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apostila de manutenção de jardins

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APOSTILA DE MANUTENÇÃO DE JARDINS 
	
Professora: Luciana Rodrigues dos Santos
Introdução 
Quando sonhamos com um belo jardim, esperamos ver folhagens verdes, flores exuberantes, gramados maravilhosos e muitos outros prazeres como sensações e cheiros. As plantas tornam o ambiente mais agradável. Por menor que seja o espaço, sempre é possível incluir um vaso ou um pequeno canteiro. Se você tem bastante espaço, então aproveite. Um jardim bem cuidado embeleza e valoriza o ambiente.
Depois do jardim implantado com as plantas adequadas, é hora de pensar na manutenção. A sua periodicidade, geralmente, é proporcional ao tipo e tamanho do jardim e das espécies utilizadas. Não há regras e tudo deve ser baseado no projeto.
Por exemplo, um jardim de plantas anuais, para estar sempre florido, exige troca freqüente de mudas, a cada 2 meses, aproximadamente. É fundamental entregar a manutenção para um profissional preparado: há adubos específicos para cada ocasião e cada tipo de planta e remédios adequados para determinadas pragas. 
Algumas plantas precisam de podas regulares. Outras, se podadas, são irremediavelmente prejudicadas. Portanto, uma manutenção adequada pode ser feita a cada quinze dias, um mês ou até dois meses. Tudo depende do tipo de vegetação que foi implantada e dos cuidados que elas necessitam.
Mas muitas vezes não temos em mente que um jardim não está concluído logo após a sua implantação. É necessário tempo e cuidados especiais para que as plantas se desenvolvam. 
Verificamos que na maioria das vezes esse cuidado tão necessário se limita ao corte do gramado e às podas radicais que deixam todas as plantas com formatos iguais, descaracterizando sua forma natural. 
Cuidados ao podar para não inibir florações, frutificações e também respeitar o formato de cada planta. Fazer uma adubação adequada para cada época do ano e para cada espécie. 
Fazer a verificação periódica das espécies para detectar possíveis pragas e doenças. 
Portanto, antes de sonhar com um jardim, lembre-se que as plantas não são apenas elementos decorativos e sim seres com vida própria, que ao longo de sua existência sofrem alterações que precisamos respeitar e cuidar para podermos usufruir da sua beleza e benefícios.
A manutenção de um jardim é o que trás a tona sua beleza idealizada durante a criação do projeto, tudo o que foi planejado e projetado só pode ser visto se o jardim tiver uma excelente manutenção, onde são eliminadas as plantas invasoras, retirado folhas e plantas doentes dando lugar a espécies deslumbrantes e saudáveis, feito podas para manter a planta com formato desejável, adubação e regas suficientes para que a planta se desenvolva plenamente.
Para ter um jardim bem mantido é necessário ter conhecimento sobre as plantas que nele habitam e depois como mante-las, para tanto iremos tratar deste assunto dando enfoque em técnicas de manutenção de jardins.
Principais ferramentas, equipamentos e matérias
Como dissemos antes, o jardim, por ser um dos lugares mais especiais da casa, oferecendo ambiente para o lazer e o deleite, merece estar sempre bem tratado.
Uma boa ajuda para mantê-lo cada vez mais bonito, algo muito importante, é ter em mãos bons equipamentos, o que trará mais praticidade e comodidade para quem cuida das áreas ajardinadas da casa. 
Um jardineiro pouco habilitado e que se atrapalha diante das ferramentas especiais para jardim, confundindo a verdadeira função desses equipamentos, e muitas vezes não sabendo como usá-los corretamente, terá de adquirir conhecimento básico sobre o funcionamento e o trabalho possível de ser realizado com cada um deles, conseguindo, assim, obter melhores resultados.
É bom lembrar também que o cuidado na escolha e manutenção das ferramentas e equipamentos é fundamental para garantir sua durabilidade.
Pás e garfos
As pás e os garfos, que apresentam tamanhos muito variados, são ferramentas importantíssimas nos cuidados do jardim. Dependendo da tarefa, que se pretende efetuar, apresentam formas adequadas, podendo ser mais, ou menos, alongadas e estreitas.
As pás de maior tamanho são utilizadas para os trabalhos mais pesados. A pá de jardineiro é a ferramenta mais apropriada para misturar terra, fazer nivelamentos ou pequenas escavações, plantar mudas, deslocar terra e preencher covas. A pá de concha possui uma lamina abaulada, sendo ideal para remoção de terra, mistura de adubos, limpeza do terreno, abertura de valas etc. já as pás retas são usadas para aparar as bordas dos gramados.
Não existe segredo para o manuseio desse tipo de ferramenta. O importante é adquirir um utensílio resistente e de boa qualidade.
Mas as maiores estrelas entre as pás são as destinadas aos trabalhos pequenos e simples, ou seja, as pás de mão ou pás de jardim, que servem para arrancar mudas com terra ou fazer pequenas covas no plantio.
Elas podem ser mais estreitas ou mais largas, mas, em relação ao uso, não há muitas diferenças entre um ou outro modelo.
O forcado é uma espécie de garfo grande que permite ajuntar o mato capinado ou roçado e recolher a grama cortada. Os escarificadores têm por função desmanchar torrões e afofar a terra, facilitando a aeração do solo. Servem também para capinar e retirar ervas daninhas do solo entre culturas, onde a enxada não pode chegar devido ao seu tamanho. Os garfos e escarificadores pequenos têm utilidade similar aos maiores, mas os pequenos servem para limpar vasos, jardineiras e canteiros pequenos, que necessitam de equipamento mais delicados.
Ancinhos e vassouras
Retirar o que não é bem-vindo. É exatamente esta a função do ancinho ou rastelo, que pode se pequeno ou de grande porte. Por possuir dentes apontados para baixo, com ele é possível varrer folhas ou detritos que se localizam sobre a terra, atrapalhando a beleza da plantas aí existentes.
Os ancinhos maiores devem ser usados nos jardins sendo de fácil manuseio. Eles arrastam a “sujeira” do jardim como se fossem vassouras de aço. Servem também para nivelar canteiros e dar acabamentos na superfície do solo.
É muito importante a existência de um rastelo em casa para ser usado na limpeza da área externa, pois a limpeza do jardim é uma tarefa que precisa ser realizada com assiduidade, pelo menos uma vez por semana, principalmente no outono, onde é normal que as plantas percam folhagens.
Os rastelos pequenos têm utilidade similar aos maiores, mas os menores servem para limpar vasos, floreiras e pequenos canteiros, que necessitam de equipamento mais delicado.
A vassoura de jardim pode ser de plástico e de aço, sendo esta regulável. As vassouras servem para amontoar grama cortada, recolher folhas e outros detritos existentes no solo do jardim.
Outros equipamentos
Alem dos equipamentos básicos citados existem, ainda a foice, o Sancho, a machadinha, as cavadeiras e os extratores especiais de ervas. Cada um deles tem sua função complementar na jardinagem, facilitando muito o esforço dedicado à beleza dos jardins.
A foice é feita de aço e tem forma curvilínea, sendo sua finalidade a ceifa das plantas. Num jardim, ela pode ser usada para retirar o excesso de mato, mas com muito cuidado por ter lâmina grande e cabo curto, ela deve ser utilizada com muita atenção, para evitar acidentes graves.
Outra ferramenta importante na jardinagem é a enxadinha. Esse tipo de equipamento, comumente, possui duas pontas. Uma delas pode ter o formato de um coração possuindo parte mais alargada e a ponta afinada, parecendo um desenho de uma gota; pode também constar de dois espetos, conhecidos como sacho, que servem para afofar a terra ou arrancar ervas e também pode constar de uma pá que serve para capinar. A enxadinha se apresenta de varias formas, de acordo com o formato das pontas e sua utilidade.
O Firmino consta de extratores especiais de ervas ou de plantas invasoras de terreno. Serve para cortar a muda sem machucar a planta, pois possui umdesenho parecido com uma pequena chave de fenda, mas com uma ponta especial para podar plantas de espécies sensíveis.
As luvas de borracha, couro ou pano, são úteis na proteção das mãos quando se manipulam pedras, terras, adubos e agrotóxicos. Já o avental e o macacão servem para proteger a roupa do jardineiro. 
A cavadeira irá facilitar a rotina do jardineiro no momento do plantio.
As enxadas são feitas de aço, sendo que as de tamanho médio servem para fazer as capinas iniciais, a mistura de adubos e o nivelamento dos terrenos. O enxadão, que na realidade é uma enxada de lamina estreita e mais espessa, com cabo menor, serve para escavar o terreno compactado, auxiliando ainda no arranquio de árvores e arbustos e no revolvimento da terra. Cabe lembrar que o jardineiro deverá ter enxadas encabadas diferentemente para funções especificas. Assim, as enxadas para capinas e raspagens deverão ter uma inclinação maior, enquanto as destinadas ao corte não deverão ter qualquer inclinação.
Um cordão, amarrado a duas estacas, será muito útil na demarcação de áreas, para quando se quer preparar ou refazer canteiros.
Uma régua e uma trena servirão para medir terrenos, canteiros ou dimensões das plantas.
Os peagâmetros são equipamentos próprios para verificar o grau de alcalinidade ou acidez do solo. A coleta de amostras de solo do jardim e remessa para analise em laboratório idôneos é uma boa alternativa. Estes fornecerão também orientações técnicas sobre correção do pH inadequado.
O carrinho de mão é um equipamento essencial no transporte de mudas, estercos, composto, ferramentas, terra, areia e pedras, com o mínimo de esforço.
É importante ter também uma mangueira com difusor, para suavizar o jato d’água.
Os aspersores servem para irrigar o gramado ou qualquer outra área durante o período de seca. Porém, devem ser usados quando a área for grande e existir água corrente. Como existem diferentes tipos e tamanhos de aspersores, que têm influencia no impacto da água sobre as plantas, pois podem lançar, desde névoas, até gotas, e cada planta requer um tratamento diferente, deve haver muita atenção no momento de adquirir esse tipo de equipamento.
