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Apostila pessoal - Dir Civil II - Teoria Geral das Obrigações

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CADERNO COMPLETO DE DIREITO CIVIL II – 2016.1 
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA – DIREITO 
Prof. EDUARDO ABÍLIO KERBER DINIZ 
Discente: Júlia R. M. P. 
AULA 1 – 02/03/16 
DIREITO CIVIL II 
OBRIGAÇÕES 
1. Introdução 
2. Conceito 
3. A relação entre obrigação e responsabilidade 
4. Elementos constitutivos 
5. Fontes 
6. Modalidades 
 
1. INTRODUÇÃO 
2 grupos de Direitos: 
1º Direitos não patrimoniais 
2º Direitos patrimoniais 
 Direitos não patrimoniais Direitos patrimoniais 
Possui valor econômico? Não Sim 
É economicamente apreciável? Não Sim 
É suscetível de apreciação econômica? Não Sim 
 
Direito patrimonial: direito de valor econômico 
Subdivididos em 2: 
Direitos reais = direito das coisas 
Direitos obrigacionais (direito de crédito, direitos pessoais...) 
OBS: Direitos pessoais (tem valor econômico) são diferentes dos direitos da personalidade 
(não tem valor). 
DIREITOS REAIS 
Peculiaridades/características próprias: 
1)”Ius persequendi” (Direito de perseguir) = sequela 
2)”Ius praeferendi” (Direito de preferência) 
3)”Erga omnes” (tem efeito ou vale para todos) 
Obs: Em regra, os direitos reais têm ius praeferendi sobre o direito obrigacional. 
Livro indicado p/ estudo no semestre 
Título: Direito Civil Brasileiro 2 – Teoria 
geral das Obrigações. 
Autor: Carlos Roberto Gonçalves. 
Pdf: 
https://direito3c.files.wordpress.com/2
013/04/carlos-ro.pdf 
(Código Civil) Art.1.225. São direitos reais: 
I. A propriedade 
II. A superfície 
III. As servidões 
IV. O usofruto 
V. O uso 
VI. A habitação 
VII. O direito do promitente comprador do imóvel 
VIII. O penhor 
IX. A hipoteca 
X. A anticrese 
XI. A concessão de uso especial para fins de moradia 
XII. A concessão de direito real de uso 
o Distinção 
Quanto ao/ à Direitos reais Direitos obrigacionais 
1. Objeto Incidem sobre uma coisa 
Exigem o cumprimento de 
uma determinada prestação 
2. Sujeito Passível, indeterminado Menos determinável 
3. Duração 
Perpétuo, não se extingue 
pelo uso 
Transitórios 
4. Formação 
Criados por lei e numerus 
clausus 
Criados pela vontade das 
partes e numerus apertus 
5. Exercício 
Rol exercidos diretamente 
sobre a coisa, dispensando a 
existência de um sujeito 
passivo 
Exigem 1 figura 
intermediária, que é o 
devedor 
6. Ação 
Podem ser exercidos contra 
quem obtiver a coisa 
Somente contra quem figura 
na relação jurídica com 
direito passível 
Obs: Numerus clausus= rol taxativo; Numerus apertus= rol exemplificativo. 
2. CONCEITO 
Obrigação: Vínculo jurídico que confere ao credor (sujeito ativo) o direito de exigir do devedor 
(sujeito passivo) o cumprimento de determinada prestação. 
Obs: é o patrimônio do devedor que responde por suas obrigações. 
3. RELAÇÃO ENTE OBRIGAÇÃO E RESPONSABILIDADE 
Responsabilidade: é a consequência patrimonial do não cumprimento da obrigação. 
Exemplo de obrigação sem responsabilidade: dívida prescrita. 
Exemplo de responsabilidade sem obrigação: fiador. 
AULA 2 – 23/03/16 
DIREITO CIVIL II 
4. ELEMENTOS CONSTITUTIVOS 
1º Subjetivo 
2º Objetivo 
3º Vínculo jurídico 
1º SUBJETIVO: geralmente são os sujeitos da relação jurídica obrigacional, são as partes 
envolvidas. 
Podem ser sujeitos: 
I. Pessoas físicas (naturais) 
II. Pessoas jurídicas 
III. “Sociedade de fato”, ou ainda, “entes despersonalizados”. 
 
