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COMERCIO INTERNACIONAL REGULAR 11

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CURSOS ONLINE – COMÉRCIO INTERNACIONAL – CURSO REGULAR 
PROF. RODRIGO LUZ E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 1
Oi, pessoal. 
Na aula de hoje, vamos ver os demais blocos comerciais pedidos no 
edital: Pacto Andino, NAFTA e Mercosul. 
 
Pacto Andino 
O Pacto Andino também é chamado Comunidade Andina. 
Quando estudamos a ALADI na aula anterior, vimos que o Tratado de 
Montevidéu permitiu a criação de “panelinhas” dentro do bloco. As 
“panelinhas” são, como vimos, os acordos de alcance parcial. 
Desta forma, todos os benefícios e vantagens concedidos dentro de 
uma ”panelinha” não precisariam ser estendidos para os demais 
países do bloco. 
Pôxa, mas a “panelinha” não pode atrapalhar o processo de 
integração da ALADI? Pode. Mas a outra alternativa é ser rígido 
demais, obrigando que toda concessão feita a um país seja estendida 
aos demais países do bloco. A ALALC era assim e, por isso, fracassou. 
Os países reconheceram que seria mais fácil começar a integração 
“comendo pelas beiradas” do que tentar arrancar a integração a 
fórceps. E, por isso, as panelinhas são permitidas. A única coisa que 
ficou decidida na ALADI é que essas “panelinhas” não poderiam ser 
blocos fechados. Pelo Princípio da Convergência, consagrado no 
Tratado de Montevidéu, esses acordos de alcance parcial tenderiam a, 
no futuro, crescer e crescer e crescer incluindo os outros membros da 
ALADI. Assim, a integração começaria com alguns países, mas as 
“panelinhas” iriam crescendo até que se atingisse o total dos países 
da ALADI. 
O Pacto Andino é uma das “panelinhas” da ALADI. A outra é o 
Mercosul. 
Foi criado em 1969 pelo Acordo de Cartagena entre Bolívia, Colômbia, 
Chile, Equador e Peru. 
Em 1973, Venezuela aderiu ao bloco, mas se retirou em 2005 para 
aderir ao Mercosul. 
Em 1976, o Chile se retirou. 
Portanto, atualmente, são membros apenas a Bolívia, a Colômbia, o 
Equador e o Peru. 
O bloco atingiu o estágio de área de livre comércio em 1993. E 
atingiu o estágio de união aduaneira em 1995. 
Mas o Peru teve um cronograma diferente: ele começou a se integrar 
à área de livre comércio em 1997 e atingiu o estágio somente em 1o 
de janeiro de 2006. Falta ainda ao Peru passar a usar a TEC para que 
se complete a união aduaneira. Mas não há mais prazo para isso. 
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Definiram e prorrogaram tantas vezes o prazo que, em 2005, 
desistiram de fixá-lo. 
Faltam, portanto, duas coisas ainda para o Pacto Andino atingir seu 
objetivo: 
1) O Peru usar a TEC; e 
2) Os quatro países implementarem o mercado comum. 
Também depois de tantas prorrogações (a última dava conta 
de 31/12/2005), desistiram de definir um prazo. 
Sempre que pensamos na Cordilheira dos Andes, pensamos 
obviamente no Chile. Mas, como vimos, o Chile saiu do bloco em 
1976. A novidade é que, em 24 de novembro de 2006, ou seja, há 10 
dias, foi assinada a “Ata de Constituição da Comissão Mista entre a 
Comunidade Andina e o Chile”, por meio da qual se reconhece ao 
Chile a condição de “país-associado” ao bloco. No preâmbulo da Ata 
consta que “os cinco países reiteram o apoio à integração latino-
americana e ao processo de convergência com vistas à conformação 
da comunidade sul-americana de nações.” É o primeiro passo para o 
retorno do Chile ao bloco, inclusive porque, nesta mesma Ata, criou-
se um grupo de trabalho para pensar nas formas de representantes 
chilenos passarem a integrar os órgãos do bloco. 
 
Estrutura 
Não cabe neste curso ficarmos estudando as funções de cada um dos 
órgãos do Pacto Andino, pois o edital foi explícito apenas ao pedir a 
estrutura do Mercosul. Se tivéssemos que estudar as funções de cada 
um dos órgãos dos blocos pedidos no edital (ALALC, ALADI, NAFTA, 
Pacto Andino, União Européia, ALCA), eles não teriam explicitado 
unicamente o estudo da estrutura do Mercosul, não é? 
Portanto, segue apenas a estrutura do Pacto sem detalhamento: 1) 
Conselho Presidencial Andino, 2) Conselho Andino de Ministros de 
Relações Exteriores, 3) Comissão, 4) Secretaria Geral, 5) Tribunal de 
Justiça Andino, 6) Parlamento Andino, 7) Convênios, 8) Corporação 
Andina de Fomento, 9) Fundo Latino-Americano de Reservas, 10) 
Conselho Consultivo Trabalhista, 11) Conselho Consultivo Empresarial 
e 12) Universidade Andina Simón Bolivar. 
 
O estudo do Pacto Andino é bom por outra particularidade: podemos 
ver que a ESAF reconheceu, em 2002, que o Bruno Ratti estava 
desatualizado e parou de usá-lo como fonte de questões sobre blocos 
comerciais. Veja a questão seguinte: 
 
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(AFRF/2002-2) O Mercado Comum do Sul e a Comunidade 
Andina (CAN) estão negociando a formação de uma área de 
livre comércio entre os blocos sub-regionais. 
Se comparada ao Mercosul, é correto afirmar sobre a 
Comunidade Andina que: 
a) Possui objetivos diferentes, alcançou nível de integração comercial 
mais profundo e seu arcabouço institucional é mais avançado. 
b) Possui objetivos diferentes, alcançou nível de integração comercial 
menos profundo e seu arcabouço institucional é menos avançado. 
c) Seus objetivos, o nível de integração comercial alcançado e seu 
arcabouço institucional são semelhantes. 
d) Possui objetivos semelhantes, alcançou o mesmo nível de 
integração econômica e possui arcabouço institucional mais 
avançado. 
e) Possui objetivos semelhantes, alcançou nível de integração 
econômica mais profundo e possui arcabouço institucional mais 
avançado. 
 
Resp.: Letra D. 
A Comunidade Andina tem o mesmo objetivo do Mercosul: mercado 
comum. 
Estão ambos no mesmo nível de integração: união aduaneira. 
O Pacto Andino possui órgãos supranacionais, como, por exemplo, o 
Parlamento Andino, que cria leis regionais. O Mercosul possui apenas 
7 órgãos como veremos a seguir e não existe aqui um Parlamento 
Regional (mas o Mercosul o terá a partir de 1o de janeiro de 2007). 
O Bruno Ratti cita, à página 482, que a Comissão e a Junta são os 
órgãos principais. Na verdade, foram. A Junta nem existe mais como 
podemos ver na lista acima. 
A partir de 2002, portanto, a ESAF deixou de usar exclusivamente o 
Bruno Ratti como referência e as questões passaram a ser tiradas 
também de outros livros. 
 
(AFRF/2003) Sobre a Comunidade Andina (CAN), é correto 
afirmar que: 
a) Foi criada no âmbito da Associação Latino-Americana de Livre 
Comércio (ALALC), estando, no presente, integrada por Bolívia, Chile, 
Equador, Peru, Colômbia e Venezuela. 
b) Conforma uma união aduaneira, uma vez que teve sua tarifa 
externa comum implementada em todos os países-membros a partir 
de 1995. 
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c) Contempla o livre comércio para bens e serviços entre todos os 
países-membros, estando a Colômbia temporariamente suspensa em 
razão do conflito interno que atravessa. 
d) Instaurou, desde 1993, uma área de livre comércio para bens da 
qual participam todos os países-membros, exceto o Peru que a ela 
está se incorporando gradualmente. 
e) Conforma um mercado comum, na medida em que foram abolidas 
as restrições ao comércio de bens e de serviços e à movimentação 
dos fatores de produção. 
 
Resp.: Letra D. 
A letra A é falsa, pois o Chile não pertence ao bloco. E, como a prova 
foi em 2003, a Venezuela ainda era membro. 
A letra B é falsa, pois a TEC ainda não inclui o Peru. Só falta ele. 
A letra C é falsa. Colômbia não está nem esteve suspensa. 
A letra E é falsa, pois o Pacto é só uma união aduaneira por 
enquanto. 
 
NAFTA – North American Free Trade Area 
O site oficial do blocoé www.nafta-sec-alena.org. 
O NAFTA é um aprofundamento da integração da América do Norte. 
Inicialmente, EUA e Canadá fizeram um acordo de livre comércio 
(1988). Posteriormente, em 1990, lembrando que precisavam de 
mão-de-obra barata, chamaram o México para fazer parte do acordo. 
Em 1992, o México passa a fazer parte do acordo que ganha o nome 
de NAFTA. 
Mas só em 1994 entrou em vigor, sendo que o objetivo é estar 
configurada a área de livre comércio em 2009. 
O que é mais interessante no NAFTA é que só querem a área de livre 
comércio, não querendo (os EUA e o Canadá) que a mão-de-obra 
mexicana entre livremente no país. Por isso, não tencionam o 
mercado comum. 
Como vimos, no mercado comum há livre movimentação de mão-de-
obra e de capital. Apesar de não quererem um mercado comum, EUA 
e Canadá desejaram a livre circulação de capital. São espertos: a 
mão-de-obra mexicana não tem livre circulação, mas os capitais 
norte-americano e canadense têm. 
Hoje não há mais banco de capital mexicano. Foi tudo comprado 
pelos norte-americanos. 
 
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(ACE/97) O NAFTA representa o que é considerado como um 
dos modelos mais bem sucedidos de liberalização comercial, 
sem desvio de comércio, em nível regional. A respeito do 
NAFTA, podem-se fazer as seguintes afirmações, exceto: 
a) Teve como principal antecedente o Tratado de Livre Comércio 
entre EUA e Canadá, de 1988. 
b) O NAFTA, como uma área de livre comércio, tem como meta maior 
a eliminação de barreiras tarifárias. 
c) Os entendimentos entre EUA e México iniciaram-se em 1990. 
d) O NAFTA promove a harmonização de legislações nacionais. 
e) O acordo foi concluído durante a administração Clinton, em 1993. 
 