Os pulverizadores maiores servem para aplicação de defensivos agrícolas, no controle de pragas e doenças e para realizar a adubação foliar. Os de menor tamanho são mais utilizados para os vasos e as jardineiras.
O regador é um recipiente dotado de um bocal com crivo na extremidade, que permite distribuir a água em gotículas, semelhante a uma chuva, em vasos, jardineiras e jardins. Existem regadores de vários tamanhos e formatos, de plástico ou latão. Os mais indicados são os de bico longo e fino, que somente molham a terra.
As peneiras são feitas de moldura de ferro ou madeira com tela de “nylon” ou arame. Elas servem para preparar misturas de terra para sementeiras e plantas cultivadas em vasos. Convém ter peneiras com crivos variados, para atender às diversas necessidades de tratos culturais.
Varetas de madeira ou bambu, fitilhos, barbantes, ráfia ou abraçadeira plástica servem para a prática do tuturamento, que protege as plants contra quedas e deformações sem machucá-las.
Adubos, fertilizantes, hormônios vegetais, inseticidas e herbicidas são materiais de uso muito importante na manutenção dos jardins.
O jardineiro pode produzir adubo orgânico construindo uma “composteira”. A sua construção será tratada no tópico “Reciclagem do material de jardinagem”.
A manutenção, em dia, da poda das plantas e flores não é tarefa fácil, porém ela pode ser auxiliada, deixando de ser um trabalho árduo, por uma grama de opções de ferramentas destinadas unicamente para poda, aplicada desde as delicadas flores aos galhos mais resistentes.
Tesouras para trabalhos leves
A poda de plantas e flores com hastes mais frágeis, como aquelas que são cultivadas em vasos pequenos ou canteiros, pode parecer fácil. Entretanto, é necessário que se tomem alguns pequenos cuidados para não estragar a beleza da planta com uma mal feita.
Para este trabalho delicado, é sempre utilizada uma tesoura pequena, que se assemelha a um alicate com laminas das extremidades, que é uma ferramenta indispensável para manutenção dos jardins. As de laminas curvas evitam, na hora do corte, o esmagamento dos tecidos internos da planta. Servem para fazer as podas de limpeza e de formação.
Ferramentas para podas de galhos
A machadinha é uma velha conhecida dos jardineiros, servindo para o corte de galhos mais difíceis de serem retirados pelas ferramentas próprias para podas.
As serras e os podões são também ferramentas utilizadas para os trabalhos mais difíceis, como a poda de galhos mais grossos. O podão manual ou corta-galhos, adaptado a uma vara de manobra, é muito útil para podar galhos em pontos elevados nas árvores.
 A tesoura grande de poda serve para podar arbustos e é muito útil na formação das cercas vivas e sebes.
Para jardins grandes, com muitas arvores e cercas vivas, boas opções são a moto-serra telescópica e o aparador de arbustos.
Tesouras para gramados
 O uso de tesouras para grama é recomendável somente quando existe excesso no crescimento da mesma ou se a área de terreno for muito difícil conseguir um corte rente ao solo e manter sempre o mesmo nível do corte por todo o jardim. Nesse caso, a tesoura deve ser utilizada em combinação com aparadores ou cortadores de grama.
Aparadores
Para garantir um perfeito acabamento do seu jardim, a melhor opção é utilizar um aparador. Os aparadores que fazem corte por meio de fio de nylon são versáteis e precisos nos arremates, ao longo das laterais de calçadas e nos cantos em que a grama está junto aos muros. Os modelos que utilizam lâminas devem ser manuseados com cuidado redobrado, com a inspeção, antes de iniciar o trabalho, de todo o terreno, para a retirada de pedregulhos.
Cortadores de grama
Para cortar a grama de um terreno de grandes dimensões, a melhor opção encontrada no mercado é a dos cortadores de grama. Os cortadores movidos a gasolina são melhores para clubes ou locais onde exista movimento de pessoas, pois o fio condutor de eletricidade poderia atrapalhar a circulação das mesmas. Para locais onde há incidência de pessoas, o cortador com motor elétrico é uma excelente alternativa.
Prevenção de acidentes
Algumas dicas importantes sobre equipamento de segurança, que devem ser evitar acidentes:
Se suas mãos não estiverem acostumadas com o manejo de ferramentas, utilizar luvas. Alem de oferecerem proteção contra possíveis acidentes, evitarem o surgimento de calos;
Para proteger o corpo durante o manuseio com fertilizantes e agrotóxicos, usar aventais e macacões; 
Ter cuidado com as tesouras de poda. Procurar fechá-las, toda vez que não estiver sendo utilizadas.
Atenção na hora de afiar as laminas das ferramentas. Se não tiver habilidade, peça a algum profissional que faça essa tarefa;
Manter as ferramentas de Mao sempre pendurada, para evitar que alguém tropece nelas;
Usar sempre botas, perneiras e luvas, de borracha ou couro, quando for usar a foice. De lâmina grande e cabo curto, essa ferramenta deve ser utilizada com muita atenção, para evitar acidentes sérios;
Quando estiver usando o machado, evitar deixá-lo no chão, procurando encostá-lo numa arvore ou deixá-lo encravado num toco. 
Usar luvas quando adotar serras para fazer podas;
Quando for usar o aparador de gramas, com laminas de metal ou “nylon”, é muito importante usar botas com solado de borracha, perneiras, óculos, luvas e tapa ouvidos;
Quando for usar o cortador de grama, mantenha-o afastado de crianças;
Quando for usar a maquina de cortar grama elétrica, para áreas menores, manter o fio do cortador à vista e nunca trabalhar de macha a ré, pois há risco de a faca cortar o fio, ocasionando um curto-circuito;
Desconectar sempre o “plug” da tomada, quando for manusear a faca do cortador de grama para qualquer tipo de manutenção;
Não manter o fioenrolado no cabo,quando estiver esse procedimento “roubará” energia;
Ao usar pulverizador para aplicação de inseticidas e adubos foliares, utilizar óculos, luvas e roupas de proteção;
Lembre-se sempre: o manejo correto de qualquer ferramenta resultará em melhor aproveitamento, sem cansaço e sem acidentes.
Conservação e guarda das ferramentas
As ferramentas de jardim são peças valiosas, e vale a pena mantê-las em boas condições, fazendo regularmente uma pequena manutenção. Isso garantirá o funcionamento eficiente delas.
Cuidados com as ferramentas
A manutenção rotineira das ferramentas precisará ser feita somente uma vez por ano, se elas forem usadas com cuidado, lubrificadas quando necessário, e rapidamente consertadas com precisão. O cuidado regular diminui os riscos de danos e deterioração de equipamentos valiosos
Limpeza do garfo
Para facilitar o procedimento das escavações de solo pesado e pegajoso, retire periodicamente a terra dos dentes do garfo. Ao mesmo tempo, retirar todas as pedras encravadas entre os dentes, pois elas poderão entortar o metal.
Uma excelente ferramenta para retirar os torrões secos de terra do garfo é uma faca de cozinha velha, mas resistentes. Para o caso de a terra ser argilosa e grudenta, enfiar o garfo numa pilha de composto ou em um balde com areia grossa oleosa, e a maior parte da terra será removida. Lavar o garfo somente com água.
Limpeza das pás
Livrar as pás de partículas de terra aumenta muito a sua durabilidade. Lave somente com água.
Cuidados com as laminas das tesouras de podas
As tesouras de podas deverão estar limpas e secas antes de ser realizada sua lubrificação. Colocar bastante óleo, próprio para maquina de costuras, em um pano limpo, e esfregar bem as lâminas e as outras partes metálicas para lubrificá-las. Isso deverá ser feito, de preferência, após cada utilização da ferramenta. Manter sempre limpas as tesouras para não transmitirem doenças de uma planta para outra.
Afiar as lâminas
Ferramentas de corte como tesouras de poda, precisam ser afiadas regularmente, para continuarem funcionando bem. Passar a lamina pelo afiador, ou procurar os serviços de um profissional.
Remover lascas
Para remover áreas riscadas ou lascadas em cabos de madeira, esfregar o cabo com lixa fina de papel, seguindo o veio da madeira.
Aplicar óleo
Ao guardar o equipamento por algum tempo, esfregar óleo de linhaça nos cabos ou hastes de madeira das ferramentas. Deixar o óleo penetrar, e remover o excesso com um pano seco.
Proteger o cabo de madeira de ferramentas em geral
Enrolar uma camada de fita isolante em volta de cabos de madeira que tenham se tornados ásperos ou lascados. Verificar se a madeira está completamente seca, para permitir a perfeita adesão da fita. A fita deve durar vários meses, e pode ser facilmente substituída.
Revestir o cabo com espuma
Pequenos pedaços de espuma como material isolante, poderão fornecer revestimento macio para um cabo desconfortável. Prender a espuma, com fita isolante nas extremidades. Verificar se a espuma não está muito grossa para ser segurada confortavelmente.
Manutenção do cortador de grama
O cortador de grama é uma ferramenta cara e que deve merecer cuidados especiais para sua conservação adequada:
Regular a altura de corte, para que o cortador deslize sem esforço, evitando a sobrecarga no motor e maior gasto das lâminas de metal.
Reapertar os parafusos e lubrificar os eixos da máquina freqüentemente;
Evitar sobrecarga no motor, cortador a grama em várias etapas, quando ela estiver muito alta;
Nunca utilizar o cortador em gramados molhados. Assim, garante-se melhor desempenho a maior vida útil desse equipamento;
Limpar o cortador após utilizá-lo, retirando os resíduos de grama e pó com o pano úmido;
Nunca cortar a grama em dias chuvosos, para não danificar o cortador;
Para assegurar que o cortador de grama funcione com eficiência, leve-o, para manutenção profissional, antes de guardá-lo, e mantenha-o sobre uma base de madeira nivelada, em local seco e protegido das intempéries, quando não estiver em uso. 
Prevenção de ferrugem
Acostuma-se, e orientar os seus empregados, a terem a mesma conduta, ou seja, a de só guarda as ferramentas com partes de metal, depois de devidamente limpas e lubrificadas. E quando ficar sem usá-las por um período maior o ideal será deixá-las por um meio o ideal será deixá-las enterradas em areia de construção misturada com óleo queimado. Outra alternativa é pulveriza as partes metálicas com produtos anti-ferrugem. Caso apareça ferrugem, passar uma lixa fina no local. É suficiente para que as ferramentas tenham vida longa e pareçam sempre novas.
 
