seleto; 
 Economia de recursos; 
 Interesse social; 
 Incentivo ao estudo no ensino 
regular do público alvo; 
 Possibilitar a inclusão dentro do 
meio educacional; 
 Proporcionar profissionais bons e 
qualificados para o mercado de 
trabalho mesmo com deficiência; 
 Viabilidade e materiais de fácil 
uso pelos deficientes. 
FRAQUEZAS 
 Falta de recursos para 
propagandas; 
 Resistencia ao projeto por parte do 
público alvo; 
 Baixa identidade da marca no 
mercado; 
 Falta de incentivo a educação 
inclusiva. 
 
 
OPORTUNIDADES 
 Sem concorrentes diretos; 
 Aumento número de matrículas 
de pessoas com deficiência em 
escolas regulares; 
 Aumento do uso de smartphones 
por parte do público alvo; 
 
AMEAÇAS 
 Surgimento de concorrentes 
diretos; 
 Crise econômica brasileira; 
 Crise política; 
 Burocracia de licitações 
governamentais. 
 
Fonte: Autoria Própria, 2016. 
42 
 
4.5. Riscos e Soluções 
Antes de iniciar um projeto, é necessário identificar todas as complicações que 
podem existir, com isso definem-se os riscos e suas soluções para lidar 
adequadamente com cada uma delas. 
“O gerenciamento dos riscos do projeto inclui os processos de 
planejamento, identificação, análise, planejamento de respostas, 
monitoramento e controle de riscos de um projeto. Seu objetivo é 
maximizar a exposição aos eventos positivos e minimizar a exposição 
aos eventos negativos.” - Guia PMBOK, Escritório de Projetos. 
(RODRIGUES, 2015) 
Quadro 4: Ricos e Soluções 
RISCOS SOLUÇÕES 
Conflito entre os sócios. Diálogo, reuniões e acordos. 
Surgimento de concorrentes diretos do 
site/aplicativo. 
Atualizar e inovar o projeto 
Não conseguir parcerias. Investir em divulgação do projeto. 
Crise econômica brasileira. Reduzir de custos operacionais. 
Falta assiduidade por parte dos 
usuários. 
Incluir gradativa na vida cotidiana dos 
usuários. 
Falta de recursos para propagandas. 
Promover parceria com instituições 
beneficentes ou empresas que possam 
auxiliar financeiramente o projeto. 
Resistencia ao projeto por parte do 
público alvo. 
Evidenciar a praticidade que o projeto 
proporciona através de outros usuários 
com as mesmas dificuldades. 
Baixa identidade da marca no

Continue navegando