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REAÇÕES RADICALARES BRESLOW, Cap. 7 PETER SYKES, Cap. 11 REAÇÕES RADICALARES ¢ INTRODUÇÃO ¢ DEFINIÇÃO ¢ FORMAÇÃO DE RADICAIS ¢ DETECÇÃO DE RADICAIS ¢ ESTRUTURA E REATIVIDADE ¢ REAÇÕES RADICALARES INTRODUÇÃO ¢ OCORRÊNCIA E IMPORTÂNCIA l São encontrados naturalmente • Ex: oxigênio diatômico l São espécies reativas geradas em reações químicas • Ex: carbeno DEFINIÇÃO ¢ RADICAIS LIVRES l E s p é c i e s q u e a p r e s e n t a m e l é t r o n ( s ) desemparelhado(s). l Na sua maioria, não são estáveis, mas desempenham pape l impor tan te como intermediários reativos. l As reações conduzidas a altas temperaturas envolvem tipicamente intermediários radicalares. • Exemplos: • Combustão de compostos orgânicos • Reações de decomposição de peróxidos l São espécies menos seletivas e, portanto, mais reativas do que os carbocátions e carbânions. ESTRUTURA E REATIVIDADE ¢ Muitas reações orgânicas efetuadas a temperaturas comuns processam-se mediante mecanismos radicalares, especialmente aquelas conduzidas l em fase gasosa l em solventes apolares l na presença de iniciadores radicalares • Luz • Iniciadores químicos • Ex: peróxidos FORMAÇÃO DE RADICAIS ¢ FOTÓLISE l Radiação UV ou Visível ¢ TERMÓLISE l Fissão térmica de ligações fracas ¢ REAÇÕES REDOX l Transferência de elétron • Íons inorgânicos, metais ou eletrólitos FORMAÇÃO DE RADICAIS ¢ FOTÓLISE l Decomposição fotoquímica l Quebra de ligação por absorção de radiação UV ou Visível l Fotólise “Flash” (relâmpago) • Técnica de geração de radicais com um feixe energético muito intenso em um pequeno intervalo de tempo. FORMAÇÃO DE RADICAIS ¢ FOTÓLISE l Exemplos • Compostos carbonílicos → radicais alquila • Hipocloritos de alquila → radicais alcóxi • Nitrilas → radicais alcóxi • Halogênios → átomos FORMAÇÃO DE RADICAIS ¢ VANTAGENS l Possibilita a quebra de ligações fortes l Método mais específico para efetuar homólise → reação mais limpa • Exemplo: peróxidos de diacila FORMAÇÃO DE RADICAIS ¢ TERMÓLISE l Baseia-se na facilidade de fissão térmica de algumas ligações químicas. • Ex: peróxidos e compostos azo FORMAÇÃO DE RADICAIS ¢ TERMÓLISE l Quebra de ligações C-C • Ocorre a temperaturas elevadas • Exemplo: craqueamento de alcanos FORMAÇÃO DE RADICAIS ¢ REAÇÕES REDOX l Íons metálicos • Fe2+ / Fe3+ • Cu+ / Cu2+ ESTRUTURA E REATIVIDADE ¢ RADICAIS ORGÂNICOS INSTÁVEIS l Na ausência de outras espécies reativas, como solvente, a sua extinção ocorre predominantemente por dimerização. • Exemplo ESTRUTURA E REATIVIDADE ¢ RADICAIS ORGÂNICOS ESTÁVEIS l Em solução, o hexafeniletano encontra-se em equilíbrio com o radical trifenilmetila. l Apesar deste equilíbrio ser muito desfavorável para o radical trifenilmetila, este é facilmente detectado. ESTRUTURA E REATIVIDADE ¢ Parte considerável da estabilização destes radicais provém das formas de ressonância suplementares, que não são disponíveis nos dímeros. ESTRUTURA E REATIVIDADE ¢ A dissociação também é favorecida pela aglomeração de seis grupos volumosos no dímero, o hexafenilmetano. C C ESTRUTURA E REATIVIDADE ¢ O derivado tris-p-nitro