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GILBERTO FREYRE - SOCIOLOGIA

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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, ENSINO E PÓS-GRADUAÇÃO
CAMPUS DE SÃO LUIZ GONZAGA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS 
CURSO DE DIREITO
Caroline das Chagas Oliveira
	TÍTULO:	
GILBERTO FREYRE
A singularidade cultural brasileira
SÃO LUIZ GONZAGA, RS
2019
9
Caroline das Chagas Oliveira
TÍTULO:
Chuvas de Verão e a Singularidade cultural brasileira
Trabalho apresentado para a disciplina Sociologia, pelo Curso de Direito da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI, ministrada pelo professor Rodrigo Miguel de Souza.
SÃO LUIZ GONZAGA, RS
2019
SUMÁRIO
1 biografia do autor	3
2 principais teorias	5
3 PRINCIPAIS OBRAS	6
4 Influencias do autor	8
5 Pensamento social	8
referÊncias	9
1 BIOGRAFIA DO AUTOR 
Gilberto Freyre (1900-1987) foi um sociólogo, historiador e ensaísta brasileiro. Autor de "Casa Grande & Senzala" que é considerada, uma das obras mais representativa sobre a formação da sociedade brasileira. Recebeu o Prêmio Internacional La Madonnina, o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, a Grã-cruz de Santiago de Compostela, entre outros.
Infância e Formação
Gilberto de Mello Freyre nasceu no Recife, Pernambuco, no dia 15 de março de 1900. Filho do professor Alfredo Freyre e de Francisca de Mello Freyre. Teve como professor particular o inglês Williams. Com o pai, aprendeu latim e português. Estudou no Colégio Americano Batista, no Recife, onde se bacharelou em Letras, sendo o orador da turma. Aos 17 anos, foi para os Estados Unidos como bolsista, fixando-se no Texas, onde estudou Artes Liberais, com especialização em Ciências Políticas e Sociais na Universidade de Baylor. Gilberto Freyre fez sua pós-graduação, na Universidade de Colúmbia, Nova Iorque, obtendo o grau de Mestre em Artes. Sua dissertação de mestrado versou sobre a "Vida Social no Brasil em Meados do século XIX", orientado pelo antropólogo Franz Boas, radicado nos Estados Unidos, de quem recebeu grande influência intelectual. Em seguida, viajou para a Europa, visitando vários países, completando sua formação acadêmica.
Jornalista, professor e político
No período que ficou no exterior, Gilberto Freyre escrevia artigos para o jornal Diário de Pernambuco, sobre livros e temas diversos. O hábito de escrever em jornais perdurou pela vida toda. De volta ao Recife, se integrou à sociedade local, despertando grande interesse pelos problemas regionais. Organizou para o Diário de Pernambuco, o "Livro do Nordeste", com a colaboração de diversas personalidades, com textos de história, literatura, artes e tradições regionais.
Em 1926, no governo de Estácio Coimbra, Gilberto Freyre foi nomeado secretário particular e encarregado do jornal oficioso “A Província”. Foi professor de Sociologia da Escola Normal. Pela primeira vez se ministrava regularmente essa disciplina em uma escola no Brasil. Com a Revolução de 30, acompanhou o governador ao exílio, em Portugal, e depois viajou pela Europa e Estados Unidos, ministrando aulas, como professor visitante, em diversas universidades.
De volta ao Recife, foi convidado pelo reitor da Universidade do Distrito Federal, o educador baiano Anísio Teixeira, para lecionar Sociologia. Tornou-se também técnico do serviço do Patrimônio Histórico Nacional.
Entre 1933 e 1937 escreveu três livros voltados para o problema da formação da sociedade patriarcal no Brasil: "Casa Grande & Senzala", "Sobrados e Mocambos" e "Nordeste". Nesse desenvolve teses geográficas, sendo considerado o pioneiro da ecologia.
Na década de 40, Gilberto entra em confronto com o Governador Agamenon Magalhães, então interventor Federal, em Pernambuco, lançando campanha aberta contra o Estado Novo, chegando a ser preso pela polícia da ditadura de Getúlio Vargas. Nas eleições de 2 de dezembro de 1945, foi eleito para a Assembleia Constituinte, participando da elaboração da Constituição de 1946. Nela atuou nos setores ligados à ordem social e à cultura, tendo depois reunido seus discursos no livro "Quase Política".
Fundação Joaquim Nabuco
Transformada a Constituinte em Assembleia Legislativa, Gilberto Freire permaneceu na Câmara e apresentou o projeto de lei para a criação do Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, órgão que deveria se dedicar ao estudo e à realização de pesquisas sobre as condições de vida do trabalhador rural do Nordeste. Esse Instituto foi depois transformado na "Fundação Joaquim Nabuco".
