Thaís Projeto Indisciplina

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES
UNIDADE ACADÊMICA DE EDUCAÇÃO 
CURSO: PEDAGOGIA
DISCIPLINA: METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO
PROFª. MARIA THAÍS DE OLIVEIRA BATISTA
JANEIDE GOMES GALDINO
JORDANA ABRANTES MACIEL
LARISSE BATISTA PEDROSA
INDISPLINA NO AMBIENTE ESCOLAR 
CAJAZEIRAS,
2017
JANEIDE GOMES GALDINO
JORDANA ABRANTES MACIEL
LARISSE BATISTA PEDROSA
INDISCIPLINA NO AMBIENTE ESCOLAR
Trabalho apresentado à disciplina Metodologia do Trabalho Científico, sob a coordenação da Prof.ª Maria Thais de Oliveira Batista, do curso de Pedagogia UAE/CFF/UFCG, como requisito teórico-metodológico adotado para cumprimento dos objetivos e atividades estabelecidos na disciplina.
CAJAZEIRAS,
2017
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA
O presente trabalho cuja temática trata da indisciplina escolar, foi um trabalho desenvolvido para alunos do 1º e 2º ano do ensino fundamental da rede pública de ensino da cidade de Cajazeiras/PB, sendo executado no período matutino em cinco dias de uma semana. O projeto foi desenvolvido na disciplina de Metodologia Científica, do Curso de Pedagogia, sob orientação da Professora Maria Thaís de Oliveira Batista. Esperamos nesse trabalho formar estratégias que melhorem a convivência dos alunos com toda a comunidade escolar.
O tema indisciplina tem sido o centro de muitas conversas entre professores, diretores e toda rede de educação, por ser um problema que ocorre em todas as fases escolares. O problema da indisciplina pode estar relacionado a vários fatores, o contexto familiar, as aulas que não são atrativas e o autoritarismo por parte dos professores. Estes são alguns dos motivos que fazem com que a indisciplina faça parte do ambiente escolar. E o que fazer diante desses problemas?
Com o intuito de refletir e aprofundar a importância da disciplina e despertar nos alunos o gosto pela prática da mesma, associados ao prazer da leitura, o projeto tem como objetivo geral: Compreender as principais causas da indisciplina, e como objetivos específicos: Construir regras e limites para serem utilizadas no ambiente escolar e na sociedade; Buscar estratégias para reduzir a indisciplina; Proporcionar aulas agradáveis para os alunos e professores; Promover reflexões sobre o tema abordado.
2 QUESTÃO PROBLEMATIZADORA
Como trabalhar a questão da indisciplina na sala de aula?
3 HIPÓTESES
Trabalhar a indisciplina através de jogos e brincadeiras;
Adotar atividades estimulantes e interativas;
Estimular o bom comportamento por meio da leitura;
4 OBJETIVOS
4.1 OBJETIVO GERAL
Compreender as principais causas da indisciplina.
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Construir regras e limites para serem utilizadas no ambiente escolar e na sociedade;
 Buscar estratégias para reduzir a indisciplina;
Proporcionar aulas agradáveis para os alunos e para os professores;
Promover reflexões sobre a indisciplina.
5 PÚBLICO ALVO
Alunos do 1º e 2º ano do Ensino Fundamental
6 REFERENCIAL TEÓRICO
A indisciplina no ambiente escolar é um dos temas que atualmente mais são debatidos pelos profissionais da área da educação. Na realidade em que se encontram as condições escolares é evidenciado que o ensino e o aprendizado dos alunos, não estão obtendo um grande êxito por conta da falta de atenção dos alunos, associado ao mau comportamento e isso tem produzido numerosos conflitos dentro das escolas. Muitos resultados negativos são consequências da indisciplina, pode-se aqui mencionar que os alunos indisciplinados apresentam um baixo rendimento escolar; são alunos que tumultuam a sala de aula atrapalhando os demais alunos e também contribuindo para a desmotivação dos professores. 