2º OBJETIVO: quase sempre, estará fazendo referência ao objeto. 
Imediato: prestação em sim (dar, fazer ou não fazer). 
Mediato: “bem da vida”, bem, coisa móvel ou imóvel. 
 Termos legais: (Art.104, II, CC) objeto: lícito, possível, determinado ou determinável. 
Doutrina: conformidade com o direito; possibilidade jurídica e física (absoluta); 
determinado (coisa certa); e determinável (coisa incerta) – Art.243, CC. 
Art.104, II, CC. Nulo o negócio jurídico quando seu objeto é ilícito, impossível e indeterminado. 
(Obs: Valor econômico não consta no código, mas também entra o conceito acima). 
 
3º VÍNCULO JURÍDICO: sistema, ordenamento jurídico (Art.491, CC) 
- “shulo”: débito/obrigação (vínculo espiritual) 
- “haftuno”: responsabilidade (Vínculo material) 
 
5. FONTES OBRIGACIONAIS 
 
o Quando decorre da vontade humana: 
I. Contratos 
II. Declarações unilaterais de contratos 
a. Pagamento indevido 
b. Enriquecimento sem causa 
III. Atos ilícitos 
 
o Quando decorre da vontade do Estado: 
I. A lei é a fonte imediata 
Obs: Embora sem capacidade jurídica 
própria, podem fazer parte judicial. – 
possiblidade de pleitear em juízo. 
AULA 3 – 06/04/16 
DIREITO CIVIL II 
6. MODALIDADES OBRIGACIONAIS 
 
6.1. Objeto 
6.2. Elementos 
6.3. Conteúdo 
6.4. Exigibilidade 
6.5. Elementos adicionais 
6.6. Momento de cumprimento 
6.7. Liquidez 
6.8. Reciprocidade considerada 
6.9. Obrigação com cláusula penal 
9.10.Obrigação propter rem 
 
6.1. QUANTO AO OBJETO 
 
o Obrigação de dar 
Consiste em entregar/transferir algo – obrigação positiva/ consiste no agir. 
Exemplo: contrato de compra e venda. 
Subdivide-se em: 
✓ Coisa certa (determinada) – algo especificando espécie, qualidade e quantidade. 
Art.233, CC. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora 
não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias 
do caso. 
Art.234, CC. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do 
devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a 
obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, 
responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos. 
Art.235, CC. Deteriorada a coisa certa, não sendo o devedor culpado, poderá o 
credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor 
que perdeu. 
Art.236, CC. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou 
aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou 
em outro caso, indenização das perdas e danos. 
 
✓ Coisa incerta (determinável) 
Art. 243. CC. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela 
quantidade. 
Art. 244. CC. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha 
pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas 
não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor. 
Art. 245. CC. Cientificado da escolha o credor, vigorará o disposto na secção 
antecedente. 
Art. 246. CC. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou 
deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito. 
o Obrigação de fazer 
Todo fazer, exceto entregar – obrigação positiva/ consiste no agir. 
Ex: contratar um advogado. (Ele terá obrigação de prestar serviço advocatício). 
Subdivide-se em: 
✓ Infungível (personalíssima), ou ainda “intuito personae” – intenção da pessoa. Não 
pode ser substituído por outro. 
 
✓ Fungível (impessoal) – pode ser substituído por outro. 
 
