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Resumo Biográfico de Gilberto Freyre

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE 
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ – IFPI 
CAMPUS PAULISTANA 
CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA 
DISCIPLINA; SOCIOLOGIA 
PROFESSORA; BRUNA MESQUITA 
 
 
 
GILBERTO FREYRE. 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE SOCIOLOGIA 
Gilberto Freyre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: JOSUÉ DE SOUSA RODRIGUES. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paulistana, PI 
25 de novembro de 2017
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE 
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ – IFPI 
CAMPUS PAULISTANA 
 
 
 
GIBERTO FREYRE. 2 
 
 
Sumario 
Gilberto freire e suas obras ......................................................................... 1 
1. Biografia .................................................................................................. 3 
1.1. Sua importância para a sociologia ................................................... 3 
2. Obras ....................................................................................................... 4 
3. Referencias ............................................................................................ 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE 
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ – IFPI 
CAMPUS PAULISTANA 
 
 
 
GIBERTO FREYRE. 3 
 
1. Biografia 
Nasce no Recife, em 15 de março de 1900, Gilberto Freyre, filho do Dr. Alfredo Freyre 
— educador, Juiz de Direito e catedrático de Economia Política da Faculdade de Direito 
do Recife — e de D. Francisca de Mello Freyre. 
Aos seis anos de idade tenta fugir 
de casa, escondendo-se em Olinda, 
cidade à qual devotou grande amor e da 
qual escreveria, em 1939, o 2° Guia 
Prático, Histórico e Sentimental. 
Inicia seus estudos frequentando o 
Jardim da Infância do Colégio 
Americano Gilreath, em 1908. Faz seu 
primeiro contato com a literatura 
através das Viagens de Gulliver. Mas, 
apesar de seu interesse, não consegue 
aprender a escrever, fazendo-se notar pelos desenhos. Toma aulas particulares com o 
pintor Telles Júnior, que reclama contra sua insistência em deformar os modelos. Começa 
a aprender a ler e escrever em inglês com Mr. Williams, que elogia seus desenhos. 
Em 1909 falece sua avó materna, que viva a mimá-lo por supor ser o neto retardado, 
pela dificuldade em aprender a escrever. Ocorrem suas primeiras experiências rurais de 
menino de engenho, nessa época, quando passa temporada no Engenho São Severino do 
Ramo, pertencente a parentes seus. Mais tarde escreverá sobre essa primeira experiência 
numa de suas melhores páginas, incluída em Pessoas, Coisas & Animais. 
Nas férias de 1911 passa seu primeiro verão na praia de Boa Viagem, onde escreve 
um soneto camoniano e enche muitos cadernos com desenhos e caricaturas. 
Quando jovem, tornou-se protestante batista, chegando a ser missionário e a 
frequentar igrejas batistas norte-americanas. Foi estudar nos Estados Unidos, quando 
desencantou-se com o protestantismo batista e tornou-se sem religião, embora esposando 
uma cosmovisão cristã e vendo com simpatia o catolicismo popular e o xangô do Recife. 
Foi casado com Magdalena de Guedes Pereira Freyre, mãe de seus dois 
filhos, Sônia e Fernando. 
1.1 Sua importância para a sociologia 
GILBERTO FREYRE Personagem inédito da historiografia brasileira, Gilberto 
Freyre inovou com seu ponto de vista antropológico da história, deixando de lado a velha 
fórmula de registro de guerras, revoluções e coroações para dar lugar a uma abordagem 
condizente com sua formação em Ciências Sociais — especialmente a Antropologia e 
Sociologia. Além disso, seu método de pesquisa, que incluía desde documentos pessoais, 
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EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ – IFPI 
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GIBERTO FREYRE. 4 
 
manuscritos de arquivos públicos até anúncios de publicidade de jornais, foi pioneiro e 
mostrou a importância de o historiador dar atenção a pequenos fatos. 
 
