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APS 5 SEMESTRE

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RESUMO
Diante da necessidade de melhorar a mobilidade no pátio do estacionamento da Universidade Paulista, o objetivo desse trabalho é analisar e desenvolver um piso de concreto para tal área, além de levar em consideração implementar um sistema correto de drenagem do local, bem como construir um pavimento que garanta a segurança dos alunos.
Dessa maneira, foi de suma importância a delimitação da área que irá receber o piso de concreto, bem como toda a retirada de todo e qualquer entulho e lixos que pudessem oferecer empecilho ao desenvolvimento da obra, além de ter sido feito o levantamento topográfico da área para análise das curvas de nível local, utilizado para a realização do sistema de drenagem.
Ademais, foi realizado um estudo acerca dos tipos de concreto que podem ser empregados, bem como a viabilidade financeira dos materiais a serem utilizados e a escolha daquele de melhor desempenho diante das solicitações locais, tais como as intempéries, atrito com os pneus dos carros, resistência e outros. Foi também elaborado um memorial descritivo de todo o processo a ser realizado, visando manter a organização de todos os serviços e materiais demandados à obra, de maneira a estabelecer um projeto que possa promover compatibilidade entre o que se foi planejado com o que será executado, evitando assim, gastos excepcionais e resíduos desnecessários.
Assim, foi estabelecido e regido segundo a NR 18, que embasou o projeto do início ao fim, explicitando a importância das normas e detalhamento necessários à execução de uma obra civil.
ABSTRACT
Due to the necessity for make better the human mobilitty of the Paulista University parking yard, the goal of this term paper is analysing and developing a concrete floor to this area, besides to take into account implemmenting a correct drainage system of the place as well as to building an floor that can make the college students’ security that goes through constantly there.
This way, was very important the definition of the area that will receive the concrete floor as well as takes out all the ruble and garbage could offer some impediment to development of the work, Besides that were made the topographic survey about the area to analise the contour lines that will be used to make the drenage system.
Furthermore, was made a research about the concrete types which could be used as well as the financial viability of materials that will be used and the choice of the concrete that have the best performance in front of the local demands as storms frictions with wheels, resistance and others. In addition to be made a descritptive memorial of all the processes that will be make in order to guarantee the organization of all the services and materials requires in order to establish a project that can have compatibility between what was planned and what will be executed avoid unnecessary expenses and solid waste.
All this was established and worked unde NR 18 that embased the projec from beginning to end showing how important are the technical standards and details required to execute a civil works.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
Tendo em vista a necessidade de implementação de melhorias e adaptações favoráveis ao melhor e mais seguro uso de pisos de concreto para pátios de estacionamento, o presente trabalho acadêmico visa salientar a importância do emprego correto e significativo de tal componente no estacionamento da Universidade Paulista (UNIP), Campus Swift.
Além disso, se tratando de uma área de intenso fluxo de alunos, considerando que, em suas particularidades existam indivíduos cuja mobilidade é reduzida, em virtude de garantir que a Lei de Acessibilidade, ouLei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência) a todos os alunos seja assegurada, a análise desenvolvida foi apoiada neste ponto também.
Dessa forma, a escolha do melhor e mais eficiente piso de concreto foi feita tendo como base a análise dos materiais e pesquisas sobre os mesmos em bibliografias de qualidade, além de notas de aula das matérias pertinentes a tal assunto, considerando tópicos como drenagem, melhor resistência e conservação, um pouco sobre a história do concreto e outros pontos interessantes.
1.1 Objetivo geral
Como cerne do trabalho, tem-se o estudo e análise do pátio de estacionamento da Universidade Paulista, visando a estruturação e implementação de piso de concreto para o mesmo, já que encontra-se somente composto de terra vermelha e pedras britadas de pequenos diâmetros, o que dificulta a mobilidade humana, não possui uma aparência uniforme e acaba por deixar o terreno com desníveis significativos.
1.2 Objetivos específicos
Realizar o levantamento dos materiais necessário para concretagem do estacionamento da universidade;
Estudar as características dos materiais a serem utilizados (como propriedades mecânicas, físicas, caloríficas dos mesmos) e escolher quais vão melhor cumprir com a necessidade vigente;
Verificar a viabilidade financeira dos materiais escolhidos;
Estudar a implantação da correta drenagem para a área do pátio;
Fazer o levantamento topográfico da área, levando em consideração o uso de tecnologias para tal, tais como o Google Earth.
Realizar estudos planialtimétricos para calcular a área e descobrir a quantidade de material demandado;
Elaborar um memorial descritivo o mais significativo possível com o projeto.
1.3 Justificativa
Primeiramente, o intuito de desenvolver este trabalho foi para obter novos conhecimentos, especialmente por se tratar de um assunto pertinente ao curso de Engenharia Civil, arrimando desta forma, informações e novos conhecimentos para os alunos, já que se tornarão futuros engenheiros e os utilizarão em sua vida profissional.
Ademais, observando a área do estacionamento da universidade, existe a necessidade de implementação de um pavimento de concreto. Tudo isso, em virtude de tornar melhor e mais eficiente a drenagem local, promover a facilitação do acesso aos alunos ao estacionamento, incluindo nisso, a promoção de segurança neste trajeto, que atualmente apresenta desníveis e outros problemas já citados anteriormente, que podem causar problemas físicos aos indivíduos que por lá circulam, especialmente aos alunos com mobilidade física reduzida ou cadeirantes.
Sendo assim, a escolha pelo piso de concreto se deu devido a sua maior inércia, especialmente pela elevada carga existente no local, devido à grande quantidade de veículos que por lá se encontram estacionados diariamente. Outra questão que foi importante para a escolha do concreto, é o seu custo que, devido aos benefícios oferecidos é compensatório, além da excelente durabilidade e resistência a compressão apresentada pelo material, aliada a baixa demanda por manutenção, que por sua vez, também é de baixo custo. Já quando se diz respeito à segurança, o pavimento de concreto é eficaz, especialmente por garantir o tráfego seguro dos carros e dos alunos, incluindo cadeirantes.
Por esses e por outros benefícios, o concreto foi o piso escolhido que melhor cumpre com as exigências locais.
1.4 Metodologia
Diante do tema,procurou-se levantar inicialmente referências bibliográficas para dissertar acerca do assunto através de livros encontrados na biblioteca da Universidade Paulista, campus Swift e sites confiáveis da internet. Livros como Drenagem Urbana (CANHOLI, 2015), Planejamento, Orçamento e Controle de Projetos e Obras (LIMMER, 1997) e Pavimentos de Concreto (BALBO, 2009) foram referencias utilizadas para a estruturação do trabalho.
Em seguida, para definição e melhor visualização da área do estacionamento a ser concretada, foi utilizado o aplicativo Google Earth. Além disso, foram utilizadas anotações das aulas das disciplinas Topografia, Materiais Naturais e Artificiais e Gerenciamento de Obras do 5° semestre do curso de engenharia civil, servindo de base para a estruturação do projeto.
Em Topografia, anotações realizadas acerca cálculos de área, atravésdo cálculo de Heron, permitiram que a área do estacionamento escolhida fosse dividida em polígonos e, posteriormente, calculada. Além disso, através de demais anotações foi obtido maior conhecimento de noções de topografia, influenciando para a explicação do tema no decorrer do trabalho.
Já em materiais naturais e artificiais, foram aproveitadas informações como os componentes do concreto e suas propriedades. Na disciplina Gerenciamento de Obras, anotações sobre memorial descritivo também contribuíram para que fosse especificado e realizado um memorial descritivo com todas as informações pertinentes do início ao fim da instalação do piso de concreto.