Resp.: A Letra B é a única incorreta. 
Vamos ver as letras B e D. 
Na letra B, há duas leituras. O que a ESAF quis dizer com “o NAFTA, 
como uma área de livre comércio”? 
Nas duas leituras, vemos que há erro na resposta. 
Em primeiro lugar, se a ESAF estiver dizendo “o NAFTA É uma área 
de livre comércio” já está errado, pois o NAFTA PRETENDE SER uma 
área de livre comércio em 2009. 
Em segundo lugar, se a ESAF estiver dizendo “o NAFTA, quando for 
uma área de livre comércio, tem como meta maior a eliminação de 
barreiras tarifárias”, também estará errado porque quando for uma 
área de livre comércio não terá como meta a eliminação das 
barreiras, pois estas já terão sido eliminadas, senão não seria uma 
área de livre comércio. 
A letra D eu comento só para reafirmar: hamonização de política 
econômica só na União Econômica e o NAFTA só quer chegar ao 
estágio de área de livre comércio. Mas a letra D não está falando de 
harmonização de política econômica, está dizendo simplesmente 
harmonização de políticas e ponto final. Por exemplo, é lógico que a 
política comercial intra-zona será harmonizada, pois haverá a 
eliminação de barreiras no comércio recíproco. 
 
(AFRF/2002-1) O Acordo de Livre Comércio da América do 
Norte, quando comparado ao Mercado Comum do Sul 
(Mercosul), configura iniciativa: 
a) De natureza, forma e objetivos coincidentes com os do bloco do 
Cone Sul. 
b) Mais abrangente e profunda, por envolver a livre circulação dos 
fatores de produção. 
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c) De integração econômica menos profunda por limitar-se à 
liberalização do comércio de bens e de serviços. 
d) Mais abrangente por constituir uma união aduaneira. 
e) Cujos objetivos são contrários aos do Mercosul. 
 
Resp.: Vamos ainda estudar o Mercosul em detalhes, mas já vimos 
superficialmente que o Mercosul pretende chegar ao mercado comum 
(está no próprio nome dele – MerCoSul). Como o NAFTA visa apenas 
à área de livre comércio, a resposta é a letra C. 
 
(AFRF/2003) O Tratado de Livre Comércio da América do 
Norte, conhecido por NAFTA, foi firmado pelos Estados Unidos, 
Canadá e México em 1992, representando o primeiro grande 
acordo preferencial de que tomavam parte os Estados Unidos. 
Sobre o mesmo, é correto afirmar que: 
a) Prevê a criação de um mercado comum entre seus membros a fim 
de fazer frente ao projeto de integração da Comunidade Econômica 
Européia. 
b) Foi precedido de acordo bilateral entre os Estados Unidos e o 
Canadá, o qual apresentou o primeiro grande acordo preferencial de 
que tomavam parte os Estados Unidos. 
c) Compreende a totalidade dos bens e serviços comercializados 
pelos três países, além de disciplinas complementares relacionadas 
ao meio ambiente e a direitos trabalhistas. 
d) Prevê prazo de doze anos para a total liberalização do comércio de 
bens entre Estados Unidos e Canadá e de quinze para a total abertura 
do mercado mexicano às exportações desses dois países. 
e) Representa um acordo totalmente conforme à normativa da 
Organização Mundial do Comércio (OMC). 
 
Resp.: B. Que o NAFTA foi precedido de acordo EUA-Canadá, nós 
ficamos sabendo. E olha só a bobagem da ESAF: No enunciado, ela 
diz que o NAFTA foi o “primeiro grande acordo preferencial de que 
tomavam parte os EUA”. Mas na resposta, letra B, a ESAF diz que o 
“primeiro grande acordo ....” foi aquele celebrado entre EUA-Canadá 
somente. 
Por favor, ESAF, qual foi o primeiro grande acordo preferencial de que 
tomaram parte os EUA? 
Como nós podemos saber qual foi o primeiro, segundo ou terceiro 
grande acordo que os EUA celebram? Ainda não cai na prova de AFRF 
a política externa de integração norte-americana... 
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A única outra alternativa em que pode haver dúvida é a letra E. A 
ESAF considerou incorreta a afirmativa da opção E. Aí tem que ter 
manha de prova. Desconfie toda vez que aparecerem as palavras 
“totalmente”, “sempre”, ou “nunca”. Na própria vida é difícil 
encontrar alguma situação que não comporte exceção. Até matar é 
permitido... se for em legítima defesa... 
No Direito e na vida não há lugar para posições radicais. Portanto, 
fique com um pé atrás se disserem “...totalmente conforme à 
normativa...” 
Esta questão só dá para matar com prática de prova. 
Mas em que ponto o NAFTA descumpre as normas da OMC? Pelo 
menos um nós podemos identificar: dentro de uma área de livre 
comércio pode haver restrições ao comércio? Sim, desde que sejam 
as barreiras previstas nos artigos XI, XII, XIII, XIV, XV e XX, como 
vimos na aula anterior. Esses artigos estudaremos em aula futura. 
As salvaguardas são previstas no GATT no artigo XIX e, portanto, não 
poderiam ser usadas dentro de blocos comerciais. Mas são usadas no 
NAFTA. 
 
 
Tópico 5 do edital de AFRF/2005: “5. Mercosul. O comércio 
intrabloco. Textos Legais. Estrutura e Funcionamento. O 
sistema de solução de controvérsias. As negociações e os 
acordos comerciais envolvendo o Mercosul.” 
 
MERCOSUL 
 
Antecedentes 
O Mercosul foi criado em março de 1991 pelo Tratado de Assunção. 
Mas este só entrou em vigor em novembro de 1991 depois que houve 
a ratificação pelos quatro países. 
Foi resultado de um processo iniciado em 1986 por Brasil e Argentina. 
Sarney e Alfonsin, presidentes, assinaram a Ata para Integração 
Argentino-Brasileira. É interessante notar que eles aí não haviam 
decidido o atingimento de nenhum estágio de integração. Eles haviam 
apenas decidido “aumentar a integração”. 
Veja como isso foi pedido pela ESAF na prova de Analista de 
Comércio Exterior em 1997: 
 
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(ACE/97) O Tratado de Cooperação Econômica (1986) firmado 
pelos ex-presidentesJosé Sarney (Brasil) e Raul Alfonsin 
(Argentina) propunha: 
a) Aumentar a integração econômica. 
b) Criar uma área de livre comércio entre Brasil e Argentina. 
c) Estimular o comércio em alguns setores da economia. 
d) Criar uma união aduaneira entre Brasil e Argentina. 
e) Criar um mercado comum entre Brasil e Argentina. 
Resp.: Letra A. 
 
Mas, em 1988, decidiram que já era hora para definir alguma coisa 
mais palpável. Assinaram então o Tratado de Integração, Cooperação 
e Desenvolvimento. Estava decidido que os dois países atingiriam o 
estágio de área de livre comércio dali a 10 anos. 
Mas quando Collor e Menem assumem o poder, a veia liberal saltou. 
Decidiram que o tempo para se promover a integração era muito 
grande e que o estágio pretendido (área de livre comércio – ALC) era 
muito superficial. Em suma, aumentaram o objetivo (ALC para 
mercado comum) e reduziram o tempo para isso (de 10 anos para 
31/12/1994). 
Não podia dar certo. E não deu. Hoje, 2006, ainda não foi atingido o 
nível de mercado comum. 
Vamos dar uma olhada no artigo 1o do Tratado de Assunção, que 
define os objetivos do bloco: 
“Artigo 1o – Os Estados Partes decidem constituir um Mercado 
Comum, que deverá estar estabelecido a 31 de dezembro de 1994, e 
que se denominará Mercado Comum do Sul (MERCOSUL). 
Este Mercado Comum implica: 
- A livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os 
países, através, entre outros, da eliminação dos direitos alfandegários 
e restrições não-tarifárias à circulação de mercadorias e de qualquer 
outra medida de efeito equivalente; 
- O estabelecimento de uma tarifa externa comum e a adoção de 
uma política comercial comum em relação a terceiros Estados ou 
agrupamentos de Estados e a coordenação de posições em foros 
econômicos-comerciais regionais e internacionais; 
- A coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais entre os 
Estados-Partes – de comércio exterior, agrícola, industrial, fiscal, 
monetária, cambial e de capitais, de serviços, alfandegária, de 
transportes e comunicações e outras que se acordem, a fim de 
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assegurar condições adequadas de concorrência entre os Estados-
Partes; e 
- O compromisso dos Estados-Partes de harmonizar suas legislações, 
nas áreas pertinentes, para lograr o fortalecimento do processo de 
integração.” 
 
Em primeiro lugar, definiu-se o prazo de 31/12/94 para se atingir o 
mercado comum. Atingiu? Não. 
O primeiro item do artigo é óbvio, nem precisava escrever: A teoria 
de integração ensina que, em qualquer mercado comum, há livre 
circulação de bens, serviços e fatores de produção, como vimos na 
aula anterior. 
O segundo item completa a lista do parágrafo anterior: A teoria de 
integração também ensina que, no mercado comum, há o 
estabelecimento de uma tarifa externa comum. 
O quarto item complementa os dois primeiros, pois, já que haverá 
livre circulação de bens, serviços e fatores de produção e o 
estabelecimento de uma TEC, devem ser harmonizadas a política 
comercial intrabloco, a política comercial extrabloco e as políticas 
trabalhista, previdenciária e de capitais, para efetivar a livre 
circulação da mão-de-obra e do capital. 
O terceiro item é um “plus” no Mercosul. Não precisaria dele para se 
reconhecer o mercado comum. O terceiro item fala da coordenação 
de políticas macroeconômicas e setoriais. Isto serviria ou serve para 
evitar condições inadequadas de concorrência entre os Estados-
partes, permitindo que as políticas macroeconômicas sejam 
totalmente diferentes. O que não pode ocorrer, repito, é o surgimento 
de condições inadequadas de concorrência. Não se está falando aqui 
de harmonização de políticas econômicas, pois, se assim o fosse, 
estaria sendo acordada uma união econômica. 
 
O artigo 5o do Tratado é basicamente igual ao 1o, como vamos ver. 
Ele traz as formas de atingimento dos objetivos do Mercosul: 
“Artigo 5o – Durante o período de transição, os principais 
instrumentos para a constituição do Mercado Comum são: 
a) Um Programa de Liberação Comercial, que consistirá em reduções 
tarifárias progressivas, lineares e automáticas, acompanhadas da 
eliminação de restrições não-tarifárias ou medidas de efeito 
equivalente, assim como de outras restrições ao comércio entre os 
Estados-Partes, para chegar a 31 de dezembro de 1994 com tarifa 
zero, sem barreiras não-tarifárias sobre a totalidade do universo 
tarifário (Anexo I); 
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 b) A coordenação de políticas macroeconômicas que se realizará 
gradualmente e de forma convergente com os programas de 
desgravação tarifária e eliminação de restrições não-tarifárias, 
indicados na letra anterior; 
c) Uma tarifa externa comum, que incentiva a competitividade 
externa dos Estados-Partes; 
d) A adoção de acordos setoriais, com o fim de otimizar a utilização e 
mobilidade dos fatores de produção e alcançar escalas operativas 
eficientes.” 
 
