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casos de prática juridica 2

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s
Caso 01
Hospital Cuidamos de Você Ltda., com sede na cidade do Rio de Janeiro, propôs em 
face de Cláudia, brasileira, casada, residente no município do Rio de Janeiro, Ação 
de Cobrança, pelo rito comum, por ser credor da quantia de R$ 60.000 (sessenta 
mil reais) através de cheque emitido pela mesma no dia 28 de setembro de 2013. 
Cláudia procura você, advogado (a), munida de mandado de citação expedido 
pela 6ª Vara de Fazenda Pública da Comarca da Capital do Estado do Rio de 
Janeiro, afirmando que, no dia 17 de setembro de 2013, acompanhou o seu 
marido, Diego, ao hospital pois o mesmo havia sofrido fratura exposta na perna 
direita, conforme diagnóstico médico, o que determinou a realização de uma 
cirurgia de emergência. Afirma ainda que todo o procedimento médico que Diego 
se submeteu foi custeado pelo Plano de Saúde Minha Vida, conveniado ao 
hospital. 
Ocorre que mesmo após a autorização do plano de saúde para a realização do 
procedimento cirúrgico, a direção do hospital exigiu que Cláudia emitisse um 
cheque no valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), como garantia de pagamento 
dos serviços médicos que seriam prestados à Diego. 
Diante do ocorrido, elabore a peça judicial cabível para a defesa dos interesses de 
Cláudia. 
 
Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 2 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA DA FAZENDA 
PÚBLICA DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO/RJ. 
 
 
(espaço de 5 linhas) 
Processo n° ... (deve ser inserido no início da margem esquerda) 
(espaço de 5 linhas) 
 
 
 CLÁUDIA, nos autos da AÇÃO DE COBRANÇA que lhe promove 
HOSPITAL CUIDAMOS DE VOCÊ LTDA, ambos já qualificados, vem à presença de 
Vossa Excelência, por meio de seu advogado devidamente constituído, conforme 
instrumento de mandato anexo, nos termos do art. 104, e com fundamento no art. 
335 e seguintes do Código de Processo Civil, apresentar CONTESTAÇÃO, conforme 
os fatos e fundamentos jurídicos abaixo elencados: 
 
Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 3 
I – DA SÍNTESE DA INICIAL 
 
 
 
 
 
 
 	
 Alega o Autor ser credor da Ré da quantia de R$ 
60.000,00 (sessenta mil reais), representado pelo cheque emitido em 28 de 
setembro de 2.013. 
 Eis a síntese do necessário.
II – PRELIMINARMENTE 
 
 
 
• DA INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA 
 
 Nos termos do art. 62, do Código de Processo Civil, a 
competência com relação à matéria é inderrogável pela vontade das partes, cuja 
vedação legal alcança qualquer negócio jurídico. 
 Assim, em se tratando de incompetência absoluta do Juízo para 
o julgamento da presente demanda, requer a Vossa Excelência o acolhimento e a 
remessa dos autos ao juízo cível competente, nos termos do art. 64, § 3º, do 
Código de Processo Civil. 
Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 5 
• art. 337 do CPC; defesas processuais 
III - NO MÉRITO 
 
 
 