Não tendo sido reeleito em 1949, voltou para o Recife e de sua casa no bairro de Apipucos, (hoje Fundação Gilberto Freire), continuou a pesquisar, escrever e participar de seminários. Realizou frequentes viagens a outros Estados e ao exterior a convite de diversas instituições. Sua viagem à Índia e à África Portuguesa, resultou no livro "Aventura e Rotina".
Gilberto Freyre ganhou diversos prêmios e condecorações no Brasil e exterior. O Prêmio Anisfield-Wolf, USA, (1957), Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras (conjunto de obras, em 1962), Prêmio Internacional La Madonnina, Itália (1969), "Sir - Cavaleiro Comandante do Império Britânico", distinção conferida pela Rainha da Inglaterra, (1971) Grã-cruz de D. Alfonso, El Sábio, Espanha, (1983). Gilberto Freire foi casado com Madalena Freire, com quem teve dois filhos: Fernando Freire e Sonia Freire.
Gilberto Freyre faleceu em decorrência de uma isquemia cerebral, infecção respiratória e insuficiência renal às 4h10 da manhã de 18 de Julho de 1987 em Recife.
2 PRINCIPAIS TEORIAS 
No tocante ao assunto singularidade cultural brasileira, o autor Gilberto Freyre procura enfatizar a macrossociologia da obra fundamentando-a nos anos trinta. Ao invés dos temas classicamente vinculados as obras do autor, como a mestiçagem e a história da vida privada, a teoria principal da argumentação é reconstruir o embate entre os valores ocidentais da Europa já burguesa, que tomam o país a partir de 1808, e os valores tradicionais que Freyre chama de orientais para se referir aos africanos, portugueses e rurais da vida colonial brasileira.
A lente do determinismo: Até então, a reflexão nacional acerca da cultura brasileira pode ser dividida em duas grandes fases: nas décadas posteriores à Independência (1822) produziu-se uma interpretação nacionalista que celebrava a natureza brasileira como diferencial de nossa identidade, como ponto a nosso favor num imaginário campeonato mundial de virtudes; depois, a partir da década de 1870, no contexto da campanha abolicionista e republicana, passou-se a uma análise determinista, inspirada no naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882) e no crítico literário francês Hippolyte Taine (1828-1893), que gerou, de um lado, a literatura naturalista (o romance O Cortiço, de Aluízio Azevedo, é um exemplo) e, de outro, uma interpretação negativa das condições brasileiras – o calor do trópico seria um impeditivo da inteligência e a mistura racial seria o caminho da perdição.
Gilberto ainda não formulara uma teoria clara sobre todas essas impressões, mas já a intuía: as melhores coisas brasileiras estavam misturadas. O Brasil se expressava em maneiras híbridas, que combinavam coisas que a Europa e os Estados Unidos nem pensavam em aproximar. E tudo isso era turbinado naquele momento em que correntes modernistas explodiam: em 1926, ele ajuda a promover o Primeiro Congresso Regionalista, no Recife, que viria a ser um importante sinal para a síntese pretendida para o desejo de modernização que não desprezava o passado.
3 principais obras 
Casa-Grande & Senzala
Seu primeiro e mais conhecido livro é Casa-Grande & Senzala, publicado no ano de 1933 e escrito em Portugal. Nele, Freyre rechaça as doutrinas racistas de branqueamento do Brasil. Baseado em Franz Boas, demonstrou que o determinismo racial ou climático não influencia no desenvolvimento de um país. Ainda, essa obra foi precursora da noção de democracia racial no Brasil, com relações harmônicas interétnicas que mitigariam a influência social do passadoda escravidão no Brasil, que, segundo Freyre, fora menos segregadora que a norte-americana. Embora seja sua obra mais importante, também recebeu críticas por sua linguagem tida como vulgar e obscena. Em Recife chegou a ter seu livro queimado em praça pública, ato apoiado por um colégio religioso de Recife. Ao contrário do que popularmente se imagina, Casa Grande & Senzala não é um estudo sociológico ou antropológico. Baseado em fontes históricas e suas reflexões.
 
Sobrados e Mucambos 
Sobrados e Mucambos é um livro de Gilberto Freyre publicado originalmente em 1936. O livro tem como tema a decadência do patriarcado Brasil rural, ocorrida no século XIX. O título é uma referência aos antigos aristocratas, que, com a declínio do regime escravocrata brasileiro, tiveram que se mudar da casa-grande para sobrados em áreas urbanas. Por conseguinte, os ex-escravos também deixaram as senzalas para morarem em casebres de palha e barro em bairros pobres de áreas urbanas.