Ora, a única diferença entre os artigos é dizer que o programa de 
liberação comercial será gradual e progressivo para que, no final de 
1994, estivesse totalmente liberalizado o comércio, sem barreiras 
tarifárias nem não-tarifárias. 
 
Vejamos uma questão da ESAF que trata disso: 
(AFTN/96) Os instrumentos básicos de ação previstos no 
Tratado de Assunção para o MERCOSUL são: 
a) Redução progressiva de barreiras tarifárias e não-tarifárias, até a 
eliminação total das barreiras entre os países-membros; o 
estabelecimento de uma autoridade supranacional com 
representantes dos países-membros e a ampliação gradativa do 
quadro de países-membros. 
b) Redução progressiva de barreiras tarifárias e não-tarifárias, até a 
eliminação total das barreiras entre os países-membros; o 
estabelecimento de uma tarifa externa comum; acordos setoriais 
para o mercado de fatores; sistema provisório de solução de 
controvérsias e coordenação gradual de políticas macroeconômicas. 
c) Estabelecimento de prazos para a redução das barreiras tarifárias e 
não-tarifárias, até a sua total eliminação entre os membros da união; 
estabelecimento de tarifa externa comum; criação de uma moeda 
comum, num prazo previamente acordado, a exemplo da União 
Européia. 
d) Eliminação de barreiras tarifárias e não-tarifárias entre os países-
membros; estabelecimento de tarifa externa comum e ampliação 
gradativa do número de países-membros para que se fortaleça pela 
amplidão gradativa dos mercados. 
e) Estabelecimento de tarifa externa comum; criação de sistema de 
compensação para os negócios feitos no âmbito do sistema; 
eliminação progressiva das barreiras tarifárias e não-tarifárias entre 
os países-membros; estabelecimento de um sistema de solução de 
controvérsia. 
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Resp.: Letra B. Podemos pegar o artigo 5o do Tratado de Assunção. 
No Mercosul, houve o Programa de Liberação Comercial que previa 
um cronograma semestral de desgravação até que se atingisse em 
31/12/1994 o mercado comum. Este cronograma não foi cumprido, 
pois só em 1999 passou a haver comércio livre para as mercadorias 
entrando na Argentina ou no Brasil. E em 2000, passou a haver 
comércio livre para as mercadorias entrando no Paraguai e no 
Uruguai. 
Perceba que na letra (b) está escrito “coordenação de políticas 
macroeconômicas” e não harmonização. Se estivesse escrito 
harmonização, o objetivo do Mercosul seria o atingimento de uma 
união econômica. 
Mas o que é coordenar? O artigo 1o do Tratado de Assunção informa 
que coordenar é não influenciar negativamente o outro, ouseja, as 
políticas macroeconômicas poderiam ser diferentes, mas não 
poderiam ser conflitantes. Não poderiam ser políticas que gerassem 
danos para os outros países. 
A tarifa externa comum decorre da idéia de que os países teriam a 
mesma política comercial em relação a terceiros países. 
Em relação à “adoção de acordos setoriais”, podemos perceber que a 
política liberal foi resguardada, pois, quando o Tratado diz que vão 
“otimizar a utilização e mobilidade dos fatores de produção”, estão 
dizendo que cada país vai se especializar naquela ou naquelas 
indústrias que promovam a otimização da alocação dos fatores de 
produção. Cada país vai produzir aquilo onde é bom e adquirir o resto 
por comércio, como ensinava Adam Smith por volta de 1760. 
Vamos ver por que as demais alternativas da questão do AFTN/96 
estão erradas. 
A Letra A fala em “autoridade supranacional”. Na aula anterior, vimos 
que autoridades supranacionais são autoridades “acima das nações”, 
ou seja, que criam normas vinculando as populações e os Governos 
dos Estados. No Mercosul, as instituições não são supranacionais, 
mas intergovernamentais. Tanto isto é verdade que uma norma 
decidida pelo Mercosul não tem vigência imediata. Somente o terá 
depois que os quatro países tiverem internalizado a decisão regional. 
A Letra C fala de moeda comum. Mercosul com moeda comum? Isso 
não existe. 
A Letra D fala que o aumento do número de participantes é 
instrumento básico para a integração no Mercosul. Não há este 
instrumento básico. A permissão para que entrem novos membros no 
Mercosul existe, mas isto não é objetivo básico do Acordo. 
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A Letra E fala de sistema de compensação. Não existe isto no 
Mercosul. O que é o sistema de compensação? É um sistema em que 
os valores das exportações do país A para o país B não são enviados 
de um para o outro país. Cada Banco Central paga diretamente aos 
exportadores sediados em seu território. 
E o valor das importações do país A de mercadorias procedentes de B 
é pago ao Banco Central e não ao exterior. 
Desta forma, no final de um tempo, o Banco Central do país A entra 
em contato com o Banco Central do País B para se acertarem. Quem 
exportou maior valor, tem direito a receber do outro Banco Central o 
saldo. Funciona basicamente como o sistema de compensação de 
cheques do sistema bancário. Se eu deposito, na minha conta na 
CEF, um cheque relativo a uma conta no Itaú, este banco não vai 
repassar o valor imediatamente para a CEF, pois talvez nem o seja 
necessário. No final do dia, o banco cujos correntistas tiverem 
emitido mais do que os valores recebidos repassa o excesso para o 
outro banco. 
Por exemplo, milhares de cheques da CEF são depositados no Itaú 
todos os dias. E milhares de cheques do Itaú são depositados em 
contas da CEF. Se um correntista do Itaú deposita um cheque da CEF 
que recebeu no valor de R$ 100,00 e se um correntista da CEF 
recebeu um cheque de R$ 60,00, por que ficar transferindo R$ 
100,00 para lá e R$ 60,00 para cá a cada cheque depositado? Basta 
que no final do dia, façam a compensação e a CEF transfira para o 
Itaú o valor de R$ 40,00, que é a diferença do total de depósitos. 
O único sistema de compensação que envolve o Brasil é o Convênio 
(ou Sistema) de Créditos Recíprocos – CCR, usado na ALADI e não no 
Mercosul. 
Pelo CCR, os bancos centrais dos países da ALADI que importaram 
mais do que venderam transferem, a cada quatro meses, o saldo 
para um banco centralizador, o Banco Central do Peru. E este faz a 
divisão do “bolo” entre os países que exportaram mais do que 
importaram. Sempre a conta fecha pois a soma das importações é 
igual à soma das exportações, já que a mercadoria importada por um 
país é exportada por outro. 
 
Situação atual 
A situação atual do Mercosul é de união aduaneira, isto é, já não há 
barreiras no comércio recíproco (há exceções) e, em relação a 
terceiros países, a alíquota de II cobrada é a mesma (há exceções). 
Em relação às exceções no comércio recíproco, temos os automóveis, 
o açúcar, alguns serviços e os produtos incluídos no Mecanismo de 
Adaptação Competitiva (MAC), criado no início de 2006. 
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As exceções intrabloco referem-se a produtos e serviços considerados 
sensíveis e, por isso, ainda não houve vontade política de liberar este 
comércio. Mas isso não desvirtua o bloco, ou seja, apesar de não 
haver comércio 100% livre, considera-se atingida a união aduaneira. 
A previsão colocada na Decisão Conselho Mercado Comum 70, de 
2000, era de que os automóveis passariam a circular livremente em 
1o/jan/2006. Mas este prazo foi prorrogado por duas vezes, até que, 
em 28 de junho de 2006, definiu-se um prazo maior: 30 de junho de 
2008. 
Já o açúcar e os serviços não têm data prevista para o livre comércio. 
E o MAC começou agora. O que é ele? É um mecanismo por meio do 
qual Brasil e Argentina (somente os dois) criaram um regime de 
salvaguardas que consiste no seguinte: 
1) os empresários do país, responsáveis por mais de 35% 
da produção nacional, endereçam uma reclamação ao 
governo de seu país, contendo a descrição dos fatos, 
tais como o aumento das importações e o dano gerado 
para as indústrias domésticas; 
2) O governo elabora um relatório e o apresenta a uma 
comissão bilateral para que promova uma reunião dos 
empresários concorrentes dos dois países; e 
3) Caso não se chegue a um solução por consenso das 
partes, o país importador poderá adotar um MAC, que 
consiste em: 
a. definição de uma quota anual de importação do 
produto; 
b. imposição de tarifa de importação igual a 90% da 
alíquota da TEC, ou seja, as importações entre os dois 
países serão tarifadas somente quando excederem a 
quota, mas a tarifa não será igual à tarifa cobrada de 
terceiros países. Haverá um “desconto” de 10%. 
 
Em relação às exceções no comércio com terceiros países, cada país 
tem liberdade de relacionar uma determinada quantidade de produtos 
para tributar como quiser (o Brasil e a Argentina podem escolher até 
100 produtos). Para o Brasil e Argentina, o prazo para acabar com as 
listas de exceções é 31/12/2008. Já para o Paraguai e para o 
Uruguai, o prazo é 2010. 
Além da lista geral de exceções, uma segunda lista permite que 
alguns bens de informática e telecomunicações tenham alíquotas 
diferentes nos países do Mercosul. Esta segunda lista também tem 
prazo para acabar: 31/12/2006 para os 4 países. 
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E, desde uma decisão tomada no final de 2005, os países somente 
podem modificar até 20% das posições NCM incluídas nas listas de 
exceções. Antes, não havia limite. O Brasil podia, por exemplo, do dia 
para a noite, excluir os 100 produtos de sua lista e colocar outros 
100. 
Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, ao criarem o Mercosul, 
decidiram que não haveria barreiras no comércio recíproco, que 
teriam a mesma política em relação a terceiros países e que a mão-
de-obra e o capital circulariam livremente. 
 
(AFRF/2002-1) O Mercado Comum do Sul (Mercosul) foi 
criado em março de 1991 tendo como objetivo final: 
a) O estabelecimento de um regime de comércio administrado por 
meio de um sistema de preferências tarifárias no âmbito da 
Associação Latino-Americana de Integração (ALADI). 
b) A completa liberalização do comércio de bens entre os quatro 
países-membros no prazo de quatro anos. 
c) A harmonização das políticas comerciais mediante a adoção de 
uma tarifa externa comum. 
d) A liberalização do comércio de bens e de serviços, alivre 
circulação de mão-de-obra e de capitais e a coordenação de políticas 
macroeconômicas entre os quatro países-membros. 
e) A unificação das políticas comerciais, cambiais, monetárias e 
fiscais dos quatro países-membros. 
 
