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EXPORTAÇÃO: COMO ENTENDER OS PROCEDIMENTOS DE CONQUISTA DE NOVOS MUNDOS Danielen Aparecida da Silva Renan Alves Zani Prof. Francisco César Vendrame Profª Esp. Jovira Maria Sarraceni Profª M.Sc. Máris de Cássia Ribeiro Vendrame Lins – SP 2009 Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 2 EXPORTAÇÃO: COMO ENTENDER OS PROCEDIMENTOS DE CONQUISTA DE NOVOS MUNDOS RESUMO Elaborado com vistas a suprir o profissional que se defronta com a necessidade de melhor conhecer os procedimentos que permitam implementar o processo exportador, este artigo visa inicialmente apresentar os procedimentos básicos para a exportação, posteriormente descreve a importância de um bom planejamento e tudo o que é necessário para uma exportação, desde o conceito básico de como exportar, pra quem exportar, o que exportar, por que exportar, quando exportar, até a nomenclaturas, documentos e preços necessários para o processo de exportação que um estudante ou até mesmo um profissional precisam estar devidamente informados, por fim uma breve conclusão do assunto estudado, abordando os pontos fortes e fracos do processo de exportação. Palavras-chave: Exportação, Planejamento, Procedimentos. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 3 1.INTRODUÇÃO Com o surgimento do comércio exterior, a partir da necessidade das nações de suprirem suas carências, as empresas estão importando e exportando cada dia mais e em maior quantidade, seja para atender as necessidades vitais seja para satisfazer o desejo de consumo de uma população. Com o aumento da internacionalização, a globalização e as mudanças constantes no mundo de hoje, mais e mais empresas querem cruzar fronteiras com seus produtos e negócios, iniciando sua jornada diante de um mercado mais competitivo e exigente. Para que as empresas possam se ingressar neste novo mundo competitivo do mercado internacional, se faz necessário que essas estejam conscientes não só das vantagens, mas também dos riscos e procedimentos técnicos que envolvem as transações entre países, é de suma importância que ao decidir exportar, a empresa se conscientize de que o "exportar" não pode ser caracterizado como um acontecimento isolado no decorrer do desenvolvimento empresarial trata-se de uma atividade que se desenvolve paralela às demais, dando total atenção aos seus procedimentos, para que tudo saia da melhor maneira, conquistando os novos mercados e obtendo maior lucratividade. Pensando em todo este contexto, foi efetuado um estudo sobre os procedimentos para se ingressar neste mercado exportador, visando passar ao leitor um melhor esclarecimento sobre o que realmente é o "exportar" quais e como são os procedimentos e relacionamentos para uma exportação tranqüila e sem riscos. Este artigo foi elaborado através de uma revisão bibliográfica onde foram abordados diversos autores, os principais são os seguintes: MINERVINI (1991/2005) e GARCIA (1997) 2. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA A EXPORTAÇÃO As empresas podem participar do mercado internacional de modo ativo e permanente, ou de maneira eventual. Em geral, o êxito e o bom desempenho na atividade exportadora são obtidos pelas empresas que se inseriram na atividade exportadora, como resultado de um planejamento estratégico, direcionado para os mercados externos. Nos dias atuais, o mercado externo apresenta-se promissor tanto para o Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 4 aperfeiçoamento administrativo, como também para a melhoria da qualidade e a adaptação dos produtos em níveis compatíveis e concorrentes com os originais de outros países, (MINERVINI, 1991). A exportação deve integrar-se nas decisões empresariais que implicam em sua conduta de atuação, representando sempre uma fonte de diversificação a ser tratada com respeito peculiar de uma administração responsável. O importante ao se decidir pela exportação, não é apenas nos voltarmos para os clientes potenciais que o novo mercado possa oferecer, necessário se faz o conhecimento mais profundo do mercado, objeto da nova conquista. Neste ramo, salutar torna-se termos conhecimento de determinados aspectos, que poderão definir nosso ingresso permanente nessa atividade. Abaixo estão algumas das inúmeras perguntas que aflige quem está iniciando a atividade de levar a própria capacidade de projetar e produzir no mercado interno na direção dos mercados externos: 2.1 Por que Exportar? São vários os motivos que levam muitas empresas a exportar seus produtos, como por exemplo: obter maior desenvolvimento da empresa, melhoria da imagem da