Por fim, uma coleta de imagens através de fotografias será utilizada para melhor visualização e detalhamento do projeto.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Estudo geral sobre a drenagem no Brasil
Conforme Maia; Silva e Zaia(2011) :[2: MAIA, D. S.; SILVA, D. B.; ZAIA, J. C. Drenagem na construção civil. Disponível em: <http://wwwo.metalica.com.br/drenagem-na-construcao-civil> Acesso em 14/03/2017.]
“Drenagem é o ato de escoar as águas de terrenos encharcados, por meio de tubos, túneis,  canais,   valas   e   fossos   sendo   possível   recorrer   a motores como  apoio   ao escoamento. Os canais podem ser naturais (rios ou córregos) ou artificiais de concreto simples ou armado ou de gabião. Os sistemas de drenagem, que compreendem além dos condutos forçados e dos condutos livres podem ser urbanos  e/ou rurais  e visam escoar as águas de chuvas e evitar enchentes”(MAIA; SILVA; ZAIA, 2011).
Sendo assim, a drenagem possui imensa importância na engenharia civil, dado que, retirando o excesso de água de um determinado terreno, evita inundações nas áreas urbanas e a improdutividade nas áreas rurais. Além disso, além de funcionar como escoamento de água, a drenagem também contribui para o curso natural das águas de chuva, uma vez que retirando o excesso de água de um terreno, ela continuará em seu ciclo hidrológico. A matéria que estuda a drenagem em suas diversas aplicações é a Hidrologia (CANHOLI, 2015).
Distingue-se a drenagem em duas principais áreas atuantes, a urbana e a rural, sendo necessário empresas e profissionais capacitados para a realização de tal procedimento (CANHOLI, 2015). Dessa forma, entreas principais empresas atuantes no Brasil que prestam serviços de gestão de sistemas hídricos, tem-se o grupo ACO, líder global em tecnologia de sistemas hídricos, que realiza as drenagens através de soluções feitas em concreto polímero exclusivo, não adicionando em seus componentes a água ou o cimento. Assim, a mistura resulta num material com baixa rugosidade e grande resistência mecânica e química, contribuindo para que mais tecnologia seja desenvolvida no país, afim de soluções sustentáveis e econômicas para beneficiar principalmente a população (ACO IMPRENSA, 2016).
2.1.1Drenagem urbana
De acordo com o Relatório Mundial Das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Dos Recursos Hídricos (2016), mais de 6 bilhões de pessoas viverão em áreas urbanas. Sendo assim, existe grande relevância a cerca do conteúdo sobre drenagem urbana, já que o tema contribuirá para a infraestrutura de mais da metade da população mundial.
Logo, ao falar de drenagem urbana, deve-se relacioná-la o ciclo hidrológico, já que o ciclo hidrológico se trata de um ciclo natural da água, já que a água se infiltra no solo e, ao evaporar, formam-se precipitações, seguidas por chuvas, retornando a água para o solo. Tratando-se de condições naturais, existe o equilíbrio do ciclo hidrológico, mas diante da crescente urbanização, o ciclo da água se altera, ocorrendo diversos problemas como impermeabilização do terreno, remoção da vegetação, fatores estes que provocam inundações e processos de erosão (SILVA, 2012).
No Brasil, a drenagem urbana é realizada, na maioria dos casos,através da drenagem artificial, ou seja, por meio da canalização e condutos, escoando a água precipitada dos solos. Tal procedimento ocorre instalando condutos nos solos para que a água não seja infiltrada; em seguida, a água é canalizada até um local onde não afete a população e continue seu ciclo natural (QUEIROZ, 2009).
Quando se trata da drenagem artificial, são inúmeras as formas de produzi-las e implantá-las, sendo inúmeros os motivos e finalidades pelos quais serão instaladas. Ademais, a grande necessidade de sua instalação é devido ao elevado grau de urbanização em que a sociedade se encontra. Ou seja, diante de uma sociedade cada vez mais voltada ao urbanismo, têm-se a necessidade vigente de tentar conter os problemas gerados pelas construções humanas, sendo esses devido à dificuldade de escoamento superficial das águas, que devido ao elevado grau de impermeabilização das cidades, acarretam por si só enchentes devastadoras (QUEIROZ, 2009).
Dado este fato, as principais formas de drenagem urbana empregadas nas cidades são compostas basicamente por um conjunto de dispositivos hidráulicos, sendo o greide, guia, sarjeta, sarjetões, bocas coletoras, galerias, condutos de ligação, poços de visita, trechos de galeria, caixas de ligação e bacias de drenagem (FILHO, 2017).
Para a estabilização de taludes marginais de rodovias e outras vias públicas, têm-se basicamente dois tipos de drenagem implantados, sendo a drenagem interna e a drenagem superficial. A primeira, diz respeito ao emprego de drenos horizontais profundos (DHP) implantados para reduzir o potencial de ruptura e proporcionar alívio das tensões efetivas do talude. A segunda, diz respeito a construção de canaletas em concreto na crista do talude através de cordões em curva de nível adjacentes, para assim reduzir o escoamento superficial e por conseguinte evitar o processo erosivo. Além disso, são implantadas placas de vegetações rasteiras na superfície do talude para evitar a erosão causada pelo curso das águas pluviais (QUEIROZ, 2009).
Infelizmente, os custos com canalização e condutos são altíssimos. Segundo Tucci (2003, pág 63),“No rio Tamanduateí o custo da canalização foi de US$ 50 milhões/km (com retorno das inundações), enquanto que no rio Arrudas, em Belo Horizonte, chegou a US$ 25 milhões/km (logo após sua conclusão sofreu inundações)”.
Logo, diante dos altos custos, medidas sustentáveis e o incentivo a drenagem natural tem sido apresentados. A drenagem natural, como o próprio nome sugere, diz respeito ao escoamento das águas superficiais e a percolação das águas até os vazios entre dos solos ou rochas internas sem interferência humana, por meio da formação de redes naturais que direcionam o fluxo hídrico, tanto dos rios, córregos e lagos, quanto o fluxo pluviométrico, os lençóis freáticos e aqüíferos (QUEIROZ, 2009).
A drenagem natural subdivide-se em categorias diferentes, de acordo com o sentido para qual a água flui, variando também com relação às características da região, clima, topografia e litologia. De acordo com Maia; Silva e Zaia (2011), existem pelo menos 8 formas de escoamento da água para drenagem, dentre elas a dendrítica, retangular, radial, centrípeta, paralela, trellised, anular e deranged.
2.2 História do concreto
A história do concreto está diretamente relacionada à história do cimento, que é seu principal componente.
O primeiro cimento utilizado pelo homem foi o cimento natural, que era uma reação entre a argila xistosa e o calcário durante uma combustão espontânea.
A história se inicia a mais de 2000 a.C, a partir das civilizações egípcias, onde era usada uma argamassa constituída por uma mistura de gesso calcinado na construção das pirâmides (KAEFER, 1998).
Em 146 a.C. Roma conquistou Cartago, os romanos copiavam e melhoravam tudo que consideravam útil dos povos conquistados, o que teve como resultado o surgimento da primeira indústria de construção. Eles já utilizavam a cal desde 600 a. C., mas essa revolução levou ao descobrimento de um novo material de construção, o Caementicium, que tinha como componente principal uma cinza pozolônica, que era misturada a argamassa e produziaum material semelhante ao cimento utilizado hoje(KAEFER, 1998).
