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Resumo Direito Administrativo

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Direito Administrativo I
Direito Administrativo
- O que é Direito Administrativo?
I – Escola do serviço público. É o ramo do direito que trata do serviço público. Porém não são todos os serviços públicos que são tratados pelo direito administrativo. Ex: tributos (direito tributário).
O direito administrativo não se limita apenas a serviços públicos, ex: força policial. Quando se acaba a esfera administrativa, procura-se o judiciário.
II – Critério do Poder Executivo, o direito administrativo ajuda a organizar o poder executivo.
III – Critério das relações jurídicas: 
IV – Critério teleológico: o direito administrativo é um conjunto harmônico de princípios.
V – Critério da Administração Pública (Hely Lopes Meirelles): “Direito Administrativo é um conjunto harmônico de princípios e regras que disciplina os órgãos, agentes e a atividade administrativa, realizando de forma direta, concreta e imediata, os fins desejados pelo estado”.
Conjunto harmônico de princípios e regras 
Disciplina os órgãos, agentes e atividade administrativa 
Forma direta, concreta e imediata: não precisa ser provocado para agir funções diretas do direito administrativo
Fins desejados pelo estado: são os interesses estatais
	Interesse do Estado
	Interesse Público (Social)
	Interesse público secundário
	Interesse público primário
	Própria adm. Pública (interesse do Estado é juntar cada vez mais)
	Povo (Pagar impostos dentro da lei e receber benefícios)
- Sistema Administrativo:
Maneiras de comunicação do sistema público e particular
Sistema do contencioso administrativo: 
- França (sistema francês) – Prof. Mauricio Hauriou 
Sistema de jurisdição única: 
- A decisão final pode ser dada pelo Judiciário (Lei 8.666/93)
*Conceitos importantes:
Estado Governo Administração Pública
Estado é aquele que possui soberania sobre um povo e um território (soberania tem caráter externo e supremacia tem caráter interno)
Governo é a direção do Estado. Quem comanda o Estado. Funções do Estado:
Poderes: - Legislativo (Legislar)
 - Executivo (Administrar)
 - Judiciário (Julgar) 
Função atípica: quando um poder faz a função de outro poder. 
Administração pública: todos os recursos que estão envolvidos na administração pública
Princípios: Art. 37, CF
Princípio da Supremacia do Interesse Público: o interesse público principal é o primário, o povo em primeiro lugar. Interesse público é a somatória de interesses particulares. 
Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público: não pode haver confusão entre a vontade do administrador e a vontade do interesse público. 
Princípio da Legalidade: se não é proibido é permitido, se não há proibição sobre determinado assunto, é permitido que se faça.
*Para particular, a regra é permissão, a exceção é a proibição
*Para administração pública, o que não está na lei é proibido, só pode fazer o que está previsto na lei.
*Princípio da reserva legal: pede que haja uma lei para reger tal assunto, tem que ser tal lei. Significa que determinada norma deve estar contida em alguma lei que já esteja determinada, ou seja, criar alguma lei nova dentro de uma espécie de direitos pré-determinados. 
Princípio da Impessoalidade: ausência de favorecimento de alguém por motivo pessoal, precisa selecionar quem possui as melhores qualificações para o fornecimento do produto ou realização do serviço.
*Súmula 13, STF
Princípio da Moralidade: Boa-fé, diz que a administração pública tem o dever de cumprir uma boa atividade administrativa (compreender uma conduta ética), obrigação de boa administração para o interesse público.
Princípio da Publicidade: atos da administração pública devem ser públicos, afinal se ela age para nos beneficiar temos que ter acesso aos seus atos. Possui exceções: segurança do estado, comprometimento do privado, direito à intimidade. 
*Habeas data: ocorre quando o Estado se nega a compartilhar atos, documentação ou informações.
Princípio da Eficiência: muitos confundem eficiência com celeridade.
Eficiência é o melhor resultado com menor esforço, tendo as menores perdas possíveis.
Celeridade é sinônimo de rapidez, velocidade.