empresa, possibilidade de conseguir melhores preços em seus produtos e melhor utilização das instalações. Uma das maiores vantagens da exportação é a empresa confrontar-se com outras realidades com exigências maiores, aumentando a competitividade. No Brasil, a exportação é vista muitas vezes como válvula de escape, saída para a crise, seguro, reação a estilos, venda de excedentes. A decisão de exportar costuma ser tomada sobre bases pouco sólidas em virtude de fatores monetários ou fortuitos. Exportar é uma postura empresarial, é uma alternativa estratégica de desenvolvimento, é dar uma dimensão global a empresa, é ganhar experiência. Exportando a empresa ganha em competitividade, pois estará estimulada a ser mais eficiente. ’”‘ O resultado líquido da exportação é uma maior lucratividade”, MINERVINI (1991); 2.2 O que exportar? A empresa pode exportar o que quiser desde que o mercado esteja sendo Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 5 entendido, por que mais que exportar um produto a empresa exporta sua capacidade de produtividade de gerenciamento, em primeiro lugar é a imagem da empresa que esta sendo exportada. É melhor perguntar. "O que o importador quer que eu exporte?" MINERVINI (1991). 2.3 Para onde exportar? Antes de mais nada, a empresa deve efetuar uma pesquisa de mercado, para saber onde o seus produtos são melhor adaptados, deve-se exportar para onde a empresa encontre melhores condições de entrada mais rentável, com custos e risco baixos. Como é de costume a maioria das empresas exporta para lugares mais próximos, em rápido crescimento, e com mais similares culturalmente. “Comece pelos mercados onde poderá adquirir experiência com menor custo, antes de iniciar vôos mais altos”, MINERVINI (1991) 2.4 Quando exportar? O melhor momento para começar a exportar é quando a empresa já possui pontos de força competitivos no mercado internacional, quando a empresa tiver capacidade exportadora, quando o produto estiver adequado ao mercado que se deseja alcançar, e quando todos tiverem uma mentalidade internacional. “Quando tivermos mentalidade exportadora, quando tivermos capacidade exportadora, quando estivermos pensando no global e não no local”, MINERVINI (1991). 3. PESQUISA E SELEÇÃO DE MERCADO A pesquisa de mercado é um estudo que tem como objetivo determinar as perspectivas de venda do produto no mercado externo e indicar a maneira de se obter os melhores resultados. Busca revelar se o produto poderá ser vendido a um preço razoável e em quantidade satisfatória. Também permite analisar os mercados que oferecem melhores perspectivas, os padrões de qualidade exigidos pelo mercado importador e o tempo necessário para se alcançaro nível ideal de vendas. As dificuldades são obvias, uma vez que ao vislumbrarmos o exterior deparamo- Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 6 nos com a distância geográfica, idiomas diversos, diferentes hábitos, tanto de consumo como de vida, religião, sistema político e outros. A pesquisa de mercado permite encontrar o caminho ideal quando se tem em vista de limitar o espaço possível para a colocação de um produto, seja âmbito interno ou internacional. A incerteza dos resultados leva muitas empresas a realizar a pesquisa a um segundo plano, em face das dúvidas quanto a validade do empreendimento, salienta GARCIA (1997). 3.1 Canais de distribuição Ao decidir exportar, a empresa, seja ela fabricante ou produtora, depara-se com um problema altamente expressivo para poder avaliar seu sucesso no novo e atraente empreendimento, fazer da exportação um procedimento integrado em seu rol de atividades. Importante se faz a conscientização de que exportar não pode ser caracterizado como um acontecimento isolado no desenvolvimento empresarial, trata-se de uma atividade que se desenvolvem paralelamente aos demais compromissos representados da vida econômica, significando o perfeito entrosamento da nova investida com aquelas operações regulamente desenvolvida. Exportar somente os excedentes equivale à ausência de empenho para a sedimentação empresarial, podendo mesmo ser caracterizado como comportamento retrógrado. 