	
	
Ordem e Progresso 
Publicado em 1957, em que o autor discorre sobre a transição do regime monarquista ao Republicano no Brasil. Sobre tal transição, Freyre aponta aqueles elementos que permanecem a despeito da mudança política operada a 1889. Diz que sociologicamente as mudanças não haviam sido tão significativas dada a permanência de um modo de organização social ainda predominantemente paternalista, agora apenas atenuado pelo fato de se ter uma urbanização e industrialização mais acentuada e a ascensão social de alguns setores da sociedade que antes permaneciam excluídos. Esta integração de outros setores da sociedade, no entanto, não se dava de maneira transformadora, mas conservadora, na medida em que a república conservava o modo de organização da monarquia, sendo a figura do presidente a expressão do monarquista de outrora. 
4 InfluÊNcias do autor e Pensamento social 
Gilberto Freyre revolucionou a historiografia brasileira, estudou o cotidiano por meio de história oral, documentos pessoais, arquivos públicos e jornais. Utilizou de conhecimentos da sociologia e antropologia para interpretar os fatos de uma maneira mais profunda.
O brasileiro leu e se baseou em diversos pensadores, como Nietzche, que o impulsionava ao questionamento, Boas, antropólogo antirracista, Zimmern, autor pacifista que relaciona a história dos gregos com a moderna, Moore, que possuía uma relação conflituosa com seu meio natural e social, Gissing, romancista que tinha como tema constante o exílio, entre outros autores.
Sua grande carga de leitura, viagens e palestras permitiam que escrevesse diferentes obras, entre elas, Casa-Grande e Senzala, causando o que Jorge Amado chamou de Revolução Cultural. Freyre ressaltou também o papel da escravidão na formação do Brasil e a relação entre as raças que formam o povo brasileiro.
Podemos afirmar que, Gilberto Freyre é, talvez o mais complexo, difícil e contraditório entre nossos pensadores, todavia, Freyre talvez seja o mais “moderno” entre os clássicos do pensamento social brasileiro, tendo em vista que suas questões e pensamentos tem alta relação com nossa atualidade. Ainda assim, Freyre foi um dos pioneiros no estudo histórico e sociológico dos territórios de colonização portuguesa, chegando mesmo a desenvolver um ramo de pesquisa que denominou de “Lusotropicologia” (ou lusotropicalismo).
Também, suas reflexões sobre temas como iberismo, hispanismo, latino-americanismo, relações entre as Américas e diversidade cultural do continente estão fortemente relacionadas às suas interpretações sobre a formação social e cultural do Brasil. Além de serem temas e visões de pensamento atuais. Em sua visão do passado escravocrata e a coexistência dos povos no Brasil, Freyre também apresenta questões contemporâneas como politica de uma ideal inclusão harmônica. 
A partir disso podemos visualizar que vários de seus pensamentos correlacionam com a contemporaneidade e que talvez seja um pensador complexo justamente por sua visão moderna sobre os assuntos a qual trata.
refeRências
FRAZÃO, Dilva. Gilberto Freyre: sociólogo e ensaísta brasileiro. 2018. Disponível em: https://www.ebiografia.com/gilberto_freyre/. Acesso em: 22 de Maio de 2019. 
VIEIRA, Eziel. Biografia de Gilberto Freyre. 2016. Disponível em: http://biografiaecuriosidade.blogspot.com/2016/02/biografia-de-gilberto-freyre.html. Acesso em: 22 de Maio de 2019.
SOUZA, Jessé. Gilberto Freyre e a singularidade cultural brasileira. 2000. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/ts/article/view/12320. Acesso em: 23 de Maio de 2019.
OLIVEIRA DO VALLE, Camila. INFLUÊNCIAS TEÓRICAS E TEORIA EM GILBERTO FREYRE: um debate sobre a integração social e a “democracia racial”. Recife, Vol. 1, N. 23, 2017. 
SUPER, Redação. Gilberto Freyre: o pensador do Brasil. 2003. Disponível em: https://super.abril.com.br/historia/o-pensador-do-brasil/. Acesso em: 28 de Maio de 2019.
UNESP, Editora. Gilberto Freyre e sua contribuição para a historiografia brasileira. 2016. Disponível em: http://editoraunesp.com.br/blog/gilberto-freyre-e-sua-contribuicao-para-a-historiografia-brasileira. Acesso em: 30 de Maio de 2019.

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