2. Obras 
2.1. Casa-Grande & Senzala, 1933. 
Primeiro livro de Gilberto Freyre, que 
antes só havia publicado alguns opúsculos e 
muitos artigos em revistas e jornais. 
O livro é Casa-Grande & Senzala, publicado 
no ano de 1933 e escrito em Portugal. Nele, 
Freyre rechaça as doutrinas racistas de 
branqueamento do Brasil. Baseado em Franz 
Boas, demonstrou que o determinismo racial 
ou climático não influencia no 
desenvolvimento de um país. Ainda, essa obra 
foi precursora da noção de democracia racial 
no Brasil, com relações harmônicas Inter 
étnicas que mitigariam a influência social do 
passado da escravidão no Brasil, que, segundo 
Freyre, fora menos segregada a que a norte-
americana. Embora seja sua obra mais 
importante, também recebeu críticas por sua 
linguagem tida como vulgar e obscena. Em 
Recife chegou a ter seu livro queimado em 
praça pública, ato apoiado por um colégio religioso de Recife. 
Ao contrário do que popularmente se imagina, Casa Grande & Senzala não é um 
estudo sociológico ou antropológico. Baseado em fontes históricas e suas reflexões, 
Gilberto Freyre se apresentou como um "escritor treinado em ciências sociais" e não como 
sociólogo ou antropólogo, como refletiu em seu Como e Porque Sou e Não Sou 
Sociólogo (1968). Além disso, por influência de Franz Boas sabia da necessidade de 
pesquisas empíricas para validar um estudo como sendo sociológico ou antropológico. 
 
2.2. Guia Prático, Histórico e Sentimental da Cidade do Recife, 1934. 
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GIBERTO FREYRE. 5 
 