3.2 Ações para Exportar a) para a conquista do mercado internacional, as empresas não devem considerar a exportação como uma atividade esporádica, ligada às flutuações do mercado interno, destinando uma parcela de sua produção sistematicamente ao comércio exterior; b) a empresa exportadora deverá estar em condições de atender sempre às demandas regulares de seus clientes no exterior; c) a concorrência internacional é derivada, entre outros fatores, da existência de Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 7 maior número de exportadores do que de importadores, no mundo – outros fornecedores potenciais estarão buscando conquistar os mercados já ocupados pelas empresas brasileiras; d) os exportadores brasileiros devem saber utilizar plenamente os mecanismos fiscais e financeiros colocados à sua disposição pelo Governo, a fim de aumentar o grau de competitividade de seus produtos; Com a expansão da internet nos últimos dez anos, justamente durante o período da internacionalização do país, houve a necessidade de nos adaptarmos a essa nova tecnologia que muito contribui no comércio internacional, principalmente para a pequena empresa. 4. NOMENCLATURAS, DOCUMENTOS E ORGÃOS INTERVENIENTES NA EXPORTAÇÃO. A Política brasileira de exportação é constituída por um conjunto de normas legais que estabelecem disposições regulamentares. Seu objetivo é disciplinar os diferentes aspectos que envolvem o processo administrativo das exportações, além de possibilitar proteção aos setores da economia nacional contra danos que possam vir a ser causados pela exportação indiscriminada de mercadorias. Considerando-se que as exportações estão sujeitas a tratamento administrativo destinado a orientar as atividades das empresas exportadoras e evitar que sejam cometidos erros e outras infrações mais graves, a partir do momento em que uma empresa toma decisão de exportar, esforços devem ser desenvolvidos na busca de informações técnicas e do conhecimento das normas administrativas que orientam as operações de exportação. De acordo com GARCIA (1997), o exportar concentra uma série de atitudes voltadas para procedimentos internos como também a necessidade de adaptação da empresa e produto para cumprir determinações genéricas no âmbito internacional ou mesmo especificas para aquele país que se está projetando alcançar. O procedimento administrativo é apenas um dos pontos que deve merecer as atenções daqueles que pretendem dedicar-se à exportação, sendo imprescindível seu amplo conhecimento, uma vez que concentra todo um complexo de providências que envolvem eventuais restrições ou limitações internas, implicações externas e até Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 8 mesmos documentos especiais que podem vir a ser exigidos para que a exportação se concretize com certa regularidade. 4.1 Nomenclatura Nomenclatura de mercadorias é uma lista de produtos ordenados segundo Convenção Internacional, levando-se em consideração a matéria constitutiva, emprego, aplicação e etc. Cada produto é descrito a partir de suas características genéricas, até os detalhes mais específicos que o individualizam. A essa descrição corresponde um código numérico. O trabalho de se enquadrar determinado bem ao respectivo código numérico denomina-se classificação de mercadorias. Em 1955, uma norma comum de classificação foi estabelecida na convenção sobre nomenclatura para classificação de bens nas tarifas aduaneiras, sendo adotada pela maioria dos países-membros do (GATT) Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio - General Agreement on Tariffs and Trade, hoje Organização Mundial do Comércio (OMC). A necessidade de uma nomenclatura que antecedesse tantos aos interesses aduaneiros quanto estatísticos fez com que o conselho de cooperação aduaneira elaborasse o sistema harmonizado de designação e codificação de mercadorias – sh, que entrou em vigor em 1º de Janeiro de 1988. O Brasil foi um dos países que assinou a convenção do sistema harmonizado, passando à adotá-lo a partir de 1989. O sistema harmonizado de designação e de codificação de mercadorias ou simplesmente sistema harmonizado (SH), facilita as negociações comerciais e internacionais, a elaboração das tarifas de fretes das estatísticas relativas aos diferentes meios de transporte de mercadorias e de outras informações, utilizadas pelos diversos intervenientes no comércio internacional. O SH é um método internacional de classificação de mercadorias, baseado em uma estrutura de códigos e suas respectivas descrições. Trata-se de um sistema de seis dígitos que, embora admita o acréscimo de até mais quatro dígitos, quando um país sentir necessidade de particularizar produtos de seu interesse comercial, foi desmembrado em apenas mais dois (item e subitem, sétimo e oitavo dígitos, respectivamente ) pela maioria dos países que o adotam. 