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Infraestrutura de Transportes Mecanismos de Ruptura do Pavimento Referências: •Notas de aula (DropBox da Disciplina) •(Capítulo 7) - Balbo, J. T. Pavimentação Asfáltica: Materiais, projeto e restauração. Oficina de Textos, São Paulo, 2007. Prof. Deividi Pereira TRP-1001 - Infraestrutura de Transportes Mecanismos de Ruptura do Pavimento Funções do Pavimento Impermeabilizar as camadas; Drenar adequadamente; Proteger a Fundação - Subleito; Oferecer uma superfície segura, econômica e confortável em qualquer condição climática. Procedimentos de Dimensionamento Tentam conservar suas propriedades durante o período de projeto Cada método de dimensionamento assume mecanismos de ruptura diferentes conhecer a forma com que a estrutura do pavimento responde às cargas e assim seu mecanismo de ruptura 2 Prof. Deividi Pereira TRP-1001 - Infraestrutura de Transportes Mecanismos de Ruptura do Pavimento Ruptura por Resistência Como romper o material por resistência? Solo: resistência à compressão, cisalhamento e eventualmente à tração (resist. baixa - desprezível) Material Granular: resistência à compressão e ao cisalhamento Material Granular Tratado com Cimento e Concretos: resistência à compressão, ao cisalhamento e à flexão (tração na flexão) Misturas Asfálticas (a quente ou a frio): resistência à compressão, ao cisalhamento e à flexão (tração na flexão) Método do CBR: visa proteger o subleito, bem como as demais camadas granulares, da ruptura por cisalhamento, embora o ensaio não afira tal resistência diretamente. 3 Prof. Deividi Pereira TRP-1001 - Infraestrutura de Transportes Mecanismos de Ruptura do Pavimento Ruptura por Resistência Ensaio de corpo de prova de CBUQ (Ensaio de Resistência à Tração por Compressão Diametral) Fonte: Bernucci et al, 2008 4 Prof. Deividi Pereira TRP-1001 - Infraestrutura de Transportes Mecanismos de Ruptura do Pavimento Ruptura por Resistência Pavimento de CCP 5 Prof. Deividi Pereira TRP-1001 - Infraestrutura de Transportes Mecanismos de Ruptura do Pavimento Ruptura por Resistência 6 Prof. Deividi Pereira TRP-1001 - Infraestrutura de Transportes Mecanismos de Ruptura do Pavimento Ruptura por Fadiga Como romper o material por fadiga? Esforços dinâmicos menores que a resistência Quais materiais sofrem fadiga? Aqueles que apresentam ligações cristalina entre partículas CCP, CCR, CA, SC, BGTC Como manifesta-se a fadiga em pavimentos? Através de fissuras interligadas na superfície do CA; na fratura do CCP ou da BGTC, CCR... !!!! Solos não sofrem fadiga !!!!! Somente acúmulo de deformações plástica (permanentes) 7 Prof. Deividi Pereira TRP-1001 - Infraestrutura de Transportes Mecanismos de Ruptura do Pavimento Ruptura por Fadiga Fonte: Prof. Brondani Fonte: www.dnit.gov.br 8 Prof. Deividi Pereira TRP-1001 - Infraestrutura de Transportes Mecanismos de Ruptura do Pavimento Ruptura por Fadiga - Evolução Fonte: Prof. Fernando Pugliero - UPF 9 Prof. Deividi Pereira TRP-1001 - Infraestrutura de Transportes Deformação Plástica Mecanismos de Ruptura do Pavimento Ruptura por Deformação Plástica Tipos básicos de deformação: Def. Elástica (l) Def. Viscoelástica (ve) Def. Plástica (p) ve ve l l t(s) Fonte: Bernucci et al, 2008 10 Material Viscoelástico Perfeito Prof. Deividi Pereira TRP-1001 - Infraestrutura de Transportes Mecanismos de Ruptura do Pavimento Ruptura por Deformação Plástica Quais materiais sofrem Deformação Plástica? Materiais Granulares (BGS, MS, MH) Solos, CA - Sofrem BGTC, SC, CCP, CCR - Não Sofrem Como manifesta-se a Def. Plástica em pavimentos? Através de trilhas de roda (limite = 1”= 25,4mm) Tipo de Ruptura associada à Ruptura Funcional, ocorre onde há baixa resistência das camadas e em fluxo pesado canalizado. Deformação Plástica/Permanente do Revestimento Asfáltico Deformação Plástica/Permanente do Sistema Adaptado de: Bernucci et al, 2008 11 M a is d e u m a c a m a d a r o m p id a , e n ã o a p e n a s o r e v e s ti m e n to Ideal ≤ 12mm Prof. Deividi Pereira TRP-1001 - Infraestrutura de Transportes Mecanismos de Ruptura do Pavimento Ruptura por Deformação Plástica Fonte: www.dnit.gov.br 12 Prof. Deividi Pereira TRP-1001 - Infraestrutura de Transportes Mecanismos de Ruptura do Pavimento Ruptura por Deformação Plástica Pavimento Asfáltico (cisalhamento do revestimento + base + subleito) 13 Prof. Deividi Pereira TRP-1001 - Infraestrutura de Transportes Mecanismos de Ruptura do Pavimento Ruptura por Retração Hidráulica Em misturas cimentadas, a água: De Cristalização - envolvida nas reações de hidratação De Gel - adsorvida aos cristais, serve de meio de comunicação e transporte para continuidade das reações De Amassamento - evapora nas primeiras horas, causando a retração na mistura cimentada Importância da cura Difícil controle quando aplicado em grande volume Necessidade de serragem das juntas no pav de CCP Para bases