Este é o segundo livro de Gilberto Freyre, 
com o duplo pioneirismo de ser o primeiro guia 
de cidade ao mesmo tempo informático, 
erudito e literário e a primeira edição brasileira 
para bibliófilos. 
Foi impresso no Recife por uma tipografia 
que já não existe – The Propagandist – no ano 
de 1934, sob a direção artística do autor e 
pintor Luís Jardim, que ilustrou a bicos-de-
pena e a cores. A tiragem foi de 105 
exemplares, todos em papel importado 
Vidalon-Motval. A aquarela da capa foi 
pintada em cada exemplar, havendo ainda 
reproduções a cores na folha-de-rosto, 
capitular, vinheta e fundo-de-lâmpada. Note-se 
que, na edição príncipe, o texto não é 
seccionado em capítulos, como fez o autor a 
partir da segunda edição (Rio de Janeiro: José 
Olympio, 1942). 
Tendo o autor se casado em 1941, a partir da segunda edição a obra é dedicada a 
Magda (Maria Magdalena Guedes Pereira de Mello Freyre). A terceira e quarta edições 
foram publicadas pelo mesmo editor, respectivamente em 1961 e 1968. 
Gilberto Freyre escreveu outros dois guias do Recife: o “Pequeno Guia da Cidade do 
Recife”, incluído na “Lista Telefônica Oficial” da Companhia Telefônica de Pernambuco 
(Recife, 1959) e o intitulado “Recife, sim! Recife, não! ”. Em 1939 foi impresso, também, 
para bibliófilos, o livro “Olinda: 2o. guia prático, histórico e sentimental de cidade 
brasileira”. Gilberto Freyre anunciou na primeira edição de “Olinda” mais três guias 
práticos, históricos e sentimentais de cidades brasileiras que não chegou a escrever: os de 
Salvador, Rio de Janeiro e Belém do Pará. 
2.3. Sobrados e Mucambos 
No primeiro capítulo de “Sobrados e Mucambos”, Gilberto Freyre afirma que, com a 
descoberta das minas, e a chegada de D. João VI ao Rio de Janeiro, o patriciado rural 
começou a perder a majestade dos tempos coloniais. E o Brasil, além de tornar-se acolônia mais gorda de Portugal, passou a ser a mais explorada, vigiada, e governada com 
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mais rigor. A própria presença do soberano em terra tão republicanizada, já começava a 
alterar a fisionomia da sociedade colonial. 
A estrutura da colônia – homogênea em 
diversos sentidos – começava a se transformar. 
As cidades, as indústrias, e as atividades 
urbanas ganhavam maior prestígio. Coisa só 
experimentada antes na rápida passagem dos 
holandeses pelo Nordeste. Surge o gosto pelo 
bem-estar material, pelas cidades com vida 
própria, independentes dos grandes 
proprietários de terras. “E como outrora em 
Portugal, os reis portugueses do Brasil 
passaram a prestigiar os interesses urbanos e 
burgueses, embora sem hostilizar 
rasgadamente os rurais e territoriais”. Declina-
se aos poucos o amor del-Rey pelos senhores 
rurais. Novo prestígio é investido nos capitães-
generais, nos ouvidores, intendentes, bispos, 
etc. 
No século XVIII emergia uma nova classe, 
ansiosa de domínio: “burgueses e negociantes 
ricos querendo quebrar o exclusivismo das famílias privilegiadas de donos simplesmente 
de terras, no domínio sobre as Câmaras ou os Senados”. Essa nova classe seria 
denominada de mercadores de sobrados. 
Pelas condições que foram sociologicamente estabelecidas na colonização do Brasil 
– fundamentalmente agrária – os senhores rurais tinham se habituado a um regime de 
responsabilidade frouxa em relação aos financiadores de suas fazendas. Mesmo 
considerando o risco do empréstimo, desde cedo surgiram agiotas, e entre eles muitos 
judeus – alguns atribuem a eles a fundação da lavoura de cana e da indústria do açúcar no 
país, além da importação de escravos para as plantações. “Sem o intermediário judeu, é 
quase certo que o Brasil não teria alcançado domínio tão rápido e completo sobre o 
mercado europeu de açúcar […]” Foi com os intermediários que a riqueza das cidades 
parece ter iniciado. 
Não foi somente com os senhores de terras que a atividade de usurário foi exercida. 
Também entre os Mineiros, quando para as minas de ouro e diamantes começou a se 
deslocar escravos. O judeu usurário ficou conhecido como “comboeiro”: o vendedor de 
homens a prestações. A força desse intermediário cresceu mais ainda no decorrer do 
século XVIII e XIX. Sua figura foi enobrecida no banqueiro, no aristocrata da cidade, no 
comissário do açúcar ou do café. Morador de sobrado de azulejo, andando em luxo, 
comendo passa, figo e bebendo vinho do Porto. 
Acentuou-se com D. João VI o desprestígio da aristocracia rural. Não mais ternura 
para com os devedores, sempre em atraso. As Câmaras não mais privilégio dos grandes 
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proprietários de terras. Estes tinham agora de lidar com pesadíssimos juros e impostos. 
Segundo Freyre, “Os engenhos, lugares santos donte outrora ninguém se aproximava 
senão na ponta dos pés e para pedir alguma coisa – pedir asilo, pedir voto, pedir moça em 
casamento, pedir esmola para festa de igreja, pedir comida, pedir um coco de água para 
beber – deram para ser invadidos por agentes de cobrança, representantes de uma 
instituição arrogante da cidade – o Banco […]”. 
Ainda segundo Freyre, as gerações mais novas de filhos de senhores de engenho – 
educados na Europa, ou em grandes metrópoles – tornaram-se, em certo sentido, 
desertores da antiga aristocracia rural. Os novos bacharéis, médicos e doutores, agora 
afrancesados, se tornariam aliados do Governo contra o próprio poder pater famílias rurais 
que seus pais e avós representavam. “As cidades tomaram das fazendas e dos engenhos 
esses filhos mais ilustres”. Entretanto, como enfatizará o autor, o poder dos senhores não 
foi desintegrado de forma tão simples, do dia para a noite, nem a ascensão da burguesia 
tão rápida. Houve muitas exceções; muitos encontraram alento em seus filhos, outros 
foram caloteiros para com os judeus da cidade – desviando remessas de açúcar ou de café 
– e outros até mesmo aumentaram suas fortunas. 
Sem dúvida, foi nesse momento de configuração social do Brasil que ocorreu certa 
integração dos setores da sociedade em torno de um Governo mais forte, de uma Justiça 
mais livre da pressão de oligarquias ou indivíduos poderosos, e de uma Igreja mais 
independente. Foi o tempo em que o patriarcalismo urbanizou-se: “menos absorção do 
filho pelo pai, da mulher pelo homem, do indivíduo pela família, da família pelo chefe, 
do escravo pelo proprietário; e mais individualismo – da mulher, do menino, do negro – 
ao mesmo tempo que mais prostituição, mais miséria, mais doença. Mais velhice 
desamparada”. Época de Mauá, das fábricas e dos burgueses. 
2.4. Nordeste: Aspectos da Influência da Cana Sobre a Vida e a 
Paisagem 
Publicado em 1937, Nordeste, de Gilberto 
Freyre, propôs constituir uma análise 
impressionista da ecologia social daquela região. 
O sociólogo posicionou-se frente aos debates de 
seu tempo sobre a construção da nacionalidade e 
o estabelecimento de um patrimônio nacional. Em 
páginas voltadas antes ao futuro do que 
meramente ao passado, Freyre realiza um trabalho 
intelectual dirigido à criação de novos rumos para 
a sociedade brasileira, a partir de possibilidades 
vislumbradas em seu passado. 
 