Resp.: Letra D. 
A letra A está errada pois não se falou em preferência tarifária 
(redução tarifária), mas em eliminação das tarifas. Eliminar é mais do 
que reduzir. 
A letra B está errada porque total liberalização nunca existiu nem vai 
existir em nenhum bloco. Basta perguntar o seguinte: Está liberada a 
entrada de boi com febre aftosa? Está liberada a entrada de drogas 
ilícitas? Está autorizada a entrada de armas? 
O estágio de livre comércio não significa completa liberalização. 
Significa sim a completa liberalização daquilo que é lícito importar, ou 
seja, do que está inserido no universo tarifário. 
A letra C não está errada. Basta rever o artigo 1o do Tratado de 
Assunção: 
“Artigo 1o – Os Estados Partes decidem constituir um Mercado 
Comum, que deverá estar estabelecido a 31 de dezembro de 1994, e 
que se denominará Mercado Comum do Sul (MERCOSUL). 
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Este Mercado Comum implica: 
- A livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os 
países, através, entre outros, da eliminação dos direitos alfandegários 
e restrições não-tarifárias à circulação de mercadorias e de qualquer 
outra medida de efeito equivalente; 
- O estabelecimento de uma tarifa externa comum e a adoção de 
uma política comercial comum em relação a terceiros Estados ou 
agrupamentos de Estados e a coordenação de posições em foros 
econômicos-comerciais regionais e internacionais; 
- A coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais entre os 
Estados-Partes – de comércio exterior, agrícola, industrial, fiscal, 
monetária, cambial e de capitais, de serviços, alfandegária, de 
transportes e comunicações e outras que se acordem, a fim de 
assegurar condições adequadas de concorrência entre os Estados-
Partes; e 
- O compromisso dos Estados-Partes de harmonizar suas legislações, 
nas áreas pertinentes, para lograr o fortalecimento do processo de 
integração.” 
 
Veja que o 4o item do artigo 1o fala de harmonização de legislações 
NAS ÁREAS PERTINENTES. Está falando de harmonização de política 
econômica? Não, pois se assim o fosse, estaríamos falando de união 
econômica e não mercado comum. Mas quais são as áreas 
pertinentes? Ora, basta ver o que será liberado no comércio 
intrazona: os bens, serviços e os fatores produtivos (mão-de-obra e 
capital). Assim, devem ser harmonizadas as políticas comerciais 
intrazona e extrazona. Além disso, as políticas trabalhista, 
previdenciária e de capitais devem ser harmonizadas para que o 
capital e o trabalho estejam submetidos a políticas semelhantes. 
Portanto, harmonização de políticas comerciais é sim objetivo. Mas, 
como você já sabe, com a ESAF não basta encontrar a resposta 
correta, tem que encontrar a mais completa e, por isso, a resposta é 
a letra D. 
A letra D fala de três coisas: 1) liberalização de bens e serviços, 2) 
livre circulação de mão-de-obra e capital e 3) coordenação de 
políticas macroeconômicas. Todos os três inclusive aparecem citados 
no artigo 1o transcrito anteriormente. 
Por favor, mais uma vez: coordenação não é sinônimo de 
harmonização. Se estivesse escrito “harmonização” estaríamos 
falando de união econômica. “Coordenar” é fazer com que as políticas 
econômicas não sejam conflitantes, mas podem ser totalmente 
diferentes. 
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A letra E é tão absurda que nem merecia explicação, mas vamos lá. 
Unificação das políticas monetária, cambial e fiscal só para bloco de 
integração econômica total, que é o quinto estágio de integração. 
 
(AFRF/2002-2) A partir de dezembro de 1994, o Mercado 
Comum do Sul (Mercosul) instituiu uma área de livre comércio 
e uma união aduaneira que ainda carecem de 
aperfeiçoamento. São medidas necessárias para tal fim: 
a) Eliminar barreiras não-tarifárias ainda existentes, promover a 
liberalização dos fluxos de capital e de serviços e coordenar políticas 
macroeconômicas. 
b) Aplicar integralmente o Programa de Liberalização Comercial, 
estabelecer regras de origem e incorporar produtos mantidos em 
listas de exceções à Tarifa Externa Comum. 
c) Aperfeiçoar o sistema de salvaguardas intramercosul, implementar 
um regime de compras governamentais e introduzir mecanismo de 
salvaguardas comerciais. 
d) Liberalizar o comércio de serviços, coordenar políticas 
macroeconômicas e estabelecer a livre circulação de capital e mão-
de-obra. 
e) Eliminar barreiras não-tarifárias ainda existentes, promover a 
liberalização do comércio de serviços e incorporar à tarifa externa 
comum produtos mantidos à margem da mesma. 
 
Resp.: Letra E. Esta questão não está muito boa, mas não é por 
causa da resposta, mas por causa da pergunta. Vejamos. 
No enunciado da questão está escrito que o Mercosul instituiu uma 
área de livre comércio (ALC) E uma união aduaneira (UA). Peraí, OU é 
área de livre comércio OU é união aduaneira. Não dá para dizer que a 
ALC E a UA carecem de aperfeiçoamento. 
Já a resposta está perfeita. 
Faço as seguintes perguntas relativas às cinco alternativas: 
1) o Mercosul pretende eliminar barreiras não-tarifárias ainda 
existentes? Sim. Ainda há regime de quotas para alguns 
produtos como, por exemplo, os automóveis. E as recém 
criadas salvaguardas do Mecanismo de Adaptação Competitiva 
(MAC). 
2) Pretende promover a liberalização dos fluxos de capital? Sim. 
3) Pretende coordenar políticas macroeconômicas? Sim. Devem 
ter políticas monetárias, cambiais e fiscais não-conflitantes. 
(Importante: Se tivessem coordenado as políticas cambiais, não 
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teria havido a crise na Argentina a partir de 1999 quando o 
Brasil mudou seu regime cambial, passando das bandas 
cambiais para o regime de flutuação suja, como vocês verão na 
aula de controle cambial) 
4) Pretende aplicar integralmente o programa de liberação 
comercial? Sim, pois ainda existem mercadorias que não estão 
com o comércio livre: automóveis, açúcar e as incluídas no 
MAC. 
5) Pretende estabelecer regras de origem? Não, pois estas já 
estão definidas, como veremos a seguir. 
6) Pretende incorporar produtos mantidos à margem da TEC? Sim, 
isto significa que pretendem acabar com as listas de exceções à 
TEC para todos cobrarem a mesma alíquota de mercadorias 
procedentes de fora do bloco (Em princípio, Brasil e Argentina 
podem usar as listas de exceções à TEC até 31/12/2008. 
Paraguai e Uruguai só em 2010) 
7) Pretendem aperfeiçoar o sistema de salvaguardas? Não, pois 
salvaguardas só podiam ser usadas até 31/12/1994. O que são 
salvaguardas? São medidas para defender a indústria afetada 
negativamente pela liberação comercial. Imagine que, em 
função da eliminação das tarifas no comércio recíproco, a 
indústria brasileira de calçados comece a cambalear, o Governo 
brasileiro estava autorizado até 31/12/94 a reerguer as 
barreiras, ou seja, a impor uma cláusula para salvaguardar sua 
indústria. Lembrando que, no ano de 2006, permitiram, pelo 
MAC, o retorno do uso de salvaguardas entre Brasil e 
Argentina. 
8) Pretendem implementar um regime de compras 
governamentais? Não, disso nem se fala. 
9) Introduzir mecanismo de salvaguardas comerciais? Não, sua 
possibilidade de uso foi até 31/12/94. Agora em 2006 é que foi 
restaurada, mas isso é incompatível com um bloco comercial. 
10) Liberalizar o comércio de serviços? Sim. Algunsserviços 
ainda são monopolizados pelos brasileiros como, por exemplo, 
o serviço de seguros. Os importadores brasileiros só podem 
contratar seguro com empresa brasileira, ou seja, as 
seguradoras argentinas, paraguaias e uruguaias não têm os 
mesmos direitos das brasileiras. Cabe exceção quanto à regra 
citada, mas não é exceção para o Mercosul, é para seguradora 
de qualquer país quando não houver interesse ou capacidade 
de seguradoras nacionais. 
11) Pretendem liberalizar a circulação de mão-de-obra e 
capital? Sim. 
 
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Pelas respostas acima, encontramos três possíveis soluções para a 
questão: as letras A, D e E. 
Então, por que a resposta é a letra E? 
Por que a pergunta é “O que deve ser feito para completar, 
aperfeiçoar a UNIÃO ADUANEIRA?” 
Para ter união aduaneira, como vimos na aula anterior, basta haver o 
comércio livre de bens e serviços e a aplicação da TEC. 
Para aperfeiçoar então a união aduaneira, precisa liberar 
integralmente o comércio de bens e serviços e acabar com as 
listas de exceção à TEC, como está escrito na letra E. 
Para frisar: Se eles tivessem perguntado: “O que falta para cumprir o 
decidido em relação ao MERCOSUL?”, a resposta seria as letras A, D e 
E. 
Mas perguntaram “O que falta para aperfeiçoar a UNIÃO 
ADUANEIRA?“ 
 
Numa questão da prova de AFRF-2005, que resolveremos em aula 
futura, porque envolve outros assuntos que ainda veremos, 
perguntaram praticamente a mesma coisa, mudando apenas as 
palavras “O que basta para o Mercosul se tornar uma união aduaneira 
perfeita?” 
 
Vejamos a estrutura e o funcionamento do Mercosul. 
 
Estrutura e Funcionamento 
 
O Tratado de Assunção trouxe uma estrutura que iria funcionar 
durante o período de transição, ou seja, de 1991 até 31/12/1994. 
A estrutura provisória era composta de apenas dois órgãos: Conselho 
do Mercado Comum (órgão superior) e Grupo Mercado Comum 
(órgão executivo). 
As decisões eram tomadas pelo Conselho e deveriam ser executadas 
pelo Grupo Mercado Comum. 
Dentro do Grupo, havia ainda a Secretaria Administrativa do 
Mercosul, que tinha (e tem) a mesma função de qualquer secretaria 
de qualquer órgão. Servir de apoio operacional. 
Mas o próprio Tratado de Assunção definia que, antes de 31/12/94, 
deveria ser criada a estrutura definitiva. Por isso, foi criado em 1994 
o “Protocolo de Ouro Preto – Protocolo Adicional ao Tratado de 
Assunção sobre a Estrutura Institucional do Mercosul”. 
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O Protocolo de Ouro Preto definiu também que “o MERCOSUL terá 
personalidade jurídica de Direito Internacional” (art. 34). 
Pelo Protocolo, passaram a existir seis órgãos: 
1) Conselho do Mercado Comum 
2) Grupo Mercado Comum 
3) Comissão de Comércio do Mercosul 
4) Comissão Parlamentar Conjunta 
5) Foro Consultivo Econômico-Social 
6) Secretaria Administrativa do Mercosul 
 
O Conselho do Mercado Comum continuou com a mesma função 
quando criado pelo Tratado de Assunção: é o órgão superior que 
decide e encaminha o processo de integração. 
O Grupo Mercado Comum também ficou com a mesma função de 
antes: é o órgão que executa as políticas traçadas pelo Conselho. Por 
isso, é chamado “órgão executivo”. 
É fácil entender a relação entre os dois primeiros órgãos a partir do 
inciso III do artigo 14 do Protocolo: 
“Artigo 14 - São funções e atribuições do Grupo Mercado 
Comum: 
... 
III. Tomar as medidas necessárias ao cumprimento das 
Decisões adotadas pelo Conselho do Mercado Comum;” 
 
Como vemos, o GMC está voltado, entre outras coisas, à execução 
das decisões emanadas do CMC. 
 
