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ParteII-MóduloI-Humanismo Resumo Humanismo: Foi um período de conflitos e mudanças de valores.O ser humano foi aos poucos deixando de lado a visão Teocêntrica da existência humana,a confiança cega na providência divina.dispôs-se então a interferir objetivamente no mundo em que vivia.Passou a valorizar a própria capacidade intelectual e artística,tornando-se o autor de descobertas científicas notáveis e criador de obras de arte que seriam admiradas durante séculos.Foi o Humanismo que se iniciou o registro sistemático dos princípais episódios da história de Portugal.(ex. a invenção da imprensa por Gutenberg e o período das grandes navegações). Humanismo-(Comentários) -Transição do Teocentrismo medieval para o Antropocentrismo renascentista. -Uso mais frequente do Teatro. -Período em que ocorria uma crise na estrutura feudal. -Arte intinerante. -Invenção da Imprensa(Gutemberg). -As grandes navegações. Gil Vicente,O pai do teatro português Origem do Teatro Vicentino: -Igreja Teocêntrica medieval. -Teatro Litúrgico(inicial)-biblíco-Igreja ou Corte. -Teatro Profano(posteriormente)-pro+fanu=Fora da igreja-crítica social. -Ensino religioso e moralizante(sempre). -É primitivo,rudimentar e popular. -Teatro de tipos sociais:indivíduos todos como caricaturas(Deixar as personagens desfiguradas para trabalhar o seu lado cômico),trabalhando temáticas e as classes sociais. -Quebra da Lei das Três Unidades: Ação Espaço Tempo -Espontaneidade para divertir a corte. -Limguagem variada(ditados populares,latim,español,oralidade-coloquialismos,palavrões e gírias). -Rupturas da linearidade do tempo e despreocupação com a verossimilhança(verdade). -Teatro cômico e satírico. -O lema do teatro Vicentino era: {Rindo castigam-se os maus costumes} -Mentalidade medieval -As personagens falam em versos redondilhos,menores e maiores,agrupados em estrofes rimadas. -Não se pode falar em teatro português anterior a Gil Vicente. -Sua obra é a síntese mais bem-acabada do teatro medieval europeu e exerce influência até hoje,em portugal e no Brasil-(ex.O auto da compadecida de Ariano Suassuna). Análise da Obra: ''O pranto de Maria Parda'' -Esta obra é um monólogo,pois predomina a voz de apenas uma personagem,a própria Maria Parda. -Nesta obra,Maria Parda lamenta-se pela falta de vinho nas tabernas de Lisboa,evocando os tempos em que ele era abundante e barato.Depois resolve pedir vinho fiado a alguns taberneiros que lhe negam.Por fim decide morrer e pronuncia um extenso testamento que se refere obsessivamente ao vinho. -Maria Parda pode bem ser uma representante do povo português do final de 1521 que se queixa da falta e da carestia. -Lisboa vivenciou nesse período uma das maiores fomes,esterialidades e excassez de alimentos da história.Muitos irão morrer de sede pelas ruas,assim como Maria Parda. -Gil Vicente refere-se igualmente ao sofrimento do jovem rei com a desgraça,e as medidas que tomou para atenuar calamidade social em Lisboa. -No Pranto de Maria Parda,os seis taberneiros que recusam vender fiado o vinho representam um mercado suvino Lisboeta. -Há ligação entre o Auto de são Martinho(Festividade Portuguesa,similar ao círio de nazaré)e o Pranto de Maria Parda,e este último apresenta traços que podem ser vistos como uma inversão parodística e carnavalesca do primeiro;Tal como Maria Parda o pobre(figura do próprio Cristo) começa por lamentar ou prantear a sua falta,miséria,e também pede.Se S.Martinho,na boa ação que realiza em cena,tematiza a virtude da caridade institucionalizada(as misericórdias),os taberneiros poderão representar o vício da forrentice e não apenas a crise econômica. -Todos os taberneiros usam sentenças economistas,relativas á poupança e aos preços. -Maria Parda representa o gasto excessivo com vícios terrenos, ou mesmo o pecado;os taberneiros,por oposição,são figuras que representam uma certa prudência,baseada na sabedoria proverbial popular.A morte de Maria Parda seria como que o castigo da sua dissipação. -Ao tematizar a falta e a carestia do vinho,o Pranto de Maria Parda continuava a fazer sentido em determinadas circunstâncias.Ao significar,por meio do vinho,a escassez e a falta,quer do pão,quer de algo essencial á sobrevivência humana,o Pranto de Maria Parda continua e continuará a fazer sentido. -O pranto ou lamentação é aqui carnavalizado,pois exerce-se sobre a morte do vinho,e não sobre a do rei,de um nobre,ou do ser amado(lamentação amorosa). -O Pranto de Maria Parda é compo sto de 369 versos de redondilha maior,distribuídos por 41 estâncias ou coplas,sendo 14 estrofes de pranto,12 de diálogos e 15 estrofes de testamento. -O tipo de húmor não é tão imediato,excessivo é primário como o de outras obras vicentinas. -Maria Parda é a personagem feminina e é caracterizada por ser beberrona,alcoólatra. -Note-se que não se trata de uma personagem de negra,quando muito uma Maria Mulata.Sobressai a figuração da velhice. -Se olharmos de perto cada um dos seis taberneiros,com falas de apenas 9 versos,dos quais 3 ou 4 são obrigatoriamente com provérbios,deparamos com uma caracterização bem concreta de alguns deles:A Falula-mostra-se grosseira;João Cavaleiro-é cristão novo;Branca Leda-só fala de comida;esses tabeneiros lisboetas funcionam ainda como uma espécie de coro que comenta as súplicas de Maria Parda. A ações do Pranto de Maria Parda: O auto da Compadecida é obra de Ariano Suassuna que tematiza de maneira objetiva todos os temas de Gil Vicente.-Comicidade na peça teatral.-O teatro é um espaço de riso e de críticas aos costumes da época que na visão de Gil Vicente eram errônias e deveriam ser combatidas.
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