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s Caso 01 Hospital Cuidamos de Você Ltda., com sede na cidade do Rio de Janeiro, propôs em face de Cláudia, brasileira, casada, residente no município do Rio de Janeiro, Ação de Cobrança, pelo rito comum, por ser credor da quantia de R$ 60.000 (sessenta mil reais) através de cheque emitido pela mesma no dia 28 de setembro de 2013. Cláudia procura você, advogado (a), munida de mandado de citação expedido pela 6ª Vara de Fazenda Pública da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, afirmando que, no dia 17 de setembro de 2013, acompanhou o seu marido, Diego, ao hospital pois o mesmo havia sofrido fratura exposta na perna direita, conforme diagnóstico médico, o que determinou a realização de uma cirurgia de emergência. Afirma ainda que todo o procedimento médico que Diego se submeteu foi custeado pelo Plano de Saúde Minha Vida, conveniado ao hospital. Ocorre que mesmo após a autorização do plano de saúde para a realização do procedimento cirúrgico, a direção do hospital exigiu que Cláudia emitisse um cheque no valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), como garantia de pagamento dos serviços médicos que seriam prestados à Diego. Diante do ocorrido, elabore a peça judicial cabível para a defesa dos interesses de Cláudia. Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 2 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO/RJ. (espaço de 5 linhas) Processo n° ... (deve ser inserido no início da margem esquerda) (espaço de 5 linhas) CLÁUDIA, nos autos da AÇÃO DE COBRANÇA que lhe promove HOSPITAL CUIDAMOS DE VOCÊ LTDA, ambos já qualificados, vem à presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado devidamente constituído, conforme instrumento de mandato anexo, nos termos do art. 104, e com fundamento no art. 335 e seguintes do Código de Processo Civil, apresentar CONTESTAÇÃO, conforme os fatos e fundamentos jurídicos abaixo elencados: Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 3 I – DA SÍNTESE DA INICIAL Alega o Autor ser credor da Ré da quantia de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), representado pelo cheque emitido em 28 de setembro de 2.013. Eis a síntese do necessário. II – PRELIMINARMENTE • DA INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA Nos termos do art. 62, do Código de Processo Civil, a competência com relação à matéria é inderrogável pela vontade das partes, cuja vedação legal alcança qualquer negócio jurídico. Assim, em se tratando de incompetência absoluta do Juízo para o julgamento da presente demanda, requer a Vossa Excelência o acolhimento e a remessa dos autos ao juízo cível competente, nos termos do art. 64, § 3º, do Código de Processo Civil. Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 5 • art. 337 do CPC; defesas processuais III - NO MÉRITO No dia 17 de setembro, a Ré acompanhou seu marido Diego ao hospital pois o mesmo havia sofrido fratura exposta na perna direita, conforme diagnóstico médico, o que determinou a realização de uma cirurgia de emergência, cujo procedimento médico foi custeado integralmente pelo Plano de Saúde Minha Vida, conveniado ao hospital. Cumpre-nos esclarecer que o Autor exigiu a entrega de cheque na importância de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), como garantia de pagamento pelos serviços médicos que seriam prestados ao marido da Ré, mesmo após a autorização do plano de saúde para a realização do procedimento cirúrgico. Destaque-se que a cobrança de cheque caução é considerada ilegal pela Agência Nacional de Saúde, por meio da Resolução Normativa n. 44/2003 que dispõe: “Art. 1º Fica vedada, em qualquer situação, a exigência, por parte dos prestadores de serviços contratados, credenciados, cooperados ou referenciados das Operadoras de Planos de Assistência à Saúde e Seguradoras Especializadas em Saúde, de caução, depósito de qualquer natureza, nota promissória ou quaisquer outros títulos de crédito, no ato ou anteriormente à prestação do serviço.” Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 6 • arts. 336, 341 e 342 do CPC Sem prejuízo, a Lei nº 12.653/2012 incluiu como crime, previsto no art. 135-A, a exigência de condicionar atendimento médico-hospitalar emergencial a qualquer garantia, in verbis: “Exigir cheque-caução, nota promissória ou qualquer garantia, bem como o preenchimento prévio de formulários administrativos, como condição para o atendimento médico- hospitalar emergencial: Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.” O objetivo da lei é garantir o atendimento médico-hospitalar de urgência a qualquer cidadão que busque um estabelecimento de saúde, seja público ou privado, nos exatos termos do Direito Fundamental à saúde, previsto no artigo 6º e artigo 196 ambos da Constituição Federal. Corroborando com o alegado, o Autor se encaixa no tipo penal, já que o marido da Ré estava em estado emergencial para o atendimento médido- hospitalar. Reitere-se, por importante que seja, que o procedimento médido-hospitalar foi custeado integralmente pelo convênio médico, não havendo o que se falar na existência do direito pleiteado pelo Autor. Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 7 DO PEDIDO Diante do exposto, requer a Vossa Excelência: 1. O acolhimento da preliminar, com a consequente remessa dos autos ao juízo competente; 2. No mérito, seja a ação julgada improcedente; 3. A condenação do Autor nas custas, despesas e honorários advocatícios, estes arbitrados em seu plus; DAS PROVAS Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial documental superveniente, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do autor. Pede deferimento. Local e data. ADVOGADO OAB Caso 02 FELIX SOARES, brasileiro, solteiro, médico, carteira de identidade 002/IFP, CPF: 52437, com endereço à Rua das Flores, nº 424/casa, Bangu, na qualidade de fiador de contrato de locação, foi citado para a ação de despejo por falta de pagamento cumulada com cobrança, proposta por MENERVAL FAGUNDES, que tem curso na 1ª Vara Cível Regional de Bangu (Processo 2006.0028). Predita ação, que tem também no polo passivo o locatário (AIRTON GOMES), foi proposta com base no inadimplemento de contrato de locação residencial do apartamento 202, sito à Av. das Camélias nº 20, Bangu, celebrado pelo prazo de 30 (trinta) meses e que se encontra por prazo indeterminado desde agosto/2001, tendo em vista que não houve qualquer manifestação das partes. Da análise dos fatos e documentos se depreende que o locatário deixou de pagar os últimos 42 (quarenta e dois) meses de aluguéis, embora esteja honrando com os demais encargos locatícios. Sobre o valor total dos alugueres em atraso (R$ 21.000,00), o locador está pleiteando a incidência de multa de 10% (não prevista no contrato), juros de 6% a.m., além da respectiva correção monetária. Sabe-se que, no contrato de locação consta cláusula de que o fiador responde solidariamente e como principal pagador por todos os débitos locatícios, até que ocorra a efetiva entrega das chaves do imóvel. Diante de tal situação, elabore a pertinente defesa de FELIX, bem representando o cliente, face à toda situação fático/jurídica acima exposta. ADVOGADO: RENATO MEDEIROS - OAB/RJ: 1.000 ESCRITÓRIO: Av. Santos, nº 10/1001, Bangu/RJ Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 2 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL REGIONAL DE BANGU – ESTADO DO RIO DE JANEIRO. (espaço de 5 linhas)Processo n°2006.0028 (espaço de 5 linhas) FELIX SOARES, brasileiro, solteiro, médico, Carteira de Identidade 002/IFP, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda sob o nº 52437, residente e domiciliado na rua das Flores, nº 424, Bangu, Rio de Janeiro, por eu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), nos autos da AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO CUMULADA COM COBRANÇA, pelo rito comum, que lhe promove MENERVAL FAGUNDES, já qualificado na petição inicial, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, tempestivamente, oferecer CONTESTAÇÃO pelos motivos de fato e de direito abaixo elencados: Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 3 I – DA SÍNTESE DA INICIAL O autor ajuizou a presente ação de despejo por falta de pagamento cumulada com cobrança em face do réu e do locatário, Airton Gomes, alegando em síntese que houve inadimplemento do locatário na locação residencial do apartamento nº 2002, situado na Av. das Camélias, nº 20, Bangu, cujo contrato foi celebrado pelo prazo de 30 (trinta) meses e que se encontra por prazo indeterminado desde agosto de 2001, tendo em vista que não houve qualquer manifestação das partes. Eis a síntese do necessário. Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 4 II – PRELIMINARMENTE • DA ILEGITIMIDADE DE PARTE PASSIVA * O réu é parte ilegítima ad causam. O contrato original foi celebrado pelo prazo de 30 (trinta) meses e foi prorrogado por prazo indeterminado desde agosto de 2.001, sendo que o réu não anuiu expressamente à prorrogação do contrato locatício. Portanto, o réu exonerou-se da fiança convencionada no contrato original. Nesse sentido, é firme a jurisprudência da 5ª Turma do Colendo Superior Tribunal de Justiça, in verbis: *Nota: Esta peça foi aplicada no Exame de Ordem antes do advento da Lei nº 12.112/2009, que alterou vários dispositivos da lei de Locações. O art. 39 do mencionado dispositivo legal prescreve agora: “Salvo disposição contratual em contrário, qualquer das garantias da locação se estende até a efetiva devolução do imóvel, ainda que prorrogada a locação por prazo indeterminado, por força desta Lei.” Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 5 CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. LOCAÇÃO. FIANÇA. INTERPRETAÇÃO NÃO EXTENSIVA. RESPONSABILIDADE. RESTRITA AO PERÍODO ORIGINALMENTE CONTRATADO. CONTINUIDA DE DA GARANTIA SEM ANUÊNCIA DO FIADOR. IMPOSSIBILIDADE. CLÁUSULA QUE OBRIGUE O FIADOR ATÉ A EFETIVA ENTREGA DAS CHAVES. IRRELEVÂNCIA. APLICAÇÃO. ART. 1.483 DO CÓDIGO CIVIL. SÚMULA 214/STJ. RECURSO ESPECIAL CONHECIDO E PROVIDO. I - A obri gação decorrente da fiança l ocatícia deve se restringir ao prazo originalm ente contratado, descabendo se exigir do garantidor o adimplemento de débitos que pert inem ao p eríodo de prorrogação da locação, à qual não anu iu, consoante a regra do artigo 1.483, do Estatuto Civil. Na espécie, imp õe - se considerar extinta a fiança, uma vez que o contrato original teve seu termo final em 11/06/92, e os valores exigidos foram originados posteri ormente a 12/11/97. Esta a exegese in scrita na Súmula 214/STJ. Precedentes. Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 6 Diante do exposto, vem perante Vossa Excelência requerer a extinção do presente processo sem resolução do mérito, com fundamento no art. 485, inciso VI, do Código de Processo Civil, devendo permanecer no polo passivo apenas o corréu. III - NO MÉRITO Em que pese a preliminar apresentada ser intransponível, no mérito, melhor sorte não assiste ao autor. Pela análise dos fatos articulados na inicial e nos documentos que a instruem depreende-se que o locatário deixou de pagar os últimos 42 (quarenta e dois) meses de aluguéis, embora esteja honrando com os demais encargos locatícios. Sobre o valor total dos alugueres em atraso, ou seja, R$ 21.000,00 (vinte e um mil reais), o autor está pleiteia a incidência de multa de 10%, que não está prevista em contrato, juros de 6% (seis por cento) ao mês, além da respectiva correção monetária. Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 7 Além disso, no contrato de locação consta cláusula de que o fiador responde solidariamente e como principal pagador por todos os débitos locatícios, até que ocorra a efetiva entrega das chaves do imóvel. A multa de 10% (dez por cento) cobrada pelo autor não é devida, eis que não prevista em contrato. Não há cláusula penal que imponha multa no caso de inadimplência. Portanto, ela não pode ser cobrada pelo autor. Por outro lado, os bens do locatário devem responder em primeiro lugar pela dívida, nos termos do art. 827 do Código Civil, que dispõe: “Art. 827. O fiador demandado pelo pagamento da dívida tem direito a exigir, até a contestação da lide, que sejam primeiro executados os bens do devedor. Parágrafo único. O fiador que alegar o benefício de ordem, a que se refere este artigo, deve nomear bens do devedor, sitos no mesmo município, livres e desembargados, quantos bastem para solver o débito.” Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 8 Assim, o réu indica os seguintes bens pertencentes ao locatário que deverão responder pela dívida: (descrever os bens). Finalmente, a pretensão do autor não pode ser acolhida totalmente em razão da ocorrência de prescrição relativa a 6 (seis) meses de aluguel, tendo em vista o que o art. 206, § 3º, inciso I, do Código Civil prevê que: “Art. 206. Prescreve: § 3 o Em três anos: I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;” Portanto, a pretensão do autor deve abranger apenas os 36 (trinta e seis) meses anteriores ao ajuizamento da presente ação. Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 9 IV - DO PEDIDO Diante do exposto, requer a Vossa Excelência, acolhendo a preliminar de ilegitimidade do réu, a extinção do processo sem resolução do mérito em relação a ele, com fundamento no art. 485, inciso IV, do Código de Processo Civil, devendo permanecer no processo apenas o corréu, e, no mérito, que a multa de 10% (dez por cento) seja afastada por não estar prevista na avença e que os bens do locatário respondam pela dívida em primeiro lugar, bem como o reconhecimento da prescrição dos alugueres superiores a 36 (trinta e seis) meses anteriores ao ajuizamento da presente ação, condenando-se o autor em custas e honorários advocatícios. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial, depoimento pessoal do autor, oitiva de testemunhas, documentos e demais que se fizerem necessários. Pede deferimento. Local e data. ADVOGADO OAB Caso 03 DIREITO PROCESSUAL CIVIL II CONTESTAÇÃO Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE - DPC II 1 No dia 06 de novembro de 2008, Marcelo, brasileiro, viúvo, aposentado, residente na cidade do Rio de Janeiro, alienou, através de escritura pública de compra e venda celebrada com Anderson, brasileiro, residente no Rio de Janeiro, o imóvel de sua propriedade localizado no município de São Paulo. É certo que o comprador efetuou o pagamento de R$ 320.000,00 (trezentos e vinte mil reais) no ato da lavratura da escritura, tendo, portanto, integralizado o preço relativo ao valor de mercado do imóvel. No dia 09 de setembro de 2009, Marcelo veio a ser interditado por demência decorrente do Mal de Alzheimer, tornando-o relativamente incapaz, através de sentença prolatada pelo juízo da 2ª Vara de Órfãos e Sucessões da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, da qual não houve recurso. O filho de Marcelo, Bruno, foi o curador nomeado por aquele juízo. Bruno propôs, em dezembro de 2013, ação de anulação da venda do imóvel, alegando dolo e má- fé do adquirente, em razão da incapacidade de seu pai. A petição inicial foi distribuída para a 4ª Vara Cível da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro. Desesperado, Anderson o procura em seu escritório para contestar a demanda, afirmando que desconhecia, quando da celebração da escritura, a incapacidade do vendedor, já que estanão era aparente. Elabore a peça processual cabível a defesa e resguardo dos direitos de seu cliente, fundamentando nos dispositivos legais pertinentes. Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 2 É do EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA CÍVEL DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO/RJ. (espaço de 5 linhas) Processo n°() (espaço de 5 linhas) ANDERSON, brasileiro, “estado civil”, “profissão”, Carteira de Identidade RG nº, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda sob o nº, “endereço eletrônico”, residente e domiciliado na “...”, Rio de Janeiro, por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), nos autos da AÇÃO DE ANULAÇÃO DE VENDA DE IMÓVEL, pelo rito comum, nos termos do art. 318 e seguintes do Código de Processo Civil, que lhe promove BRUNO, já qualificado na petição inicial, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, tempestivamente, oferecer CONTESTAÇÃO pelos motivos de fato e de direito abaixo