existe quase completamente dissociado. l A participação dos grupos nitro • deslocalização do e- desemparelhado ⇒ maior estabilidade do radical tris-p-nitrofenila. ESTRUTURA E REATIVIDADE ¢ Compostos como a difenilpicril- hidrazila são estáveis principalmente devido à deslocalização extensa do elétron desemparelhado. ESTRUTURA E REATIVIDADE ¢ Radical ânion antraceno l Estabilização conjugativa no radical. l Repulsão eletrostática no dímero. DETECÇÃO DE RADICAIS ¢ Radicais livres l Apresentam um momento magnético líquido. ¢ Espectroscopia da ressonância do spin do elétron, e.s.r. (ou ressonância paramagnética eletrônica, e.p.r.) l Método muito sensível para detectar radicais livres (conc. < 10-10 mol L-1). DETECÇÃO DE RADICAIS ¢ E.p.r. l Fundamento do método DETECÇÃO DE RADICAIS ¢ E.p.r. l Aplicações • Detecção de intermediários radicalares • Comprovação de mecanismos de reação • Determinação de radicais livres em alimentos submetidos à irradiação REAÇÕES RADICALARES ¢ Energias de Dissociação de Ligação l Fornecem indício das estabilidades de radicais se, em todos os casos comparados, estiver sendo rompida uma ligação muito semelhante. l Podem ser utilizadas para predizer se reações radicalares simples são exotérmicas ou não, fator relevante nas reações radicalares em cadeia. REAÇÕES RADICALARES REAÇÕES RADICALARES ¢ Estabilização por hiperconjugação l Radical terc-butila REAÇÕES RADICALARES ¢ Estabilização por conjugação REAÇÕES RADICALARES ¢ Energias de Dissociação de Ligação l Podem ser utilizadas para predizer se reações radicalares simples são exotérmicas ou não. • O rompimento de uma ligação metila- hidrogênio requer 102 kcal/mol, mas a formação de uma ligação hidroxila- hidrogênio libera 120 kcal/mol, de modo que o processo global libera 18 kcal/mol. REAÇÕES RADICALARES ¢ Energias de Dissociação de Ligação l A alteração global de energia consiste apenas na diferença de duas energias de dissociação de ligação • Há dois meios pelos quais o radical metila poderia atacar o HBr, a fim de formar metano ou brometo de metila. REAÇÕES RADICALARES ¢ REAÇÕES RADICALARES EM CADEIA l Polimerização do estireno • Reação em cadeia típica REAÇÕES RADICALARES ¢ REAÇÕES RADICALARES EM CADEIA l Polimerização do estireno • 1ª. Etapa: fase de iniciação da cadeia REAÇÕES RADICALARES ¢ REAÇÕES RADICALARES EM CADEIA l Polimerização do estireno • 2ª. Etapa: adição do radical ao estireno REAÇÕES RADICALARES ¢ REAÇÕES RADICALARES EM CADEIA l Polimerização do estireno • 3ª. Etapa: etapa propagadora da cadeia REAÇÕES RADICALARES ¢ REAÇÕES RADICALARES EM CADEIA l Polimerização do estireno • 4ª. Etapa: terminação da cadeia REAÇÕES RADICALARES ¢ Diagrama de Energia l Reação endotérmica REAÇÕES RADICALARES ¢ REAÇÕES DE SUBSTITUIÇÃO l O flúor molecular é extremamente reativo frente aos hidrocarbonetos. • Fases de propagação REAÇÕES RADICALARES ¢ REAÇÕES DE SUBSTITUIÇÃO • Fase de iniciação • Provavelmente consiste na reação direta do metano com o flúor, visto que a reação não exige outros iniciadores. REAÇÕES RADICALARES ¢ REAÇÕES DE SUBSTITUIÇÃO • Fase de terminação • A terminação da