*Prevalece o princípio da duração razoável do processo
- Lei 8.987/95, Art. 6º 
Prega: 
ausência de desperdícios 
produtividade
agilidade/presteza
economia junto aos atos
Ex: a) estabilidade do servidor público: passados 3 anos de serviço público, o serviço adquire estabilidade e passa por uma avaliação de desempenho, para verificar se houve a eficiência em seu serviço. Após adquirir estabilidade, no art. 41, CF, prevê que o funcionário pode perder o cargo caso ocorra a avaliação de desempenho e não ocorra a eficiência. 
b) racionalização da máquina administrativa: Art. 169, CF, define que os gastos com o pessoal ativo e inativo da União, Estados e Municípios não podem exceder os limites colocado pela Lei Complementar nº 101/2000.
Princípio da Isonomia: tratar igualmente os iguais, e desigualmente os desiguais na medida da sua desigualdade.
“Suum cuique tribuere” – dar a cada um o que é seu 
Ex: a) militação de altura para concurso de polícia: não fere tal princípio, pois a altura é importante para a realização das funções
b) ouvir áudio do dia 19/08
c) tatuagens: exclusão de concurso por ter tatuagem
Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa: derivação do Art. 5º, LV, CF. Se está sendo acusado em algum processo, tem direito de fazer sua defesa.
*Súmula vinculante 5, STF – defesa técnica em processo administrativo, independe de advogado
- Contraditório: fala da ciência da existência de um processo e a possibilidade de manifestação contrária. Só é possível quando se forma a relação jurídica processual.
- Ampla defesa: oportunidade de se defender com a produção de provas.
*Extrai o duplo grau de jurisdição, de poder recorrer contra as decisões.
*Súmula vinculante 3, STF
Princípio da Razoabilidade de Proporcionalidade: verifica os interesses em questão e pondera uma decisão justa.
A partir da Lei 9.784/99, o Brasil adotou os 2 princípios. A finalidade dos princípios é a mesma, mas tem diferença em suas origens.
- Proporcionalidade: Robert Alexy fala que é uma regra, que é tudo ou nada, ou aplica ou não.
Princípios são mandamentos de otimização que são aplicados na maior medida possível diante das circunstâncias fáticas ou jurídicas existentes. O princípio pode ser relativizado.
A proporcionalidade deve passar por 3 etapas:
Adequação: a medida tomada, atingiu o fim pretendido?
Necessidade: a medida foi necessária?
A análise da proporcionalidade acaba aqui caso a medida não tenha sido necessária, e então ela foi desnecessária.
Proporcionalidade em sentido estrito: os princípios em jogo estão conformados? Pega os princípios em colisão, conforma, argumenta e decide sobre.
Ex: políticas públicas (concessão de remédios, creche pública), são atos administrativos e esses têm como um dos elementos o mérito, e está dentro da discricionariedade administrativa. 
*Doutrina diz que juiz não pode fazer controle de mérito.
*Ativismo judicial e a judicialização de políticas.
Princípio da continuidade do serviço público: os serviços públicos devem ser prestados de forma contínua, sem interrupções, e de forma adequada.
- Art. 6º da Lei 8.987/95 – regime de concessão e permissão de serviços públicos. O serviço adequado deve ser contínuo. 
*Possibilidades de interrupção:
Emergência: não precisa de prévio aviso da interrupção;
Segurança: precisa de prévio aviso;
Inadimplemento: precisa de prévio aviso;
Ex: greve do servidor público: não há lei que regule.
- Mandado de injunção
- Posições: 
Concretista
Não concretista: a) individual com prazo
 b) individual sem prazo
 c) geral
 - Eficácia das normas constitucionais:
Plena: já produz efeitos, já está na CF
Contida: jáproduz efeitos, mas pode ocorrer mudanças
Limitada: para produzir efeitos, precisa da lei (é o caso das greves)
Princípio da autotutela: a administração pública poderá rever seus próprios atos, e pode ser feito por: 
Anulação: ocorre quando o ato é ilegal, e anula tal ato (nulidade e inconstitucionalidade). Tudo volta ao estado anterior (ex tunc)
Revogação: ocorre quando o ato é inconveniente (conveniência e oportunidade). Os efeitos são dali pra frente (ex nunc)
*Ato é percebido pela administração pública e toma a medida (anulação ou revogação), caso perceba e não faça nada, o caso vai para o judiciário, mas ele só pode anular, revogar não, pois não pode fazer análise de mérito.
*Súmulas 346 e 473, STF
 
Princípio da Especialidade: para a administração pública direta (união, estados, municípios e distrito federal) criar uma pessoa jurídica de administração pública indireta (autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista), precisa necessariamente de lei ou autorização de lei. 
- A lei deve constar a finalidade específica.