4.2 Órgãos Intervenientes no Comércio Exterior Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 9 O exportador que inicia sua caminhada rumo a exportação deve conhecer “ quem é quem por trás do balcão”, isto é, quem dita as normas e coordena o processo de exportação. A competência legal e primordial em matéria de comércio exterior cabe aos Ministérios da Economia, Fazenda, Planejamento, que centralizam as principais decisões na Secretaria Nacional de Economia e no Departamento do Comércio Exterior que funcionam na Esplanada dos Ministérios. A Secretaria Nacional de Economia coordena três departamentos: o Departamento de Comércio Exterior, que funciona na Esplanada dos Ministérios o Departamento de Abastecimento e Preço e o Departamento de Indústria e Comércio. O Decex coordena duas áreas: Coordenadoria Técnica de Intercâmbio Comercial ( CTIC ), antiga Cacex. Além do Decex, há uma série de outros órgãos que intervêm no comércio exterior, tais como: Ministério da Aeronáutica, Ministério da Agricultura, Secretaria da Ciência e Tecnologia, Receita Federal, Banco Central e etc. 4.3 Documentosnecessários para Exportação Segundo as Normas Brasileiras Os documentos para um processo de exportação são geralmente uma das maiores preocupações das empresas. Garcia ( 1997 ) aconselha a criação de uma rotina que possibilite um procedimento uniforme ao controle e acompanhamento dos documentos para uma exportação visando o cumprimento de todas as exigências fiscais e administrativas. Documentos necessários: a) cadastro no Decex (Departamento de Comércio Exterior): as empresas interessadas em exportar devem incluir este objetivo em seu contrato social e se cadastrar junto ao Decex através do Banco do Brasil. Deve se cadastrar também no “SISCOMEX” – Sistema Integrado de Comércio Exterior, onde deverá registrar todas as suas exportações; b) fatura pró-forma (Cotação): tal fatura servirá de base para a confecção da fatura comercial definitiva (Commercial Invoice), não tem valor contábil ou jurídico, pois se trata apenas de um instrumento de apoio a operação de venda no país de origem; Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 10 c) fatura comercial: é um documento hábil que servirá de base para o desembaraço alfandegário no exterior; d) conhecimento de embarque: é um dos três documentos necessários para liberação alfandegária. Este mesmo é emitido pelas companhias (aéreas, marítimas, terrestres ou rodoviárias); e) packing list ( Romaneio ): é o documento de embarque que discrimina todas as mercadorias embarcadas, ou todos os componentes de uma mesma mercadoria em quantas partes estiver fracionado, tem como objetivo facilitar em identificação e a localização de qualquer produto dentro do lote; f) carta de crédito - letter of credit (LC): modalidade de pagamento, onde um banco do importador envia ao seu correspondente no país do exportador, uma carta, garantindo que mediante o cumprimento das cláusulas ali descritas estabelecidas pelo comprador, o exportador terá a garantia do recebimento do valor da mercadoria pelo banco do cliente, ou seja, se o cliente não pagar o banco paga; g) certificado de origem: é solicitado normalmente por importadores do Mercosul, Aaldi ou outros países cuja a legislação de importação exija a esse documento; h) fatura consular: documento que alguns países exigem, para legalizar a entrada da mercadoria em seus países; i) certificado de peso/qualidade/conformidade: estes certificados são documentos básicos para a liberação dos materiais em diversos países; j) autorização IBAMA: plica-se a produtos agropecuários ou silvestres; k) certificado fitossanitário: é necessário no caso de exportação de plantas, frutas e alimentos em geral. É emitido e assinado por autoridades brasileiras; l) registro de exportação – RE: é o registro da exportação na Receita Federal. Sem esse registro não será possível a exportação; m) nota fiscal de saída: esta nota deve acompanhar a carga, e a descrição deve ser idêntica a descrição de carga, valor e classificação mencionada na RE, Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 11 enquanto a mercadoria estiver em circulação no território nacional; n) solicitação de despacho – SD: documento que comprova a efetiva exportação da mercadoria. Emite no próprio Siscomex, após de finalizado o RE; o) averbação ou apólice de seguro: sempre que a venda for C.I.F. ( Cost, Insurance and freight ) o exportador deverá contratar o seguro da carga cobrindo o trajeto acordado com o importador; p) saque: documento emitido pelo exportador, em moeda estrangeira, geralmente escrito em inglês ou no idioma do país comprador, pelo valor total da operação mencionada na fatura comercial; q) borderô bancário: documento que descreve toda a documentação referente ao embarque e descreve também a conta em que o importador deverá depositar o crédito. Este é enviado ao banco negociador; r) contrato de câmbio: é o documento que define as regras para a conversão da moeda do país importador ao da moeda do país do exportador, e através do qual se efetiva o recebimento do valor da mercadoria exportada em moeda nacional. 