È certo afirmar que a escola é uma ampliação do lar, no qual os alunos refletem a sua rotina familiar, ou seja, o que o aluno vivencia em casa é reproduzido na escola. Dessa forma, alunos com famílias desestruturadas em que os pais são distantes dos filhos, seja por conta do trabalho, motivos de embriaguez, dependência química; geralmente são fatores que implicam um olhar desorganizado do aluno em relação à escola e isso de alguma forma contribui para sua realidade na escola. Pais ausentes de certa forma deixam de ensinar aos filhos bons comportamentos, bons hábitos. Porém vale ressaltar que não é somente a ausência dos pais que influenciam no mau comportamento dos alunos, segundo Oliveira (2010, p. 15):
No cotidiano escolar observa-se que o comportamento do aluno no ambiente de ensino é reflexo das experiências vividas no meio familiar e social. É comum encontrar alunos problemáticos filhos de famílias desestruturadas, onde um dos pais é ausente por algum motivo ou não dão a devida importância para a vida escolar e social do filho. Apesar dessa importante observação, não se pode atribuir a esse fator como sendo a única causa do problema. É importante perceber que cada indivíduo responde diferentemente aos estímulos provindos do meio. Enquanto alguns indivíduos apresentam indisciplina e agressividade diante de problemas familiares, em outros esse fator não interfere no rendimento e na disciplina em sala.
	
	Conforme Oliveira pode-se compreender que a indisciplina não tem somente um motivo, e sim, um conjunto de motivos que refletem sobre o comportamento dos alunos. É evidente que esse problema não é novidade, o que realmente vem acontecendo é que esse problema vem assumindo novas formas, e essas mudanças vem deixando os profissionais da área bastante preocupados. De acordo com Rego (1996, p.86), o princípio da convivência na sociedade, inclusive na escola, são as regras e normas que proporcionam o diálogo. 
A vida em sociedade pressupõe a criação e o cumprimento de regras e preceitos capazes de nortear as relações, possibilitar o diálogo, a cooperação e a troca entre membros deste grupo social. A escola por sua vez, também precisa de regras e normas orientadoras do seu funcionamento e da convivência entre os diferentes que nela atuam. Nesse sentido, as normas deixam de ser vistas como prescrições castradoras, e passam a ser vistas como condição necessária ao convívio social. 
	A disciplina é um fator indispensável para que o ser humano obtenha aprendizado e crescimento. O que vem ocorrendo nas instituições escolares não parte apenas da comunidade escolar, mas também da sociedade em geral. A indisciplina tem sido um dos principais motivos que contribuem para o fracasso escolar, a escola é vista como a instituição encarregada por formar e desenvolver as boas relações entre os indivíduos, relações que possibilitam a construção de valores e princípios de boa conduta, moral e ética. A falta desses valores tem provocado os comportamentos inadequados em relação às regras estabelecidas pela sociedade, tornando os indivíduos em seres indisciplinados. Para Garcia (1999, p. 104) 
A indisciplina escolar não apresenta uma causa única. Eventos de indisciplina, mesmo envolvendo um sujeito único, costumam ter origem em um conjunto de causas diversas, e muito comumente reflete uma combinação complexa de causas. Esta complexidade é parte do perfil da indisciplina e deve ser considerada, se desejamos compreendê-la e estabelecer soluções efetivas.
	A escola precisa ser consciente do papel que tem como mediadora, procurando sempre analisar as causas que provocam determinados comportamentos, pois quando forem identificados é que será possível mudar a situação. Os fatores externos e internos podem ser razões que expliquem o porquê de tanta indisciplina nas escolas. Os fatores externos estão associados ao modo de vida do aluno, uma vez que este aluno pode não ter em casa a atenção dos familiares, não tenha carinho, limites; esses motivos e tantos outros afetam diretamenteno comportamento, seja da criança ou do adolescente. Já os fatores internos partem desde a estrutura da escola, que na maioria das vezes não oferece um ambiente agradável, a metodologia de ensino que os professores utilizam em sala aula, a ausência de diálogo entre os indivíduos que constituem a comunidade escolar, essas e várias outras condições favorecem a indisciplina. É preciso que os profissionais da educação busquem conhecer a particularidade e a competência de cada aluno, para que sejam construídos procedimentos que venham a extinguir ou pelo menos reduzir esse problema que é a indisciplina. 	