Princípio da Presunção de legitimidade: presume que todo e qualquer ato realizado pela administração pública, é legítimo, pois é forma de 2 presunções: 
Presunção 
De
Legitimidade
Presunção
De
Veracidade
Presunção
De
Legalidade
 + = 
- Presunção “iuris tantum” = presunção relativa, admite prova em contrário
- “iure et iure” = presunção absoluta, não admite prova em contrário
Organização da Administração Pública
Formas de proteção do Serviço Público
- Prestação pode ser:
a) Centralizada: prestação é realizada pelo núcleo da Administração Pública Direta (União, Estados, Municípios, Distrito Federal).
b) Descentralizada: prestada através de uma transferência para outros entes, para buscar eficiência. 
- Entes: Administração indireta ou os particulares por meio das concessões, permissões, parcerias público privada. 
*Se o ente federativo transfere para outro entre federativo? Ocorre a descentralização política.
- Diferenças entre:
	Descentralização:
	Desconcentração:
	Deslocamento de uma Pessoa Jurídica para outra 
	Deslocamento ocorre dentro da mesma Pessoa Jurídica
	Não existe hierarquia, cada Pessoa Jurídica tem autonomia em sua ação 
	Existe hierarquia, a relação se dá entre órgãos 
	Não há subordinação 
	Há subordinação 
	O controle realizado é externo e preponderante. Um passa atividade para o outro.
	O controle realizado é interno e preponderante, mas também tem controle externo
*É possível descentralização para pessoa física?
Sim, quando há permissão e autorização.
- Espécies de Descentralização:
Outorga: acontece quando há a transferência de titularidade para realização do serviço público. Ocorre a transferência tanto da titularidade quanto da prestação do serviço público. Só pode ser feita por meio de lei e tem que ser feita para alguém da administração pública indireta. Só quem pode transferir são as pessoas jurídicas do Direito Público (autarquias, fundações públicas)
Delegação: Há a transferência da prestação do serviço público. Havendo a possibilidade de 3 formas: 
Lei: recebe as fundações públicas de direito privado, sociedade de economia mista, empresa pública (administração pública indireta com natureza de direito privado)
Contrato administrativo: receber os particulares (concessionárias ou permissionárias)
Ato administrativo: os particulares recebem por meio de autorização (ato unilateral)
Administração Pública Direta
- Como se dá a relação entre o Estado e seus agentes? Há 3 teorias.
Teoria do mandato: entre o Estado e o agente existe o contrato de mandato. Não faz sentido, pois ela é insuficiente pelo fato do Estado não se manifestar sem seus agentes.
Teoria da representação: agentes exercem a tutela ou curatela do Estado. Não é cabível pois o Estado é capaz e responsável por ações e fatos cometidos por ele.
Teoria do órgão/imputação: fala que o poder do agente decorre da vontade da lei. Há relação de mutualismo pois o Estado cria a lei e o agente age baseado na lei. 
*É defendida no Brasil (Eli Lopes Junior)
1) Órgãos Públicos: A administração pública direta é dividida em núcleos especializados, ocorrendo uma distribuição interna de competências para dar eficiência.
- Órgão público não possui personalidade jurídica, mas pode ter capacidade processual para estar em juízo. Ocorre quando o órgão público vá defender suas prerrogativas institucionais. Pode celebrar contrato de gestão.
Ex: repasse da prefeitura para o legislativo, caso não ocorra esse repasse o legislativo pode entrar com ação para receber, mas não pode ser réu. 
- Art. 37, §8º, CF.
Classificação dos Órgãos Públicos
Quanto à posição na Estrutura Estatal:
Órgão independente: é aquele que não sofre qualquer relação de subordinação. 
Ex: Presidente da República, Prefeitos, Governadores, Casas legislativas.
Órgão autônomo: é aquele que possui subordinação, mas ao órgão independente, mas mantém certa autonomia.
Ex: Secretária do Estado e Município, ministérios.
Órgãos superiores: são aqueles que possuem poder de decisão, mas estão subordinados aos órgãos autônomos e independentes. 
Ex: Procuradorias, gabinetes.
Órgão subalterno: é aquele que não possui qualquer poder de decisão, e é mero órgão de execução. 
Ex: almoxarifado, zeladoria, recursos humanos.
Quanto à ramificação:
Órgão Simples: aquele que não possui órgãos agregados à sua estrutura.