 
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2.5. Açúcar 
Açúcar” é o título do livro publicado por 
Gilberto Freyre no Rio de Janeiro pela Livraria 
José Olympio Editora, em 1939, tendo como 
subtítulo “Algumas receitas de doces e bolos dos 
engenhos do Nordeste”. Capa e ilustrações de 
Santa Rosa. De acordo com a ortografia então 
vigente, o título é “Assucar”. 
Na segunda edição, revista e muito aumentada, 
o livro se subintitula “Em torno da etnografia, da 
história e da sociologia do doce no Nordeste 
canavieiro do Brasil” (Rio de Janeiro, Instituto do 
Açúcar e do Álcool, 1969. Terceira edição: Recife, 
Editora Massangana, 1987. Quarta edição (São 
Paulo: Companhia das Letras, 1997). 
 
 
2.6. Olinda 
Uma cidade histórica guarda muitas 
preciosidades. Além do que se vê à primeira vista 
- um belo conjunto arquitetônico com casarios e 
igrejas centenários de encher os olhos - uma 
cidade considerada Patrimônio Histórico e 
Cultural da Humanidade pela Unesco, como 
Olinda, guarda histórias e sentimentos daqueles 
que por ela passaram e viveram. Os guias 
turísticos, na maioria das vezes, transitam 
superficialmente pelas histórias e sentimentos que 
movem uma cidade, seus moradores e visitantes. 
Têm uma função prática, de trazer informações 
sobre pontos turísticos, com lampejos de fatos 
históricos que os marcaram. O sociólogo 
pernambucano Gilberto Freyre resolveu unir a 
praticidade dos guias turísticos a histórias e 
sentimentos que pesquisou e viveu. Desenvolveu 
o modelo Guia Prático, Histórico e Sentimental, 
que posteriormente inspiraram guias de cidades norte-americanas e europeias. A obra 
Olinda - 2° Guia Prático, Histórico e Sentimental de Cidade Brasileira- acaba de ser 
reeditada pela Global Editora e Distribuidora. 
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GIBERTO FREYRE. 9 
 