elencados: Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 3 es I – DA SÍNTESE DA INICIAL O autor ajuizou a presente ação de anulação de negócio jurídico, alegando dolo e má-fé do réu na aquisição de imóvel de propriedade do genitor do autor, Marcelo, cuja transação ocorreu em 06/11/2008, tendo o réu integralizado o valor do bem e no preço de mercado, na importância de R$ 320.000,00 (trezentos e vinte mil reais). Em 09/09/2009 o genitor do autor foi interditado por demência em decorrência do Mal de Alzheimer, por meio de sentença prolatada pelo Juízo da 2ª Vara de Órfãos e Sucessões desta Comarca, ocorrendo o trânsito em julgado dessa decisão, sendo certo que o autor foi nomeado curador do relativamente incapaz. Eis a síntese do necessário. Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 4 II – PRELIMINARMENTE • DA ILEGITIMIDADE DE PARTE ATIVA DE PARTE Nos termos do art. 337, inciso XI, do Código de Processo Civil, o processo será extinto sem julgamento do mérito quando ocorrer a ausência de legitimidade de parte. No caso em análise, mostra-se patente a ilegitimidade do autor para a interposição da presente demanda, já que a titularidade do direito material que se discute nos presentes autos pertence a Marcelo, genitor do autor, sendo esse apenas o curador nomeado para representar o interditado legalmente. Ademais, nos termos do art. 18 do Código de Processo Civil, não há exceções legais que admita a legitimidade do curador especial, autor da ação. Diante do exposto, requer a extinção da ação sem a resolução do mérito, com fundamento no art. 485, inciso XI, do Código de Processo Civil. Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 5 II – DA PREJUDICIAL DE MÉRITO Nos termos do art. 178, inciso II, do Código Civil, é de 4 (quatro) anos o prazo decadencial para requerer a anulação de negócio jurídico, a contar da data da celebração do contrato, que, na hipótese, ocorreu em 06/11/2008, sendo certo que a presente ação foi distribuída em dezembro/2013. Com efeito, a decadência é causa extintiva de direito pelo seu não exercício no prazo estipulado pela lei, cujo termo inicial deve coincidir com o conhecimento do fato gerador do direito a ser pleiteado, quando seja, da celebração do negócio jurídico. Assim, em ocorrendo a decadência do direito, requer a extinção da ação, com julgamento do mérito, nos termos do art. 487, inciso II, do Código de Processo Civil. Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 6 III - NO MÉRITO Caso Vossa Excelência entenda por não acolher a alegação de ilegitimidade ativa e decadência do direito, que é aceito apenas para argumentar e em respeito ao princípio da eventualidade, no mérito, melhor sorte não assiste ao autor, senão vejamos: O negócio jurídico foi validamente constituído. Destaque-se que o réu agiu de boa-fé, nos termos do art. 421, do Código Civil, quando da realização do contrato, pois a saúde mental do interditado não era perceptível à época da realização do negócio jurídico. Corroborando com o alegado, houve o pagamento integral do bem e no preço de mercado, não havendo quaisquer prejuízos ao interditado. Logo, não há o que se falar anulação do negócio jurídico por dolo, quando este for a sua causa, nos termos do art. 145, do Código Civil, pois não houve qualquer intenção de induzir o interditado em erro em virtude do dolo e, Reiterando por importante que seja, não houve prejuízos ao outro contratante em benefício do réu. Prof. ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 7 IV - DO PEDIDO Diante do exposto, requer a Vossa Excelência: a) Acolher a preliminar de carência de ação pela ilegitimidade de parte ativa, com a extinção da ação sem julgamento do mérito; b) Que seja pronunciada a decadência, com extinção da ação com julgamento do mérito; c) No mérito, que seja julgado improcedente o pedido autoral, com a condenação do autor nas custas, despesas e honorários advocatícios, estes arbitrados em seu plus, nos termos do art. 85, § 2º, do Código de Processo Civil. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial, depoimento pessoal do autor, oitiva de testemunhas, documentos e demais que se fizerem necessários. Termos em que, pede deferimento. Local e data. ADVOGADO OAB Caso 04 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Processo nº ... ANITA, brasileira, estado civil..., economista, portadora do RG... e CPF..., residente e domiciliado na Rua..., nº..., no bairro de..., Belo Horizonte/MG, CEP..., vem por meio de seu advogado legalmente habilitado, com base no art. 39, inciso I do Código de Processo Civil, no endereço profissional na Rua..., nº..., no bairro de..., Cidade/UF, CEP..., onde recebe intimações, vem mui respeitosamente perante Vossa Excelência, com base no art. 300 e seguintes do Código de Processo Civil, oferecer: CONTESTAÇÃO, a ação de anulação de negócio jurídico pelo rito ordinário, movida por ROSA, já devidamente qualificada nos autos do processo em epigrafe, pelas seguintes razões a seguir expostos. DAS PRELIMINARES Da Carência de Ação por Ilegitimidade Passiva ou Ausência de Litisconsórcio Passivo Necessário Verifica-se na ação proposta pela autora a obrigatoriedade de também figurar no polo passivo da presente relação processual o Sr. João, como preceitua o artigo 47 do Código de Processo Civil. Art. 47. Há litisconsórcio necessário, quando, por disposição de lei ou pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir a lide de modo uniforme para todas as partes; caso em que a eficácia da sentença dependerá da citação de todos os litisconsortes no processo. Parágrafo único. O juiz ordenará ao autor que promova a citação de todos os litisconsortes necessários, dentro do prazo que assinar, sob pena de declarar extinto o processo. Há litisconsórcio necessário, quando, por disposição de lei ou pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir a lide de modo uniforme para todas as partes, caso em que a eficácia da sentença dependerá da citação de todos os litisconsortes no processo. Desta forma com base nos artigos 301, inciso X, e 267 todos do Código de Processo Civil, requer a extinção do processo sem resolução do mérito. Art. 301. Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar: (...) X - carência de ação; Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: (...) Vl - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual;Da Carência de Ação por Impossibilidade Jurídica do Pedido A autora propõe ação de anulação de negócio jurídico em que alega ter havido uma simulação. Na forma do artigo 167 do Código Civil, a simulação de negócio jurídico constitui um vicio que conduz a nulidade do negócio jurídico e não a anulação. Desta forma, a autora deveria ter proposto ação de nulidade de negócio jurídico e não a declaratória de anulação. Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. § 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem; II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira; III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados. § 2o Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio jurídico simulado. Com base nos artigos 267 do Código de Processo Civil, requer a extinção do processo sem resolução do mérito. Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: (...) Vl - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual; DA SINTESE DA INICIAL Rosa pede anulação do contrato de compra e venda do automóvel marca Honda, modelo CV-R, ano 2013, celebrado em 10 de agosto de 2013, ao argumento de que houve simulação e que na verdade o negócio eivado de vício serviu para encobrir uma doação feita pelo antigo companheiro da autora à Anita. Rosa alega que Anita mantinha relação extraconjugal com João. Rosa e João viveram em união estável por oito anos, sendo a mesma dissolvida, em dezembro de 2013, constando da relação de bens que seriam partilhados o citado veículo. DA VERDADE DOS FATOS Anita celebrou um negócio jurídico de objeto e preço certo e determinado com o vendedor João, que não o conhecia antes da celebração do negócio jurídico, tornando-o perfeito conforme os artigos 481 e 482 ambos do Código Civil, descaracterizando o negociam jurídico simulado e doação. Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro. Art. 482. A compra e venda, quando pura, considerar-se-á obrigatória e perfeita, desde que as partes acordarem no objeto e no preço. DOS REQUERIMENTOS Diante do exposto, requer: o acolhimento da preliminar de ilegitimidade passiva, extinguindo o processo sem resolução do mérito (art. 301, inciso x, e art. 267, inciso VI, ambos do CPC); em não sendo acolhida a preliminar anterior, seja aceita a preliminar de impossibilidade jurídica do pedido, extinguindo o processo sem resolução do mérito (art. 301, inciso x, e art. 267, inciso VI, ambos do CPC); a improcedência dos pedidos autorais; a condenação da autora no pagamento dos ônus sucumbenciais. DAS PROVAS Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 332 e seguintes do CPC, em especial documental superveniente e testemunhal. Nestes termos, pede deferimento. Local..., ... de ... de ... Advogado OAB/UF Caso 05 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO – SP NÚMERO DO PROCESSO... MARCELO, brasileiro, solteiro, engenheiro, identidade, CPF, residente na Rua, número, bairro, São Paulo, SP, Cep, por seu advogado que esta subscreve, inscrito na OAB sob o número, com endereço profissional, endereço completo, para fins do artigo 106, I do NCPC, nos autos da AÇÃO DE COBRANÇA DE COTAS CONDOMINIAIS, que tramita pelo rito comum, movida por CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO BANDEIRANTES, já qualificado, vem perante Vossa Excelência apresentar: CONTESTAÇÃO pelas razões de fato e de direito, que passo a expor: I – DA PRELIMINAR CONEXÃO Verifica-se que, na presente ação há preliminar constante no artigo 55 e 337, VIII do NCPC. “Artigo 55 NCPC. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.” Já tramita perante o Juízo da 10ª Vara Cível desta comarca AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO, movida por Társio, o atual proprietário do imóvel, imóvel este objeto desta demanda, requerendo a quitação das parcelas vencidas, descritas na inicial. Ademais, a ação já tramita com despacho favorável ao Autor. Portanto deve a presente ação ser remetida ao Juízo prevento, tendo em vista que este já proferiu o primeiro despacho favorável, sendo assim fica evidente a conexão. AUSÊNCIA DE LEGITIMIDADE O objeto desta ação é um imóvel que teve sua propriedade transferida no ano de 2012 ao Társio, após este, ter celebrado contrato de compra e venda com o Réu. Ensejando desta forma a segunda preliminar, pois falta legitimidade passiva, devendo figurar no polo passivo o proprietário Társio e não o Réu que deixou de ser proprietário, repetindo-se, em 2012. II – DO MÉRITO DO MÉRITO PROPRIAMENTE DITO A presente ação foi proposta pelo Condomínio Do Edifício Bandeirante, objetivando o adimplemento das cotas condominiais em atraso e não pagas de agosto de 2012 a junho de 2013. Porém não é parte legitima o demandado, uma vez que, a dívida cobrada recai sobre o imóvel, por ser uma obrigação propter rem, ou seja, acompanha a coisa, desta forma sendo parte legítima o proprietário do imóvel. Ocorre que, o Réu transferiu a propriedade do referido imóvel a Társio no ano de 2012, por meio de escritura pública, nesta mesma data o adquirente imitiu-se na posse do mesmo, e desde então, residindo no imóvel, conforme artigo 1345 do CC/02. Contudo, o Réu auxiliou o proprietário do imóvel a ingressar com Ação de Consignação em Pagamento, a fim de quitar as dividas do seu imóvel, e assim foi feito, perante o Juízo da 10ª Vara Cível desta comarca, como já mencionado acima. Por fim cabe ressaltar que o então Síndico do Condomínio tinha total conhecimento da venda do imóvel. III – DO PEDIDO o acolhimento da preliminar de conexão, remetendo-se os autos à 10ª Vara Cível desta comarca; o acolhimento da preliminar de ausência de legitimidade, a extinção do feito sem exame do mérito; a improcedência do pedido autoral; a condenação do autor aos ônus sucumbências. IV – DAS PROVAS Protesta por todos os meios de provas em direito admitidos na amplitude do artigo 369 do NCPC. Nestes Termos Pede Deferimento Local E Data Advogado/OAB
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