✓ Obrigação consistente em emitir uma declaração de vontade – não é regida pelo 
Código Civil; é regida pelo Código de Processo Civil (No antigo CPC: Art.466). Exemplo: 
ação de adjudicação compulsória. 
 
o Obrigação de não fazer 
Consiste em um não agir – obrigação negativa. 
Exemplo: não posso construir um muro sem o consentimento do vizinho. 
6.2. QUANTO AOS SEUS ELEMENTOS 
 
o Simples: 1 sujeito ativo (credor) + 1 sujeito passivo (devedor) + 1 objeto. 
 
o Composta/complexa: Pluralidade de elementos. Subdivide-se em: 
 
o Composta cumulativa/ conjuntiva 
Pluralidade de objetos (2 ou +) 
São aquelas cujos objetos são cumulados pela conjunção“e”. 
Ex: na compra de um lápis e uma borracha, devo receber os dois. 
 
o Obrigação alternativa 
Pluralidade de objetos – Quanto ao objeto: é pré-definido. 
São aquelas cujos objetos são ligados pela disjunção “ou”. 
Ex: na compra de um carro ou uma moto, devo receber um dos dois. 
 
o Obrigação facultativa 
Confere ao devedor a faculdade de obrigação. 
Quanto ao objeto: não há pré-definição. 
 
o Obrigação divisível 
 
o Obrigação Indivisível 
 
o Obrigação solidária 
 
 
(Obs: As 3 obrigações acima serão abordadas em aula exclusiva posteriormente – aula 5). 
6.3. QUANTO AO CONTEÚDO 
 
o Obrigação meio: é aquela que o devedor lançará mão de todos os meios possíveis 
para adimpli-la, exonerando-se da mesma, ainda que não tenha o resultado esperado. 
 
o Obrigação de resultado: exonera-se apenas se atingir o resultado. 
 
6.4. QUANTO A SUA EXIGIBILIDADE 
 
• Obrigação civil: quando a sua exigibilidade é assegurada pelo ordenamento jurídico. 
 
• Obrigação natural/moral: sua exigibilidade não é assegurada – é o caso da obrigação 
sem responsabilidade. Ex: dívida prescrita. 
 
6.5. QUANTO AOS ELEMENTOS ADICIONAIS 
 
• Pura e simples: não tem condições, termo, encargo. Mesma ideia de direito civil I; 
 
• Condicional: condicionada a um evento futuro incerto. 
 
• A termo: (ou a prazo) é aquela em que as partes subordinam os efeitos do negócio 
jurídico a um evento futuro e certo. 
 
• Modal, onerosa ou com encargo: é a que se encontra onerada por cláusula acessória, 
que impõe um ônus ao beneficiário de determinada relação jurídica. 
 
6.6. QUANTO AO MOMENTO DE CUMPRIMENTO 
 
• Obrigação de execução instantânea: Ex: pagamento à vista. 
 
• Obrigação de execução diferira: Ex: pagamento postergado (única prestação). 
 
• Obrigação de execução continuada (trato sucessível): Ex: pagamento parcelado 
(várias prestações) 
 
6.7. QUANTO A LIQUIDEZ 
 
• Líquida: quando for certa quanto a sua existência e determinado o seu objeto. 
 
• Ilíquida: quando depende de apuração de seu valor para ser exigida. 
 
6.8. QUANTO AO RECIPROCAMENTO CONSIDERADO 
 
• Principais: quando ela sub existe por si, não depende de outro. 
 
• Acessórias: não sub existe por si. 
 
AULA 4 – 13/04/16 
DIREITO CIVIL II 
6.9. QUANTO A OBRIGAÇÃO COM CLÁUSULA PENAL 
É aquela obrigação que contém cominação de multa ou pena, por inadimplemento da principal, 
ou o retardamento do seu cumprimento. 
 
6.10. QUANTO A OBRIGAÇÃO PROPTER REM 
É subdividida em propter rem propriamente dita e propter rem com ônus real, com eficácia real. 
 
“São aquelas que acompanham a coisa, você não tem como abrir mão dela. Um 
exemplo: Quando você compra um apartamento tem a obrigação de pagar o 
condomínio, o condomínio é uma obrigação propter rem.” 
 