A Comissão de Comércio do Mercosul foi criada para fiscalizar o 
cumprimento das políticas comerciais. Como as políticas comerciais 
(tanto a intrazona quanto a extrazona) já estão harmonizadas, 
alguém tem que fiscalizar para ver se não há nenhum país “andando 
fora da linha”. A CCM é o fiscal das políticas comerciais dos quatro 
países. 
Como as normas decididas pelos três órgãos anteriores devem ser 
internalizadas pelos quatro países para terem vigência, estes 
decidiram nomear deputados e senadores para acompanhar o 
processo de elaboração das normas do Mercosul. Isto para que depois 
estes parlamentares ajudassem na internalização. Cada país manda 
dezesseis parlamentares para comporem a Comissão Parlamentar 
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Conjunta. Depois estes parlamentares ajudam nas várias comissões 
do seu respectivo Parlamento. 
A CPC está com data para morrer. Em 09 de dezembro de 2005, foi 
assinada a Decisão CMC 23, que traz o “Protocolo Constitutivo do 
Parlamento do Mercosul”. O Parlamento irá substituir a CPC a partir 
de 31/12/2006. Para o Parlamento do Mercosul, haverá eleições 
diretas somente no ano de 2010. Para a legislatura de 2007 a 2010, 
os parlamentares serão escolhidos pelos respectivos Parlamentos 
nacionais. Em 2010, iremos votar para presidente, senador, 
governador, deputado federal, deputado estadual e (ufa!) deputado 
regional. 
Tínhamos visto que os órgãos decisórios são os três primeiros. Os 
três últimos são órgãos auxiliares. Estes não criam normas, apenas 
ajudam no processo de integração. Só os três primeiros criam 
normas para serem internalizadas. 
O Foro Consultivo Econômico-Social tem representantes dos 
setores econômicos e sociais para legitimar a criação de uma norma 
do Mercosul. No Foro estão representantes dos sindicatos, 
empresários, ONGs, federações de comércio e de indústria, entre 
outros. O Foro é consultado toda vez que uma norma for criada para 
que se saiba a opinião da sociedade sobre aquilo que vai ser criado. O 
que o Foro pensa ou deixa de pensar não vincula as decisões. O 
órgão decisório não é obrigado a atender a opinião da sociedade, mas 
é óbvio que é bom fazê-lo, pois senão os parlamentares serão 
pressionados na hora de internalizar a norma. 
A Secretaria Administrativa do Mercosul mantém a mesma 
função de antes, com apenas uma diferença. Agora, na estrutura 
definitiva, ela não está dentro do Grupo Mercado Comum. É um órgão 
independente. 
Para concluir o funcionamento do Mercosul, vemos que, uma vez 
criada a norma por um dos três órgãos decisórios, ela deve ser 
internalizada. 
Só depois que os quatro países tiverem internalizado a norma e 
informado isto à Secretaria Administrativa do Mercosul (SAM), esta 
comunica a todos que a norma está em contagem regressiva. Ela 
entrará em vigência simultânea 30 dias após a comunicação que a 
SAM fizer. 
Vamos ver como a ESAF cobra esta estrutura nas provas? 
 
(ACE/97) Seguindo o modelo da União Européia, o MERCOSUL 
também procurou criar uma série de mecanismos e 
instituições que compõem a sua Estrutura Institucional. Todos 
os citados abaixo descrevem a estrutura do MERCOSUL, 
exceto: 
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a) Conselho do Mercado Comum. 
b) Comissão do Mercado Comum. 
c) Grupo do Mercado Comum. 
d) Comissão Parlamentar Conjunta. 
e) Foro Consultivo Econômico e Social. 
 
Resp.: Letra B. Comissão do Mercado Comum não existe. O que 
existe é a Comissão de Comércio do Mercosul, que tem a função de 
fiscalizar as políticas comerciais dos países do Mercosul. 
 
(AFTN/98) Identifique, nas opções abaixo, o órgão superior 
do Mercado Comum do Sul (Mercosul), ao qual incumbe a 
condução política do processo de integração e a tomada de 
decisões para assegurar o cumprimento dos objetivos 
estabelecidos peloTratado de Assunção: 
a) Foro Consultivo Econômico-Social. 
b) Conselho do Mercado Comum. 
c) Comissão de Comércio do Mercosul. 
d) Secretaria Administrativa do Mercosul. 
e) Comissão Parlamentar Conjunta. 
 
Resp.: Outra questão tranqüila. Vimos que o órgão superior do 
Mercosul é o Conselho do Mercado Comum. Letra B. 
 
(AFTN/98) Não faz parte da estrutura jurídica do Mercosul: 
a) Comissão Parlamentar Conjunta. 
b) Sistema de Solução de Controvérsias. 
c) Foro Consultivo Econômico-Social. 
d) Comissão de Comércio do Mercosul. 
e) Secretaria Administrativa do Mercosul. 
 
Resp.: Cuidado com a questão. Está perguntando sobre a estrutura 
do Mercosul. O atual sistema de solução de controvérsias é regulado 
pelo Protocolo de Olivos, que veremos a seguir, mas não faz parte da 
ESTRUTURA JURÍDICA do Mercosul. 
 
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Sistema de Solução de Controvérsias 
 
No Tratado de Assunção, foram previstas as diretrizes para o sistema 
para solucionar controvérsias surgidas entre dois ou mais Estados-
Parte. Surgiu então o Protocolo de Brasília no mesmo ano da 
assinatura do Tratado de Assunção. Atualmente, está em vigor o 
Protocolo de Olivos, que revogou mas manteve o mesmo esqueleto 
do Protocolo de Brasília, e criou o sétimo órgão no Mercosul: o 
Tribunal Permanente de Revisão, que veremos à frente. 
Toda vez que um país do Mercosul se sente prejudicado por um 
aoutro, também do Mercosul, pode iniciar o sistema de solução da 
controvérsia. 
Este sistema se inicia com negociações diretas. As partes sentam 
juntas para negociar aquilo que está incomodando uma ou outra 
parte. Esta negociação não pode passar de quinze dias, exceto se 
houver acordo em contrário. 
Se não ficar resolvida a pendência, eles podem solicitar a intervenção 
de um órgão “neutro”: o Grupo Mercado Comum, que faz 
recomendações visando ao término da controvérsia. 
Caso a solução proposta pelo GMC não seja acolhida pelos litigantes, 
a parte que se sentir prejudicada pode recorrer ao tribunal arbitral. 
Este é um tribunal de exceção (tribunal ad hoc), criado apenas para 
resolver esta briga. Ele é composto de três árbitros. Cada litigante 
indica um árbitro, e o terceiro, que será o presidente do tribunal 
arbitral, é escolhido por consenso. Este terceiro árbitro pode ser de 
qualquer país, até mesmo de país estranho ao Mercosul. Só por 
curiosidade: na primeira vez em que o Tribunal Arbitral foi 
constituído, o presidente escolhido foi um norte-americano e, por 
incrível que pareça, o Brasil teve uma sentença favorável contra a 
Argentina. 
O tribunal arbitral é um tribunal temporário. Só surge para resolver 
aquela controvérsia e, logo a seguir, se extingue. Até mesmo porque 
a sua composição depende dos países que estejam envolvidos na 
controvérsia. 
Até o Protocolo de Olivos, de 2002, que entrou em vigor em 2004, 
não havia recurso contra as decisões exaradas nos laudos arbitrais. 
Mas o Tribunal Permanente de Revisão (TPR) foi criado para ser a 
“segunda instância” do processo de solução de controvérsias. Caso 
uma parte queira, pode recorrer ao TPR. 
Mas o TPR não tem apenas esta função: ele também pode servir de 
órgão de consulta. Como é um tribunal permanente, toda vez que 
houver alguma dúvida na interpretação de alguma norma do 
Mercosul, ele pode dar opiniões consultivas, a pedido de alguns 
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entes. Somente podem fazer consulta ao TPR, conforme dispõe o 
artigo 2o do Protocolo de Olivos: “todos os Estados Partes, atuando 
conjuntamente, os órgãos com capacidade decisória do MERCOSUL 
[CMC, GMC, CCM] e os Tribunais Superiores dos Estados Partes com 
jurisdição nacional...” 
O Tribunal Permanente de Revisão também pode agir como instância 
única se os países decidirem “pular” o tribunal arbitral. Neste caso, o 
TPR terá que julgar com os cinco árbitros (um de cada país + um 
escolhido por consenso obrigatoriamente sendo nacional de um dos 
países do Mercosul). 
Se agir como segunda instância, atua com apenas três árbitros. 
Sobre o sistema de solução de controvérsias, houve uma questão 
muito mal feita pela ESAF no ano de 1997: 
 
(ACE/97) De um modo geral, um processo de integração 
precisa de um instrumento, ainda que flexível, de solução de 
controvérsias. Não é certo dizer, sobre o mecanismo de 
solução de controvérsias e o MERCOSUL, que: 
a) O Protocolo de Ouro Preto dotou o MERCOSUL de Personalidade 
Jurídica Internacional. 
b) O Conselho pode firmar acordos com outros países em nome do 
MERCOSUL. 
c) O sistema de Controvérsias do MERCOSUL, adotado em 1991, foi 
confirmado pelo Tratado de Ouro Preto. 
d) O processo de solução de controvérsias se divide nos seguintes 
níveis: 1) exame técnico da questão 2) exame pelo Grupo do 
Mercado Comum 3) negociação direta entre os países envolvidos 4) 
submissão do caso a um tribunal ad hoc. 
e) O tribunal ad hoc é uma corte de justiça permanente formada por 
juristas dos quatro países. 
 