Essa mistura foi usada na construção do Coliseu, a Basílica de Constantino, além de várias estradas e prédios. Entre essas estradas construídas, se destaca a via Apia, constituída por uma camada de pedras compactadas, uma de cascalho com cal hidratada e outra de cascalho e areia grosseira misturados com cal e cimento. Em alguns trechos, foi utilizado o caementum, onde os romanos deram o nome de concretum ás pedras ligadas por esse caementum. 2000 anos após sua construção, muitos trechos dessa estrada ainda permaneciam transitáveis (KAEFER, 1998).
Na idade média esse conhecimento romano foi perdido e ressurgiu no século XVIII.Em 1758, John Smeaton, descobriu o cimento hidráulico, através da mistura de argila e calcário.Em 1796, James Parker descobriu um novo tipo de cimento, obtido através da calcinação de nódulos de calcário impuro contendo argila, que ficou conhecido como cimento romano.
Louis Vicat é considerado o inventor do cimento artificial, resultante da queima de uma mistura de calcário e argila.Joseph Aspdin, em 1824, foi o criador do Cimento Portland, que é um resultado do aperfeiçoamento do método de produzir pedra artificial, leva esse nome devido a sua pedra ser semelhante à pedra calcária branco-prateada extraída na península de Portland no Conrado de Dorset(KAEFER, 1998).
Com a redescoberta do cimento por John Smeaton, sua industrialização por James Parker e o Cimento de Portland de Joseph Aspdin, o produto ficou à disposição dos engenheiros e passou a ser usado em argamassas e concretos.(KAEFER, 1998).
2.2.1 Tipos de concreto
Quando se trata da fabricação de concreto, esta é uma operação destinada a obter um composto homogêneo, resultante do agrupamento interno de agregados, aglomerantes, aditivos e água (BAUER, 2002).
Atualmente, existem diversos tipos diferentes de concreto, cada qual possuindo características próprias e diferentes tanto para a sua fabricação quanto para a sua utilização. Com o decorrer do tempo, pesquisas, testes mecânicos, de tração e outros foram feitos, tudo isso com o intuito de desenvolver, aprimorar e aperfeiçoar o concreto, tendo em vista também, melhor custo benefício, inércia e duração. Cada tipo adequa-se a uma diferente modalidade de construção. Segundo Bauer (2002), alguns tipos de concreto destacam-se como principais devido, sendo:
Concreto Convencional - É composto pelo aglomerante cimento, agregados areia e brita (que conferem resistência à abrasão) e agente hidratante que é a água. Pode ser feito no local da própria obra com a ajuda de uma betoneira. É o concreto mais utilizado e sua aplicação dá-se para várias etapas da obra, como fundação, estruturação, calçamentos e pisos. 
Concreto Bombeável - Composto basicamente pelas mesmos componentes do concreto convencional, porém com uma diferença; o aumento do fator água cimento, para que haja uma fluidez maior. Além disso, pode ou não ser aplicado aditivo com características plásticas.
Concreto Armado - Amplamente conhecido, essa tipologia de concreto é a combinação de pedras britadas, seixos rolados, areia, pedregulhos, cimento, água, sílica ativa, metacaulim, cinza de casca de arroz e alguns aditivos como aceleradores, retardadores, fibras, corantes dentre outros. Esse modelo de concreto, geralmente é utilizado na parte estrutural dos edifícios e construções, que associado à armaduras metálicas, promove maior resistência aos esforços de tração. Ele é moldável, possui boa resistência e um baixo custo dos materiais, sendo então compensador quanto ao custo benefício.
Concreto de Alto Desempenho – Mais particular em suas características e compostos, o concreto de alto desempenho é produzido com minerais do tipo sílica ativa e metacaulim associado a alguns aditivos superplastificantes. Geralmente, esse tipo de concreto é usado em obras do tipo hidráulicas (em permanente contato com a água), obras civis especiais e em recuperações. Algumas vantagens desse concreto são o aumento da durabilidade (principalmente pela adição dos superplastificantes), redução dos custos da obra e melhor aproveitamento das áreas disponíveis para construção.
Concreto de Alta Resistência Inicial – Este tipo de concreto faz juz ao nome, ele atinge grande resistência inicial, o que garante a possibilidade do desenvolvimento mais veloz das obras, amplamente utilizado em situações de emergência ou em obras que demandam certa rapidez para serem entregues. Ainda que desempenhe tamanhos benefícios, é um concreto de fabricação cujo custo é mais elevado, devido a utilização de aditivos especiais, tipos específicos de cimento e adições, porém vem sendo cada dia mais implementado, pois acaba por diminuir os custos com funcionários e aluguel de equipamentos graças a rapidez com que a obra é executada. Quando se diz respeito à resistência a compressão,esta pode chegar a ser superior à 40MPa (MEHTA, 1994).
Concreto Projetado – Um pouco menos comum, o concreto projetado pode ser feito por via - seca ou via – úmida, sendo que para cada uma, há a demanda por um determinado tipo de equipamento diferente necessário para a sua aplicação. É um modelo de concreto utilizado em revestimento de túneis, paredes, pilares, contenção de encostas e etc.
2.2.2 Materiais básicos componentes do concreto
O concreto é a mistura de basicamente quatro componentes: cimento, pedra, areia e água.Chamamos de dosagem ou traço, a proporção entre todos os materiais que fazem parte do concreto.Um dos modelos de concreto mais utilizado na maioria das obras civis é o concreto simples, preparado com quatro componentes básicos. Sua resistência aos esforços de compressão é muito satisfatória ao contrário da resistência aos esforços de tração.
Já o concreto armado, necessita de um quinto componente: o ferro. Esse quinto elemento faz com que o concreto armado seja resistente a ambos os esforços, compressão e tração. O concreto é usado para suportar, para vedar, para revestir e para preencher (MEHTA; MONTEIRO, 1994).
Cimento
O cimento sozinho não é aglomerante, mas possui propriedades ligantes, ao ser hidratado pela água, o cimento se transforma em uma pasta resistente e aderente aos fragmentos e agregados (pedra e areia). Pode ser chamado de hidráulico quando os produtos de hidratação são estáveis ao meio aquoso. O mais utilizado para fazer o concreto é o cimento Portland, formado essencialmente por silicatos de cálcio hidráulicos, que por sua vez são os principais responsáveis por sua característica ligante(MEHTA; MONTEIRO, 1994).
Existem diversos tipos/modelos de cimento disponível no mercado. Todos têm por obrigação atender às exigências das Normas Técnicas Brasileiras, a diferença está na sua composição. A Figura 1 apresenta uma mistura simples de concreto, utilizando o cimento como componente básico.
FIGURA 1 – Mistura simples concreto
Fonte: http://www.asamix.com.br, 2017.
Pedra
Considerada um agregado graúdo, que se refere a partículas de agregados maiores do que 4,8mm (peneira nº 4),pode-se utilizar dois tipos de pedra no concreto: o seixo rolado de rios, cascalho ou pedregulho e a pedra britada ou brita. A diferença está na origem. Os seixos rolados de rios são encontrados na natureza e a brita é retirada mecanicamente de determinadas rochas duras (MEHTA; MONTEIRO, 1994).
A qualidade do concreto está diretamente ligada ao tamanhos das pedras, que pode variar muito independente se sua origem. Por isso as pedras são classificadas por tamanhos de acordo com as Normas Técnicas Brasileiras, conforme Tabela 1 e Figura 2.