(Professor abordou rapidamente) 
 
Obrigações híbridas: 
➢ Obrigação propter rem (propriamente dita): pois elas tem conteúdo tanto de 
direito pessoal como real. Cai sobre uma pessoa com força de direito real. 
➢ Ônus real: é a que limita o uso gozo da propriedade constituindo direito real 
sob coisa alheia. 
➢ Eficácia real: é a contida na hipótese. (Art. 576, CC). 
*Pesquisa p/ complementar:* Fonte: CASSETTARI, Christiano. Elementos de Direito Civil. 
Obrigações híbridas: obrigações estas que combinam direitos obrigacionais e direitos reais. 
São elas: 
• Obrigações “propter rem”, “in rem”, ou “ob rem”, também chamadas de obrigações 
reais ou ambulatórias. As obrigações propter rem são aquelas que surgem sem depender 
da vontade do devedor, por ser ele titular de um direito real, motivo pelo qual ela segue e 
recai sobre a coisa. 
Exemplo: artigo 1285, caput, do Código Civil: “Art. 1285. O dono do prédio que não tiver 
acesso à via pública, nascente ou porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal, 
constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário.” 
• Obrigações com eficácia real: No direito brasileiro, são exceções que dependem de 
previsão legal expressa. Na Itália, França e Portugal, tais obrigações são regras. A obrigação 
com eficácia real é aquela que deve ser respeitada por terceiros e depende de previsão legal 
para existir, por se tratar de modalidade excepcional de obrigação. 
Exemplo: Cláusula de vigência em contrato de locação de imóvel urbano que esteja averbada 
na matrícula do imóvel (artigo 8º da Lei 8245/91). 
• Ônus Real: Trata-se de um gravame que limita o uso e gozo de uma propriedade. 
Exemplo: Proprietário que concede servidão em seu terreno. 
AULA 5 – 20/04/16 
DIREITO CIVIL II 
(Retornamos ao assunto sobre modalidade obrigacional quanto aos seus elementos, para 
explicar 3 tópicos não estudados anteriormente: obrigações divisíveis, indivisíveis e solidárias – 
ainda acrescentou conteúdo no tópico sobre obrigações alternativas). 
(Repetindo o tópico) 6.2. QUANTO AOS SEUS ELEMENTOS 
 
o Simples: 1 sujeito ativo (credor) + 1 sujeito passivo (devedor) + 1 objeto. 
 
o Composta/complexa: Pluralidade de elementos. Subdivide-se em: 
 
o Composta cumulativa/ conjuntiva 
Pluralidade de objetos (2 ou +) 
São aquelas cujos objetos são cumulados pela conjunção “e”. 
Ex: na compra de um lápis e uma borracha, devo receber os dois. 
 
o Obrigação alternativa 
São aquelas compostas pela multiplicidade de objetos, tem por 
conteúdo 2 ou + prestações, das quais somente 1 será escolhida para 
pagamento ao credor e liberação do devedor. 
Pluralidade de objetos – Quanto ao objeto: é pré-definido. 
São aquelas cujos objetos são ligados pela disjunção “ou”. 
Ex: na compra de um carro ou uma moto, devo receber um dos dois. 
 
Obs: Art. 252, CC. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não 
se estipulou. 
§ 1º Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra. 
§ 2º Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser 
exercida em cada período. 
§ 3º No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o 
juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação. 
§ 4º Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao 
juiz a escolha se não houver acordo entre as partes. 
 