 No dia 17 de setembro, a Ré acompanhou seu marido Diego ao hospital 
pois o mesmo havia sofrido fratura exposta na perna direita, conforme diagnóstico médico, o que 
determinou a realização de uma cirurgia de emergência, cujo procedimento médico foi custeado 
integralmente pelo Plano de Saúde Minha Vida, conveniado ao hospital. 
 Cumpre-nos esclarecer que o Autor exigiu a entrega de cheque na 
importância de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), como garantia de pagamento pelos serviços 
médicos que seriam prestados ao marido da Ré, mesmo após a autorização do plano de saúde 
para a realização do procedimento cirúrgico. 
 Destaque-se que a cobrança de cheque caução é considerada ilegal pela 
Agência Nacional de Saúde, por meio da Resolução Normativa n. 44/2003 que dispõe: 
 “Art. 1º Fica vedada, em qualquer situação, a exigência, por parte dos 
prestadores de serviços contratados, credenciados, cooperados ou 
referenciados das Operadoras de Planos de Assistência à Saúde e 
Seguradoras Especializadas em Saúde, de caução, depósito de qualquer 
natureza, nota promissória ou quaisquer outros títulos de crédito, no ato 
ou anteriormente à prestação do serviço.” 
Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 6 
• arts. 336, 341 e 342 do CPC 
 Sem prejuízo, a Lei nº 12.653/2012 incluiu como crime, 
previsto no art. 135-A, a exigência de condicionar atendimento médico-hospitalar 
emergencial a qualquer garantia, in verbis: 
“Exigir cheque-caução, nota promissória ou qualquer 
garantia, bem como o preenchimento prévio de formulários 
administrativos, como condição para o atendimento médico-
hospitalar emergencial: Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 
(um) ano, e multa.” 
 O objetivo da lei é garantir o atendimento médico-hospitalar 
de urgência a qualquer cidadão que busque um estabelecimento de saúde, seja público 
ou privado, nos exatos termos do Direito Fundamental à saúde, previsto no artigo 6º e 
artigo 196 ambos da Constituição Federal. 
 Corroborando com o alegado, o Autor se encaixa no tipo 
penal, já que o marido da Ré estava em estado emergencial para o atendimento médido-
hospitalar. 
 Reitere-se, por importante que seja, que o procedimento 
médido-hospitalar foi custeado integralmente pelo convênio médico, não havendo o que 
se falar na existência do direito pleiteado pelo Autor. 
 
Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 7 
DO PEDIDO 
 
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência: 
1. O acolhimento da preliminar, com a consequente remessa dos autos ao juízo 
competente; 
2. No mérito, seja a ação julgada improcedente; 
3. A condenação do Autor nas custas, despesas e honorários advocatícios, estes 
arbitrados em seu plus; 
 
DAS PROVAS 
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 
e seguintes do CPC, em especial documental superveniente, testemunhal, pericial e 
depoimento pessoal do autor. 
Pede deferimento. 
Local e data. 
 