Ex: Gabinete de gerência
Órgão Composto: aquele que possui órgãos agregados, como desmembramento, ramificação.
Ex: Secretaria da Educação e escolas públicas, secretária da saúde e hospitais públicos.
Quanto à atuação funcional: 
Órgão Singular: aquele que a vontade é expressa por meio de um único agente.
Ex: Juiz de 1ª instância, Prefeito, Presidente da República.
Órgão Colegiado: aquele que a vontade é expressa pela composição da vontade de todos os seus agentes. 
Ex: Tribunal (pode agir como órgão singular), Casas legislativas, Senado Federal. 
16/09/2017
Administração Pública Indireta
Regras Gerais:
- Regras que se aplicam a todo e qualquer ente da administração pública indireta
Personalidade jurídica própria: 
- Elas possuem personalidade jurídica própria, responde pessoalmente pelos danos e prejuízos que causarem, assim como fazer sua defesa de seus interesses.
Ex: CEF, Banco do Brasil, Universidade Estadual
Receita e patrimônio próprio:
- Tem receita e patrimônio próprio, ou seja, não se mistura o patrimônio da autarquia, da empresa pública, sociedade de economia mista, fundação, com patrimônio e receita da organização direta. 
Autonomia: é diferente de autonomia política, pois por mais que faça parte de uma administração pública indireta, é parte da administração pública, não quer dizer que possa ter poderes legislativos, para criar as regras que a comandará, salvo se houver autorização legal para tanto. 
Técnica: quais são os métodos que serão utilizados para realizar a atividade daquela autarquia da administração, assim como, quem for realizar a gestão, irá decidir como será feita a gestão interna da autarquia.
Administrativa: é diferente de autonomia política, pois por mais que faça parte de uma administração pública indireta, é parte da administração pública, não quer dizer que possa ter poderes legislativos, para criar as regras que a comandará, salvo se houver autorização legal para tanto. 
 
Financeira: 
*Agências reguladoras, podem criar suas regras. Elas têm o poder de regulamentação de determinadas atividades. Algumas autarquias ganham esses poderes para regulamentação de atividades, porém é exceção.
Criação/Autorização por meio de lei:
- Art. 37, XIX, CF.
- Se a autarquia é criada por meio de lei, todo o estatuto dela já está presente na lei. Mas quando há a autorização por meio de lei, traz genericamente como funciona a autarquia, e vai deixar para o estatuto próprio para falar comofuncionará a autarquia, e o estatuto deve ser protocolado no cartório próprio. 
Ausência de fins lucrativos:
- Via direta, não visa fins lucrativos. Caso tenha lucro, não quer dizer que está irregular, pois ter lucro é diferente de ter fins lucrativos. Quando visa o lucro, a autarquia recebe o valor e distribui entre os sócios ou reinveste na sociedade, mas quando não visa lucro, é bom que tenha, aí aproveita e reinveste na autarquia. 
- Há exceções são as sociedades de economia mista e as empresas públicas, pois há permissão constitucional no Art. 173, CF, que diz que essas modalidades de administração pública indireta, poderão explorar atividade econômica, mas somente por imperativo de segurança nacional ou em razão de relevante interesse coletivo (ex: petrobras)
Finalidade específica:
- Principio da especialidade, em que as atividades da administração pública indireta, deverão estar vinculadas a uma finalidade específica.
Sujeição a controle pela Administração Direta: Controle pelo:
Poder Executivo: 
- Supervisão ministerial: faz a supervisão das atividades realizadas pela administração pública indireta; 
- Controle finalístico e de receitas e despesas: verificar se a finalidade da administração pública indireta está sendo realizada;
- Nomeação de dirigentes: chefe do executivo nomeia o dirigente da administração pública indireta, com exceção do Art. 52, CF, nomeação do dirigente do Banco Central que é necessária a autorização previa do Senado Federal;
Poder Legislativo:
- Tribunal de contas;
- Comissões Parlamentares de Inquérito;
Poder Judiciário:
- Por meio das ações; 
I – Fundação: patrimônio que é dado uma finalidade específica
Instituição:
- Particular: Fundação Privada (Código Civil)
- Poder Público: Fundação Pública, pode ser de:
Natureza Pública: Autarquia fundacional (Regime das autarquias), criada por lei.
Natureza Privada: Fundação Governamental (Regime das empresas públicas e sociedades de economia mista), autorizada por lei.