Obs: Consequência do inadimplemento: Art. 253 a 256, CC. 
Art. 253, CC. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada 
inexequível, subsistirá o débito quanto à outra. 
Art. 254, CC. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não 
competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se 
impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar. 
Art. 255, CC. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível 
por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da 
outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem 
inexequíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por 
perdas e danos. 
Art. 256, CC. Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-
se-á a obrigação. 
o Obrigação facultativa 
Confere ao devedor a faculdade de obrigação. Quanto ao objeto: não 
há pré definição. 
 
o Obrigação divisível 
São aquelas cujo objeto pode ser dividido entre os seus sujeitos. 
Art. 88, CC. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se 
indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes. 
 
o Obrigação Indivisível 
Art. 258, CC. A obrigação é indivisível quando a prestação tem porobjeto uma coisa ou um fato não suscetíveis de divisão, por sua 
natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão 
determinante do negócio jurídico. 
Obs: Efeitos das obrigações divisíveis/ indivisíveis: 
❖ Presunção de repartição 
Art. 257, CC. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação 
divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os 
credores ou devedores. 
❖ Liberação por cotas/ quotas 
Art. 259, CC. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada 
um será obrigado pela dívida toda. 
Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em 
relação aos outros coobrigados. 
❖ Pluralidade de credores 
Art. 260, CC. Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida 
inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando: 
I - a todos conjuntamente; 
II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores. 
❖ Perdão parcial 
Art. 262, CC. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para 
com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor 
remitente. 
Parágrafo único. O mesmo critério se observará no caso de transação, novação, 
compensação ou confusão. 
❖ Perdas e danos 
Art. 263, CC. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e 
danos. 
§ 1º Se, para efeito do disposto neste artigo, houver culpa de todos os devedores, 
responderão todos por partes iguais. 
§ 2o Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse pelas 
perdas e danos. 
o Obrigação solidária 
Conceito: Art. 264, CC. Há solidariedade, quando na mesma obrigação 
concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com 
direito, ou obrigado, à dívida toda. 
Caracteriza-se a obrigação solidária pela multiplicidade de credores e/ 
ou de devedores, tendo cada credor direito à totalidade da prestação 
como se fosse credor único, ou estando cada devedor obrigado pela 
dívida toda, como se fosse o único devedor.1 Desse modo, o credor 
poderá exigir de qualquer codevedor o cumprimento por inteiro da 
obrigação. Cumprida por este a exigência, liberados estarão todos os 
demais devedores ante o credor comum (CC, Art. 275). 
 
Características da obrigação solidária: 
 
a) Pluralidade de credores e devedores 
 
b) Integralidade da prestação: Visto que cada devedor responde pelo débito todo e 
cada credor pode exigi-lo por inteiro. A unidade de prestação não permite que esta 
se realize por mais de uma vez; se isto ocorrer, ter-se-á repetição (CC, Art. 876). 
 
c) Corresponsabilidade dos interessados: Já que o pagamento da prestação efetuado 
por um dos devedores extingue a obrigação dos demais, embora o que tenha pago 
possa reaver dos outros as quotas de cada um.2 
Espécies de solidariedade: De acordo com a doutrina (3 espécies): 
1º. Ativa – de devedores 
Na solidariedade ativa concorrem dois ou mais credores, podendo qualquer deles 
receber integralmente a prestação devida. O devedor libera-se pagando a qualquer 
dos credores, que, por sua vez, pagará aos demais a quota de cada um. 
2º. Passiva – de credores 
Consiste na concorrência de dois ou mais devedores, cada um com dever de 
prestar a dívida toda. Segundo Washington de Barros Monteiro, tal modalidade é 
predicado externo que cinge a obrigação e por via do qual, de qualquer dos devedores 
que nela concorrem, pode o credor exigir a totalidade da dívida. Representa assim 
preciosa cautela para a garantia dos direitos obrigacionais. 
3º. Mista/ reciproca – de credores e devedores 
Simultaneamente de credores e de devedores. Tanto o Código Civil de 1916 como 
o de 2002 disciplinaram apenas as duas primeiras, não estabelecendo regras sobre a 
solidariedade recíproca ou mista. Na vida prática raramente se encontra um caso de 
solidariedade recíproca. Aplicam-se-lhe as normas expressamente previstas para a 
solidariedade ativa e a solidariedade passiva, de cuja combinação é resultante. 
 