TABELA 1 - Tamanho das pedras
	Pedra zero (ou pedrisco)
	4,8mm a 9,5mm
	Pedra 1
	9,5mm a 19mm
	Pedra 2
	19mm a 25mm
	Pedra 3
	25mm a 38mm
	Pedra 4
	38mm a 76mm
	Pedra de mão
	
Fonte: http://www.sitengenharia.com.br, 2017
FIGURA 2 - Britas
Fonte: http://www.portaldoconcreto.com.br, 2017.
Areia
Utilizada como agregado miúdo, que se refere a partículas de agregados menores que 4,8mm (peneira nº200), a areia deveestar limpa e livre de galhos, barro, folhas e raízes, assim como as pedras. É retirada em leitos e margens de rios, ou em portos e bancos de areia, sua classificação é dada de acordo com o tamanho de seus grãos que podem ser de tamanho muito fina, fina, média e grossa(MEHTA; MONTEIRO, 1994).
Água
A mistura de cimento e água tem papel importante na composição do concreto, tão relevante que a relação entre o peso da água e o do cimento recebeu o nome de fator água cimento (a/c), que deve ser o mais baixo possível, dentro das características esperadas para o concreto e da qualidade do material disponível para a sua composição(MEHTA; MONTEIRO, 1994).
A água também deve ser limpa, sem barro, óleo, galhos, folhas e raízes. Jamais poderá ser utilizada água servida (de esgotos humano ou animal, de cozinha, etc) no preparo do concreto. 
2.2.3Propriedades do concreto fresco e endurecido
Conforme Leonhardt e Monnig (1977) o concreto fresco e sua trabalhabilidade, ou seja, a densidade, a homogeneidade, a forma com que o concreto poderá ser trabalhado após sua mistura, são totalmente dependentes da proporção dos elementos que são usados em sua preparação, como água, cimento, agregados e até aditivos em alguns casos. Saber realizar a mistura desses componentes de uma forma harmoniosa não interfere apenas em sua trabalhabilidade, mas também em sua resistência e durabilidade.
Muitas pessoas acham que para se obter um concreto de fácil manuseio e boa qualidade basta adicionar bastante água à mistura, no entanto deve se atentar as proporções adequadas de água, cimento e agregados dependendo do tipo de concreto que se deseja obter. O concreto tem de ficar minimamente resistente, de forma que venha a proteger o aço da estrutura de possíveis corrosões,para isso deve se atentar as especificações da equipe de qualidade da obra em questão, de forma que não é recomendado uma proporção de cimento inferior a C = 140 e 380 Kg/3³ (LEONHARDT; MONNIG, 1977).
A dosagem da água é feita pela relação do peso entre água e cimento, a = A/C. É necessário cerca de 36% a 42% do peso do cimento em água para a mistura do material, esse valor pode aumentar de acordo com os agregados que estiverem na mistura. A quantidade de água restante é usada para dar trabalhabilidade ao concreto, no entanto caso ela esteja em excesso na mistura, vai afetar diretamente a qualidade do material, causando retrações e deformações no concreto já que ele estará encharcado(LEONHARDT; MONNIG, 1977).
É possível diminuir a relação água/cimento fazendo uso de vibradores e alguns aditivos próprios. Colocar muita água no concreto traz não somente os riscos citados acima, mas também o da corrosão do aço usado na estrutura. 
Os agregados também têm vital importância na mistura, principalmente no fator trabalhabilidade. Por exemplo, um concreto que será bombeado deve usar um agregado mais fino enquanto que no caso de ser simplesmente despejado pode se usar um agregado mais grosso, para ter uma melhor idéia basta observar as seguintes recomendações (LEONHARDT; MONNIG, 1977).
Agregado de tamanho máximo 8 mm: 480Kg de finos/3³ de concreto;
Agregado de tamanho máximo 16 mm: 400 kg de finos/3³ de concreto;
Agregado de tamanho máximo 32 mm: 350 kg de finos/3³ de concreto;
Sendo assim o concreto fresco tem de ser preparado da forma mais correta possível, pois o seu preparo é simples mas ao mesmo tempo criterioso, pois no caso de uma má consistência ele pode vir a ficar totalmente impróprio para o uso. Para isso foram feitos inúmeros testes com diversos métodos para saber qual a consistência ideal do concreto e qual a melhor forma de lidar com cada uma delas. Sendo criadas três faixas de consistência(LEONHARDT; MONNIG,1977).
K1: muito seca rija; adensamento através de soquete, mesa de choque, mesa vibratória ou vibradores mecânicos.
K2: plástica, mole; adensamento com vibração interna e sobre superfície externa,porapiloamento ou com soquetes.
K3: muito plástica a fluida; adensamento com pilão (os vibradores são prejudiciais por causa da segregação).
Além disso, a forma de preparo também vai influenciar no tempo para o endurecimento e a obtenção de sua total resistência.
De acordo com Fusco (2012) para entender as propriedades do concreto endurecido tem que conhecer seus principais elementos, começando pela cal. A cal é um aglomerante, seu endurecimento sucede por conta do gás carbônico. O resultado aglomerante do cimento dá-se mediante a atuação da sílica com a cal, a sílica pode ser cristalina onde fica inativa ou ativa. O alumina atua juntamente com a cal após hidratação gerando aluminato de cálcio, esse processo deve ser controlado para que não haja o endurecimento precoce do concreto. Por último tem-se o óxido de ferro que possui a característica fundente, isso implica para que se possam utilizar temperaturas não muito quentes para sua fabricação.
O concreto endurecido obtém ampla firmeza, suporta compressões máximas de até 130 Mpa, abrasão, tem certa resistência à flexão, porém não é projetado para tração,suportando apenas uma força de 7,0à25 Mpa, não tem como ponto forte a força de cisalhamento. O concreto tem uma natureza porosa que deve ser controlada, pois quando maior a porosidade de concreto menor resistência ele tem e mais permeabilidade, que está ligada com sua longevidade (FUSCO,2012).
Ainda, de acordo com Fusco (2012) longevidade ocorre conforme sua permeabilidade, quanto menor a permeabilidade mais tempo durará o concreto, agentes agressivos como águas com ph elevado, agentes químicos, por exemplo, o gás sulfídrico e até mesmo as variações de temperaturas podem diminuir a vida do concreto.
O concreto interno deve ter sua alcalinidade superior ou igual a 12,5, isso é garantido pelo hidróxido dissoluto através da atuação química entre o cálcio contido nos silicatos anidros que se encontra em maiores quantidades das que as mantidas nos silicatos de cálcio hidratados, com isso é liberado o hidróxido. Esses hidróxidos são transformados em carbonato, com isso reduz o ph do concreto, se este ph cair abaixo de 9 a camada de hidróxido de ferro da armadura do concreto começará a se oxidar. Para que esta ação não ocorra ou de forma lenta a principal arma é a hidrataçãono período de cura do concreto (FUSCO,2012).
O concreto deve ser hidratado para que não hajafissuras, trincas e até o seu rompimento, pois ao endurecer ele sofre retração. Com isso o concreto tem sua resistência máxima após 28 dias da sua aplicação. Quanto maior a hidratação nessa fase maior será a qualidade do concreto (FUSCO, 2012).
3 PISO DE CONCRETO PARA PÁTIO DE ESTACIONAMENTO
Quando se trata de desenvolver e implantar novas tecnologias favoráveis e benéficas aos diversos setores de atuação da construção civil, na área de pavimentação o intuito é implantar sistemas que promovam compatibilidade entre o que é necessário e qual é o melhor projeto, além do modelo de material a ser utilizado para abarcar e cumprir com a função desejada.