5. FORMAÇÃO DE PREÇO PARA A EXPORTAÇÃO A competitividade do produto no mercado internacional depende muito do preço estipulado. Já o maior fator motivacional para participação no comercio externo é a obtenção dos lucros esperados. Temos, então, um conflito entre o preço atrativo para o consumidor e a maximização do lucro para exportador. Para avaliar se uma operação de comércio exterior é vantajosa, deve-se identificar os custos incidentes sobre toda a operação, bem como levantar e utilizar os incentivos e benefícios disponíveis no mercado vendedor, de modo a conferir competitividade a seus produtos e serviços. O preço da mercadoria deve ser o praticado no mercado internacional de acordo com o enfoque do governo. Cabe lembrar que a geração/preservação das divisas correspondentes é de interesse nacional, além do fato de que a caracterização de uma prática desleal de comércio é prejudicial a imagem da empresa e do país como um Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 12 todo. Existem quatro locais tradicionalmente utilizados para a formação de preço, veja os quadros abaixo: QUADRO 01 PREÇO COMPOSIÇÃO Na origem ou fábrica Custo Total + Embalagem + Encargos +Lucro +Benefícios a exportação + Despesas de Exportação No local de embarque Preço na Fábrica + Transporte interno + Licenças, autorização e formalidades de Exportação + Movimentação em terminal No local de desembarque Preço no local de embarque + Transporte internacional + Seguro internacional No local de consumo Preço no local de desembarque + Movimentação em terminal + Licenças, autorizações e formalidades de Importação + Transporte interno no destino O Preço de exportação situa-se em um amplo intervalo de variação no qual o preço máximo é dado pelas condições de mercado, enquanto o preço mínimo é Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 13 estabelecido pelo custo variado. É mais usual a empresa calcular preços diferenciados para as vendas internas e externas, que toma como ponto de partida o preço praticado no mercado interno. QUADRO 02 PREÇO DE VENDA NO MERCADO INTERNO CUSTO TOTAL: ? custos industriais: matéria –prima, m?o-de-obra e custos indiretos; ? despesas financeiras; ? despesas administrativas; ? despesas de comercializa??o; ? impostos e taxas; ? lucro. MENOS ( - ) ? impostos e taxas que n?o incidem na exporta??o; ? comiss?o de venda no mercado interno; ? despesas financeiras para obten??o de capital de giro, a taxas de mercado interno, se for o caso; ? lucro MAIS ( + ) ? embalagem especial ( se houver ); ? transporte e seguros internos; ? despesas com despachantes aduaneiros; ? corretagem de c?mbio ( se houver ); ? despesas de embarque; ? comiss?o de agente; ? despesas financeiras com obten??o de capital de giro, a taxas incentivadas, se for o caso; Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 14 ? despesas bancárias ? lucro ( = ) PREÇO *FOB PARA EXPORTAÇÃO A sigla* FOB é usada para designar "freight on board" (em português, "carga a bordo") ou "free on board". O termo é geralmente usado em conjunto com as restantes condi??es comerciais, para designar quempaga os custos de transporte da mercadoria e em que ponto é transferida a responsabilidade da mercadoria (para efeitos de seguros, perdas, etc). Os avan?os da tecnologia permitem comunica??es imediatas com as mais distintas regi?es do planeta, possibilitando que os mais diversos negócios sejam efetuados, diariamente, com empresas de variados e distantes países. No passado, a indústria nacional era protegida por barreiras que hoje já n?o existem. Isso faz com que empresas estrangeiras possam vir concorrer com as empresas brasileiras dentro de nosso próprio país. A internacionaliza??o leva ao desenvolvimento da empresa, pois a obriga a modernizar-se, seja para conquistar novos mercados, seja para preservar as suas posi??es no mercado interno. Neste sentido, o comércio exterior adquire cada vez mais import?ncia para o empreendedor que queira realmente crescer, assim como para a economia brasileira, mediante o ingresso de divisas e gera??o de emprego e renda. 