	É visto nas escolas atuais, profissionais agindo de forma isolada tentando resolver algo que é enfrentado por todos e os procedimentos que precisam ser construídos para amenizar os efeitos da indisciplina só obterão êxito se forem criados em coletividade, onde todos que participam da comunidade escolar estejam envolvidos. A escola por fazer parte da vida do ser humano não pode ficar de fora da normalidade que a sociedade exige regras e normas, desde que as mesmas não sejam impostas de formas rigorosas e sim entendidas como necessárias para se conviver bem. Nesse padrão os formadores são aqueles que ensinam e também estabelecem limites que precisam ser cumpridos. 
Nunes (2006, apud SILVA, NOSSA & SILVÉRIO, 2003, p. 66) argumenta que,
[...] a escola e os professores, na medida em que cumprem os seus papéis, têm uma tarefa importante na transformação e mudança dos alunos de modo que, nem escola e nem professores, permaneçam indiferentes perante a situação de indisciplina dos alunos. Algo deve ser feito pela escola e pelos professores para contornarem a situação: a escola deve, sobretudo, criar condições materiais, humanas e ambientais no sentido de proporcionar um clima de convivência agradável entre alunos.
Portanto, a escola sendo a instituição iniciadora na formação de pessoas críticas, cidadãos que podem transformar a sociedade para melhor, de maneira alguma deve tratar com indiferença a indisciplina, sendo primordial que a escola esteja sempre preparada e habilitada para enfrentar as diversas situações provocadas por esse problema.
7 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
	PROGRAMAÇÃO
	PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
	1◦ dia: 
Tratando sobre
o tema 
	- Transmissão de um vídeo animado sobre a indisciplina;
- Roda de conversa sobre o vídeo; 
	2◦ dia: 
Leitura do Livro
	- Fazer o círculo e distribuir para cada aluno páginas do Livro: 
Rita não grita, para que se faça uma leitura coletiva;
- Atividade complementar para casa sobre a leitura; 
	3◦ dia: 
Jogo da memória
	- Construção do jogo da memória sobre a indisciplina;
- Socialização utilizando o jogo da memória; 
	4◦ dia: 
Caixa da Disciplina
	- Uma caixa contendo frases sobre a indisciplina, com o objetivo de estimular a disciplina;
- Construção de cartazes com os combinados;
	5◦ dia: 
Jogo de percurso
	- Exposição do conteúdo trabalhado sobre o tema;
- Roda de conversa sobre o que foi abordado durante a semana;
- Jogo de percurso;
8 RECURSOS DIDÁTICOS
 - Vídeo sobre a indisciplina;
- Livro: Rita não grita (Flávia Muniz);
- Jogo da memória;
- Caixa surpresa; 
- Jogo de percurso; 
9 CULMINÂNCIA
No último dia do projeto pedagógico será realizada uma exposição do material produzido durante a semana, e também acontecerá um jogo de percurso, onde será analisado o conhecimento adquirido.
10 AVALIAÇÃO
Avaliação será continua, através da observação diária da criança no desempenho de suas atividades, no relacionamento com os colegas e com a professora. Assim como, através de observações e registros sistemáticos, que serão realizados em um caderno especifico, onde serão registrados acontecimentos, descobertas acerca do trabalho realizado e interpretações sobre as próprias atitudes e sentimentos.
11 REFERÊNCIAS
ROLIM, A. I. P. Concepções dos professores das séries iniciais em relação a indisciplina escolar. Cajazeiras, 2012 (Monografia – Graduação).
OLIVEIRA, R. A. A. Indisciplina na escola como fator determinante no processo ensino aprendizagem: a experiência da Escola São Francisco em Marco-Ce. 2010. Artigo para conclusão de curso de Especialização e Gestão Escolar. Disponível em http://docs12.minhateca.com.br/223372807,BR,0,0,INDISCIPLINA---FATOR-DETERMINANTE-NO-PROCESSO-ENSINO-APRENDIZAGEM.docx Acesso em 22/04/2017. 
REGO, Teresa Cristina R. A indisciplina e o processo educativo: uma análise na perspectiva vygotskiana. In: AQUINO, Júlio Groppa (org). Indisciplina na escola: Alternativas Teóricas e Práticas. São Paulo: Sumus, p. 83 – 101, 1996. 
GARCIA, Joe. Indisciplina na Escola: uma reflexão sobre a dimensão preventiva. Revista Paranaense de Desenvolvimento, Curitiba, v.82, p. 101 – 108, 1999.