 
1 Carlos Roberto Gonçalves, Direito civil brasileiro 2, edição 8, p. 129. 
2 Maria Helena Diniz, Curso de direito civil brasileiro, v. 2, p. 152. 
Efeitos da solidariedade: 
1ª Espécie ativa: 
o Liberação do devedor pagando qualquer credor. (Art. 268, CC) 
o Sub existência da solidariedade, ainda que a obrigação seja convertida em perdas e 
danos. (Art. 271, CC) 
o Regresso: “pós obrigação”. 
2ª Espécie passiva: 
o Sub-rogação: fenômeno em que o devedor se sub-roga, passando a ser credor do 
outro. Apenas 1 dos devedores pagam. 
o Alteração gravosa: deve haver concordância entre todos envolvidos, assim sendo, não 
poderá ocorrer sem o consentimento. 
o Renúncia do credor: Pode renunciar um dos devedores ou + devedores. 
AULA 6 – 04/05/16 
DIREITO CIVIL II 
1. TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES 
 
A relação obrigacional é passível, portanto, de alteração na composição de seu 
elemento pessoal, sem que esse fato atinja sua individualidade, de tal sorte que o vínculo 
subsistirá na sua identidade, apesar das modificações operadas pela sucessão singular ativa ou 
passiva. Com a substituição de um dos sujeitos da relação obrigacional, não deixa de ser esta 
ela mesma, continuando, portanto, a existir como se não houvesse sofrido qualquer alteração. 
O ato determinante dessa transmissibilidade das obrigações denomina-se cessão, que 
vem a ser a transferência negocial, a título gratuito ou oneroso, de um direito, de um dever, de 
uma ação ou de um complexo de direitos, deveres e bens, de modo que o adquirente, 
denominado cessionário, exerça posição jurídica idêntica à do antecessor, que figura como 
cedente.3 
Espécies: 
A transmissibilidade das várias posições obrigacionais pode decorrer, presentes os requisitos 
para a sua eficácia, de: 
a) cessão de crédito, pela qual o credor transfere a outrem seus direitos na relação 
obrigacional; 
 
b) cessão de débito/assunção de dívida, que constitui negócio jurídico pelo qual o devedor 
transfere a outrem a sua posição na relação jurídica, sem novar, ou seja, sem acarretar a 
criação de obrigação nova e a extinção da anterior; 
 
c) cessão de contrato, em que se procede à transmissão, ao cessionário, da inteira posição 
contratual do cedente, como sucede na transferência a terceiro, feita pelo promitente 
comprador, por exemplo, de sua posição no compromisso de compra e venda de imóvel 
loteado, sem anuência do credor. 
 
3 Maria Helena Diniz, Curso de direito civil brasileiro, v. 2, p. 409; Orlando Gomes, Obrigações, cit., p. 236. 
a) Cessão de crédito 
Conceito: É o negocio jurídico bilateral pelo qual o credor transfere a outrem seus direitos na 
relação obrigacional. Trata-se de um dos mais importantes instrumentos da vida econômica 
atual, especialmente na modalidade de desconto bancário, pelo qual o comerciante transfere 
seus créditos a uma instituição financeira. Tem feição nitidamente contratual.4 
 
*Institutos semelhantes:* 
a) cessão de contrato: (tema abordado posteriormente) 
b) novação subjetiva ativa: é uma alteração do sujeito que está no polo ativo (credor). 
c) sub-rogação legal: Art. 350, CC. Na sub-rogação legal o sub-rogado não poderá exercer os 
direitos e as ações do credor, senão até à soma que tiver desembolsado para desobrigar o 
devedor. 
 