Secagem das ferramentas
Antes de guardar as ferramentas, colocá-las em posição vertical para secar, de preferência ao sol. Se as ferramentas ainda tiverem molhadas, guarde-as na vertical na vertical, para evitar acúmulo de água.
Lembre-se de que, manuseando e conversando suas ferramentas e equipamentos adequadamente, quando for usá-las, você executará mais fácil e prazerosamente os trabalhos necessários à manutenção do jardim.
Como guardar as ferramentas
Na maior parte do inverno, muitas ferramentas serão usadas apenas ocasionalmente, a não ser que a preparação do solo deva ser feita nessa época. Antes de guardar o equipamento em local adequado, verificar se este está limpo e seco.
Verificações que devem ser feitas antes de guardar as ferramentas.
Antes de guardar as ferramentas, deve-se atentar para o seguinte:
Retirar os detritos secos das lâminas de metal, usando pano limpo embebido em álcool;
O tempo frio poderá congelar o óleo diesel. Esvaziar o tanque antes de armazenar o equipamento movido a diesel;
Examinar os fios do equipamento elétrico, para verificar sinais de desgastes. Se necessário, substituir fios;
Para manter lâminas e dentes em boas condições, esfregá-los com escova de aço e água morna. Afiar as lâminas se estiver cegas;
Ferramentas de mão devem ser penduradas, para evitar umidade e reduzir a possibilidade de alguém tropeçar nelas. Fazer um porta-ferramenta, pendurando-as em uma tabua de madeira. Usar pregos galvanizados, delineando antes o lugar com lápis.
Ferramentas pesadas poderão ficar suspensas por ganchos fortes;
Jamais envolver as ferramentas em invólucros de plásticos muito apertados, pois poderá haver condensação, favorecendo a ferrugem;
Jamais guardar ferramentas sobre a terra. Se não puder suspendê-las, coloque-as sobre uma placa de madeira envolta em plástico;
Manter as ferramentas elétricas em ambiente seco. Se o local de armazenagem for úmido, guarde-as dentro de casa.
Guarda-ferramentas
As ferramentas deverão ser guardadas em local adequado. Certifique-se de que o local esteja seco, para evitar problemas com ferrugem. Na dúvida, verificar regularmente as condições das ferramentas.
Ao planejar o local para guardar suas ferramentas, preocupe-se sempre em escolher um local de fácil acesso e que não comprometa o visual do jardim. Antes de usar um galpão para guardar as ferramentas, verificar se ele está em boas condições.
Relacionar as coisas a serem guardadas, deixando espaço para as que ainda não se têm, mas que possivelmente vai acabar comprando.
Planejar prateleiras, uma bancada para que se possa mexer com as plantas à vontade, um cantinho para guardar o carrinho de mão, outro para a máquina de cortar grama, suportes para pendurar enxadas, pás, ancinhos, tesouras e equipamentos de proteção como botas, viseiras, luvas etc. Não esquecer de reservar espaço para o pulverizador e também para baldes grandes, que servirão para armazenar terra, areia, esterco, composto orgânico, cacos de cerâmica, para fazer as camadas de drenagem, e fertilizantes granulados. Reserve, ainda, um lugar para guardar mangueira, aspersor, regador, varinhas de bambu, para funcionar como tutores, e vasos sobressalentes. Enfim, todo materialde que se precisa para uma manutenção de jardim bem feita.
O abrigo para as ferramentas pode ser construído de madeira a ou alvenaria.
Em qualquer caso, não se esqueça de prever janelas, de preferência voltadas para o norte, para o ambiente ser bem iluminado e evitar excesso de umidade. Não deixar de prever, também, um ponto de luz para eventuais trabalhos noturnos, uma ou duas tomadas e, se possível, uma torneira de água corrente.
Limpeza geral de gramados
O final do inverno e o inicio da primavera são as épocas ideais para a realização de uma limpeza geral no jardim. Essa faxina consta da eliminação de galhos secos e fracos das plantas cultivadas, depuração dos gramados e varrição de gravetos, folhas e outros detritos que estejam depositados na superfície de todo o terreno. Ou seja, é a oportunidade de realizar uma limpeza sistematizada, inclusive de caráter preventivo, no controle de pragas e doenças.
A remoção dos detritos é realizada com o rastelo de dentes curvos. Já a vassoura para a jardinagem pode ser um simples feixe de ramos grossos. Rastelar e varrer são operações quase cotidianas, imprescindíveis para manter a boa aparência e a sanidade dos jardins.
No verão as ervas daninhas aterrorizam o jardim, nessa época as sementes germinam com maior facilidade e o jardim pode ficar infestado com plantas invasoras, então para que isso não ocorra é necessário uma limpeza criteriosa eliminando todas as ervas daninhas seja manualmente ou por controle químico para aquelas que não forem possível controlar com capina manual.
Já no outono, as folhas caídas na grama são varridas regularmente, especialmente se o tempo estiver muito úmido.
O material removido é utilizado para realizar cobertura morta em superfícies desprotegidas, onde essa operação for requerida.
Nos canteiros, procede-se à retirada dos restos de plantas anuais que se desenvolveram durante o verão. As plantas herbáceas mortas ou que estejam morrendo também são removidas. Com tais providencias, o terreno deve estar preparado para as plantas que florescerão no inverno. 
Em regiões não sujeitas à geada, pode-se deixar as folhas como cobertura morta protetora do solo, durante os rigores do inverno, desde que não seja sobre o gramado, pois isso pode acarretar proliferação de fungos causando doenças que prejudicam a beleza e a sanidade do gramado. O mesmo não deverá ser feito onde ocorre o fenômeno climático citado, já que as folhas cobrindo o solo isolam as perdas de calor deste, propiciando temperaturas mais baixas sobre a cobertura.
No inverno, quando há estiagem, ocorre o período ideal para estender a operação de limpeza, com as calhas das construções existentes.
Na mesma estação, continua-se a remoção das folhas caídas sobre os gramados, e estes devem passar por período de descanso, evitando-se sua utilização intensiva para os jogos e outras atividades. Continua-se a limpeza dos canteiros que receberão plantio na primavera.
Ervas daninhas
Algumas plantas indesejáveis nascem espontaneamente nos jardins, roubando espaços, luz, nutrientes e água das espécies cultivadas, crescendo rapidamente e chegando a destruí-las. A erva invasora é um dos principais inimigos de um belo jardim e a melhor coisa a fazer é exterminá-la sumariamente, tão logo se perceba sua presença.
As ervas daninhas mais comuns são a tiririca, a falsa erva- de -santa Maria, o capim-de-colchão, o capim-pé-de-galinha, o trevo-silvestre, o capim-rabo-de-raposa e o dente-de-leão.
A maioria das espécies invasoras deve ser removida manualmente, antes mesmo da instalação do jardim, o quer requer muita paciência a atenção, para que depois não se descubra um exemplar remanescente, que se propagou rapidamente.
Com seu crescimento, algumas ervas daninhas vão causando os efeitos deletérios competitivos sobre as outras plantas, e algumas produzem sementes, o que dificultará o seu combate. Daí a importância de identificação da erva invasora, logo que for notada no jardim, para que haja o controle adequado no momento oportuno.
Controle de invasoras
Para um controle efetivo
O controle efetivo para evitar a infestação de invasoras no jardim pode ser conseguido com a realização de algumas iniciativas que exigem a atenção permanente do praticante da jardinagem:
Eliminação das raízes das ervas invasoras, jamais deixando as mesmas sobre a terra, pois poderá ocorrer sobrevida e propagação subseqüente. Deve-se, de preferência, deixar secar e queimar todo o material indesejável.
Os herbicidas sistêmicos devem ser usados para as ervas invasoras persistentes e para aquelas que possuem raízes profundas, pois tais produtos têm a faculdade de fluir naturalmente das folhas para as raízes.
A dosagem correta do herbicida é muito importante, jamais deve-se aplicá-lo em dose mais concentrada do que a recomendada pelo fabricante. Isso poderá queimar a folhagem, limitando a quantidade de herbicida que a erva é capaz de absorver.
PREVENÇAO DE INVASORAS
Para se prevenir o surgimento de plantas invasoras no jardim, seguindo a adágio popular de que é melhor previne do que remediar, o que é sobejamente vantajoso, seguem-se os seguintes procedimentos:
Sem manutenção regular, um jardim poderá transforma-se logo em uma selva de ervas invasoras, notadamente durante o verão. Em área abandonadas, evita-se tal ocorrência combinando capina com aplicação de agentes químicos.
É importante evitar que as ervas invasoras se alastrem, tomando conta do jardim, pois uma vez que estejam estabelecidas e tendo formado sementes, poderá ser extremante difícil remove-las efetivamente do local.
Para impedir o alastramento das invasoras, inicia-se sua retirada com a entrada da primavera. Elas podem vicejar durante os invernos amenos e períodos relativamente quentes, o que exigirá mais empenho do jardineiro em seu controle. Cabe remover também os espécimes que surgem fora de estação.
Convém dedicar atenção especial para a remoção das ervas em florescimento, antes que produzam sementes, removendo-as imediatamente.
Em áreas muito grandes, inicia-se pela eliminação de todas as flores e sementes, em vez de retirar as plantas indesejáveis inteiras. Tal procedimento evitará que as sementes caiam na terra antes que se realize o trabalho preventivo.
Antes de colocar sobre a superfície do terreno do jardim uma cobertura morta ou um manto de plástico, deve-se remover as ervas invasoras anuais e perenes. As sementes de ervas invasoras, já estavam no solo antes do seu cobrimento, irão germinar, mesmo sob o manto, mas será bem mais fácil lidar com elas do que com plantas bem mais alastradas, que não foram removidas em época mais oportuna.
Muitas ervas invasoras persistentes podem vicejar a partir de pequenos pedaços de raiz ou de caules subterrâneos, portanto, deve-se tomar o cuidado de retirar o Maximo destes restos de ervas invasoras que estejam sob a superfície do terreno.
Jamais utilizar restos de ervas invasoras para fazer compostagem, pois elas poderão se regenerar, mesmo que já tenham sido picadas. Se tivesse produzido sementes, estas poderão sobreviver, superando o processo de decomposição.
Plantar forrações de crescimento de ervas invasoras. Recomenda-se também a utilização de cobertura morta, até que as plantas estejam suficientemente desenvolvidas.
Utilizar plásticos de cor preta, tal como se procede em canteiros de hortaliças, para inibir o crescimento de ervas invasoras, o que sempre produz bons resultados.
A cobertura com uma camada de cascalho grosso, com 2,5 a 5,0 cm de espessura, sobre a área em volta do caule das plantas ornamentais, pode evitar o crescimento de ervas daninhas. O cascalho é a cobertura adequada para jardins de pedras, pois mantém as invasoras sob controle e evita o apodrecimento causado por umidade.
As plantas devem ser rodeadas com aparas de gramas cortadas recentemente, desde que estas não tenham sido submetidas à compostagem, pois poderão formar uma barreira impermeável para água e o ar,inibido o nascimento e o crescimento de invasoras.
Os herbicidas devem ser utilizados na primavera, antes das ervas germinarem, para a obtenção de resultados eficazes e duradouros, pois uma única aplicação do herbicida na época mencionada evita o aparecimento das ervas nocivas, durante toda a temporada.
Para evitar e remover erva-de-passarinho recomenda-se uma poda de limpeza anual, em que se retiraram também os galhos secos com as folhas velhas. Essa poda deve ser feita sempre no final do inverno, com serrote ou serra, ferramentas que produzem corte retilíneo. Após o corte, aplica-se pasta bordalesa, um fungicida à base de cobre, encontrado em lojas de produtos agrícolas.
Manter o solo sempre afofado, realizando escarificações com ferramentas apropriado, sempre afofado, realizando escarificações com ferramentas apropriadas, sempre que se fizerem necessárias.