Dessa forma, se tratando de pisos de estacionamento, têm-se certas exigências a serem cumpridas para garantir com a função e necessidade de utilização destes pisos, tais como garantir a segurança dos indivíduos que por lá irão transitar, utilizar determinado material que garanta a resistência à agentes químicos e físicos externos aos quais o piso estará submetido, bem como resistência a compressão, existência de rugosidade necessária para manter o atrito entre os pneus do carro e o piso, tempo de vida útil, garantia de custo/benefício, abrasão necessária e outros fatores (LIMMER, 1997).
Sendo assim, o mais comum a ser implementado em pátios de estacionamento é o piso de concreto simples ou o piso de concreto armado, sendo o último mais recorrente devido ao seu melhor desempenho e benefícios, proporcionando maior controle de fissuras, menos número de juntas, placas de dimensionamento maiores (facilitando a implantação), maior segurança, durabilidade relativamente maior, pouca manutenção, menor espessura,dentre outras vantagens. Diferentemente do piso de concreto simples que, apesar de cumprir com a função básica de piso, apresenta elevado grau de fissuramento, durabilidade reduzida, necessidade de constante manutenção, maior espessura e outras desvantagens (IBTS, 2017).
Segundo a Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (2017), o piso de concreto de alto desempenho, é basicamente composto por um reforço metálico ou sintético, concreto protendido ou simples (esse sendo menos usual) adicionado de aditivos expansores capazes de aumentar a resistência entre as peças e tornar quase nula a existência de fissuras, aumentando, por conseguinte, a durabilidade.
Composto basicamente por agregados rochosos e metálicos com elevado grau de dureza tendo seu dimensionamento segundo a curva de Fuller, de modo a produzir uma argamassa compacta com alta resistência aosimpactos mecânicos e agentes químicos, os pisos de alta resistência são dispostos da seguinte maneira: uma sub-base de laje de concreto (com ou sem armadura), base composta pelo chapisco e contra-chapisco de correção e por último a argamassa de alta resistência (GUEDES, 1987).
3.1 Concreto armado – instalação
Para executar a instalação do piso de concreto deve ser feito um rigoroso acompanhamento em todas as etapas do processo, para que, caso apareça um problema, ele seja encontrado e reparado antes do produto final (LIMMER, 1997). A fiscalização deve se iniciar pela checagem da rigidez do solo e do processo de compactação, sendo fundamental acompanhar os testes laboratoriais realizados sobre o solo, para assim determinar o seu grau de compactação e umidade. A fiscalização deve ser empregada também ao tipo de material utilizado, a qualidade e tipo de concreto empregado, tendo em vista a relação custo/benefício/qualidade.
Após determinar as etapas do processo e definir os materiais a serem utilizados, inicia-se a instalação do piso de concreto armado (indicado para solos com baixa resistência). A partir do solo (sub-leito) surge uma sub-base tratada, seguida por uma lona plástica/barreira de vapor, espaçadores plásticos, tela soldada (armadura), espaçadores, concreto, tela soldada e por fim o acabamento (tratamento da superfície). A armadura neste tipo de instalação é responsável por combater os esforços de tração, ou seja, suportar cargas pesadas, e controlar fissuras advindas por retração hidráulica (LIMMER, 1997).
A Figura 3 representa a instalação do piso de concreto armado.
FIGURA 3 – Concreto Armado
Fonte: http://unicom.com.br, 2017.
3.2 Exemplos de piso de concreto para pátio de estacionamento
Como estudado anteriormente, o piso de concreto armado é o mais indicado para estacionamentos, já que possui grande resistência a tração, devido a sua armadura, sendo um concreto de alto desempenho, mas existem outros tipos de piso de concreto também utilizados para estacionamento, como pisos industriais de concreto simples, pisos industriais de concreto protendido e pisos industriais de concreto reforçado com fibras (CHODOUNSKY; VIECILI, 2007).
Tratando-se do piso industrial de concreto simples, os esforços de tração e compressão são revestidos apenas por concreto, possuindo grande espessura por não possuírem armadura. Este modelo de concreto pode sofrer patologias com o tempo por não apresentar nenhum tipo de estruturação, logo, ele é indicado para estacionamentos que não sofram com carregamento pesado.
Já o piso industrial de concreto protendido, utiliza em sua instalação armadura tracionada por cabos através de macacos hidráulicos, ocorrendo a transferência dessa força à placa de concreto através de ancoragens situadas em suas extremidades (DAL-MASO, 2008). Controla-se a tração e compressão através da proteção, dessa forma, existe poucos índices de fissuras e trincas devido a sua estruturação (SEFONTE, 2007).
No piso industrial de concreto reforçado por fibras, o mesmo é constituído de duas fases: concreto e fibras, sendo que fibras são distribuídas sobre o concreto, sendo um tipo de estruturação. Tal material apresenta grande resistência a fissuras e Patologias (CHODOUNSKY; VIECILI, 2007).
Logo, fica claro que existem diversos pisos de concreto com diferentes estruturas empregadas, sendo necessária a análise por parte do engenheiro da obra decidir qual piso, com suas características e estruturação, se enquadra em determinado terreno e qual a tração e compressão que terão de suportar. 
Entretanto, é visto que, o concreto armado possui mais durabilidade e resistência que os demais tipos de concreto mencionados, mas numa obra leva-se em conta a relação custo/benefício, sendo necessário examinar detalhadamente a conjuntura dos fatos, levando sempre a decisão de cada fase do projeto ao proprietário/gerenciador.
4NOÇÕES DE TOPOGRAFIA
A palavra topografia vem do grego, descende das palavras topos, que significa lugar, região e de graphein que quer dizer descrever ou descrição. Topografia é a ciência que tem como objetivo descrever toda a situação do terreno, como o relevo, construções, divisas e etc. Sua área de atuação é bem ampla, podemos citar alguns exemplos: construção civil, urbanismo, geologia, oceanografia, mapeamento topográfico e cartográfico, medição de propriedades rurais(DAIBERT, 2015).
Os levantamentos topográficos são feitos em escalas de redução que variam de acordo com a finalidade do serviço e com o tamanho da área levantada. Elas normalmente ficam em torno de 1:100 em áreas urbanas, e 1:5000 em áreas rurais pois normalmente a extensão do levantamento é maior(DAIBERT, 2015).
Os levantamentos são basicamente divididos em dois tipos, planimétrico e planialtimétrico. O planimétrico tem como objetivo retratar a realidade do terreno e as adversidades da área em questão através de ângulos horizontais e distâncias, de forma que não aparecerão níveis, ou seja, ele não mostrará cotas e curvas de nível. O planialtimétrico por outro lado mostra o terreno na horizontal e na vertical, utilizando além dos ângulos horizontais os verticais, com isso é possível ter cotas, curvas de nível e também fazer um corte do terreno(DAIBERT, 2015).
Para a execução de um levantamento é feito uma poligonal que pode ser aberta ou fechada. Ela é medida atravésde uma determinação angular chamada de azimute, que funciona sempre no sentido horário e tem seu zero para o norte. A partir dos pontos da poligonal é que se levanta o terreno por irradiações (leituras de ângulos e distâncias). Exemplo conforme Figura 4.
FIGURA 4 – Poligonal aberta
Fonte: https://pt.slideshare.net, 2017.
Para cálculo dos ângulos deve-se adotar a seguinte Equação (4.1):
Onde:
= Azimute da linha em questão
 = Azimute da linha anterior
= Ângulo de flexão no vértice inicial da linha em questão
O α será positivo quando este ângulo for à direita, e negativo quando for à esquerda.