cadeia ocorre pela combinação de • dois radicais metila → CH3CH3 • radical metila com radical flúor → CH3F • dois átomos de flúor, formando F2. REAÇÕES RADICALARES ¢ REAÇÕES DE SUBSTITUIÇÃO l O cloro molecular é menos reativo, embora apresente as etapas de propagação exotérmicas. • Fases de propagação REAÇÕES RADICALARES ¢ REAÇÕES DE SUBSTITUIÇÃO • Fase de iniciação • Utilizando-se os valores de energia de dissociação, verifica-se que uma reação direta entre Cl2 e CH4 provavelmente não é a fase iniciadora, pois seria endotérmica. • Portanto, as clorações mediante radical livre são geralmente iniciadas pela luz, embora possam ser usados também outros iniciadores. ΔH = 58 kcal/mol REAÇÕES RADICALARES ¢ LUZ ULTRAVIOLETA l A luz ultravioletade 200 nm pode fornecer 143,2 kcal/mol. l Esta energia é suficiente para romper qualquer ligação covalente, se for absorvida. l Por isso, para iniciar reações radicalares em cadeia emprega-se freqüentemente a radiação ultravioleta. REAÇÕES RADICALARES ¢ REAÇÕES DE SUBSTITUIÇÃO l O bromo molecular é menos reativo ainda do que o cloro molecular. l O radical bromo pode atacar apenas ligações C-H bastante fracas (ex: tolueno). • Fases de propagação REAÇÕES RADICALARES ¢ REAÇÕES DE SUBSTITUIÇÃO l No caso da reação com tolueno forma-se o radical benzila, estabilizado por ressonância. l Bromações desse tipo são geralmente iniciadas quer pela luz quer pela decomposição de um peróxido ou outra molécula instável. REAÇÕES RADICALARES ¢ REAÇÕES DE SUBSTITUIÇÃO l A halogenação com iodo mediante radical livre não é possível, visto que a energia da ligação de 71 kcal do HI é mais baixa do que a energia de qualquer ligação C-H. REAÇÕES RADICALARES ¢ REAÇÕES DE ADIÇÃO l O processo de adição mediante radical livre é a adição “anormal” de HBr a olefinas. Ex: propileno REAÇÕES RADICALARES ¢ DECOMPOSIÇÕES E REARRANJOS DE RADICAL LIVRE l A decomposição do peróxido de benzoíla mediante aquecimento em cicloexano forma tanto ácido benzóico como benzeno, juntamente com outros produtos derivados dos radicais benzoato e fenila. REAÇÕES RADICALARES ¢ DECOMPOSIÇÕES E REARRANJOS DE RADICAL LIVRE REAÇÕES DE ADIÇÃO ¢ Carbenos l Estados energéticos REAÇÕES DE ADIÇÃO ¢ CARBENOS l Reações de adição-1,1 • Processos simultâneos ??? • Evidência: adição estereoespecífica • Entretanto, nem todos os carbenos sofrem adição estereosepecífica a alcenos. Há dois estados eletrônicos possíveis para qualquer carbeno e, aparentemente, só o singlete dá adição estereoespecífica. REAÇÕES DE ADIÇÃO ¢ CARBENOS l Reações de adição-1,1 • Considerando o próprio CH2, no estado singlete (em que todos os elétrons estão emparelhados) o carbono está hibridizado aproximadamente na forma sp2. Dois dos orbitais sp2 são empregados para a lig. Simples ao H enquanto que o terceiro contém o par não compartilhado de elétrons. O orbital p restante encontra-se vazio. REAÇÕES DE ADIÇÃO ¢ CARBENOS l Desta maneira o estado singlete se assemelha ao carbocátion REAÇÕES DE ADIÇÃO ¢ CARBENOS l Adição estereoespecífica l Mistura de estereoisômeros
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