Uma boa inspeção nas mudas adquiridas, livrando-as da presença de ervas eventuais, também ajuda no controle contra estas. Além disso, é bom saber que solos muito ácido são mais propícios ao surgimento de invasoras. Portanto, a correção da acidez do solo deve melhorar a condição de vida da maioria das plantas desejadas e reduzir a possibilidade do surgimento de ervas não-almejadas.
CONTROLE QUÍMICO
O uso de herbicidas é uma técnica muito eficaz de combate às ervas daninhas, a ser utilizada quando outros processos de controle não alcançaram o sucesso pretendido. Pode-se combinar a aplicação de produtos químicos com outros métodos de controle ou aptar pelo uso de herbicidas, isoladamente.
Os herbicidas poderão ser encontrados, mais comumente, em forma de pó, gel. Liquido e em formulações já preparadas, borrifadas como spray. Quando é usado em estado liquido, o herbicida é aplicado em superfícies como caminhos, pátios e calçadas. Neste caso, a barra gotejadora é um acessório eficiente e barato para sua aplicação.
Época de aplicação de herbicidas
Os herbicidas devem ser aplicados quando as ervas invasoras estiverem em crescimento ativo, o que garante mais eficácia do tratamento.
Procura-se aplicar o herbicida em tempo seco, pois a chuva poderá minorar o efeito de produtos de alta potencialidade.
Como facilitar a absorção do herbicida
Algumas ervas daninhas absorvem herbicidas mais facilmente do que outras. Aumenta-se a penetração de herbicidas em ervas resistentes, como o mastruço e a guanxuma, amassando suas folhas antes da aplicação, para facilitar a penetração do produto. Usa-se o pé ou o cabo do ancinho para cumprir as plantas invasoras, mas deve-se tomar cuidado para não danificar demais as folhas das mesmas, o que eliminaria as vantagens auferidas com o processo de maceração.
Equipamentos básicos de proteção pessoal
Alguns equipamentos, ou cuidados em relação ao uso de produtos químicos, são imprescindíveis no tratamento com herbicidas, particularmente, ou no trabalho de jardino cultor em geral:
Roupas- ao aplicar herbicida, é importante estar com uma roupa velha, que esteja bem conservada para proteger o corpo.
Óculos – este equipamento é considerado muito importante, pois irá proteger os olhos de possíveis irritações, provocadas pelos produtos químicos.
Protetor para boca e o nariz- é muito importante que não se inalem os produtos químicos, pois podem trazer reações muitos serias no organismo humano.
Botas de couro ou plástico- esse equipamento irá proteger os pés da ação agressiva dos produtos químicos;
Luvas- um par de luvas é sempre um bom acessório protetor na hora de mexer no jardim. Sua principal utilidade é proteger as mãos de arranhões, de ferimentos com o manuseio de animais, eventualmente presentes no solo. Na preparação e aplicação de herbicidas, usar sempre luvas de borracha.
Seguir cuidadosamente as instruções recomendadas na conservação, no preparo e no uso dos utensílios mencionados.
Como usar herbicida
Algumas advertências devem ser sempre lembradas e levadas em conta no uso dos herbicidas:
Jamais comer, beber ou fumar, quando estiver preparando ou aplicando produtos químicos. Lavar bem as mãos após o uso, principalmente, de defensivos agrícolas.
Diluir bem os herbicidas solúveis, fielmente de acordo com as instruções dos fabricantes.
Usar o herbicida somente para a finalidade indicada pelos órgãos de assistência técnica, pois se trata de um produto com notória especificidade de aplicação.
Aplicar herbicidas de acordo com as indicações do fabricante, evitando defensivos em excesso, ou inocuidade, devido à aplicação em doses inferiores às preconizadas.
Ater-se às condições atmosféricas favoráveis, jamais aplicando herbicidas em dias de vento quando o produto poderá atingir as plantas vizinhas, a própria pessoa que estiver aplicando ou outras pessoas situadas nas proximidades.
Todo produto químico deve ser guardado em local seguro e seco, de preferência em prateleiras altas, para que as crianças ou animais domésticos não tenham acesso a ele.
Não utilizar o mesmo regador para irrigar e para aplicar herbicida líquidos.
Armazenar os herbicidas nas embalagens originais certificando-se de que estas tenham clara identificação do produto embalado e estejam bem fechadas.
Sempre tomar cuidado especial com as sobras de herbicidas, logo após a aplicação, descartar conforme as orientações dos fabricantes ou com a legislação que rege o assunto.
Controle manual
 Muitas ervas invasoras são combatidas, usando-se apenas ferramentas de mão.
O sucesso do controle manual de ervas daninhas prende-se à época da operação e à freqüência com que se pratica o tratamento.
	A enxada holandesa é usada para controlar ervas invasoras anuais. Se ocorrer a capina com tempo seco, ensolarado e pela manhã, o material não deve ser reunido. Deixa-se todo ele espalhado sobre o solo, onde o mesmo secará.
	Outra situação em que se deve adotar o controle manual é aquela em que o gramado é pequeno e com poucas ervas invasoras, sendo estas retiradas sem o uso de herbicidas.
Cabe lembrar que, no inverno, os gramados dão uma boa folga quanto ao corte. Pode passar um período de três meses, sem que haja necessidade de serem submetidos a essa operação.
	 Uma boa idéia é aproveitar esse tempo disponível para eliminar as ervas daninhas que tenham surgido, arrancando-as pela raiz. Nesta época, como a grama está mais rala, torna-se bem mais fácil localizar e erradicar os espécimes de invasoras existentes.
	Equipamentos básicos de controle manual 
As ervas invasoras são controladas manualmente com o auxilio de vários equipamentos e materiais:
Enxada para cebolas
Enxada holandesa
Capinador bifurcado
Capinador de fendas
Enxada de jardim
Faca de cozinha
Plástico preto
Barra de gotejamento
Cascalho
Aparas de grama
Firmino- ferramenta desenvolvida para erradicar confortavelmente ervas daninhas sem fazer esforço. Dispõe de tubo interno que comporta as plantas retiradas do solo.
Principais ervas invasoras e seu controle
A tiririca (cyperus rotundus) é uma praga, no sentido enfático da palavra. Possui rizomas e tubérculos que se aprofundam no solo, dificultando sua remoção.
Em canteiros infestados pela tiririca, recomenda-se peneirar a terra, para retirar os tubérculos. O uso de herbicidas sistêmicos pode diminuir a infestação, embora a tiririca seja bastante resistente a eles, mesmo os mais tóxicos. Mas ela não tolera o processo de calagem, nem o sombreamento. Uma dica é cobrir os pontos infestados com um plástico preto por dois dias. Depois disso, retiram-se os bulbos, que já estarão quase na superfície do terreno. Trata-se de uma planta perene de difícil erradicação.
O ideal é, durante o preparo do terreno, antes do plantio, no caso da grama, fazer a aplicação de um herbicida que elimine todas as ervas daninhas existentes.
	Quando esta erva aparece no gramado já formado, será necessário retirá-la, planta a planta, manualmente, pois cortar só as filhas de nada adiantará. Para facilitaro trabalho e fazer com que as raízes, integradas por rizomas e tubérculos, saiam junto com a parte aérea, pode-se utilizar a ferramenta Firmino. Mesmo assim, é possível que a tiririca reapareça, porque provavelmente as sementes já se espalharam pelo terreno nas imediações.
Não há alternativa senão aquela de ficar atento para detectar a presença de exemplares remanescentes de tiririca surgidos no gramado, e providenciar a remoção imediata dos mesmos.
Áreas quentes e úmidas favorecem o aparecimento da digitaria (Digitaria sp) uma erva que apresenta certo grau de parentesco com as gramíneas. Se não for logo combatida, ela produz sementes que possibilitam rápida infestação. Seu combate é feito por meio da aplicação de herbicida.
O dente-de leão (Taraxacum officinale) aprecia áreas bem ensolaradas e lugares com solo fértil. Pode ser considerada também uma erva daninha dos gramados. Pertence à família das compostas e pode atingir 50 cm de altura.
Para remover as plantas de dente de leão, apela-se para auxiliar de uma faca velha de cozinha. Mantém-se a lâmina em posição vertical, ao mesmo tempo em que se corta um circulo em volta da planta. Movimenta-se a faca para frente e para trás, e puxa-se a planta com as raízes intactas. Quando a infestação está em fase inicial, pode ser eliminada uma planta de cada vez, com o auxilio da faca, para se retirar todas as partes da raiz. Em casos mais adiantados de disseminação da praga, aplica-se herbicida, na primavera ou no outono.
A setária (Setaria viridis) aparece geralmente quando a grama fica rala e, se não for cortada, pode crescer até alcançar um metro de altura. A setaria multiplica-se por meio de sementes. As plantas dessa invasora devem ser arrancadas, uma a uma, cuidando-se para que sejam eliminadas também suas raízes.
O trevo (Oxalis stricta) pode estragar a aparência de seu gramado, embora possa ser considerado um enfeite enquanto não se torna uma invasora incidente e prejudicial. Produz pequenas vagens que, quando se abrem, espalham sementes para todos os lados.
Todos os trevos têm bulbilhos em torno da base da planta, e cada bulbilho poderá dar origem a uma nova planta. No verão, os bulbilhos se desprendem e dividem-se em pedaços que se dispersam. Arracam-se sempre as plantas dos trevos na primavera, antes que disseminem os bulbilhos. 
Se o jardineiro não tomar cuidado, poderá ocorrer infestação de trevo em todo jardim.
Quando se usa herbicida no combate ao trevo são necessárias varias aplicações do produto.
O plantago (Plantago major) tem folhas grandes, de 7,5 a 15 cm, que surgem em moitas baixas e arredondadas, difunde-se com facilidade em terrenos férteis, e propaga-se por meio de sementes.
Para combater o plantago, arranca-se, moita a moita, ou aplica-se herbicida na primavera e no outono.
O alho-bravo (Allium vineale) desenvolve-se em solos argilosos, férteis e úmidos, multiplicando-se por sementes ou bulbo que se formam abaixo da superfície do terreno.
O alho bravo é combatido aparando-se o gramado com freqüência e aplicando-se herbicida no fim do outono e no inicio da primavera.
A círsio (Cirsium arvense) atingue até 1,2 m de altura se não for eliminada. Vegeta bem em solos argilosos e férteis, reproduzindo-se por sementes ou raízes subterrâneas. Para combater o círsio, corta-se fundo bem abaixo da coroa da raiz, e aplica-se herbicida na primavera e no outono.
O Capim-marmelada ou papuã ( Brachiaria plantaginea) é uma planta anual que forma touceiras e pode chegar a 80 cm de altura.
As plantas dessa invasora são retiradas com a ferramenta tipo Firmino. Em casos extremos, aplica-se um herbicida, exceto em áreas com gramas Batatais e São Carlos, que podem ser seriamente afetadas pelo produto citado.
A serralha ou chicória ( sonchus oleraceus) é uma planta anual, leitosa, da família das compostas, com folhas superiores inteiras e inferiores partidas.
A serralha é combatida, retirando-se as plantas com uma ferramenta tipo Firmino. Em casos extremos, aplica-se um herbicida.
A grama-seda ou capim-de-burro (cynodon dactylon) é uma planta perene, da família das gramíneas, que pode chegar a 50cm de altura. Apresenta folhas lisas na face inferior e ásperas na outra face.
 A grama-seda é comum em canteiros, terrenos baldios gramados e espalha-se por meio de raízes rastejantes. Procura-se retirá-la com garfo, em solos leves, ou abafá-la com plástico preto, em outros tipos de solos. Pode também ser tratada com herbicida e pela aparação sistemática do gramado. Em certos casos, as ervas são retiradas com uma ferramenta tipo Firmino.
O picão-preto ou piolho-de-pedra (Bidens pilosa) é uma planta anual da família das compostas, podendo crescer até a altura de 1,20m e reproduz-se por sementes.
Esta invasora, se não for prontamente controlada, espalha-se rapidamente em canteiros e quintais. O seu controle é feito pelo arranque das plantas com as mãos, antes que elas produzam sementes. Em certos casos, utiliza-se ferramenta tipo Firmino, ou aplica-se um herbicida. 
 