O sinal do 180º será positivo quando o azimute anterior α for menor que 180º, e negativo quando for maior.
4.1 Equipamentos topográficos
Equipamentos topográficos são instrumentos usados em uma obra civil para se obter medidas angulares, lineares e coordenadas UTM, com a finalidade de representar um terreno em um plano topográfico. Diversos são esses equipamentos como trenas, balizas, tripé, estacas testemunhas, nível de cantoneira, teodolito, bússola, prisma, mira, estacas, piquetes, gps e marreta (VEIGA; ZANETTI; SOUZA, 2012).
De acordo com Veiga; Zanetti e Faggion (2012) e Pastana (2010) para elaborar um trabalho de topografia precisa-se dos subsequentes equipamentos e materiais:
Teodolitos – para medição de azimutes, ângulos horizontais e verticais, conforme Figura 5.
FIGURA 5 – Teodolito
Fonte: 
http://images.slideplayer.com.br
, 2017
Fonte: http://images.slideplayer.com.br, 2017.
Fita de aço – Como na trena de aço esta fita é similar a anterior, porém não são marcadas do início ao fim e somente o primeiro e o último 10 centímetros são milimétricos e a parte intermediária da fita é marcada a cada 50 cm.
Trena plástica – são trenasplásticas e as de maiores utilizações são de 20 e 30 metros, com precisão admissível são as mais utilizadas.
Piquetes – são usados para demarcar os limites a serem medidos, fabricados de madeira cilíndrica com parte superior quadrada e plana e medem de 15 a 30 cm com diâmetro de 3 a 5 cm.
Estacas testemunhas – seu uso é empregado para encontrar de maneira mais fácil os piquetes, possui de 15 a 40 cm de comprimento e diâmetro de 3 a 5 cm indicando o número do piquete.
Balizas – empregada para obter o alinhamento entre os pontos, fabricadas de madeira ou ferro com comprimento de 2 mt e diâmetro médio de 18 mm, devem ser pintadas com contraposição de cores, geralmente vermelho e branco.
Nível de cantoneira – é uma cantoneira com uma bolha redonda utilizada para facilitar seu alinhamento em cima do piquete.
De acordo com Veiga; Zanetti e Faggion (2012) e Pastana (2010) com a evolução tecnológica foi criado o Teodolíto eletrônico mais conhecido como Estação Total, com este equipamento o levantamento topográfico fica mais ágil e com maior precisão, pois as medições são eletrônicas tanto linearmente quanto angularmente. A utilização deste equipamento dispensa o uso da trena ou fita, baliza e nível de cantoneira, porém deve-se utilizar o bastão que é um suporte com uma bolha para instalação do prisma (equipamento com o fim de refletir o sinal da estação total para o levantamento topográfico). Outro benefício é que a estação armazena os dados do levantamento técnico o que dispensa o uso de planilhas para anotação dos valores coletados, conformeFigura 6.
FIGURA 6 – Estação total			
Fonte: 
Veiga; Zanetti e Faggion (2012)
Fonte: Veiga; Zanetti e Faggion, 2012.
5 MEMORIAL DESCRITIVO
O memorial descritivo é um documento que descreve detalhadamente todas as fases e materiais utilizados no projeto. São relacionados todos os itens que serão utilizados na edificação que será construída. Este documento é o que dará suporte na compra dos materiais para a execução da obra (LIMMER, 2017).
De acordo com Pinheiro (2017), a descrição do memorial deve ser completa e com detalhes de todos os materiais, formas de execução, tipos de serviço e até as normas a serem aplicadas em um determinado projeto.[3: Pinheiro, Gustavo. Prof. da disciplina de Materiais Artificiais Naturais da Universidade Paulista. Nota de aula de 07/03/2017.]
5.1 Objetivo do memorial descritivo
O objetivo do memorial descritivo é descrever em texto o que está representado no projeto. Quando assinado pelo profissional ou representante técnico, tem valor legal, devendo ser devidamente respeitado em suas especificações durante a execução da obra.Alguns tópicos importantes que devem constar no memorial descritivo, segundo Pinheiro (2017):
Obra
Localização da obra
Proprietário
Detalhamento da área onde será realizada a obra
Identificação dos responsáveis pelo projeto
Conceituação do projeto
Preparo do terreno
Construções provisórias
Demolições
Fundações
Estruturas: de concreto; metálica; de madeira
Paredes
Esquadrias
Vidros
Cobertura
Tratamento e impermeabilizações
Revestimentos
Soleiras e peitoris
Forro
Pintura
Pavimentação
Louças e metais
Instalações sanitárias e pluviais
Limpeza de obra
Demais detalhes que pode ser importantes para o entendimento completo do projeto
Todos os itens deve estar de acordo com a Norma de Desempenho (NBR 15.757; 2013). Cada um deles podem ter subitens de acordo com o tipo de projeto e dos materiais escolhidos para a obra. 
5.2 Alguns tipos de memorial descritivo
De acordo com Pinheiro (2017), temos vários tipos de memorial descritivo, que podem variar de acordo com o tamanho da edificação a ser construída, podendo ter mais ou menos itens, ser mais ou menos específico ou detalhado de maneira simples ou técnica, assim como as amostras de tipos de memorial demonstrados as seguir, em sala de aula, destacando-se a amostra tipo 2 para apresentação aos clientes.[4: Pinheiro, Gustavo. Prof. da disciplina de Materiais Artificiais Naturais da Universidade Paulista. Nota de aula de 07/03/2017.]
5.2.1 Amostra tipo 1
Obra:
Local:
Proprietário:
Revestimento interno
Azulejo: tipo, cor, assentamento, material de assentamento, rejuntamento.
Locais de aplicação.
Pisos: tipo, espessura, traço, assentamento, rejuntamento.
Locais de aplicação.
Pintura: tipo tinta, tratamento base.
Locais de aplicação.
5.2.2 Amostra tipo 2
Obra:
Local:
Proprietário:
Pisos
Lajotas: garagem, escritório, varanda.
Cerâmica: Wc’s e cozinha. 
Tacos: dormitórios e salas.
Pintura:
Será dada uma demão de massa corrida em toda a alvenaria que será
pintada de látex.
As esquadrias de madeira serão escurecidas e envernizadas. 
As esquadrias metálicas terão um tratamento a base de Zarcão e depois 
pintadas com tinta esmalte.
5.2.3 Amostra tipo 3
Obra:
Local:
Proprietário:
Revestimento
Azulejo
Na lavanderia serão colocados azulejos brancos até o teto em todas as paredes, inclusive interior dos armários.
No lavabo, lisos de cor branca até o teto.
Na cozinha serão colocados azulejos lisos, coloridos até o teto, inclusive no interior dos armários.
Nos banheiros (social e privativo), azulejos lisos de cor branca até o teto.
Os azulejos serão de boa qualidade, assentados com cimento colante, pelo sistema de junta a prumo, com rejuntamento branco, serão aplicados com espaçadores para juntas estreitas e regulares. Todos os azulejos serão submetidos a uma triagem por bitolas, assegurando com isso uma perfeita colocação.
Portando pode-se observar que, o memorial pode ser apresentado de diferentes maneiras sem deixar de atingir seu objetivo principal, que é detalhar todo o projeto a ser executado como também garantir a segurança do construtor da obra e de seu cliente, que saberá previamente o que estará recebendo e se está de acordo com o contratado. 