5.1 Barreiras tarifarias Embora n?o haja uma defini??o precisa para barreira comercial, esta pode ser entendida como qualquer lei, regulamento, política, medida ou prática governamental que imponha restri??es ao comércio exterior. Há duas categorias mais comuns de barreiras, quais sejam: a) barreiras tarifárias: que tratam de tarifas de importa??es, taxas diversas e valora??o aduaneira; b) barreiras n?o-tarifárias: que tratam de restri??es quantitativas, licenciamento Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 15 de importa??o, procedimentos alfandegários, Medidas Antidumping, Medidas Compensatórias,Subsídios,Medidas de Salvaguarda e medidas sanitárias e fitos sanitárias. Dentre estas últimas encontram-se as barreiras técnicas, que s?o mecanismos utilizados com fins protecionistas. É importante observar que as barreiras técnicas podem ocorrer devido à falta de transparência das normas e regulamentos ou, ainda, pela imposi??o de determinados procedimentos morosos ou dispendiosos para avalia??o de conformidade. É fundamental, pois, a identifica??o sistemática e atualizada das barreiras existentes para cada mercado importador, a fim de que medidas possam ser adotadas para impedir que estas causem entraves ao comércio exterior. Nos sites do Inmetro e da SECEX - Secretaria de Comércio de Exterior você encontrará informa??es detalhadas sobre este assunto, que, sem dúvida, o ajudar?o na hora de identificar os melhores mercados para seus produtos. O Inmetro, inclusive, presta um servi?o de consulta on-line. Os Acordos Antidumping, de Subsídios e Medidas Compensatórias e de Salvaguardas fazem parte do conjunto de normas da OMC, ao qual o Brasil aderiu formalmente no final de 1994, por meio do Decreto n° 1.355, de 30/12/94 e, portanto, est?o sujeitos a uma aplica??o estritamente técnica. CONCLUSÃO Com a competitividade cada vez mais acirrada entre as empresas no mercado internacional e globalizada, onde devem competir tanto com empresas nacionais quanto com as internacionais, se faz necessário um planejamento mais do que estratégico antes de sair exportando um produto ou servi?o, é muito importante para empresa exportadora que ela esteja consciente do mercado em que vai entrar dos riscos e diversos procedimentos que devem ser realizados desde uma prepara??o interna da empresa e produtos até a documenta??o necessária para uma exporta??o segura. Minervini (1991) mostra como o mercado externo se mostra promissor para a adapta??o de novos produtos e servi?os, mostra também como deve ser o planejamento, como a empresa deve se prepara para os novos mundos a serem Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 16 conquistados, GARCIA (1997) enfatiza que muitas empresas com incerteza diante de novos mercados acabam deixando o planejamento para segundo plano, e isso muitos vezes pode trazer problemas futuros para a empresa. Ambos os autores salientam que o importante ao decidir exportar é conhecer os mercados e conhecer a própria empresa, saber se está preparada para novos mercados, organizar suas estruturas, estar ciente dos riscos e lucros a serem obtidos, planejar acima de tudo, o que vai ser feito, estar a frente de documentos, de acordo com as normas governamentais, pre?os, prazos de entrega e pagamentos, entre outros procedimentos. Exportar n?o é apenas encaminhar seu produto para outros países, é planejar, é lan?ar a fora a imagem da empresa, é dar um passo para um descobrimento. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 17 ABSTRACT Elaborated with sights to supply the professional that if it confronts with the necessity of better to meet the procedures that they allow to implement the procedure exporter. This article aims at to present the procedures basic to the exportation, later describe the importance of a good planning and everything what it is necessary for a exportation, since the concept basic of as to export, what export, why export, when export, even the nomenclatures, documents and prices necessaries to the process of exportation that a student or even though a professional need to be duly informed, finally a one soon conclusion of the subject studied, approaching the strong points and weak points at the process of exportation. Key-words: Export, Planning, Procedures. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 18 REFERÊNCIAS GARCIA, L. M. Exportar: Rotinas e procedimentos, incentivos e forma??o de pre?o/Luiz Martins - 6. ed - S?o Paulo: Aduaneiras, 1997. MINERVINI, N. O exportador. S?o Paulo: Makron, Mc Graw - Hill, 1991, 2005. Exportar e Importar: acredite nessa idéia: as práticas do comércio exterior ao alcance do pequeno e médio empresário/Ana Lúcia Suzuki...[ et al. ] – S?o Paulo: Maltese, 1992 – ( Série desenvolvimento gerencial ) Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
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