ADVOGADO 
OAB 
Caso 02 
FELIX SOARES, brasileiro, solteiro, médico, carteira de identidade 002/IFP, CPF: 52437,
com endereço à Rua das Flores, nº 424/casa, Bangu, na qualidade de fiador de contrato
de locação, foi citado para a ação de despejo por falta de pagamento cumulada com
cobrança, proposta por MENERVAL FAGUNDES, que tem curso na 1ª Vara Cível Regional
de Bangu (Processo 2006.0028). Predita ação, que tem também no polo passivo o
locatário (AIRTON GOMES), foi proposta com base no inadimplemento de contrato de
locação residencial do apartamento 202, sito à Av. das Camélias nº 20, Bangu, celebrado
pelo prazo de 30 (trinta) meses e que se encontra por prazo indeterminado desde
agosto/2001, tendo em vista que não houve qualquer manifestação das partes. Da
análise dos fatos e documentos se depreende que o locatário deixou de pagar os últimos
42 (quarenta e dois) meses de aluguéis, embora esteja honrando com os demais encargos
locatícios. Sobre o valor total dos alugueres em atraso (R$ 21.000,00), o locador está
pleiteando a incidência de multa de 10% (não prevista no contrato), juros de 6% a.m.,
além da respectiva correção monetária. Sabe-se que, no contrato de locação consta
cláusula de que o fiador responde solidariamente e como principal pagador por todos os
débitos locatícios, até que ocorra a efetiva entrega das chaves do imóvel.
Diante de tal situação, elabore a pertinente defesa de FELIX, bem representando o
cliente, face à toda situação fático/jurídica acima exposta.
ADVOGADO: RENATO MEDEIROS - OAB/RJ: 1.000
ESCRITÓRIO: Av. Santos, nº 10/1001, Bangu/RJ
Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 2
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL REGIONAL DE
BANGU – ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
(espaço de 5 linhas)Processo n°2006.0028
(espaço de 5 linhas)
FELIX SOARES, brasileiro, solteiro, médico, Carteira de Identidade
002/IFP, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda sob o nº 52437,
residente e domiciliado na rua das Flores, nº 424, Bangu, Rio de Janeiro, por eu advogado
infra-assinado (instrumento de mandato anexo), nos autos da AÇÃO DE DESPEJO POR
FALTA DE PAGAMENTO CUMULADA COM COBRANÇA, pelo rito comum, que lhe
promove MENERVAL FAGUNDES, já qualificado na petição inicial, vem respeitosamente à
presença de Vossa Excelência, tempestivamente, oferecer CONTESTAÇÃO pelos motivos
de fato e de direito abaixo elencados:
Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 3
I – DA SÍNTESE DA INICIAL
O autor ajuizou a presente ação de despejo por falta de pagamento
cumulada com cobrança em face do réu e do locatário, Airton Gomes, alegando em
síntese que houve inadimplemento do locatário na locação residencial do
apartamento nº 2002, situado na Av. das Camélias, nº 20, Bangu, cujo contrato foi
celebrado pelo prazo de 30 (trinta) meses e que se encontra por prazo
indeterminado desde agosto de 2001, tendo em vista que não houve qualquer
manifestação das partes.
Eis a síntese do necessário.
Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 4
II – PRELIMINARMENTE
• DA ILEGITIMIDADE DE PARTE PASSIVA *
O réu é parte ilegítima ad causam. O contrato original foi
celebrado pelo prazo de 30 (trinta) meses e foi prorrogado por prazo
indeterminado desde agosto de 2.001, sendo que o réu não anuiu expressamente
à prorrogação do contrato locatício. Portanto, o réu exonerou-se da fiança
convencionada no contrato original. Nesse sentido, é firme a jurisprudência da 5ª
Turma do Colendo Superior Tribunal de Justiça, in verbis:
*Nota: Esta peça foi aplicada no Exame de Ordem antes do advento da Lei nº
12.112/2009, que alterou vários dispositivos da lei de Locações. O art. 39 do
mencionado dispositivo legal prescreve agora: “Salvo disposição contratual em
contrário, qualquer das garantias da locação se estende até a efetiva devolução do
imóvel, ainda que prorrogada a locação por prazo indeterminado, por força desta
Lei.”
Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 5
CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. LOCAÇÃO. FIANÇA. INTERPRETAÇÃO NÃO
EXTENSIVA. RESPONSABILIDADE. RESTRITA AO PERÍODO ORIGINALMENTE
CONTRATADO. CONTINUIDA DE DA GARANTIA SEM ANUÊNCIA DO FIADOR.