6 ESTUDO DE CASO
6.1 Análise do estacionamento da Universidade Paulista
O estudo de caso será referente ao estacionamento da Universidade Paulista, campus Swift e terá como foco a construção de um piso de concreto neste local, situado na Avenida Comendador Enzo Ferrari, fazendo o contorno com a Rua Martinho Calsavara. 
O estacionamento é cercado com tela de alambrado, sustentada com pilares de concreto retangulares com espaçamento de dois metros entre si. 
Para controle de fluxo de veículos existem duas portarias construídas de Firberglass, uma portaria é localizada na Avenida Comendador Enzo Ferrari, enquanto a outra fica localizada na rua Martinho Calsavara. Esta área comporta 1150 veículos, sendo que o maior fluxo de veículos no estacionamento é das 18h00min às 19h30min e das 22h00min às 22h40min. Segue a Figura 7, referente ao estacionamento.
FIGURA 7 – Chegada e saída do estacionamento
Fonte: https://www.google.com.br/maps, 2017.
O terreno do estacionamento é de terra vermelha batida com uma camada de cascalho, que dificulta a movimentação dos alunos, uma leve inclinação para a avenida.Por ser constituído de terra e cascalho existem alguns buracos nos locais onde ocorre o maior fluxo de veículos. Nos tempos de chuva o problema aumenta em relação aos buracos e barro formado pelo mau escoamento do local. 
Para uma maior riqueza de detalhes acerca do local anteriormente descrito, segue a Figura 7.1.
FIGURA 7.1 – Estacionamento
Fonte: Próprio Autor, 2017.
Após breve análise deste terreno, pode-se afirmar que para melhorar as suas condições de circulação e pavimentação, o mesmo deverá ser revestido com material resistente ao intemperismo, como chuva e trânsito de veículos, incluindo o peso dos veículos estacionados.
Para atender as exigências, o concreto deverá atender às exigências citadas anteriormente e ter relativamente um baixo custo para sua construção. A opção do concreto armado atende as exigências necessárias por ter em sua mistura cimento, areia, pedra britada combinado com armaduras metálicas, faz com que tenha maior resistência à tração, característicaexigida para o piso considerando a movimentação dos veículos em sua superfície, aliado com baixo custo dos materiais utilizados.
6.2 Escolha da área do terreno
Inicialmente, foi escolhida uma parcela da área do estacionamento da Universidade Paulista para ser analisada e em seguida ser realizada a instalação do piso de concreto. Segue a Figura 8, referente à área do estacionamento e a localização da área escolhida. 
FIGURA 8 - Área estacionamento Universidade Paulista
Fonte: www.google.com/earth/, 2017.
A área escolhida foi dividida em 12triângulos para posteriormente ser calculada. A soma dos 12 triângulos resultará na medida da área total. Aproximando a imagem, é possível informar as medidas dospolígonos. Segue Figura 8.1 referente a área escolhida.
FIGURA 8.1 – Área escolhida com respectivas medidas dos polígonos
Fonte: Fonte: www.google.com/earth/, 2017.
6.3 Levantamento planialtimétrico
6.3.1 Cálculo de área
Para calcular a área escolhida, utiliza-se o cálculo de Heron. Trata-se de uma fórmula matemática que permite o cálculo da área de um triangulo qualquer, a partir das medidas dos seus lados, principalmente quando não se sabe a medida de sua altura.
Assim, como a área foi dividida em 12 polígonos retangulares, é calculado o semiperímetro “S” individual de cada polígono através de seus lados, sendo eles a, b e c.Posteriormente, a área de cada polígono é calculada através dos lados e do semiperímetro encontrado.
Após calcular todas as áreas destes polígonos individualmente, elas são somadas para que se possa determinar a área total escolhida do estacionamento a ser concretada.
A Equação (6.2) demonstra como é calculado o semiperímetro de cada triângulo.
Onde:
S = Semiperímetro (m)
a,b,c =Lados (m)
2 =Constante
A Equação (6.3)demonstra como é calculada a área de cada polígono.
(6.3
Onde:
A = Área(m2)
A seguir, tabela com os valores de a, b, c, S, A e Atotal. Estes cálculos da tabela encontram-se discorridos no apêndice A.
TABELA 1 – Cálculo da área
	Triângulo
	a
	b
	c
	S
	A
	1
	24,66m
	47,51m
	45,07m
	58,620 m
	565,160 m2
	2
	17,97m
	47,51m
	55,05m
	60,265 m
	411,930 m2
	3
	31,78m
	36,82m
	55,05m
	61,825 m
	561,030 m2
	4
	31,78m
	34,00m
	39,40 m
	52,595 m
	518,100 m2
	5
	59,70 m
	36,41m
	39,40 m
	67,780 m
	402,390 m2
	6
	59,74m
	51,39m
	30,83m
	70,975 m
	792,170 m2
	7
	54,13m
	51,39m
	16,66m
	63,585 m
	428,120 m2
	8
	54,13m
	14,17m
	60,11m
	66,705 m
	364,050 m2
	9
	35,52m
	34,39m
	60,11m
	65,010 m
	536,210 m2
	10
	35,52m
	27,06m
	32,77m
	47,675 m
	421,990 m2
	11
	55,44m
	35,78m
	32,77m
	61,995 m
	557,890 m2
	12
	55,44m
	19,03m
	47,42m
	60,945 m
	436,180 m2
	Atotal
	5995,22 m2
Fonte: Próprio Autor, 2017
6.3.2 Drenagem do terreno
Após analisar o terreno e realizar o cálculo da área, um estudo acerca do mesmo foi realizado para averiguar seu perfil, corte, sendo estes desenhados à mão. Visando solucionar a questão do escoamento de água, chegou-se a conclusão de que a água deverá ser drenada no centro do estacionamento. Entretanto, para que isso ocorra, o terreno deverá ser dimensionado com a caída para o meio, com um desnível de 1% das laterais em relação ao centro, onde deverá ser construída uma grelha e uma canaleta meia cana. Esta, por sua vez, seguirá juntamente com o piso do estacionamento, que deverá ter caída para a parte mais baixa do terreno, também com 1% de declividade. Segue a Figura 9, referente à solução anteriormente descrita, visando à realização da drenagem do terreno.
Figura 9 – Drenagem do terreno
Fonte: Próprio autor, 2017.
6.4 Memorial descritivo
6.4.1 Limpeza do terreno
Após os levantamentos técnicos feitos, tais como as medições da área a ser trabalhada, bem como os processos necessários para a elaboração do projeto, segue-se com a preparação do terreno para que o mesmo possa estar devidamente pronto para o início das obras, atentando para as atividades para que possam ser desenvolvidas sem causar danos aos moradores, comerciantes e empresas vizinhas. Isso será feito com o objetivo de limpar o terreno, retirando todos os itens que venham atrapalhar o seguimento da obra. O cercamento da área não será necessário, pois já está delimitada por grades de proteção metálica.
Após isso, será realizada a capinagemda vegetação de forma manual, haja vista a quantidade de matos espalhados pelo local. O destocamento não será necessário, pois não há árvores presentes no terreno. Além disso, após esse processo, todo o entulho será recolhido e colocado em caçambas previamente contratadas. Com isso, será obtida uma área livre de materiais.
6.4.2Locação de obra
Para essa etapa será marcado o terreno onde ocorrerá a obra, com as posições limites da obra, estacas, localização dos furos e outros detalhes. Será a partir desta etapa em que ocorrerá a construção do piso.
Nesta etapa utilizará as seguintes ferramentas e materiais:
Trena;
Escala;
Prumo de centro;
Barbante;
Linha de pedreiro;
Marreta;
Martelo;
Estacas;
Ripas de Madeira; e
Pregos.
