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* Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência Por que a resistência medida dos materiais é muito menor do que aquela predita pelos cálculos teóricos, baseados na força de ligação dos átomos de um cristal perfeito do material? Ex: a resistência ao cisalhamento teórica do cobre é mecânica maior que 1000 MPa, mas o valor medido é de uma ordem de grandeza menor que este. Por que os metais se deformam plasticamente? Por que a deformação plástica dos metais pode resultar em profundas alterações nas propriedades mecânicas do material? Resposta: Por conta da existência de discordâncias na rede cristalina dos materiais; * Escorregamento e plano de escorregamento: O processo pelo qual uma discordância se move para causar uma deformação no material é chamado escorregamento; O plano cristalográfico ao longo do qual a linha da discordância se movimenta é conhecido como plano de escorregamento. Densidade de discordâncias: Número de discordâncias expresso como o comprimento total de discordâncias por unidade de volume. Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência Tensão de cisalhamento Plano extra de átomos Linha de discordância Plano de escorregamento Vetor de Burgers * Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência A deformação plástica corresponde ao movimento de uma grande quantidade de discordâncias; O movimento de uma discordância se dá de forma discreta (pequenos deslocamentos por vez). O movimento de um plano inteiro de uma vez exigiria uma imensa quantidade de energia para ser realizado. * Discordância de aresta: o movimento da linha de discordância é paralelo ao da força de cisalhamento Discordância em espiral: o movimento da linha de discordância é perpendicular ao da força de cisalhamento Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência * Discordâncias : Esforços Envolvidos Regiões de tração e compressão ao redor da discordância Interação entre discordâncias Repulsão Atração e aniquilamento * Sistemas de Escorregamento Existe um plano (plano de escorregamento) e uma direção preferenciais, nas quais ocorrerá mais facilmente um escorregamento; A esta combinação é dada o nome de sistema de escorregamento. * Sistemas de Escorregamento O plano preferencial é o de maior densidade planar; A direção preferencial é a que apresenta a maior densidade linear. Para o caso de discordâncias de aresta, esta direção é dada pelo vetor de burgers. Plano de escorregamento (menor densidade planar) Plano de escorregamento (maior densidade planar) Distância de deslocamento * Sistemas de Escorregamento Geralmente, metais com maior número de sistemas de escorregamento são mais dúcteis. Por isso, metais com estruturas dos tipos CFC e CCC são dúcteis e metais com estrutura HC são frágeis. * Escorregamento em Monocristais Tensão de cisalhamento resolvida (R): produz deformações plásticas. Para o caso de um carregamento simples de tração: Tensão de cisalhamento resolvida crítica (tcrc): tensão de cisalhamento mínima exigida para iniciar o escorregamento. y = crss/(cos cos)max Para = = 45o e = 2crss * Escorregamento em Monocristais Direção da força Plano de escorregamento Cada degrau mostrado nas imagens resulta da geração de um grande número de discordâncias e suas propagações ao longo de um sistema de escorregamento com a máxima tensão de cisalhamento resolvida * Deformação Plástica de Materiais Policristalinos Linhas de escorregamento em grãos deformados Antes da deformação: grãos equiaxiais Após deformação: grãos alongados Orientação dos cristais nos grãos é aleatória; Discordâncias precisam passar de grão em grão; Em alguns grãos o sistema de escorregamento será favoravelmente orientado, em outros não; Escorregamento só ocorre quando todos os grãos são capazes de escorregar. * Deformação Plástica de Materiais Policristalinos Deformação por maclagem: Em adição ao escorregamento a deformação plástica em alguns materiais metálicos pode ocorrer pela formação de maclas de deformação, ou maclagem. Planos da macla maclas fronteira As orientações cristalográficas acima e abaixo do escorregamento são as mesmas antes e depois da deformação. Mas, no caso de maclagem, haverá uma reorientação no plano de maclagem, no qual poderá tomar lugar um novo sistema de escorregamento para que escorregamentos ocorram. fronteira * Deformação Plástica de Materiais Policristalinos As direções de escorregamento podem variar de cristal para cristal. Alguns grãos possuem orientação menos favoráveis com respeito a carga aplicada (ex: cos cos baixo); Mesmo os grãos para os que cos cos é alto podem ser limitados na deformação pelos grãos adjacentes que não podem se deformar facilmente; Discordâncias não podem facilmente atravessar contornos de grão devido às mudanças de direção do plano de escorregamento e à desordem no contorno de grão; Como resultado, os materiais policristalinos são mais resistentes que os monocristalinos (exceto os monocristais perfeitos, sem defeito algum) * Mecanismos do aumento de resistência em metais A habilidade de um metal se deformar depende da facilidade com que as discordâncias podem se mover; A restrição de uma discordância se mover torna o material mais resistente; Mecanismos de aumento de resistência em materiais monofásicos: diminuição do tamanho do grão; por solução sólida; encruamento * Tamanho do grão Onde: 0 e Ky são constantes Uma discordância cruzando um grão poderá ter que mudar sua direção de movimentação quando encontrar outro grão, logo o contorno de grão torna-se um obstáculo; A desordem de um contorno de grão resultará em uma descontinuidade dos planos de escorregamento de um grão para outro; A redução do tamanho de grão ou o aumento do contorno de grão resultará em um aumento da resistência de materiais metálicos policristalinos. * Solução Sólida % elemento de liga e (psi) Discordância de aresta Discordância de aresta Tensão causada por átomos substitucionais menores que os do metal hospedeiro Compressão causada por átomos substitucionais maiores que os do metal hospedeiro * Encruamento Um material é tracionado além do seu limite de escoamento antes de ser aliviado Agora o material possui um limite de escoamento maior, mas uma ductilidade menor. Repetindo-se o procedimento várias vezes, o material vai aumentar seu limite de escoamento e diminuir sua ductilidade continuamente até tornar-se frágil. * Encruamento Trabalho a frio: * Encruamento * Recuperação, Recristalização e Crescimento de Grão Trabalho a frio; b) Após recuperação; c) Após recristalização; d) Após crescimento de grão. Tratamentos térmicos são tratamentos feitos a altas temperaturas para eliminar os efeitos da deformação a frio: Recuperação: liberação de parte da energia interna de deformação de um material deformado a frio; Recristalização: formação de um novo conjunto de grãos livres de deformação, dentro de um material deformado a frio; Crescimento de grão: aumento do tamanho médio de grão de um material policristalino. * Recuperação, Recristalização e Crescimento de Grão Trabalho a frio; Estágio inicial de recristalização (3s a 580oC); Substituição parcial de grãos deformados por recristalizados (4s a 580oC); Recristalização completada (5s a 580oC); Crescimento de grão após 15 min a 5800C; Crescimento de grão após 10 min a 700oC. * Crescimento de Grão dn - don = Kt * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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