IMPOSSIBILIDADE. CLÁUSULA QUE OBRIGUE O FIADOR ATÉ A EFETIVA
ENTREGA DAS CHAVES. IRRELEVÂNCIA. APLICAÇÃO. ART. 1.483 DO CÓDIGO
CIVIL. SÚMULA 214/STJ. RECURSO ESPECIAL CONHECIDO E PROVIDO.
I - A obri gação decorrente da fiança l ocatícia deve se restringir ao prazo
originalm ente contratado, descabendo se exigir do garantidor o
adimplemento de débitos que pert inem ao p eríodo de prorrogação da
locação, à qual não anu iu, consoante a regra do artigo 1.483, do Estatuto
Civil. Na espécie, imp õe - se considerar extinta a fiança, uma vez que o
contrato original teve seu termo final em 11/06/92, e os valores exigidos
foram originados posteri ormente a 12/11/97. Esta a exegese in scrita na
Súmula 214/STJ. Precedentes.
Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 6
Diante do exposto, vem perante Vossa Excelência requerer a extinção
do presente processo sem resolução do mérito, com fundamento no art. 485,
inciso VI, do Código de Processo Civil, devendo permanecer no polo passivo apenas
o corréu.
III - NO MÉRITO
Em que pese a preliminar apresentada ser intransponível, no mérito,
melhor sorte não assiste ao autor.
Pela análise dos fatos articulados na inicial e nos documentos que a
instruem depreende-se que o locatário deixou de pagar os últimos 42 (quarenta e
dois) meses de aluguéis, embora esteja honrando com os demais encargos
locatícios. Sobre o valor total dos alugueres em atraso, ou seja, R$ 21.000,00 (vinte
e um mil reais), o autor está pleiteia a incidência de multa de 10%, que não está
prevista em contrato, juros de 6% (seis por cento) ao mês, além da respectiva
correção monetária.
Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 7
Além disso, no contrato de locação consta cláusula de que o fiador
responde solidariamente e como principal pagador por todos os débitos locatícios,
até que ocorra a efetiva entrega das chaves do imóvel.
A multa de 10% (dez por cento) cobrada pelo autor não é devida, eis
que não prevista em contrato. Não há cláusula penal que imponha multa no caso
de inadimplência. Portanto, ela não pode ser cobrada pelo autor.
Por outro lado, os bens do locatário devem responder em primeiro
lugar pela dívida, nos termos do art. 827 do Código Civil, que dispõe:
“Art. 827. O fiador demandado pelo pagamento da dívida tem direito a exigir, até
a contestação da lide, que sejam primeiro executados os bens do devedor.
Parágrafo único. O fiador que alegar o benefício de ordem, a que se refere este
artigo, deve nomear bens do devedor, sitos no mesmo município, livres e
desembargados, quantos bastem para solver o débito.”
Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 8
Assim, o réu indica os seguintes bens pertencentes ao locatário que
deverão responder pela dívida: (descrever os bens).
Finalmente, a pretensão do autor não pode ser acolhida totalmente
em razão da ocorrência de prescrição relativa a 6 (seis) meses de aluguel, tendo
em vista o que o art. 206, § 3º, inciso I, do Código Civil prevê que:
“Art. 206. Prescreve:
§ 3
o
Em três anos:
I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;”
Portanto, a pretensão do autor deve abranger apenas os 36 (trinta e
seis) meses anteriores ao ajuizamento da presente ação.
Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 9
IV - DO PEDIDO
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência, acolhendo a preliminar de
ilegitimidade do réu, a extinção do processo sem resolução do mérito em relação a ele,
com fundamento no art. 485, inciso IV, do Código de Processo Civil, devendo permanecer
no processo apenas o corréu, e, no mérito, que a multa de 10% (dez por cento) seja
afastada por não estar prevista na avença e que os bens do locatário respondam pela
dívida em primeiro lugar, bem como o reconhecimento da prescrição dos alugueres
superiores a 36 (trinta e seis) meses anteriores ao ajuizamento da presente ação,
condenando-se o autor em custas e honorários advocatícios.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito
admitidos, em especial, depoimento pessoal do autor, oitiva de testemunhas,
documentos e demais que se fizerem necessários.
Pede deferimento.
Local e data.
ADVOGADO
OAB
Caso 03
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II 
 