A obra foi publicada pela primeira vez em 1939 e teve última edição em 1980. 
Anteriormente ao guia de Olinda, Gilberto Freyre escreveu oGuia Prático e Sentimental 
da Cidade do Recife. O sociólogo de Apipucos ainda planejava desenvolver versões dos 
guias sentimentais para cidades de Belém do Pará, Salvador e Rio de Janeiro, que não 
realizou. Para a nova edição, Olinda - 2° Guia Prático, Histórico e Sentimental de Cidade 
Brasileira ganhou apresentação e atualização de um dos maiores conhecedores da obra 
freyriana e morador de Olinda, o professor emérito da Universidade de Brasília, Edson 
Nery da Fonseca. Nestes quase 40 anos que se passaram desde a quarta edição era natural 
que Olinda se desenvolvesse, o que ocorreu nem sempre para melhor\u201d, registra o 
professor. Na tarefa de atualizar a obra e preservar o seu caráter prático, o original não 
foi invadido. A atualização de Nery da Fonseca vem abaixo do texto de Freyre, destacada 
em itálico. 
O livro também é fruto de muita pesquisa em arquivos e naquela fonte descoberta por 
Freyre em seus estudos históricos e antropológicos: os anúncios de jornais. Mas como no 
prefácio à primeira edição de Casa-Grande e Senzala ele já definira o estudo do passado 
como uma aventura de sensibilidade, não apenas um esforço de pesquisas pelos arquivos, 
o que mais contribuiu para a redação do Guia de Olinda foram os seus contatos pessoais 
com a cidade: sua vida, sua gente, suas árvores, seus montes, suas praias, seu folclore, 
sua tradição oral, seus mexericos de sacristia e de rua, suas casas, igrejas e conventos 
velhos, contextualiza Nery da Fonseca na abertura da obra reeditada. 
Olinda - 2° Guia Prático, Histórico e Sentimental de Cidade Brasileira se presta não 
só a turistas que procuram desvendar a cidade-patrimônio. Os próprios pernambucanos 
visitantes frequentes e moradores de Olinda podem conhecer detalhes sobre a cidade 
através dos escritos freyrianos. O livro é dividido de forma prática e didática em diversos 
temas, que vão desde as teses sobre a criação do nome Olinda e a geografia da cidade 
fundada por Duarte Coelho. Um dos trechos curiosos do livro traz relatos de visitas de 
estrangeiros à cidade, como a do cientista naturalista Darwin, que se aborreceu no Recife 
devido à sujeira. Há ainda tópicos sobre museus, engenhos, igrejas, irmandades, 
confrarias e associações católicas. A reedição ainda é enriquecida com ilustrações do 
artista plástico Manoel Bandeira e Luís Jardim e mapa pintado por Rosa Maria. 
 
 
 
 
 
 
 
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GIBERTO FREYRE. 10 
 
3. Referencias 
SEM, Onordeste. Casa-Grande & Senzala, resumo do livro, Gilberto Freyre . 1. 
Disponível em: <http://www.onordeste.com/portal/casa-grande-senzala-resumo-do-
livro-gilberto-freyre/>. Acesso em: 25 nov. 2017. 
NOGUEIRA JR, Arnaldo. Gilberto Freyre. 1. Disponível em: 
<http://www.releituras.com/gilbertofreyre_bio.asp>. Acesso em: 25 nov. 2017. 
ROBERTO, Jose. SOBRADOS E MUCAMBOS: BRASIL IMPÉRIO, HISTÓRIA DO 
BRASIL. 1. Disponível em: <https://faceaovento.com/2009/11/18/sobrados-e-
mucambos/>. Acesso em: 28 nov. 2017. 
DUARTE, Regina Horta. “Com açúcar, com afeto”: impressões do Brasil em Nordeste 
de Gilberto Freyre. 2004. 125-147 p. artigo (Doutorado em História) - Unicamp, Rio de 
Janeiro, 2003. 1. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/tem/v10n19/v10n19a09.pdf>. Acesso em: 28 nov. 2017. 
DESCONHECIDO, Desconhecido. Resumo do livro: Olinda-Gilberto Freyre. 1. 
Disponível em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/6029678/resumo-do-livro-
olinda-gilberto-freyre>. Acesso em: 28 nov. 2017.

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