Objeto: todos os créditos constantes de título (suporte físico) ou não (oral, por exemplo), 
vencidos ou por vencer. 
Formas: 
a) Inter partes: em regra, é livre, desde que não seja defesa (art. 104, III, CC) 
b) Terceiros: Art. 288, CC. 
c) Título de crédito: dá-se pelo endosso.Ex: cheques, notas promissórias... 
Notificação do devedor: Dispõe o Art. 290 do Código Civil: “A cessão do crédito não tem 
eficácia em relação ao devedor, senão quando a este notificada; mas por notificado se tem o 
devedor que, em escrito público ou particular, se declarou ciente da cessão feita”. É 
necessário que ocorra a notificação do devedor; caso o devedor já autorize 
previamente que ocorra a cessão de crédito, a notificação não será obrigatória. 
Solvência do devedor: Art. 296, CC. Salvo em estipulação em contrário, o credor/cedente não 
responde pela solvência do devedor. 
 
b) Cessão de débito/ assunção de dívida 
É o negocio jurídico bilateral pelo qual o devedor transfere sua posição a outrem na relação 
jurídica obrigacional. 
o Exoneração do devedor primitivo 
Ao realizar a cessão de débito, o antigo devedor é exonerado. Exceção: hipótese de assuntor 
(Art. 299, parte final, CC), caso o que assume seja insolvente, volta para o devedor primitivo. 
o Anuência expressa do credor 
Art. 299, parágrafo único, CC. Silêncio= recusa. 
o Vedação às exceções pessoais do devedor primitivo 
Art. 302, CC. O assuntor não pode opor exceção pessoal do devedor primitivo. 
 
4 Orlando Gomes, Obrigações, cit., p. 244-245; Silvio Rodrigues, Direito civil, v. 2, p. 91; Alberto Trabucchi, Instituciones, cit., v. 
II, p. 94; Sílvio Venosa, Direito civil, v. 2, p. 330. 
c) Cessão de contrato 
Pode ser caracterizado pela exata definição de Gonçalves quanto à cessão de crédito. É, pois, 
mais abrangente, incluindo, inclusive, a cessão creditória. 
“Malgrado o Código Civil de 1916 e o de 2002 não tenham regulamentado, no capítulo 
concernente à transmissão das obrigações, a cessão de contrato, trata-se de figura que 
se reveste de significativa importância prática em certos setores do comércio jurídico, a 
que fazem referência várias leis especiais, bem como dispositivos esparsos do próprio 
diploma civil. Tem grande aplicação, por exemplo, nos contratos de cessão de locação, 
fornecimento, empreitada, financiamento e, especialmente, no mútuo hipotecário para 
aquisição da casa própria.“ 
AULA 7 – 11/05/16 
DIREITO CIVIL II 
2. ADIMPLEMENTO E EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES 
Pagamento 
2.1. Conceito 
É o cumprimento de qualquer espécie de obrigação; é o meio normal de extinção da 
obrigação. 
Meio anormal: 
➢ Qualquer um que não seja por meio do pagamento 
➢ Remissão de dívida 
➢ Comuns (nulidade ou anulidade) 
 
2.2. Natureza jurídica 
O pagamento possui natureza jurídica contratual – pressupõe uma bilateralidade (ao menos 
quantitativo). 
2.3. Requisitos de validade 
a) Existência de vínculo obrigacional; 
b) “Animus solvendi”, ânimo de solver; vontade de pagar (livre e espontânea); 
c) Cumprimento da prestação; 
d) Existência de “solvens”; existência de devedor. 
e) Existência de “accipins”; existência do credor. 
 
2.4. Quem deve pagar 
a) Solvens – devedor (deve) 
b) “qualquer interessado” (Art.304, CC). – Interessado na extinção da dívida; fiador e 
avalista; interesse jurídico; é aquele que têm interesse jurídico, que pode ter seu 
patrimônio afetado caso o devedor não pague. 
c) “terceiro não interessado” – sujeito alheio à relação jurídica, não há interesse. 
 