 
CONTESTAÇÃO 
 
 
Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE - DPC II 1 
No dia 06 de novembro de 2008, Marcelo, brasileiro, viúvo, aposentado, residente 
na cidade do Rio de Janeiro, alienou, através de escritura pública de compra e 
venda celebrada com Anderson, brasileiro, residente no Rio de Janeiro, o imóvel de 
sua propriedade localizado no município de São Paulo. É certo que o comprador 
efetuou o pagamento de R$ 320.000,00 (trezentos e vinte mil reais) no ato da 
lavratura da escritura, tendo, portanto, integralizado o preço relativo ao valor de 
mercado do imóvel. No dia 09 de setembro de 2009, Marcelo veio a ser interditado 
por demência decorrente do Mal de Alzheimer, tornando-o relativamente incapaz, 
através de sentença prolatada pelo juízo da 2ª Vara de Órfãos e Sucessões da 
Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, da qual não houve recurso. O filho 
de Marcelo, Bruno, foi o curador nomeado por aquele juízo. Bruno propôs, 
em dezembro de 2013, ação de anulação da venda do imóvel, alegando dolo e má-
fé do adquirente, em razão da incapacidade de seu pai. A petição inicial foi 
distribuída para a 4ª Vara Cível da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro. 
Desesperado, Anderson o procura em seu escritório para contestar a demanda, 
afirmando que desconhecia, quando da celebração da escritura, a incapacidade do 
vendedor, já que estanão era aparente. Elabore a peça processual cabível a defesa 
e resguardo dos direitos de seu cliente, fundamentando nos dispositivos legais 
pertinentes. 
 
Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 2 
É do 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA CÍVEL DA COMARCA 
DO RIO DE JANEIRO/RJ. 
 