A corda-de-viola (ipomoea sp) é uma planta que se reproduz facilmente por sementes ou através do rebrotamento das raízes. Trata-se de uma invasora que possui raízes profunda e rastejantes. De difícil controle na lavoura, é facilmente controlada em jardim, arrancando-se a planta com suas raízes, ou enrolando seu ramos em varetas de bambu, para aplicar herbicida, sem danificar as outras plantas. Se não houver inspeções freqüentes, a corda-se-viola invadirá todo o jardim.
 
Erva-de-passarinho é o nome dado a varias espécies de plantas da família das lorantáceas, epífitas e semiparasitas, de folhagem persistente. Após sua identificação, o importante é afastá-la dos jardins, pomares e hortas. Trata-se de um perigoso parasita. As raízes logo envolvem a planta hospedeira, enquanto haustóricos, sua raízes adventícias sugadoras, perfura a superfície da casca, penetrando nos canais de seiva a planta atacada, donde retiram a nutrição e umidade. Tão terrível é essa planta que nem os passarinhos, que alimentam de suas sementes, são capazes de destruí-las. Quando expelidas sobre os galhos das arvores aderem e sucede-se a germinação.
 	Suas hospedeiras preferidas são as leguminosas, hibiscos, as videiras e as mangueiras viçosas.
	
	Azeda - Oxalis stricta - Anual ou perene. Folhas de um verde amarelado parecidas com o trevo. As flores são amarelas e desenvolvem vagens que soltam sementes maduras pelo seu gramado ou jardim.
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MANUTENÇÃO DE GRAMADOS
Variedades de Gramas
Muitas vezes a grama que você conhece ou ouve falar, não é a melhor para o seu terreno ou jardim.
O clima, tamanho do terreno e o tipo de uso pretendido, devem ser bem definidos na hora de escolher uma grama. 
 
Batatais
Bermudas
Coreana
Esmeralda
São Carlos
Santo Agostinho 
 
 
Caracteristicas das gramas máis usadas:
 
 São Carlos (Axonopus Afinis)
Também conhecida como grama Curitibana, grama Tapete ou grama de Folha Larga, de acordo com a região de produção e comercialização. 
 
Características:
Possui folhas largas, lisas e sem pêlos, é de cor verde intensa, se desenvolve tanto no sol, como em locais semi sombreados, úmidos ou rochosos, ideal para climas quentes e frios, se desenvolve de forma acentuada no verão.
Seu crescimento ascendente é pouco intenso, porém forma um gramado denso.
Deve ser irrigada nas épocas de estiagem e cortada sempre que ultrapassar a altura de 2 ou 3 cm, sendo que, se não podada, pode chegar a 20 cm.
Deve ser podada + ou - de 20 em 20 dias em época chuvosa.
 
Utilização :
É a grama mais utilizada em todo Brasil, tem boa resistência ao pisoteio, pragas, doenças e geadas, utiliza-se em jardins residências, comerciais, beiras de piscinas e casas de campo e praia, isso graças a sua fácil adaptação a qualquer clima. 
 
 
 Esmeralda 
Também conhecida como grama Wild Zoysa.Características:
Possui folhas estreitas, de cor verde acinzentado, se desenvolve muito bem em climas quentes, pouco resistente geada, a mesma possui ótima resistência ao pisoteio leve, isso devido ao grande desenvolvimento de suas raízes, não cresce muito para cima, facilitando a manutenção, sendo assim requer pouca poda. Não é muito exigente quanto à fertilidade do solo.
Para manter a coloração intensa, é preciso adubar freqüentemente. 
Pode chegar a 15 cm, porém deve-se cortar sempre que a altura superar 3 cm.
 
Utilização :
Jardins residenciais, comerciais, industriais, praças e campos para a pratica de esportes diversos, sempre a pleno sol. Boa também para terrenos no litoral.
Vai muito bem entre placas de pedra.
 
 
 Batatais (Paspalum Notatum Flugge) 
Também conhecida como grama Forquinha ou Mato-Grosso. Com ocorrências em todas as regiões brasileiras, a grama-batatais é rizomatosa, com folhas estreitas e pilosas (tem pequenas protuberâncias parecidas com pelos). É bastante tolerante ầ estiagem e a solos pobres em matéria orgânica graças à rusticidade.
 
Características : 
Possui folhas estreitas, de cor verde claro, geralmente duras e ligeiramente pilosa, resiste bem as secas e pisoteio, evita a ação da erosão e forma gramados densos e baixos, apesar da resistência, a grama Batatais precisa de muito sol.
Deve ser plantada a pleno sol, pois não resiste à sombra.
Pode chegar a altura de 30 cm, mas deve ser cortada sempre que ultrapassar 3cm. 
 
Utilização:
Necessita de muito sol e é indicada em parques para a pratica de esportes diversos, campos de futebol, taludes, praças, casas de praia e beira de rodovias.
 