2.5. A quem se deve pagar 
– Credor, seus representantes*, ou ainda, a seus sucessores. 
 *Representante legal: decorre da lei. Representante judicial: decorre da determinação 
judicial (ex: tutor, curador e etc). Representante convencional: decorre de uma 
convenção, um negócio jurídico, um acordo entre as partes. 
2.6. Objeto de pagamento 
– A prestação (dar, fazer, não fazer). Art. 315, CC – dinheiro – nominal. 
2.7. Prova do pagamento 
– Quitação (Art. 319, CC) – recibo discriminado. 
2.8. Presunção de pagamento 
– Título de crédito na posse do devedor (Art. 304, CC). 
– Quitação da última cota sucessiva (Art. 322, CC). 
– Quitação do capital sem reserva de juros (Art. 323, CC). 
2.9. Lugar de pagamento 
– É de livre escolha das partes; 
– No silêncio, vale o domicílio do devedor. 
*Dívida “quérable” (quesível) – regra: credor cobra do devedor; domicílio do devedor. 
*Dívida “portable” (portável): devedor deve buscar o credor; domicílio do credor. 
2.10. Tempo do pagamento 
1) Estipulação da data para pagamento (data de vencimento) 
2) Sem estipulação de data para pagamento (quando o credor exigir o pagamento) 
3) Quando é o prazo (no prazo estipulado para vencimento) 
Obs: Nada impede a antecipação. Art. 333, I a III, CC. Antecipação ex vi legis; falência do 
devedor, etc. 
AULA 8 – 01/06/16 
DIREITO CIVIL II 
3. REMISSÃO DAS DÍVIDAS 
 
i. Novação 
ii. Compensação 
iii. Confusão 
iv. Remissão das dívidas (propriamente dita) 
 
3.1. NOVAÇÃO 
Conceito: é a criação de obrigação nova para extinguir uma anterior. É a substituição de uma 
dívida por outra, extinguindo-se a primeira. 
Requisitos: 
1º A existência de uma obrigação jurídica anterior 
2º A constituição de nova obrigação 
3º “animus novandi” – a vontade de alterar/mudar/substituir a obrigação anterior 
Espécies: 
1ª Novação objetiva: novação de objetos, mantendo-se os sujeitos. Art. 360, I, CC. 
2ª Novação subjetiva: há alteração/modificação do sujeito. 
Sujeito ativo: credor – art. 360, III, CC. 
Sujeito passivo: devedor – art. 360, II, CC. 
3ª Novação mista: A doutrina minoritária ensina que a hipótese que se dá a substituição do 
credor e do devedor, simultaneamente, é denominado de novação mista. 
Efeitos: 
1º Extinção da obrigação primitiva 
2º Extinção dos acessórios e garantias 
Art. 364, CC – Em regra. Exceções: se as partes explicitarem no contrato. 
3º Desvinculação da obrigação primitiva 
3.2. COMPENSAÇÃO 
Conceito: é o meio de extinção das obrigações entre pessoas que são, ao mesmo tempo, 
credor e devedor uma da outra. Acarreta a extinção das 2 obrigações cujos credores são 
simultaneamente devedores um do outro. 
Espécies: 
1ª Total: quando os valores forem iguais. 
2ª Parcial: quando os valores não forem iguais. 
3ª Legal: ocorre por força de lei; “ex vi legis”. 
4ª Judicial: realizada em juízo, mediante processo, por decisão judicial. 
5ª Convencional: decorre do acordo de vontade, da transação entre as partes. 
Requisitos: 
1º Reciprocidade das obrigações 
2ª Liquidez e exigibilidade das dívidas 
3ª Fungibilidade das obrigações (o bem deve ser fungível) 
3.3. CONFUSÃO 
Conceito: quando se reúnem numa só pessoa as duas qualidades de credor e devedor, 
ocasionando a extinção da obrigação. 
3.4. REMISSÃO DAS DÍVIDAS (PROPRIAMENTE DITA) 
Conceito: é o perdão da dívida. É a liberdade efetuada, pelo credor, consistente em exonerar o 
devedor do cumprimento da obrigação. 
Natureza jurídica: negócio jurídico bilateral – o devedor deve aceitar. 
 
AULA 9 – 15/06/16 
DIREITO CIVIL II 
(Aula de revisão) 
AULA 10 – 22/06/16 
DIREITO CIVIL II 
(Prova)

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