 
(espaço de 5 linhas) 
Processo n°() 
(espaço de 5 linhas) 
 
 
 ANDERSON, brasileiro, “estado civil”, “profissão”, Carteira de 
Identidade RG nº, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda sob o 
nº, “endereço eletrônico”, residente e domiciliado na “...”, Rio de Janeiro, por seu 
advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), nos autos da AÇÃO DE 
ANULAÇÃO DE VENDA DE IMÓVEL, pelo rito comum, nos termos do art. 318 e seguintes 
do Código de Processo Civil, que lhe promove BRUNO, já qualificado na petição inicial, 
vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, tempestivamente, oferecer 
CONTESTAÇÃO pelos motivos de fato e de direito abaixo elencados: 
 
Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 3 
 es 
I – DA SÍNTESE DA INICIAL 
 
 O autor ajuizou a presente ação de anulação de negócio jurídico, 
alegando dolo e má-fé do réu na aquisição de imóvel de propriedade do genitor do 
autor, Marcelo, cuja transação ocorreu em 06/11/2008, tendo o réu integralizado o 
valor do bem e no preço de mercado, na importância de R$ 320.000,00 (trezentos 
e vinte mil reais). 
 Em 09/09/2009 o genitor do autor foi interditado por demência em 
decorrência do Mal de Alzheimer, por meio de sentença prolatada pelo Juízo da 2ª 
Vara de Órfãos e Sucessões desta Comarca, ocorrendo o trânsito em julgado dessa 
decisão, sendo certo que o autor foi nomeado curador do relativamente incapaz. 
 
 Eis a síntese do necessário. 
 
 
Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 4 
II – PRELIMINARMENTE 
 
• DA ILEGITIMIDADE DE PARTE ATIVA DE PARTE 
 
 Nos termos do art. 337, inciso XI, do Código de Processo Civil, o 
processo será extinto sem julgamento do mérito quando ocorrer a ausência de 
legitimidade de parte. No caso em análise, mostra-se patente a ilegitimidade do 
autor para a interposição da presente demanda, já que a titularidade do direito 
material que se discute nos presentes autos pertence a Marcelo, genitor do autor, 
sendo esse apenas o curador nomeado para representar o interditado legalmente. 
 Ademais, nos termos do art. 18 do Código de Processo Civil, não 
há exceções legais que admita a legitimidade do curador especial, autor da ação. 
 Diante do exposto, requer a extinção da ação sem a resolução 
do mérito, com fundamento no art. 485, inciso XI, do Código de Processo Civil. 
Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 5 
II – DA PREJUDICIAL DE MÉRITO 
 
 Nos termos do art. 178, inciso II, do Código Civil, é de 4 (quatro) anos 
o prazo decadencial para requerer a anulação de negócio jurídico, a contar da data 
da celebração do contrato, que, na hipótese, ocorreu em 06/11/2008, sendo certo 
que a presente ação foi distribuída em dezembro/2013. 
 Com efeito, a decadência é causa extintiva de direito pelo seu não 
exercício no prazo estipulado pela lei, cujo termo inicial deve coincidir com o 
conhecimento do fato gerador do direito a ser pleiteado, quando seja, da 
celebração do negócio jurídico. 
 Assim, em ocorrendo a decadência do direito, requer a extinção da 
ação, com julgamento do mérito, nos termos do art. 487, inciso II, do Código de 
Processo Civil. 
 
Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 6 
III - NO MÉRITO 
 
 Caso Vossa Excelência entenda por não acolher a alegação de 
ilegitimidade ativa e decadência do direito, que é aceito apenas para argumentar e 
em respeito ao princípio da eventualidade, no mérito, melhor sorte não assiste ao 
autor, senão vejamos: 
 O negócio jurídico foi validamente constituído. 
 Destaque-se que o réu agiu de boa-fé, nos termos do art. 421, do 
Código Civil, quando da realização do contrato, pois a saúde mental do interditado 
não era perceptível à época da realização do negócio jurídico. Corroborando com o 
alegado, houve o pagamento integral do bem e no preço de mercado, não havendo 
quaisquer prejuízos ao interditado. 
 Logo, não há o que se falar anulação do negócio jurídico por dolo, 
quando este for a sua causa, nos termos do art. 145, do Código Civil, pois não 
houve qualquer intenção de induzir o interditado em erro em virtude do dolo e, 
Reiterando por importante que seja, não houve prejuízos ao outro contratante em 
benefício do réu. 
Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 7 
IV - DO PEDIDO 
 
 Diante do exposto, requer a Vossa Excelência: 
 
a) Acolher a preliminar de carência de ação pela ilegitimidade de parte ativa, com a extinção da ação 
sem julgamento do mérito; 
b) Que seja pronunciada a decadência, com extinção da ação com julgamento do mérito; 
c) No mérito, que seja julgado improcedente o pedido autoral, com a condenação do autor nas custas, 
despesas e honorários advocatícios, estes arbitrados em seu plus, nos termos do art. 85, § 2º, do 
Código de Processo Civil. 
 
 Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial, 
depoimento pessoal do autor, oitiva de testemunhas, documentos e demais que se fizerem necessários. 
 Termos em que, 
 pede deferimento. 
 Local e data. 
 
 ADVOGADO 
 OAB
Caso 04
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE DO ESTADO DE MINAS GERAIS.
Processo nº ...
ANITA, brasileira, estado civil..., economista, portadora do RG... e CPF..., residente e domiciliado na Rua..., nº..., no bairro de..., Belo Horizonte/MG, CEP..., vem por meio de seu advogado legalmente habilitado, com base no art. 39, inciso I do Código de Processo Civil, no endereço profissional na Rua..., nº..., no bairro de..., Cidade/UF, CEP..., onde recebe intimações, vem mui respeitosamente perante Vossa Excelência, com base no art. 300 e seguintes do Código de Processo Civil, oferecer:
CONTESTAÇÃO,
a ação de anulação de negócio jurídico pelo rito ordinário, movida por ROSA, já devidamente qualificada nos autos do processo em epigrafe, pelas seguintes razões a seguir expostos.
DAS PRELIMINARES
Da Carência de Ação por Ilegitimidade Passiva ou Ausência de Litisconsórcio Passivo Necessário
Verifica-se na ação proposta pela autora a obrigatoriedade de também figurar no polo passivo da presente relação processual o Sr. João, como preceitua o artigo 47 do Código de Processo Civil.
Art. 47. Há litisconsórcio necessário, quando, por disposição de lei ou pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir a lide de modo uniforme para todas as partes; caso em que a eficácia da sentença dependerá da citação de todos os litisconsortes no processo.
Parágrafo único. O juiz ordenará ao autor que promova a citação de todos os litisconsortes necessários, dentro do prazo que assinar, sob pena de declarar extinto o processo.
Há litisconsórcio necessário, quando, por disposição de lei ou pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir a lide de modo uniforme para todas as partes, caso em que a eficácia da sentença dependerá da citação de todos os litisconsortes no processo.
Desta forma com base nos artigos 301, inciso X, e 267 todos do Código de Processo Civil, requer a extinção do processo sem resolução do mérito.
Art. 301. Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar:
(...)
X - carência de ação;
Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito:
(...)
Vl - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual;Da Carência de Ação por Impossibilidade Jurídica do Pedido
A autora propõe ação de anulação de negócio jurídico em que alega ter havido uma simulação. Na forma do artigo 167 do Código Civil, a simulação de negócio jurídico constitui um vicio que conduz a nulidade do negócio jurídico e não a anulação. Desta forma, a autora deveria ter proposto ação de nulidade de negócio jurídico e não a declaratória de anulação. 
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma.
§ 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem;
II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;
III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.
§ 2o Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio jurídico simulado.
Com base nos artigos 267 do Código de Processo Civil, requer a extinção do processo sem resolução do mérito.
Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito:
(...)
Vl - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual;
DA SINTESE DA INICIAL
Rosa pede anulação do contrato de compra e venda do automóvel marca Honda, modelo CV-R, ano 2013, celebrado em 10 de agosto de 2013, ao argumento de que houve simulação e que na verdade o negócio eivado de vício serviu para encobrir uma doação feita pelo antigo companheiro da autora à Anita. Rosa alega que Anita mantinha relação extraconjugal com João.
Rosa e João viveram em união estável por oito anos, sendo a mesma dissolvida, em dezembro de 2013, constando da relação de bens que seriam partilhados o citado veículo.
DA VERDADE DOS FATOS
Anita celebrou um negócio jurídico de objeto e preço certo e determinado com o vendedor João, que não o conhecia antes da celebração do negócio jurídico, tornando-o perfeito conforme os artigos 481 e 482 ambos do Código Civil, descaracterizando o negociam jurídico simulado e doação.
Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro.
Art. 482. A compra e venda, quando pura, considerar-se-á obrigatória e perfeita, desde que as partes acordarem no objeto e no preço.
DOS REQUERIMENTOS
Diante do exposto, requer:
o acolhimento da preliminar de ilegitimidade passiva, extinguindo o processo sem resolução do mérito (art. 301, inciso x, e art. 267, inciso VI, ambos do CPC);
em não sendo acolhida a preliminar anterior, seja aceita a preliminar de impossibilidade jurídica do pedido, extinguindo o processo sem resolução do mérito (art. 301, inciso x, e art. 267, inciso VI, ambos do CPC);
a improcedência dos pedidos autorais;
a condenação da autora no pagamento dos ônus sucumbenciais.
DAS PROVAS 
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 332 e seguintes do CPC, em especial documental superveniente e testemunhal.
Nestes termos,
pede deferimento.
Local..., ... de ... de ...
Advogado
OAB/UF
Caso 05
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO – SP
NÚMERO DO PROCESSO...
MARCELO, brasileiro, solteiro, engenheiro, identidade, CPF, residente na Rua, número, bairro, São Paulo, SP, Cep, por seu advogado que esta subscreve, inscrito na OAB sob o número, com endereço profissional, endereço completo, para fins do artigo 106, I do NCPC, nos autos da AÇÃO DE COBRANÇA DE COTAS CONDOMINIAIS, que tramita pelo rito comum, movida por CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO BANDEIRANTES, já qualificado, vem perante Vossa Excelência apresentar:
CONTESTAÇÃO
pelas razões de fato e de direito, que passo a expor:
I – DA PRELIMINAR
CONEXÃO
Verifica-se que, na presente ação há preliminar constante no artigo 55 e 337, VIII do NCPC.
“Artigo 55 NCPC. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.”
Já tramita perante o Juízo da 10ª Vara Cível desta comarca AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO, movida por Társio, o atual proprietário do imóvel, imóvel este objeto desta demanda, requerendo a quitação das parcelas vencidas, descritas na inicial. Ademais, a ação já tramita com despacho favorável ao Autor. 
Portanto deve a presente ação ser remetida ao Juízo prevento, tendo em vista que este já proferiu o primeiro despacho favorável, sendo assim fica evidente a conexão.
AUSÊNCIA DE LEGITIMIDADE
O objeto desta ação é um imóvel que teve sua propriedade transferida no ano de 2012 ao Társio, após este, ter celebrado contrato de compra e venda com o Réu.
Ensejando desta forma a segunda preliminar, pois falta legitimidade passiva, devendo figurar no polo passivo o proprietário Társio e não o Réu que deixou de ser proprietário, repetindo-se, em 2012.
II – DO MÉRITO
DO MÉRITO PROPRIAMENTE DITO
A presente ação foi proposta pelo Condomínio Do Edifício Bandeirante, objetivando o adimplemento das cotas condominiais em atraso e não pagas de agosto de 2012 a junho de 2013. 
Porém não é parte legitima o demandado, uma vez que, a dívida cobrada recai sobre o imóvel, por ser uma obrigação propter rem, ou seja, acompanha a coisa, desta forma sendo parte legítima o proprietário do imóvel. 
Ocorre que, o Réu transferiu a propriedade do referido imóvel a Társio no ano de 2012, por meio de escritura pública, nesta mesma data o adquirente imitiu-se na posse do mesmo, e desde então, residindo no imóvel, conforme artigo 1345 do CC/02.
Contudo, o Réu auxiliou o proprietário do imóvel a ingressar com Ação de Consignação em Pagamento, a fim de quitar as dividas do seu imóvel, e assim foi feito, perante o Juízo da 10ª Vara Cível desta comarca, como já mencionado acima.
Por fim cabe ressaltar que o então Síndico do Condomínio tinha total conhecimento da venda do imóvel.
III – DO PEDIDO
o acolhimento da preliminar de conexão, remetendo-se os autos à 10ª Vara Cível desta comarca;
o acolhimento da preliminar de ausência de legitimidade, a extinção do feito sem exame do mérito;
a improcedência do pedido autoral;
a condenação do autor aos ônus sucumbências.
IV – DAS PROVAS
Protesta por todos os meios de provas em direito admitidos na amplitude do artigo 369 do NCPC.
Nestes Termos
Pede Deferimento
Local E Data
Advogado/OAB

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