 
 Bermudas (Cynodum dactylum) 
Também conhecida como grama-seda, é oriunda das ilhas Bermudas. 
Caracteristicas:
É caracterizada por folhas estreitas, crescimento rápido, cor verde viva e o mais curioso é que, apesar de ser muito macia, regenara-se rapidamente quando submetida a maus tratos. Indicada para barrancos e locais pedregosos.
Deve ser cortada sempre que sua altura for superior a 2 cm.
Para se manter viçosa, necessita de suplementação anual de matéria orgânica.
Deve ser adubada pelo menos 2 (duas) vezes por ano. 
 
Utilização:
A grama bermuda tem alta resistência ao pisoteio, é indicada para todo o tipo de "playgrounds", campos de futebol, golfe, pólo, tênis, etc.
Macia, é resistente a pragas e pisoteio, tem alto poder de regeneração. Resiste à estiagem. Gosta de sol, mas vai bem na sombra parcial.
 
 
 Santo Agostinho 
Também conhecida como inglesa ou da costa.
 
Caracteristicas:
Nativa da flora litorânea brasileira. Folhas de largura e comprimento médios. Lisas e sem pêlos.
De um verde ligeiramente claro.
Resiste às secas, geadas, pragas e doenças. Ambienta-se bem sob o sol ou meia sombra.
 