cimentadas, estas fissuras são geralmente transversais, de espaçamento irregular, e podem ser propagadas para o CA. 14 Prof. Deividi Pereira TRP-1001 - Infraestrutura de Transportes Mecanismos de Ruptura do Pavimento Ruptura por Retração Térmica Ocorre devido: T - durante a hidratação do cimento T - sazonal (invernos rigorosos) Causando variação volumétrica Materiais mais Suscetíveis: • Aglutinados por CAP ou Cimento Portland Solos Coesivos (Solo laterítico arenoso fino): Sofrem o fenômeno semelhante ao da retração hidráulica chamado de fenômeno de contração 15 Prof. Deividi Pereira TRP-1001 - Infraestrutura de Transportes Mecanismos de Ruptura do Pavimento Ruptura por Retração Hidráulica/Térmica Fonte: www.dnit.gov.br 16 Prof. Deividi Pereira TRP-1001 - Infraestrutura de Transportes Mecanismos de Ruptura do Pavimento Ruptura por Retração Hidráulica/Térmica 17 Prof. Deividi Pereira TRP-1001 - Infraestrutura de Transportes Mecanismos de Ruptura do Pavimento Ruptura por Retração Hidráulica/Térmica 18 Fissura Transversal de Retração no CCR (a cada 10 a 15m) Duplicação BR-392 (RIG-PEL) Prof. Deividi Pereira TRP-1001 - Infraestrutura de Transportes Mecanismos de Ruptura do Pavimento Ruptura por Contaminação Prevenção: Impermeabilização do CA com lama asfáltica, MRAF, capa selante ou outro tipo de tratamento de superfície Início CA - MR = 3.000 MPa BGS - MR = 150 MPa Subleito (siltoso) - MR = 60 MPa Depois de N1 - Ruptura por Fadiga CA - MR = 1.100 MPa BGS - MR = 150 MPa Subleito (siltoso) - MR = 60 MPa Depois de N2 - Ruptura por Contaminação CA - MR = 1.100 MPa BGS - MR = 30 MPa Subleito (siltoso) - MR = 20 MPa 1. H2O infiltra até o subleito. 2. Solo satura. 3. H2O tende subir por bombeamento, levando partículas do solo até a base e o revestimento. 4. O solo em meio a BGS, lubrifica-a, reduzindo o embricamento, o CBR e o MR da BGS 19 Prof. Deividi Pereira TRP-1001 - Infraestrutura de TransportesMecanismos de Ruptura do Pavimento Ruptura por Contaminação 20 Prof. Deividi Pereira TRP-1001 - Infraestrutura de Transportes Mecanismos de Ruptura do Pavimento Ruptura por Contaminação Fonte: Prof. Fernando Pugliero - UPF Fonte: Prof. Fernando Pugliero - UPF 21 Prof. Deividi Pereira TRP-1001 - Infraestrutura de Transportes Mecanismos de Ruptura do Pavimento Ruptura por Reflexão de Fissuras Entre uma camada inferior fissurada (de mistura asfáltica ou base cimentada) e uma superior em CA. No ponto onde existe a fissura, a camada superior íntegra sofre uma tensão maior quando da passagem da carga. Junta-se a este processo, a tendência da fissura da camada inferior se abrir, solicitando pontualmente de maneira mais acentuada a camada íntegra. Prevenção: Geotextil, uso de pavimentos semi-rígidos invertidos, misturas com 20 a 30% de vazios... 22 Prof. Deividi Pereira TRP-1001 - Infraestrutura de Transportes Mecanismos de Ruptura do Pavimento Ruptura por Reflexão de Fissuras Em MRAF 23 Prof. Deividi Pereira TRP-1001 - Infraestrutura de Transportes Mecanismos de Ruptura do Pavimento Ruptura por Reflexão de Fissuras nova capa Geotêxtilpavimento trincado Geossintético nova capa Geotêxtilpavimento trincado nova capa GeotêxtilGeotêxtilpavimento trincado Geossintético Fonte: Fiberweb Bidim Geotêxteis: Os geossintéticos desviam as fissuras ou reduzem as trincas em microfissuras Fonte: Bernucci et al, 2008 24 Prof. Deividi Pereira TRP-1001 - Infraestrutura de Transportes Mecanismos de Ruptura do Pavimento Ruptura por Reflexão de Fissuras Camadas de Interrupção de Trincas: São os Pré- misturados a quente, com elevado teor de vazios que interrompem a propagação de fissuras. Espessura mínima: 100mm Fonte: Bernucci et al, 2008 SAMI (do inglês: Camadas intermediárias de alívio de tensões): Estas camadas podem ser MRAF, Tratamentos Superficiais com Polímeros ou asfalto-borracha. Dissipam tensões e movimentações em função da recuperação elástica dos ligantes asfálticos empregados Fonte: Bernucci et al, 2008 25 Prof. Deividi Pereira TRP-1001 - Infraestrutura de Transportes Mecanismos de Ruptura do Pavimento Ruptura Funcional por Segurança/Conforto Qualquer anomalia no pavimento que ofereça risco aos usuários. Intimamente relacionada com a aquaplanagem e com a aderência pneu/pavimento Coef. De Atrito (Longitudinal) -Inicial - próximo de 0,5 - Valor de 0,2 já é baixo não existem normas no país para segurança O conforto relaciona-se intimamente com a irregularidade longitudinal do pavimento 26 Prof. Deividi Pereira TRP-1001 - Infraestrutura de Transportes Mecanismos de Ruptura do Pavimento Consideração Final Os mecanismos de ruptura, na maioria das vezes, ocorrem concomitantemente. Isto é, uma rodovia sofre múltiplos processos de degradação que acometem o pavimento ao mesmo tempo. A simultaneidade destes diferentes processos aumenta a velocidade de degradação da estrutura viária. 27
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