II – Autarquia:
- Pessoa jurídica de direito público. Criada por lei, conforme Art. 37, XIX, CF.
Administração direta: entes políticos
Administração indireta: entes administrativos
*Regime Jurídico: 
Realiza atos administrativos:
- Assim como a administração pública direta realiza, as autarquias também podem. Realiza atos dotados de imperatividade, auto executoriedade e legitimidade.
Regime de licitação e contrato administrativo:
- Autarquia precisa realizar licitação para compra e venda dos bens, produtos, serviços, e deve ser materializado num contrato administrativo, necessariamente. Art. 37, XXI, CF e Art. 1º, §único, Lei 8.666/93.
Responsabilidade civil objetiva (exceção: omissões):
- Caso a autarquia cause algum dano, a responsabilidade dela é objetiva, ou seja, só irá verificar se existe nexo de causalidade entre a conduta e o dano.
- Exceção: somente nos casos de ação do Estado, nas ações comissivas, ou seja, quando o Estado age, mas se há a omissão do Estado têm-se a responsabilidade subjetiva. Nesse caso tem que verificar o dolo e a culpa para culpá-lo. 
Bens públicos:
- Todos os bens da autarquia, são bens públicos. Só pode alienar o bem quando houver desafetação (transformas um bem de uso público em um bem dominical), e pelo Art. 17, Lei 8.666/93.
Débitos judiciais pagos por precatórios:
- Obrigatoriamente pagos por meio de precatório. Dependendo do valor, se for valor menor, esse pagamento fica à frente dos demais, ou no caso de pessoas mais idosas, tenham prevalência no recebimento dos precatórios.
*Precatório é o procedimento de pagamento da fazenda pública, de acordo com uma fila de ordem e requisitos próprios, para realizar o pagamento.
Prazo prescricional próprio da Fazenda Pública (5 anos):
- Contados do dano.
Ex: Decreto nº 20.980
Segue procedimentos financeiros de Administração Pública:
- Deve-se respeitar os preceitos da Lei de Responsabilidade Fiscal, assim como a lei de contabilidade pública. Se não seguir, ocorre a pena de responderem por improbidade administrativa. 
Privilégios tributários:
- A autarquia goza da imunidade tributária prevista no Art. 150, XI, CF.
- Imunidade é sobre os impostos sobre renda, sobre patrimônio ou sobre serviços, os demais casos tributários pode cobrar imposto.
Privilégios processuais: 
- Previsão no Art. 18, CPC.
- Contagem em dobro dos prazos processuais; intimação processual; remessa necessária (Art. 496, I, CPC).
Regime jurídico único de pessoal:
- Ela pode optar pelo regime Celetista ou de Servidor Público (Estatutário), ou um ou outro, não há a opção de regime misto.
23/09/2017
- Conselhos de Classe: representa uma classe de profissionais. Possuem natureza jurídica de autarquia, via de regra, são pessoas jurídicas de direito público. O seu surgimento ocorre por meio de lei, e é obrigatório que eles sejam tratados como autarquias. Os conselhos de classe não podem exercer poder de polícia, serão chamadas de autarquia. Para ser considerado autarquia, são entidades parafiscais, por ter a possibilidade de cobrança de tributos, como se fosse o poder público.
*OAB? Natureza jurídica da OAB possui um regime especial, de autarquia “sui generis”, não é apenas um conselho de classe.
- Autarquias de regime especial: possui 2 modalidades:
Agência reguladora: ganhou força com a política de privatizações, com isso, foi necessário que existisse alguns entes dedicados ao controle das atividades das privatizadas, surgindo as agências reguladoras. Não deixa de ser autarquia com todas as características que foi passada, elas só ganham umas características a mais para poder fazer esse controle.
Ex: ANVISA, ANAC
Outras características:
- Função normativa, reguladora e fiscalizatória
- Nomeação especial dos dirigentes: nomeação é feita dentro do Senado, previsto no Art. 52, III, F, CF.
- Mandato fixo: o tempo depende da lei, normalmente 2, 3, 4 anos, depende da agência reguladora.
- Quarentena do ex-dirigente: dirigente precisa passar por uma quarentena após sair de uma agência reguladora.