Utilização:
Vai bem em terrenos salinos e arenosos.
Ideal para jardins residenciais, casas de campo, praia e áreas industriais.
Lembrando que em nossa região as variedades mais usadas são a gramas esmeralda comum ou imperial que é mais indicada para residências e a grama batatais que é altamente resistente por ser uma grama naturalmente encontrada em nossas pastagens, e por isso é muito indicada para áreas publicas.
Cortes de gramados
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Conservando a beleza dos gramados
Quando se pretende manter a beleza de um gramado, existe uma série de aspectos e providências que deve ser levada em consideração. Se a grama foi plantada corretamente e for de uma espécie adequada para a situação e a região, de sol pleno ou meia-sombra, o jardim não necessitará de cuidados especiais, mas sim de boa manutenção. E o corte é uma das operações mais importantes.
Uma seqüência de cortes cuidadosos é essencial. O primeiro corte deve ser feito tão logo a grama esteja enraizada, de modo a incentivar seu crescimento horizontal. Depois, apara-se a cada vez que a mesma ultrapassar cerca de 4,5 cm de altura. De qualquer modo, nos meses quentes, o gramado deve ser mantido um pouco maior, tanto mais forte ele fica, já que retém melhor a umidade do solo. Mas, não deve haver exagero, para não se perder em beleza e uniformidade.
O clima é o fator que vai indicar o intervalo de tempo entre os cortes nos gramados. Assim, na época das chuvas, recomenda-se podar a grama de vinte em vinte dias, e no resto do período, a cada quarenta dias. O crescimento do gramado no inverno, que é sempre bem menor que o do resto do ano, faz com que o gramado quase não exija poda.
Após o corte da grama, deve-se varrer cuidadosamente o gramado. Se as aparas permanecerem sobre ele, acabarão formando uma camada de palha seca, o feltro, que prejudicará a aeração do solo e a própria saúde do gramado, pois poderá proliferar fungos por baixo das aparas.
Outro detalhe que pode passar despercebido é a vantagem de se aparar a grama no período da manhã, quando as folhas estão de pé, o que facilita o corte, além de manter a grama em melhor estado após a operação.
Vale a pena lembrar que a grama é uma planta como qualquer outra, ou seja, um ser vivo que requer cuidados, como adubar uma vez por ano, pelo menos, mas lembrando que o ideal é adubar duas vezes ao ano, uma no inicio das chuvas e outra no fim do verão, outro cuidado importante é irrigar com uma freqüência adequada às necessidades da espécie.
Um pé de grama é constituído por 85% de água. Daí, pode-se imaginar quão importante é o suprimento de água para um gramado. Assim, na semana que não chover, é obrigatória a rega do gramado.
Em apenas um metro quadrado brotam cerca de mil pés de grama. Ou seja, são mil plantas disputando os nutrientes existentes no solo sob a área mencionada. Portanto, deve- se fertilizar o gramado, o que se faz, pelo menos, no início da primavera e no final do verão. Para tanto, aplica-se composto orgânico em cobertura ou usa-se mistura NPK fórmula 10-10-10, à razão de 50 g/m quadrado/ano, em três doses (totalizando 150 gramas ao ano, mas lembrando que o ideal é fazer uma analise de solo para fornecer a quantidade correta de nutrientes exigidos pela planta), aplicadas, de preferência, nos meses de abril, outubro e janeiro. Rega-se após qualquer das aplicações.
O cuidado com o cortador de grama é providência essencial à eficiência do equipamento. Para se ter um gramado bem verde, mantêm-se as facas do cortador de grama sempre bem afiadas. Facas ou lâminas cegas não cortam, apenas mastigam os tecidos vegetais, deixando a grama com a aparência amarronzada. O corte apresenta como resultado uma irregularidade marcante.
Outro ponto importante é que, antes de iniciar a poda com roçadeiras ou cortadores de grama, para própria segurança das pessoas que realizarão o corte, deve-se retirar todos os detritos e pedregulhos existentes na área a ser trabalhada, a fim de evitar que sejam lançados perigosamente à distância. Assim, toma-se o cuidado de passar um rastelo ou uma vassoura de jardim sobre o gramado antes da operação com os equipamentos de corte mencionados.
Tratando-se da grama São Carlos, devem-se tomar as únicas precauções, para que se mantenha um gramado bem verde e homogêneo, ou seja, a de irrigar na época de estiagem e cortar sempre que a altura estiver ultrapassando cerca de três centímetros.
Os gramados devem ser irrigados fartamente depois de realizada a fertilização, o que ajuda a dissolver e facilitar a penetração dos nutrientes no solo.
Drenagem
Como melhorar a drenagem em gramados
Depois de atravessar a maior parte do inverno, quase sempre em estado de dormência, o gramado entra em um período de pleno desenvolvimento, com o advento da primavera. Trata-se do momento ideal para se fazer alguns reparos no gramado, em especial quanto à aeração e melhoria da drenagem, que estimulam o crescimento das raízes. Existem equipamentos próprios para realizar estas tarefas.
Aeradores próprios para operarem em gramados são ideais para o mister, porém tais equipamentos não são encontradosfacilmente no país. Mas é possível improvisar, com qualquer ferramenta capaz de produzir furos finos e profundos no solo. Um bom substituto é o forcado, com suas hastes emparelhadas, com a forma de um grande garfo, que pode cumprir bem a tarefa se for bem manuseado.
Pode-se encontrar no mercado uma ferramenta chamada aerador de gramado, equipamento manual usado para a finalidade, com 87 cm de altura, que alcança a profundidade média de 7 cm. Segundo informações do fabricante, prepara- se uma área de 50 m2 em uma hora de operação ininterrupta.
No verão, o gramado é quase sempre usado para festas, banhos de sol, churrascos e jogos, ficando provavelmente muito compactado pelo uso em excesso, pisoteio e compressão da camada superficial, sendo oportuno, logo após a temporada, um novo arejamento com o forcado. Os dentes da ferramenta são inseridos para formar canais de drenagem no solo, fincando-se uns 5 a 10 cm e forçando-se o cabo ligeiramente para trás, até notar diminuta elevação do terreno à frente. Repete-se a operação a cada 15 cm, de tal modo que a água possa penetrar na terra, em vez de escorrer pela superfície, facilitando a drenagem.	
Quanto mais furos forem feitos no gramado existirão melhores condições para circulação de ar através das raízes das plantas. Além disso, será facilitada a absorção dos nutrientes do solo.
No caso de gramados muito extensos e de terrenos com superfície regular, pode-se poupar esforços com a utilização de um rolo provido de estacas finas ou tubos pontiagudos. Em seguida, cobrem-se os buracos com uma mistura de areia e matéria orgânica. Se for utilizado esterco animal, cabe sempre o cuidado de verificar se existem sementes de ervas daninhas. Este tema terá atenção especial mais adiante. 
Gramados: Manutenção de Cobertura
Uma vez por ano convém cobrir a superfície do gramado com uma leve camada de terra, com o fim de nivelar o terreno e revigorar a grama. Utiliza-se para isso terra das camadas profundas do solo, situadas a, pelo menos, 50 cm abaixo da superfície do mesmo, como forma de se prevenir contra a proliferação de ervas daninhas.
Gramado conservado é tapete natural para toda a vida
Os cuidados na conservação e no tratamento da grama variam de acordo com os tipos destas.
Uma providência importante consiste em solicitar, periodicamente, para um profissional que verifique as condições do solo e se existe possibilidade de iminente proliferação e ataque de pragas.
Porém, deve-se tomar alguns cuidados simples e rápidos, sem a necessidade da assistência técnica de um expert, que podem evitar grandes transtornos e ônus financeiros.
Um deles consiste em sempre manter o gramado desobstruído, para que sofra incidência direta de sol. Folhas secas, cadeiras de praia, papel, entulho ou latinhas de alumínio depositadas, por longo tempo, sobre o gramado, impedem a respiração normal da grama e o processo de fotossíntese, provocando seu amarelecimento e morte em alguns dias.
Deve-se evitar, também, o contato direto da grama com produtos químicos de limpeza, de construção, de manutenção de automóveis ou de pintura em geral.
Mesmo quando for lavar o quintal, deve-se evitar que sabão ou detergente atinja o gramado. No entanto, se isso ocorrer, procura-se irrigá-lo, para que ocorra a diluição dos agentes químicos de limpeza, nele despejados.
Se no inverno o gramado apresentar falhas, o que denota falta localizada de nutrição para as plantas, chegou o momento para dar a estas um bom suprimento, na forma de adubação orgânica. E esta iniciativa é válida para qualquer região. Porém, antes dessa incorporação de húmus, deve-se cortar a grama e fazer uma varredura profunda com ancinho ou vassoura de jardim. O objetivo é retirar as aparas mais antigas, que dificilmente são removidas com as varreduras normais. Causa surpresa a quantidade enorme de palha que sai de um gramado nas condições mencionadas. Aliás, trata- se de palha excelente para forrar canteiros e vasos, o que ajuda a manter a umidade do solo, ou para preparar composto orgânico. 
Em seguida, deve-se promover a aeração do solo, para melhorar as condições de circulação de ar nas raízes, facilitando também a penetração dos nutrientes e da água. Ou seja, nada mais do que é feito com os vasos de plantas, quando se nota que a terra está ficando compactada. No gramado, esse trabalho pode ser feito com qualquer ferramenta capaz de fazer furos finos e com, no mínimo, dez centímetros de profundidade, tal como o forcado.
Não é possível especificar quantos furos devem ser feitos por metro quadrado, porém quanto mais finos eles sejam, melhor será o efeito da operação. 
O passo seguinte é formar uma leve cobertura, preferencialmente com uma mistura de 40% de terra, 30% de areia e 30% de adubo orgânico, que pode ser integrada por torta de mamona, composto orgânico, húmus de minhoca ou de galinha bem curtido. Na pior das hipóteses, caso não se consiga obter adubo orgânico, é preferível usar, exclusivamente, areia a usar apenas terra; sobretudo, aquela terra vermelha, saibrosa, tão usada na cobertura de gramados, pois essa esta livre de ervas daninhas por ser de subsolo. O que justifica essa recomendação é simplesmente o fato de que, usando-se apenas areia, melhora-se a textura do solo e permite-se que ele se torne mais permeável á água. Já, quando se aplica terra vermelha, o que estará sendo feito é exatamente o oposto, ou seja, tornando o solo mais argiloso e impermeável. Mas a areia usada sem a terra pode queimar o gramado, por esquentar o mesmo.
Deve-se ressaltar a necessidade de serem desfeitos os torrões de todos os componentes e observadas as condições de inexistência de ervas daninhas e outros parasitas em todo o terreno tratado.
Pode-se espalhar a mistura sobre o gramado, com o auxílio de uma vassoura de lâminas metálicas ou com um rodo. Aproveita-se a oportunidade para nivelar e corrigir uma ou outra depressão que ficou no terreno, deixando expostas as pontas de grama. Mas não deve haver exagero no uso de material sobre a grama. Uma cobertura de meio a um centímetro de espessura é o suficiente.
Esta providência, além de proporcionar um maior fortalecimento das raízes, ajuda na manutenção térmica do espaço. Nas áreas inclinadas, utiliza-se uma peneira para facilitar a distribuição da mistura.
Feito isso, irriga-se a grama, servindo a água para ajudar na dissolução dos fertilizantes e na condução dos nutrientes até as raízes das plantas.
Cuidados com o gramado
Os gramados exigem controle sistemático. Sobre eles, acrescentam-se algumas recomendações: 
O controle por meio do corte é feito, aparando-se regularmente a grama na altura correta, o que exterminará várias ervas. As ervas, em forma de roseta, compreendendo dente-de-leão e as que formam caules rastejantes, como a trapoeraba e a corda-de-viola, podem não ser alcançadas pelas lâminas, exigindo ação mais drástica;
A grama jamais deve ser aparada com as lâminas do cortador situadas em posição muito baixa em relação à superfície do terreno, pois retira os estolões do gramado que é o que proporciona um crescimento horizontal, ou seja, um gramado denso. Caso o gramado seja podado muito baixo irá enfraquecer consideravelmente, tornando o gramado com poucas plantas por metro quadrado e assim vulnerável à competição imposta pelas invasoras;
Cortadores de grama
Existem inúmeros tipos de cortadores de grama, sejam eles manuais, elétricos ou até movidos a gasolina. Para escolher a máquina é preciso verificar qual delas se adapta melhor ao tamanho do gramado e ao tipo de terreno em que será realizado o trabalho. 
Os cortadores manuais são indicados para áreas de até 100 m2. Seus modelos são práticos e leves, mas exigem do usuário certo esforço físico em sua operação. Outra opção é o uso de cortadores elétricos, sendo que os mais procurados têm potência de 1/2 HP para áreas de 100 a 1.000 m², e os de 1 HP para terrenos de, no máximo, 1.500 m². Esses cortadores de grama são, na maioria, leves,de fácil manuseio e apresentam preços bastante acessíveis.
Alguns modelos ainda contêm um coletor, bolsa que recolhe e guarda a grama cortada. E outros ainda trazem, para maior segurança, um dispositivo que desliga o aparelho automaticamente, assim que um objeto duro, como um toco ou uma pedra, atinge as lâminas. 	
Em áreas muito extensas, com mais de 1.500 m², vale a pena usar um cortador de grama com motor movido à gasolina. Ele vem com equipamentos que ajudam garantir a obtenção de um gramado mais uniforme.
Seja qual for à escolha do cortador de grama, certifique-se, antes de comprar, se o sistema de fixação das lâminas é confiável. De preferência, escolha um modelo que possua dispositivo de segurança, como aquele já mencionado.
As lâminas do cortador de grama devem estar sempre limpas e bem afiadas. Não há dúvidas de que, girando a 250 quilômetros por hora, qualquer cortador apara o gramado, ainda que suas lâminas estejam completamente cegas; mas o problema é que, neste estado, elas mastigam os tecidos vegetais das folhas, ao invés de cortar regularmente a grama, deixando o gramado com um tom amarelado, além de suscetível ao ataque de pragas e doenças.
Finalmente, cabe ressaltar que é importante cortar a grama em várias direções, para que o gramado fique uniforme. Deve-se também realizar o trabalho com calma, tirando proveito das situações, pois assim os resultados, com certeza, serão bem melhores.