Resp.: A letra E é a incorreta, pois o tribunal arbitral é um tribunal 
temporário e é composto por apenas três árbitros. 
A letra A está perfeita. 
A letra B está correta, pois se o MERCOSUL é pessoa jurídica, quem 
responde por ele é o órgão superior, ou seja, o Conselho Mercado 
Comum. 
O Protocolo de Ouro Preto ratificou, no artigo 43, o sistema do 
Protocolo de Brasília. 
A letra D está esquisita. As etapas do sistema de solução de 
controvérsias são: 
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1) negociações diretas 
2) intervenção do Grupo Mercado Comum 
3) tribunal arbitral 
4) E, a partir de 2004, Tribunal Permanente de Revisão 
A letra D dá uma lista diferente e fora de ordem. Em relação à ordem 
não há muito problema, pois ele não pediu na questão a ordem 
respectiva. 
Mas em relação aos níveis, ele cita “exame técnico da questão” que, 
na verdade, não é um nível do processo de solução de controvérsias. 
É obvio que há o exame técnico da questão, mas dentro das etapas. 
Por exemplo, quando o GMC faz a intervenção (2a etapa), ele faz o 
exame técnico da questão. Quando o tribunal arbitral julga, também 
faz o exame técnico da questão. 
Repito o que já disse antes: Infelizmente com a ESAF a gente tem 
que procurar o errado e o mais errado. Às vezes, isso é muito 
subjetivo, mas essa é a ESAF... 
O tribunal arbitral não é permanente. Isto é fato. 
 
 
Regime de Origem no Mercosul 
Toda vez que um benefício é concedido a um país, deve ser criado 
algum controle que evite que terceiros se aproveitem deste benefício. 
Por exemplo, se o Brasil concede um benefício à Argentina, ao 
Paraguai e ao Uruguai, a Aduana brasileira tem que checar se as 
mercadorias importadas foram de fato produzidas naqueles países. 
Assim, evita-se, por exemplo, que a Bolívia ou a Inglaterra tentem 
colocar suas mercadorias no Brasil via Argentina. 
O Regime de Origem no Mercosul define que uma mercadoria 
somente obterá o benefício se cumprir uma das seguintes condições: 
1) foi totalmente produzida em um dos países do Mercosul; 
2) foi produzida parcialmente, mas os países do Mercosul 
respondem por mais de 60% do produto que está sendo 
exportado intrabloco ou 
3) mesmo que não atinja os 60%, a mercadoria pode ser 
considerada originária do Mercosul caso tenha sido dada uma 
nova individualidade à mercadoria. Por nova individualidade, 
entende-se que um país transformou a mercadoria em outra, 
alterando sua classificação nos quatro primeiros dígitos. 
Quando você estudou classificação fiscal com o Missagia, viu 
quetoda mercadoria é classificada no Mercosul em códigos de 
oito (8) dígitos. Os dois primeiros indicam o capítulo no qual a 
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mercadoria se encontra. Os dois seguintes indicam a posição 
dentro do Capítulo. 
Assim, a mercadoria será considerada produzida na Argentina, 
pelo terceiro critério, se a mercadoria mudar de posição na 
NCM. Pode mudar de posição, mantendo-se no mesmo capítulo 
ou mudando também de capítulo. 
Quando uma mercadoria é industrializada e muda de posição na 
NCM, diz-se que houve o “salto tarifário”. 
 
Perceba o seguinte: Como é que o produto da Inglaterra teria 
vantagem em entrar no Brasil via Argentina? A alíquota cobrada por 
Brasil e Argentina não são iguais? 
Depende. Se aquele produto estiver numa lista de exceções à TEC, 
seja do Brasil, seja da Argentina, pode haver um diferencial que gere 
a vantagem para o produto inglês. Se o Brasil estiver cobrando uma 
alíquota de 10% e a Argentina, 5%, poderia o inglês tentar se dar 
bem. 
Mas e se as alíquotas forem iguais, o inglês poderia tentar se dar 
bem? Não, já que a alíquota seria a mesma. Neste caso, precisa 
apurar a origem do produto? Não. 
Somente se apura a origem do produto se ele estiver em uma lista de 
exceções à TEC do exportador ou do importador. 
Veja como isto foi pedido em 1997 pela ESAF na prova de Analista de 
Comércio Exterior: 
 
(ACE/97) O Regime de Origem de Produto é fundamental em 
um processo de integração regional, pois determina quais e de 
que forma os mesmos serão comercializados dentro da área 
de integração. São consideradas regras básicas do Regime de 
Origem no MERCOSUL as abaixo especificadas, exceto: 
a) Para ser considerado da região, um produto tem de ter 60% do 
valor agregado regionalmente. 
b) Para ser considerado da região, observa-se onde se inicia o 
processo industrial do produto. 
c) Um produto originário da região tem direito à tarifa zero. 
d) É preciso que o produto tenha tido algum tipo de transformação ou 
processamento substancial na região. 
e) No caso de uma união aduaneira, o controle de origem só é 
necessário se o produto em questão figurar em uma lista de exceções 
à Tarifa Externa Comum. 
 
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Resp.: A errada é a letra B. Não interessa onde se iniciou o processo 
industrial do produto. Mesmo que tenha se iniciado no exterior, a 
mercadoria pode ser considerada originária do Mercosul se os países 
do bloco responderem por mais de 60% do produto exportado para 
outro país do Mercosul. Ou também se a mercadoria ganhou uma 
nova individualidade. 
No Mercosul, o índice para se considerar originário é de 60% 
regional, ou seja, se o Brasil importa uma mercadoria da Argentina e 
esta mercadoria foi produzida 25% neste país, 25% no Paraguai e 
20% no Uruguai, a mercadoria será considerada originária do 
Mercosul. 
Na ALADI não é assim, pois, como os países da ALADI têm 
tratamentos diferenciados, o Brasil só pode dar a redução para a 
Bolívia se ela foi produzida na Bolívia. Não há a soma das parcelas de 
cada país, senão a Colômbia industrializaria, depois mandava passar 
pela Bolívia para ganhar o tratamento das importações provenientes 
desta. Sacou? Como a Colômbia e a Bolívia ganham descontos 
diferentes dentro da ALADI (lembre que o tamanho da preferência 
tarifária depende do nível do país importador e do país exportador), o 
índice é de 50% de conteúdo nacional e não regional. 
 
Na prova de AFRF/2003, a questão 17 deveria ter sido anulada: 
17- Assinale a opção correta. 
a) Para ser considerado originário de país-membro, o produto deve 
ter, no mínimo, 50% de conteúdo nacional, sendo de 40% para os 
países de menor desenvolvimento regional da ALADI, e para ser 
considerado originário do Mercosul, deve ter 60%, no mínimo, de 
conteúdo nacional. 
b) Para ser considerado originário de país-membro, o produto deve 
ter, no mínimo, 60% de conteúdo nacional, sendo de 50% para os 
países de menor desenvolvimento regional da ALADI, e para ser 
considerado originário do Mercosul, deve ter 40%, no mínimo, de 
conteúdo nacional. 
c) Para ser considerado originário de país-membro da ALADI, o 
produto deve ter, no mínimo, 40% de conteúdo nacional, para os 
países de menor desenvolvimento econômico relativo (PMDER), 50% 
para os países de desenvolvimento intermediário (PDI) e de 60%, 
para os demais. 
d) Para ser considerado originário de país-membro do Mercosul, o 
produto deve ter, no mínimo, 60% de conteúdo nacional, sendo de 
50% para os produtos do Paraguai e do Uruguai, países de menor 
desenvolvimento regional. 
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e) Para ser considerado originário de país-membro, o produto deve 
ter, no mínimo, 50% de conteúdo regional, sendo de 40 % para os 
países de menor desenvolvimento regional da ALADI e, para ser 
considerado originário do Mercosul, deve ter 60%, no mínimo, de 
conteúdo regional. 
 
Resp.: O gabarito oficial foi a letra A. 
Mas o certo seria ALADI – 50% de índice nacional, com possibilidade 
de 40% para os de menor desenvolvimento econômico relativo. 
Mercosul – 60% de índice regional 
Não há opção correta. A letra A está quase perfeita, só errou na 
palavra “nacional” para o Mercosul. 
 
 
As negociações e os acordos comerciais envolvendo o 
Mercosul 
No site do Ministério das Relações Exteriores (www.mre.gov.br), 
encontramos os seguintes acordos: 
1) Acordo de Comércio Preferencial Mercosul – Índia: Assinado 
o texto-base em 2004. Por este acordo, o Mercosul e a Índia 
concedem preferências tarifárias em 450 produtos de cada lado. As 
preferências tarifárias concentram-se na faixa dos 10% a 20%, mas 
há caso de eliminação das tarifas. Este acordo pretende ser o 
primeiro passo para uma área de livre comércio entre os parceiros 
comerciais. 
2) Acordo de Comércio Preferencial Mercosul – União 
Aduaneira da África Austral (SACU): Celebrado em 2004, prevê 
reduções tarifárias de 950 produtos de cada lado. Pretende-se que 
seja também atingida a área de livre comércio entre os blocos. 
Também há produtos cujas alíquotas foram eliminadas. 
3) Acordo Mercosul – Egito: Em 2004, assinaram um tratado de 
cooperação para ser implementada a zona preferencial objetivando, 
no futuro, o atingimento da área de livre comércio. 
4) Acordo Mercosul – Marrocos: idêntico ao item 3. 
5) Acordo Mercosul – CCG (Conselho de Cooperação do Golfo): 
idêntico ao item 3. 
6) Declaração sobre Cooperação em Comércio e Investimento 
e Plano de Ação: Acordo celebrado em 2000 entre Mercosul e 
Associação Européia de Livre Comércio (Islândia, Liechtenstein, 
Noruega e Suíça). O objetivo é apenas genericamente “aumentar a 
cooperação”, sem terem estabelecido qualquer forma de integração. 
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7) Peru, Bolívia, Equador, Colômbia e Chile fazem parte do 
Mercosul na qualidade de “países associados” e não “países-
membros”, os quais são Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai 
(Venezuela está em processo de adesão ao Mercosul, já tendo saído 
da Comunidade Andina). Com os países associados, a intenção é 
aquela originária do Tratado de Montevidéu, que criou a ALADI, ou 
seja, implementação de um mercado comum. Para isso, os países 
objetivam inicialmente a criação de áreas de livre comércio. 
8) Acordo Mercosul – União Européia: Estão apenas em 
tratativas, tendo o Mercosul feito uma proposta em setembro de 
2004 para celebração de acordos nas seguintes áreas: Compras 
Governamentais,Investimentos, Comércio de Serviços e Comércio de 
Bens. Em relação ao comércio, o que há de concreto são as propostas 
de parte a parte para conformar uma zona preferencial, para 
posteriormente criarem área de livre comércio. Mas o prazo para 
essas negociações acabou em 31 de outubro de 2004 e não há, a 
princípio, previsão para retomarem negociações. 
9) Acordo Mercosul – Israel: Assinado em dezembro de 2005, com 
o objetivo de se estabelecer uma área de livre comércio. Aqui surge 
um problema concreto: Mercosul e Israel celebraram um acordo no 
finalzinho de 2005 para estabelecerem futuramente uma área de livre 
comércio. Mas, se isso ocorrer, não vai ter que estender para todo 
mundo da ALADI, por força do Tratado de Montevidéu? Teoricamente, 
sim. Mas, do mesmo jeito que o México chutou o Tratado de 
Montevidéu ao assumir compromissos no NAFTA, o Mercosul também 
vai chutá-lo. No final, o Tratado de Montevidéu vai ficar parecendo 
uma bola de futebol... 
 