Agência executiva: é formada através de um contrato de gestão, e vai atender, não só as autarquias, como também serve às fundações. A função da agência executiva é, por exemplo, tem uma autarquia ou fundação que está sucateada, não consegue realizar as atividades que tinha que realizar, a administração direta celebra o contrato de gestão, em que vai fazer uma fiscalização maior em cima dessa autarquia e fundação e vai reestruturar as duas, para fazer um plano estratégico de modernização. Ela ganha status temporário de agência executiva, para melhorar o trabalho da autarquia ou fundação.
Ex: INMETRO, agências de monitoramento aéreo.
Consórcios Públicos
- Art. 241, CF
- Lei nº 11.107/05, Art. 6º, §1º
Tem o consórcio público de:
Direito público: é uma associação pública, integrante da administração pública indireta, criada mediante a ratificação do protocolo de intenções (contrato de natureza negocial) pela lei. 
Direito privado: Art. 1º, §1º, Lei 11.107/05. 47 minutos do áudio... Tem uma certa equiparação com as sociedades de economia mista e as empresas públicas.
- É uma reunião de esforços entre os Estados, Municípios, Distrito Federal e União, onde eles celebram o contrato de consórcios público e cooperam para atingir uma determinada finalidade pública.
- Compõe a administração indireta, mas na modalidade de associação pública. 
Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista
- Tanto a empresa pública, quanto a sociedade, são empresas no regime de direito privado, portanto, a sua criação são autorizadas por lei.
Diferenças entre elas:
	
	Empresas Públicas
	Sociedades de Economia Mista
	Capital
	Exclusivamente público
	Público e privado
	Constituição
	Qualquer modalidade empresarial
	Sociedade anônima
	Competência p/ Julgamento
	EP Estadual: Justiça Estadual; EP Federal: Justiça Federal
	Independente de ser Estadual ou Federal, competênciaé J. Estadual, salvo se houver interesse da União, Art. 109, CF.
- Tanto a Empresa Pública, quanto a Sociedade de Economia Mista, podem realizar duas modalidades de atividade, que são: 
Prestação de Serviço Público: há prevalência do regime público sobre o regime privado por ser uma prestação de serviço público. Quando há a realização do serviço público, existe uma aproximação maior com as atividades das autarquias.
Exploração de Atividade Econômica: há prevalência do regime privado sobre o regime público. 
Art. 173, CF: imperativo de segurança nacional ou relevante interesse coletivo.
- Lei 13.303/16, Art. 3º Empresa Pública, Art. 4º Sociedade de Economia Mista
- Regras sobre o regime jurídico:
Licitação: 
- Aquelas que prestam serviço público precisam realizar licitação (Art. 37, XXI, CF);
- Exploradoras de atividade econômica, via de regra, estão submetidas a licitação, 5 minutos do áudio parte 2 .... na Lei 8.666/93, tem os casos de dispensável e inexigibilidade de licitação, previstos no Art. 24 e 25, que trás casos que se aplicam diretamente.
*Existe posição doutrinaria de que essa licitação não pode prejudicar os fins, tanto da empresa pública, quanto da sociedade de economia mista. É o argumento principal para os casos da autoridade pública, dispensar ou tornar inexigível a licitação.
Responsabilidade Civil:
- Art. 37, §6º, CF. Somente terá responsabilidade objetiva, quando estivermos tratando de sociedade de economia mista ou empresa pública, prestadora de serviço público.
*Responsabilidade objetiva não precisa analisar se a pessoa agiu com dolo ou culpa
- A responsabilidade será subjetiva quando se tratar das exploradoras de atividade econômica. 
*Responsabilidade subjetiva é analisar se a pessoa agiu com dolo ou culpa.
Consequências: 
- Caso uma empresa que preste serviço público, não pague, o credor pode ir atrás do Estado, pois ela presta um serviço público, já na exploradora de atividade economia ... 28 minutos de gravação do áudio parte 2
Falência:
- Lei 11.101/05, Art. 2º, I, ficou definido que sociedade de economia mista e empresas públicas, não se submetem ao processo falimentar, não há falência delas. Há vedação somente para prestadoras de serviço público, e as exploradoras de atividade econômica, não estão vedadas de falir.
Regime de Bens: 
- Só serão inalienáveis, impenhoráveis, se tiverem afetado uma prestação de serviço público. Os bens em regra da sociedade de economia mista e empresa pública, são alienáveis, penhoráveis, não há impedimentos, mas se tiverem afetado um serviço público, de uma atividade pública, cairão no regime público.