ATENÇÃO: Quando houver a operação com ferramentas elétricas, deve-se instalar um disjuntor de circuito. Isso poderá até salvar uma vida. Outro cuidado é não usar cortadores elétricos em grama molhada.
PODAS EM PLANTAS ORNAMENTAIS
O homem começou a perceber os efeitos benéficos da extração de ramos das plantas, para estimular o seu crescimento, desde a antigüidade, quando observava as cabras alimentarem-se das extremidades dos arbustos. Os primeiros registros de operações de poda remontam a essa época.
Pode-se definir a poda como a remoção de qualquer parte de uma planta para estimular o desenvolvimento do vegetal, em seu conjunto, incluindo a floração e a frutificação, com a técnica desejada pelo operador, seja ele horticultor ou jardineiro.
A intensidade com que a poda é praticada varia muito, desde a remoção de um grande ramo lenhoso das roseiras velhas, até o simples desponte do ramo central, nas plantas jovens envasadas, como as fúcsias, para obrigá-las à emissão de ramificações laterais.
	Porém, com que finalidade se realiza a poda? Deixa de ser verdade o fato de que, no seu estado selvagem, as plantas não são podadas e, apesar disso, desenvolvem-se e florescem em perfeitas condições?
Esta última pergunta é formulada muitas vezes, e a resposta é que a natureza apresenta seu próprio método de poda. Ramos pequenos desprendem-se, e galhos finos, folhas e flores morrem e caem naturalmente. Tudo ocorre de forma vagarosa e persistente.
A poda é mera aceleração, embora parcial, do mesmo processo que ocorre, de forma espontânea, com as plantas de qualquer sistema vegetal.
Ela é importante tanto para favorecer o crescimento e a produção de flores e frutas, conduzir plantas jovens, como para retirar galhos doentes ou velhos. Nem todas as plantas devem ser podadas, exceto no caso da poda de limpeza, que se aplica em todas as plantas. E existem regras para se efetuar uma boa poda.
As principais razões desse trato cultural são a obtenção do melhor conjunto decorativo e de produção mais elevada. Assim, ou se busca primar pelo aspecto atrativo, pela beleza do conjunto, ou se estimula a floração e a frutificação, o vigor e o bom estado sanitário das plantas. 
Plantas que podem e que não podem ser podadas
Existe uma orientação geral que pode ser seguida para verificar se uma planta pode ou não ser podada.
A regra é que não devem sofrer podas de frutificação e florescimento as plantas que tenham espinhos.
As roseiras, que possuem acúleos, podem ser podadas, pois foram muito modificadas pelo homem, o que lhe assegurou resistência às intervenções. Outros grupos que não resistem a essas categorias de podas são: a) o das espécies ocas por dentro, à exceção do bambu; b) o daquelas de folhas pequenas; c) o das plantas que crescem muito verticalmente; e d) o das que vivem poucos anos. Palmeiras, araucárias e pinheiros em geral também não devem ser podados.
Como reconhecer as espécies que podem ser podadas? Plantas que resistem bem às podas são:
a)	as que segregam leite branco, como a seringueira, exceto as euforbiáceas, entre estas a coroa-de-cristo e o cróton;
b)	plantas que vivem muitos anos, como a tipuana;
c)	aquelas com folhas grandes;
d)	as que crescem mais horizontalmente e e) todos os tipos de cipós, que não forem ocos.
Quando os arbustos são podados com intensidade todos os anos tomam, na maioria das vezes, a forma de um corte de cabelo, ou então exigem a eliminação radical de ramos para que a planta seja mantida dentro dos seus limites. Qualquer desses procedimentos conduz à obtenção de um exemplar feio e deformado, com reduzida ou nula floração. É preferível deixar o arbusto sem qualquer poda. Muitos arbustos de folhas caducas, e a maior parte dos sempre-verdes, crescem satisfatoriamente e produzem uma floração adequada na ausência completa de poda, desde que possam dispor de espaço suficiente para o desenvolvimento e cresçam em solo com fertilidade razoável.
No entanto, há vários grupos de arbustos em que a poda correta é benéfica para a produção regular e abundante das folhas em conjunto com o desenvolvimento de uma ramagem sã e vigorosa. Mesmo sem poda, estes arbustos podem crescer relativamente bem, mas a qualidade das flores, bem como o seu desenvolvimento, são pobres, sobretudo, quando comparados com os exemplares corretamente podados.
Os hábitos naturais de crescimento das árvores afetam inevitavelmente a maneira como devem ser elas podadas e educadas.	
Assim, nunca é demais lembrar que um belo exemplar pode ser irremediavelmente estragado por podas inadequadas.
Algumas árvores, entre elas as pitangueiras, produzem desde a base uma série de caules lindamente irregulares, que são muito característicos dessas plantas frutíferas. Podar uma árvore destas, para que tenha um só tronco, seria um despropósito. Daí a importância de se conhecer os hábitos naturais de crescimento das árvores, antes de qualquer poda.
Para fins de jardinagem, podemos dividir as árvores, segundo seus hábitos, em três categorias principais: as de troncos múltiplos, as de formato piramidal e as árvores copadas. As de troncos múltiplos não devem ser educadas. O melhor é deixá-las crescer ao natural, com podas restritas apenas a um ou outro ramo desgarrado que prejudique a simetria da árvore.
O segundo grupo congrega aquelas espécies onde é muito clara a presença de um galho líder central, que vai da base ao topo, e onde os ramos laterais crescem, a espaços regulares, ao longo do galho central citado. Podem, ainda, ter tronco limpo, sem ramos, desde a base, ou com os galhos laterais começando quase ao nível do solo. São exemplos desta categoria o cedro, o choupo e a maioria das coníferas. Estas árvores raramente carecem de podas.
Finalmente, o último grupo, caracteriza-se por plantas de copas arredondadas e equilibradas, sem a presença de um galho líder central. Jacarandá-mimoso, flamboyant e a cássia imperial se ajustam perfeitamente neste grupo. E estas quase sempre requerem podas.
Tipos de podas
Poda é o trato cultural que se constitui no seccionamento de alguma parte da planta, com a finalidade de estimulá-la para a obtenção de determinado resultado adicional em seu cultivo. Nesse sentido, a poda de plantas floríferas tem por objetivo maior produção de flores. 
Existem basicamente quatro tipos de podas: a de limpeza, a de formação, a de conformação e a de estímulo à produção. Embora as maneiras de executar as podas sejam idênticas, quando são direcionadas darão resultados muito diferentes, conforme a direção do processo,portanto, serão explicados separadamente os tipos de podas, focalizando as conseqüências resultantes de cada tipo.
Poda de limpeza ou fitossanitária
A poda de limpeza ou fitossanitária é aquela realizada para manter a planta saudável, servindo para eliminar os brotos-ladrões ou ramificações em excesso, evitando que haja abafamento das plantas. Os ramos mortos ou danificados oferecem sempre um bom ponto para a entrada de doenças, motivo para se aconselhar a sua eliminação. A poda fitossanitária serve também para eliminar galhos ou ramos praguejados ou com doenças, impedindo, desse modo, sua disseminação.
A poda para a manutenção do vegetal em estado saudável abrange também a remoção de todos os ramos cruzados, imaturos, fracos e excessivamente delgados que, muitas vezes, por falta de luz e de arejamento suficiente, desenvolvem-se nos interiores das copas das árvores e arbustos não podados. Esse procedimento eliminará possíveis fontes de doenças, permitirá o desenvolvimento desimpedido de lançamentos vigorosos e contribuirá para a produção de folhagem saudável e belas flores.
As podas de limpeza devem sempre ser realizadas com instrumentos afiados. Os cortes devem ser efetuados, sempre que possível, logo acima de um gomo de crescimento, que na altura adequada dê origem a um rebento de substituição.
Galhos robustos devem ser retirados com serrote de poda ou com podão. Ramos flexíveis, mais frágeis, podem ser cortados com a tesoura de poda pequena ou até mesmo com um canivete bem amolado. De uma forma ou de outra, o certo é que toda poda deve ser feita em chanfrado, com inclinação para baixo, evitando, assim, acúmulo de água no local.
Poda de formação
A maioria das árvores e dos arbustos é beneficiada com as podas de formação, embora algumas adquiram naturalmente a conformação pretendida sem podas, bastando, para isso, guiá-las parcimoniosamente e realizar a remoção de alguns lançamentos mal localizados. Portanto, é muito importante cuidar para que a poda de formação, executada nas fases iniciais, seja oportuna e adequada, mesmo que tal operação envolva simplesmente a supressão de um ou dois raminhos mais fracos. Na fase dita de desenvolvimento da planta podem surgir graves problemas, quando se permite que a árvore cresça a partir de dois ramos guias ou de deixar na planta um ramo mal localizado.
Apesar da relutância natural do jardineiro para a supressão de lançamentos de ramos vigorosos, ocorre que às vezes essa operação torna-se imprescindível para a correta formação de um esqueleto básico e equilibrado, que sustente a planta durante toda sua vida.
As árvores, a menos que sejam aparadas, e os arbustos de folhagem caduca e persistente, em seu crescimento natural, manterão seu esqueleto estrutural ao longo de toda a existência. Portanto, o esqueleto deve ser forte e possuir ramos espaçados com regularidade, de modo que possa suportar o peso dos ramos menores, também uniformemente distribuídos ao longo de toda a estrutura do vegetal.
Os arbustos que sofrem podas periódicas de renovação não possuem estrutura permanente. No entanto, mesmo quanto a estes, continua a ser muito importante a formação de plantas bem conformadas e com conjunto equilibrado. 
Poda de conformação ou condução
Nem sempre as plantas de um jardim crescem da maneira desejável. Podem, por exemplo, não adquirir a forma que se adapte ao local planejado para seu cultivo. Neste caso, a poda de conformação auxilia no sentido de dar à planta a forma desejada, através da modificação de seu desenvolvimento. É claro que muitas plantas não podem ser submetidas a esse tipo de poda, mas há um grande número delas que pode ser submetido a essa alteração.
Para se realizar uma poda de conformação, é necessário o conhecimento das características da planta que se deseja podar e, em seguida, projetar esteticamente a situação que se pretende alcançar.
Na prática, a época de fazer a poda de conformação é determinada pela idade da planta. O trabalho inicia-se quando a planta ainda é bastante jovem, levando-se geralmente mais de um ano para completá-lo.
A seguir, mencionam-se alguns exemplos de poda de conformação:
a) 	Para se obter o predomínio do crescimento vertical, ou seja, dando mais importância à altura da planta, os ramos laterais devem ser eliminados, favorecendo o crescimento apical.
b) 	Para se obter desenvolvimento mais lateral que vertical, dando um aspecto mais copado à planta, poda-se o ramo principal e mais alto, estimulando-se o desenvolvimento dos ramos laterais e basais.
Para se obter crescimento multidirecional, os ramos são podados de acordo com o tipo de formato desejado, devendo-se fazer constante manutenção da poda, para retirar possíveis brotos ladrões. 
Para algumas árvores e arbustos, é preferível o desenvolvimento livre, após a poda de formação, executando- se simplesmente a poda de limpeza e a supressão dos ramos mortos, danificados ou doentes. Ocasionalmente, pode ser necessária a eliminação total de lançamentos que, embora vigorosos, estejam mal localizados, prejudicando, por esse motivo, o equilíbrio da árvore ou arbusto adulto.
Com muitos arbustos e, embora mais raramente, com pequenas árvores, pode suceder que uma seção se apresente com maior vigor do que a parte restante do vegetal. Sempre que isso se verificar, será bom que se lembre o princípio de que os ramos fortes devem ser ligeiramente podados, enquanto os de aspecto fraco exigem podas severas. Na realidade, as podas intensas estimulam o aparecimento de rebentos vigorosos; portanto, não devem ser empregadas para a supressão de ramos fortes, pois iriam encorajar o desenvolvimento de rebentos ainda mais vigorosos, os quais acentuariam o desequilíbrio da planta.
O provérbio em uso na agricultura: crescimento fraco, poda severa; crescimento vigoroso, poda ligeira, nunca deverá ser esquecido, sempre que se tornem necessárias as operações de correção mencionadas. 
Poda de florescimento ou para estimular a produção de flores
	Em um jardim, a produção de maior interesse é a de flores, daí a importância desse tipo de poda, quando se trata da prática de jardinagem. Existem dois tipos de poda para estimular a produção de flores, dependendo da finalidade particular da operação:
Para obter floração abundante - força-se o máximo possível o aparecimento de gemas floríferas, favorecendo o desenvolvimento de ramos que contenham mais gemas.
Para obter flores grandes - procura-se diminuir o número de ramos que produzem gemas floríferas, e, nestes, as quantidades de gemas existentes.
Para a obtenção de máximo efeito decorativo ou de capacidade de produção ótima de flores, torna-se essencial conhecer as características de crescimento, floração e frutificação da planta que será podada, já que tais características vão servir de critério para a escolha da técnica a ser utilizada.
O jardineiro deve saber se a planta floresce sobre lançamentos do ano corrente, ou se produz as flores em ramos com um ou mais anos. Não haveria qualquer vantagem em submeter as plantas que se enquadram na última categoria a uma poda intensa na primavera, já que todos os lançamentos do ano, que deveriam emitir flores na estação própria dos anos seguintes, seriam suprimidos. 
O conhecimento das características de crescimento auxiliará, também, na determinação de quando se deve executar a poda.
No entanto, tem-se, como regra geral, que a melhor época do ano para podar é a que permite o máximo crescimento, tanto para a produção de lançamentos destinados ao desenvolvimento de botões florais no mesmo ano, como de raminhos que florescerão no ano seguinte.
PODA DAS ROSEIRAS: A melhor época para a execução da poda nas roseiras é quando os dias ficam mais curtos e as noites mais longas, ou seja, a partir de 23 de junho. Galhos secos e mal formados devem ser retirados. A poda deve ser executada a um centímetro de uma gema que permanece na planta e mantendo os ramos com 20 cm de altura. 
PODA DE AZALÉIAS: A melhor

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