 
Textos Legais do Mercosul 
Para encerrarmos o tópico 5 do edital referente a Mercosul, vemos 
que a ESAF pediu “textos legais” do Mercosul. 
Quais são esses textos legais? 
O artigo 41 do Protocolo de Ouro Preto dispõe: 
“Artigo 41 - As fontes jurídicas do Mercosul são: 
I. O Tratado de Assunção, seus protocolos e os instrumentos 
adicionais ou complementares; 
II. Os acordos celebrados no âmbito do Tratado de Assunção e 
seus protocolos; 
III. As Decisões do Conselho do Mercado Comum, as 
Resoluções do Grupo Mercado Comum e as Diretrizes da 
Comissão de Comércio do Mercosul, adotadas desde a entrada 
em vigor do Tratado de Assunção.” 
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Portanto, das fontes jurídicas já estudamos até aqui o Tratado de 
Assunção, o Protocolo de Ouro Preto e o Protocolo de Olivos. 
Infelizmente, a ESAF, ao escrever “textos legais” no edital, acaba 
tendo a possibilidade de cobrar o que dispõe o texto legal de qualquer 
uma das fontes jurídicas. E foi o que fez em 2005. 
São centenas de textos legais e não podemos abordá-los todos aqui 
por falta de tempo e de espaço, e também porque muitos são 
totalmente irrelevantes. 
Coloco abaixo a “pequena” lista dos protocolos aprovados e, 
posteriormente, ratificados pelo Brasil. Não coloquei a lista dos 
instrumentos adicionais ou complementares, nem os textos das 
decisões, resoluções e diretrizes. Coloco apenas a menor das listas 
para termos uma idéia do que a ESAF pode fazer (e fez em 2005): 
 
 Dec. Legisl. 
nº 928/2005 
ACORDO SOBRE REGULARIZAÇÃO MIGRATÓRIA INTERNA DE 
CIDADÃOS DO MERCOSUL. 
Dec. Legisl. 
nº 925/2005 
ACORDO SOBRE RESIDÊNCIA PARA NACIONAIS DOS ESTADOS 
PARTES DO MERCOSUL, BOLÍVIA E CHILE 
Dec. Legisl. 
nº 924/2005 
PROTOCOLO DE INTEGRAÇÃO EDUCACIONAL PARA A 
FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS NO NÍVEL DE PÓS-
GRADUAÇÃO ENTRE OS ESTADOS PARTES DO MERCOSUL E DA 
REPÚBLICA DA BOLÍVIA. 
Dec. Legisl. 
nº 923/2005 
ACORDO SOBRE REGULARIZAÇÃO MIGRATÓRIA INTERNA DE 
CIDADÃOS DO MERCOSUL, BOLÍVIA E CHILE. 
Dec. Legisl. 
nº 195/2004 
ACORDO DE COMPLEMENTAÇÃO ECONÔMICA Nº 36 
CELEBRADO ENTRE OS GOVERNOS DOS ESTADOS-PARTE DO 
MERCOSUL E O GOVERNO DA REPÚBLICA DA BOLÍVIA 
Dec. Legisl. 
nº 146/2004 
ACORDO SOBRE O BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA E 
ASSISTÊNCIA JURÍDICA GRATUITA ENTRE OS ESTADOS 
PARTES DO MERCOSUL 
Dec. Legisl. 
nº 63/2004 
SÍMBOLOS DO MERCOSUL 
Dec. Legisl. 
nº 62/2004 
PROTOCOLO DE INTEGRAÇÃO EDUCACIONAL PARA O 
PROSSEGUIMENTO DE ESTUDOS DE PÓS-GRADUAÇÃO NAS 
UNIVERSIDADES DOS PAÍSES MEMBROS DO MERCOSUL E DA 
REPÚBLICA DA BOLÍVIA 
Dec. Legisl. 
nº 972/2003 
CONVENÇÃO PARA EVITAR A DUPLA TRIBUTAÇÃO EM MATÉRIA 
DE IMPOSTOS DE RENDA, PREVENIR E COMBATER A EVASÃO 
FISCAL E SOBRE MATÉRIAS ADUANEIRAS ENTRE O GOVERNO 
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DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA 
REPÚBLICA DO PARAGUAI 
Dec. Legisl. 
nº 970/2003 
EMENDA AO PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO E ASSISTÊNCIA 
JURISDICIONAL EM MATÉRIA CIVIL, COMERCIAL, TRABALHISTA 
E ADMINISTRATIVA ENTRE OS ESTADOS PARTES DO 
MERCOSUL 
Dec. Legisl. 
nº 907/2003 
ACORDO ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO 
BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA ORIENTAL DO URUGUAI 
PARA PERMISSÃO DE RESIDÊNCIA, ESTUDO E TRABALHO A 
NACIONAIS FRONTEIRIÇOS BRASILEIROS E URUGUAIOS 
Dec. Legisl. 
nº 800/2003 
ACORDO DE ADMISSÃO DE TÍTULOS E GRAUS 
UNIVERSITÁRIOS PARA O EXERCÍCIO DE ATIVIDADES 
ACADÊMICAS NOS ESTADOS PARTES DO MERCOSUL 
Dec. Legisl. 
nº 799/2003 
ACORDO DE COOPERAÇÃO ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA 
FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA DA 
BOLÍVIA PARA IMPEDIR O USO ILEGAL DE PRECURSORES E 
SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS ESSENCIAIS PARA O 
PROCESSAMENTO DE ENTORPECENTES E SUBSTÂNCIAS 
PSICOTRÓPICAS 
Dec. Legisl. 
nº 712/2003 
PROTOCOLO DE OLIVOS 
Dec. Legisl. 
nº 645/2003 
ACORDO ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO 
BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA ARGENTINA PARA A 
VIABILIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO DE NOVAS 
TRAVESSIAS RODOVIÁRIAS SOBRE O RIO URUGUA 
Dec. Legisl. 
nº 611/2003 
Convênio entre o Governo da República Federativa do Brasil e o 
Governo da República Argentina sobre Assistência aos Nacionais 
de cada uma das Partes que se encontrem em Território de 
Estados nos quais não haja Representação Diplomática ou 
Consular de seus Respectivos Países 
Dec. Legisl. 
nº 610/2003 
PROTOCOLO ADICIONAL AO ACORDO-QUADRO DE 
COOPERAÇÃO EM APLICAÇÕES PACÍFICAS DA CIÊNCIA E 
TECNOLOGIAS ESPACIAIS ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA 
FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA 
ARGENTINA RELATIVO À CONCESSÃO DE RECIPROCIDADE NA 
AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS PARA A COOPERAÇÃO 
ESPACIAL 
Dec. Legisl. 
nº 606/2003 
ACORDO DE COMPLEMENTAÇÃO ECONÔMICA N° 35 
CELEBRADO ENTRE OS ESTADOS PARTES DO MERCOSUL E A 
REPÚBLICA DO CHILE 
Dec. Legisl. 
nº 605/2003 
ACORDO DE EXTRADIÇÃO ENTRE OS ESTADOS PARTES DO 
MERCOSUL 
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Dec. Legisl. 
nº 336/2003 
ACORDO DE SEDE ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA 
FEDERATIVA DO BRASIL E A ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS 
IBERO-AMERICANOS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A 
CULTURA (OEI) 
Dec. Legisl. 
nº 335/2003 
PROTOCOLO DE MONTEVIDÉU SOBRE O COMÉRCIO DE 
SERVIÇOS DO MERCOSUL 
Dec. Legisl. 
nº 333/2003 
ACORDO-QUADRO SOBRE MEIO AMBIENTE DO MERCOSUL 
Dec. Legisl. 
nº 326/2003 
ACORDO PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA SEGUNDA PONTE 
SOBRE O RIO JAGUARÃO E RECUPERAÇÃO DA ATUAL PONTE 
BARÃO DE MAUÁ 
Dec. Legisl. 
nº 97/2002 
ACORDO ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO 
BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA DA BOLÍVIA SOBRE A 
RECUPERAÇÃO DE BENS CULTURAIS, PATRIMONIAIS E OUTROS 
ESPECÍFICOS ROUBADOS, IMPORTADOS OU EXPORTADOS 
ILICITAMENTE 
Dec. Legisl. 
nº 94/2002 
TRATADO SOBRE TRANSFERÊNCIA DE PESSOAS CONDENADAS 
E DE MENORES SOB TRATAMENTO ESPECIAL ENTRE O 
GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O 
GOVERNO DA REPÚBLICA DO PARAGUAI 
Dec. Legisl. 
nº 35/2002 
ACORDO DE EXTRADICÃO ENTRE OS ESTADOS PARTES DO 
MERCOSUL E A REPÚBLICA DA BOLÍVIA E A REPÚBLICA DO 
CHILE 
Dec. Legisl. 
nº 33/2002 
PROTOCOLO ADICIONAL AO ACORDO PARA A CONSERVAÇÃO 
DA FAUNA AQUÁTICA NOS CURSOS DOS RIOS LIMÍTROFES 
ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O 
GOVERNO DA REPÚBLICA DO PARAGUAI 
Dec. Legisl. 
nº 31/2002 
ACORDO DE COOPERAÇÃO MÚTUA ENTRE O GOVERNO DA 
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA 
REPÚBLICA DO PARAGUAI PARA COMBATER O TRÁFEGO DE 
AERONAVES ENVOLVIDAS EN ATIVIDADES ILÍTICAS 
TRANSNACIONAIS. 
Dec. Legisl. 
nº 483/2001 
ACORDO SOBREARBITRAGEM COMERCIAL INTERNACIONAL 
ENTRE O MERCOSUL, A REPÚBLICA DA BOLÍVIA E A REPÚBLICA 
DO CHILE. 
Dec. Legisl. 
nº 471/2001 
APROVA O TEXTO DE EMENDA, POR TROCA DE NOTAS, AO 
ANEXO DO ACORDO SOBRE TRANSPORTES AÉREO, DE 4 DE 
JULHO DE 1947, CELEBRADO ENTRE A REPÚBLICA FEDERATIVA 
DO BRASIL E A REPÚBLICA DO CHILE, EM BRASÍLIA, EM 3 DE 
DEZEMBRO DE 1998. 
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Dec. Legisl. 
nº 452/2001 
PROTOCOLO DE USHUAIA SOBRE COMPROMISSO 
DEMOCRÁTICO NO MERCOSUL, BOLÍVIA E CHILE 
Dec. Legisl. 
nº 451/2001 
ACORDO MULTILATERAL DE SEGURIDADE SOCIAL DO 
MERCADO COMUM DO SUL 
Dec. Legisl. 
nº 244/2001 
ACORDO ENTRE GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO 
BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA DA BOLÍVIA SOBRE A 
TRANSFERÊNCIA DE NACIONAIS CONDENADOS 
Dec. Legisl. 
nº 181/2001 
ACORDO DE ASSISTÊNCIA JURÍDICA EM MATÉRIA PENAL 
ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O 
GOVERNO DA REPÚBLICA DO PERU 
Dec. Legisl. 
nº 178/2001 
ACORDO DE COOPERAÇÃO CULTURAL ENTRE O GOVERNO DA 
REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA 
REPÚBLICA DA BOLÍVIA 
Dec. Legisl. 
nº 150/2001 
 ACORDO DE COOPERAÇÃO EDUCACIONAL ENTRE O GOVERNO 
DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA 
REPÚBLICA DA BOLÍVIA 
Dec. Legisl. 
nº 146/2001 
 APROVA O TEXTO DA EMENDA, POR TROCA DE NOTAS, AO 
ACORDO SOBRE TRANSPORTES AÉREOS, DE 4 DE JULHO DE 
1947, CELEBRADO ENTRE A REPÚBLICA FEDERATIVA DO 
BRASIL E A REPÚBLICA DO CHILE, EM BRASILIA, EM 3 DE 
DEZEMBRO DE 1998. 
Dec. Legisl. 
nº 265/2000 
 ACORDO SOBRE ARBITRAGEM COMERCIAL INTERNACIONAL 
DO MERCOSUL 
Dec. Legisl. 
nº 259/2000 
 PROTOCOLO DE SÃO LUIZ SOBRE MATÉRIA DE 
RESPONSABILIDADE CIVIL EMERGENTE DE ACIDENTES DE 
TRÂNSITO ENTRE OS ESTADOS PARTES DO MERCOSUL 
Dec. Legisl. 
nº 06/2000 
PROTOCOLO DE DEFESA DA CONCORRÊNCIA DO 
MERCOSUL 
Dec. Legisl. 
nº 03/2000 
PROTOCOLO DE ASSISTÊNCIA JURÍDICA MÚTUA EM 
ASSUNTOS PENAIS 
Dec. Legisl. 
nº 170/99 
PROTOCOLO ADICIONAL AO TRATATO DE AMIZADE, 
COOPERAÇÃO E COMÉRCIO ENTRE A REPÚBLICA FEDERATIVA 
DO BRASIL E A REPÚBLICA ORIENTAL DO URUGUAI SOBRE 
FACILITAÇÃO DE ATIVIDADES EMPRESARIAIS 
Dec. Legisl. 
nº 94/99 
ACORDO ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO 
BRASIL, E O GOVERNO DA REPÚBLICA ARGENTINA SOBRE 
ISENCÃO DE VISTOS 
Dec. Legisl. 
nº 33/99 
PROTOCOLO DE INTEGRAÇÃO EDUCACIONAL PARA 
PROSSEGUIMENTO DE ESTUDOS DE PÓS-GRADUAÇÃO NAS 
UNIVERDADES DO PAÍSES MEMBROS DO MERCOSUL 
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Dec. Legisl. 
nº 3/99 
PROTOCOLO DE INTEGRAÇÃO CULTURAL DO MERCOSUL 
Dec. Legisl. 
nº 2/99 
PROTOCOLO DE INTEGRAÇÃO EDUCACIONAL PARA A 
FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS NO NÍVEL DE PÓS-
GRADUAÇÃO ENTRE OS PAÍSES MEMBROS DO MERCOSUL 
Dec. Legisl. 
nº 19/97 
ACORDO DE COMPLEMENTAÇÃO ECÔNOMICA MERCOSUL-
BOLÍViA 
Dec. Legisl. 
nº 10/97 
ACORDO-QUADRO INTER-REGIONAL DE COOPERAÇÃO ENTRE 
A COMUNIDADE EUROPÉIA E OS SEUS ESTADOS-MEMBROS, 
POR UMA PARTE, E O MERCADO COMUM DO SUL E OS SEUS 
ESTADOS PARTES, POR OUTRA 
Dec. Legisl. 
nº 116/96 
PROTOCOLO DE INTEGRAÇÃO EDUCACIONAL, REVALIDAÇÃO 
DE DIPLOMAS, CERTIFICADOS, TITULOS E DE 
RECONHECIMENTO DE ESTUDOS DE NIVEL MÉDIO TECNICO 
Dec. Legisl. 
nº 96/96 
ACORDO DE COMPLEMENTAÇÃO ECONÔMICA MERCOSUL-
CHILE 
Dec. Legisl. 
nº 192/95 
PROTOCOLO DE MEDIDAS CAUTELARES 
Dec. Legisl. 
nº 188/95 
 