*ECT – correios
Regime Tributário:
- Art. 150, VI e §3º, CF. / Art. 173, §2º, CF.
- Havendo exploração de atividade econômica, não há imunidade e não terá direito à privilégios fiscais não extensíveis ao setor privado. 
Regime de Pessoal:
- Por ter natureza de direito privado, é impossível com que os funcionários sejam servidores públicos. Eles podem ser somente empregados públicos, ou seja, regidos pela CLT, de forma preponderante.
*Exemplos de Empresa Pública: INFRAERO
*Exemplos de Sociedade de Economia Mista: Bancos
30/09/17
Entes de Cooperação
- Não fazem parte da Administração Pública (nem direta nem indireta), mas colaboram em atividades não-exclusivas
- Vão realizar atividades que não são exclusivas do estado, mas que poderiam ser exercidas pelo Estado
- Ganham nome de entes do terceiro setor
- Estado encontra-se no primeiro setor quando realiza serviços públicos, de saúde, etc.
- Terceiro setor: é explorado pelas entidades que não possuem fins lucrativos, realizam serviços que seriam públicos, mas acabam colaborando com o estado. É o particular se revestindo da função pública.
- Diferente de permissão e concessão.
- Podem ser:
Sistema “S” (Serviço Social autônomo): Senai, Sebrae, Sesc;
OS (Organização Social)
OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público)
Entidades de apoio
Serviço Social Autônomo
- Pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos
- Cooperação no aprimoramento profissional
- Recebe dotação orçamentária (quando o poder público faz um orçamento, separa uma parte do orçamento para o sistema “S”) ou exerce parafiscalidade 
Competência tributária: poder dado pelo ordenamento jurídico de que alguém pode exercer a capacidade tributário e alguém que comanda esse poder, aquele que pode instituir o imposto e pode cobrá-lo
Capacidade tributária: simples exercício da competência, uma entidade que pode realizar a cobrança de determinado tributo, tarifa. Não é dele o tributo, mas pode exercer a fiscalização e cobrança do valor.
*Na parafiscalidade, só vai poder exercer a capacidade tributária.
- Ex: Senai, Sebrae, Sesc,
- Apesar de serem pessoa jurídica de direito privado, a lei que os regula, fazem com que eles precisem observar algumas regras da administração pública, por exemplo, licitação, concurso público. São pessoas jurídicas de direito privado que tem autorização de criação por meio de lei, a lei institui a criação desse serviço e a partir disso desenvolve seu estatuto e tudo o mais que está previsto na lei.
Organização Social (OS)
- Pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, instituído pela lei e vai desenvolver atividade específicas.
- Lei nº 9.637/98 (lei geral), traz o básico que precisa existir em uma organização social de todos os estados.
- Atividades voltadas à pesquisa científica, ensino, saúde, desenvolvimento tecnológico, etc (Art. 1º) 
- Celebração de contrato de gestão: contrato entre uma pessoa jurídica de direito privado e o poder público para exercício das atividades sem fins lucrativos. Ente resolve que não quer tratar disso e fazem um contrato para criação de uma organização social, para que essa organização cuide disso, passa para o particular a exploração dessa atividade e que não precise de toda burocracia da administração pública.
- Pode se utilizar de bens e servidores públicos
- ADI nº 1923: questionando praticamente a Lei 9.637/98 inteira, a ideia era declarar inconstitucional quase todos os artigos dessa lei. O STF deu para quase todos os artigos, interpretação conforme a CF.
- Casos de dispensa de licitação: na lei de licitação, ocorre a dispensa de licitação para a organização social
Ex: hospitais que viram organização social.
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP)
- Lei nº 9.790/99
- Qualificação para pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, ou seja, pessoas jurídicas de direito privado que desenvolvam determinada atividades que incorporaram no seu estatuto social algumas atividades e restrições, e comprovado isso para o ministério da justiça, pode ser concedida a qualificação de OSCIP, ganha privilégios públicos, fomento, isenção de imposto
- Realização de atividade do Art. 3º
- Celebração de Termo de parceria
Entidades de Apoio
- Pessoa jurídica de direito privado: fundação, associações, cooperativa
- Fundada por servidores públicos para apoio da Administração Pública (indireta), fundadores criam de forma particular, um ente para apoiar a administração pública, normalmente a indireta.
- Celebração por convênio
- Sem fins lucrativos
- Não se sujeitam a concurso público ou licitação

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