Antes de começar a locação da obra deverá ser feita uma limpeza no terreno a fim de retirar a camada de cascalho da terra, sendo que o terreno já deverá estar concluído a movimentação de terra e nivelado.
As estacas deverão ser identificadas mediante projeto para que se obtenha a exata localização do local, traça-se uma linha nas estacas e tem-se o alinhamento fixo. Encontra-se o alinhamento número dois com o método de esquadro, este alinhamento será chamado de alinhamento móvel.
As medidas utilizadas para o esquadro será:
8,305m a partir da estaca no alinhamento fixo;
10,441 a partir da estaca no alinhamento móvel; e
Estica a linha a partir do alinhamento fico até 14m, medidos com trena, movimenta-se o ponto até se cruzarem, conforme Figura 10.
FIGURA 10 – Alinhamento fixo, móvel e esquadro
Fonte: Próprio Autor, 2017.
Para criar as demais retas, será repetida a metodologia do esquadro, então o alinhamento móvel torna-se alinhamento fixo.
Em seguida, será delimitada a linha de locação do início do piso, com um recuo do alinhamento fixo de 14m, conforme Figura 10. Será fincada uma estaca devidamente nivelada a 7m de distância da linha que demarca o início do piso e ultrapassado em 7m das linhas laterais, obtendo-se a primeira face do gabarito. Ligando as estacas com madeira de modo que fique nivelada e a 30cm mais alto do maior nível do terreno, aplicando esta metodologia até fechar um retângulo. 
6.4.3 Movimento de terra
Para a adequação do terreno natural ao de projeto, será feitaa limpeza da camada superior de cerca de 30cm a fim de retirar vegetação, pedras e impurezas do solo. Feito isso será iniciado o processo de nivelamento do terreno, onde o material proveniente do corte será usado no aterro.O excedente, junto ao entulho gerado pela limpeza, será destinado a um bota fora, local onde são descartados os materiais, que atenda a todas as normas ambientais e municipais.
A área a ser aterrada deverá ser compactada em camadas de 30cm onde os índices de compactação deveram atingir o mínimo exigido por norma.
Os serviços serão executados com maquinário apropriado para o serviço e que atenda as normas de segurança. Por fim, os níveis finais do terreno deverão ter no máximo 5cm para mais ou para menos em relação ao projeto.
6.4.4 Montagem do canteiro de obras
Após a limpeza, locação de obra e terraplanagem realizadas no terreno, será aplicado o plano de ataque, sendo ele composto pelo cronograma, com o projeto detalhado e o tempo de execução já estabelecido. Em seguida, será feito um planejamento para a montagem do canteiro de obras, sendo que será planejado mais de um layout do canteiro, para possíveis imprevistos e complicações que possam existir.[5: Pinheiro, Gustavo. Prof. da disciplina de Gerenciamento de Obras Civis da Universidade Paulista. Nota de aula de 07/04/2017.]
Para um canteiro de obras adequado, seráplanejada a localização deste num local que não impedirá o acesso dos materiais, equipamentos necessários e a passagem dos trabalhadores para a execução da obra.
Depois de decididas a localidade pertinente ao canteiro de obras, as instalações serão realizadas de acordo com a norma NR-18, a qual consiste na regulamentação das condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção. O vestiário dos funcionários deverá ser localizado na entrada da obra, com banheiros a uma distância de no máximo 150 m da área trabalhada, além de que, a cada 10 funcionários, um chuveiro será instalado e a cada 20 funcionários, 1 mictório, 1 vaso sanitário, 1 pia, 1 ganho e 1 saboneteira será fornecido aos funcionários.
Também deverá ser proporcionado o fornecimento de energia elétrica e água potável, além de equipamentos de proteção individual e de proteção coletiva aos funcionários.
No canteiro de obras, serão utilizados equipamentos alugados para a realização da construção, além de tentar preservar ao máximo as localidades da obra quanto a incômodos como ruídos para a vizinhança e má sinalização para pedestres.
Por fim, é imprescindível fazer do canteiro um local que seja o mais sustentável possível, sem que haja desperdícios para a instalação e remoção do mesmo ao fim da obra, além de organizar todas as localidades necessárias para manuseio de materiais e descartes necessários durante a construção.
6.4.5 Execução e instalação do piso de concreto armado
Preparação da base
1.1 Solo: O terreno deve estar bem compactado. 
1.2 Sub-base: deve ser colocar uma camada feita com 10 cm de brita tratada com cimento, (mistura de brita 40%, brita 1,40%, brita 2,20% e areia fina 6% em peso de pó de cimento), após está mistura umedecer e compactar.
Execução das formas
A concretagem deverá ser realizada em faixas intercaladas.As placas já concretadas servirão como formas para as demais e as barras de transferência serão posicionadas por meio de espaçadores soldados ou através de caranguejos.
Em seguida, serão colocadas as telas metálicas, cuidadosamente posicionadas com espessura de 10 cm, comprimento máximo de 15m, tela soldada Q92 e barra de transferência de 125.
Será utilizada a Junta de Retração (JR) que permitirá a transferência de carga de uma placa para outra.
Especificação do concreto
Será utilizado concreto usinado fck = 20,0 MPa com 50% de brita nº1 e 50% de brita nº 2.Após lançar o concreto, será feito seu nivelamento.
Limpeza do piso
Será utilizada uma máquina acabadora para fazer o polimento da superfície.
6.4.6 Limpeza final do terreno
Na etapa de limpeza do canteiro de obras, será desmontado o canteiro de obras, incluindo a retirada dos maquinários e equipamentos. Para isso, serão respeitadas todas as regras de desmontagem, com cuidado para que esse processo não interfira nos elementos da obra já construídos.
Ao realizar o desligamento de água, esgoto e energia que serão utilizados nas instalações do canteiro de obras, serão necessárias precauções para não danificar as novas instalações.
Os materiais de descarte tipo entulhos, concretos, cerâmicos e demais resíduos, deverão ser designados a uma empresa certificada que realize o tratamento adequado, fazendo a reciclagem da maior quantidade possível desse material, transformando-os em matéria-prima e devolvendo-os à construção civil.
CONCLUSÃO
Diante do tema discorrido, conclui-se o quanto este foi relevante para realizar um estudo sobre a instalação de piso de concreto para o pátio da Universidade Paulista, uma vez que a instalação deste piso de concreto permite uma melhor utilização do local, envolvendo desde a circulação de veículos e pedestres, até mesmo um embelezamento estético da paisagem local. Vale ainda ressaltar que esta nova disposição do terreno também traz consigo uma política de inclusão social, ao permitir que pedestres de determinados segmentos da sociedade, como os deficientes físicos, possam transitar sem maiores transtornos
A partir do desenvolvimento deste projeto, foi possível visualizar todos os trâmites, processos e planejamentos envolvidos para que se alcançar a concretagem do estacionamento. De todas as fases desse processo, merece destaque o memorial descritivo, o estudo de curvas de nível do terreno, perfil e corte topográfico. 
Não menos importante foi a aplicação da NR 18 durante toda a execução da obra, já que a mesma auxilia na instalação do canteiro de obras e no exercício de condições mínimas de controle e segurança das instalações e de pessoal.
Por fim, o desenvolvimento deste projeto foi de fundamental importância para que o aluno pudesse desenvolver, de forma acadêmica e escolar, todos os procedimentos necessários que são adotados por um engenheiro civil em uma obra de grandes proporções.
	
REFERÊNCIAS
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