PROTOCOLO ADICIONAL AO TRATADO DE ASSUNÇÃO SOBRE A 
ESTRUTURA INSTITUCIONAL DO MERCOSUL (Protocolo de 
Ouro Preto) 
Dec. Legisl. 
nº 129/95 
PROTOCOLO DE BUENOS AIRES SOBRE JURISDIÇÃO 
INTERNACIONAL EM MATÉRIA CONTRATUAL 
Dec. Legisl. 
nº 101/95 
PROTOCOLO SOBRE INTEGRAÇAO EDUCATIVA E 
RECONHECIMENTO DE CERTIFICADOS, TÍTULOS E ESTUDOS DE 
NÍVEL PRIMÁRIO E MÉDIO NÃO TÉCNICO. 
Dec. Legisl. 
nº 55/95 
PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO E ASSISTÊNCIA 
JURISDICIONAL EM MATÉRIA CIVIL, COMERCIAL, 
TRABALHISTA E ADMINISTRATIVA 
Dec. Legisl. 
nº 28/94 
ACORDO ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO 
BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA DO PARAGUAI PARA A 
CONSTRUÇÃO DE UMA SEGUNDA PONTE INTERNACIONAL 
SOBRE O RIO PARANÁ 
Dec. Legisl. 
nº 88/92 
PROTOCOLO DE BRASÍLIA PARA A SOLUÇÃO DE 
CONTROVÉRSIAS (MERCOSUL/CMC/DEC. Nº 01/1991) 
Dec. Legisl. 
nº 197/91 
TRATADO PARA A CONSTITUIÇÃO DE UM MERCADO COMUM 
ENTRE A REPÚBLICA ARGENTINA, A REPÚBLICA FEDERATIVA 
DO BRASIL, A REPÚBLICA DO PARAGUAI E A REPÚBLICA DO 
URUGUAI (TRATADO DE ASSUNÇÃO) 
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Veremos na aula 7 uma questão de AFRF-2005 em que a ESAF pediu 
que se conhecesse o conteúdo do “Protocolo de Ushuaia sobre 
compromisso democrático”. 
 
A outra questão de AFRF-2005 relativa a Mercosul foi a seguinte: 
43- Assinale a opção incorreta. 
a) Segundo as regras atualmente vigentes, o Brasil pode modificar, a 
cada seis meses, até 40% (quarenta por cento) dos produtos de sua 
lista de exceção à Tarifa Externa Comum. 
b) Atualmente, o Brasil pode manter até 100 (cem) itens da 
Nomenclatura Comum do Mercosul como lista de exceção à Tarifa 
Externa Comum. 
c) A definição da lista de exceção brasileira à Tarifa Externa Comum 
do Mercosul é feita pelo Conselho de Ministros da Câmara de 
Comércio Exterior (Camex). 
d) Compete ao Conselho de Ministros da Câmara de Comércio 
Exterior (Camex) orientar a política aduaneira, observada a 
competência específica do Ministério da Fazenda. 
e) As resoluções da Câmara de Comércio Exterior (Camex) poderão 
ter, excepcionalmente, caráter sigiloso, nos casos previstos na 
legislação vigente. 
 
Resp.: A questão foi anulada. 
Antes da anulação, haviam colocado como gabarito a letra A. 
Não havia, no dia da prova, nenhuma limitação em relação à 
modificação das listas de exceções. Em dezembro de 2005, é que 
criaram a regra dos 20% para máximo de modificação. Portanto, a 
letra A realmente está incorreta. 
A letra B está correta como vimos. 
Na aula on-line do Missagia, ele escreveu sobre a CAMEX: é ela quem 
detém a competência de alterar as alíquotas do II, do IE, alíquotas 
antidumping, medidas compensatórias e cláusulas de salvaguarda. 
Compete também à CAMEX definir as listas de exceções à TEC e 
orientar os ministérios envolvidos em comércio exterior. Para isso, ela 
traça diretrizes e parâmetros, opina e avalia as normas relativas ao 
comércio exterior antes que sejam publicadas, para evitar que se 
invadam competências. 
As letras D e E constam da Resolução CAMEX 11/2005: 
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“Art. 5º Compete ao Conselho de Ministros da Camex, dentre 
outros atos necessários à consecução dos objetivos da política 
de comércio exterior: 
... 
V - orientar a política aduaneira, observada a competência 
específica do Ministério da Fazenda;” 
 
“Art. 40. As resoluções da Camex serão firmadas pelo 
Presidente do Conselho de Ministros ou, na sua ausência ou 
impedimento, pelo seu substituto previsto no § 2º do art. 4º e 
publicadas no Diário Oficial da União. 
Parágrafo único. As resoluções da Camex poderão ter, 
excepcionalmente, caráter sigiloso, nos casos previstos na 
legislação vigente.” 
 
Por que então foi anulada? Porque, como podemos ver no artigo 40, 
as resoluções da CAMEX são firmadas pelo Presidente do Conselho de 
Ministros e não pelo Conselho como um todo. 
O Conselho de Ministros tem apenas função deliberativa, como dispõe 
o artigo 3o: 
“Art. 3º O Conselho de Ministros é o órgão de deliberação

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