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GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
Administrando a Cidade: DESENCADEANDO VALOR DO ECOSSISTEMA COMERCIAL
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM ENGENHARIA AMBIENTAL E SANIAMENTO BÁSICO
Fichamento de Estudo de Caso
DIOGO MUNIZ DA CRUZ
Trabalho da disciplina: GESTÃO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
Tutor: Prof. SIMARA FERREIRA BRUNO
RIO DE JANEIRO
2018
REFERÊNCIA: Visnjic, Ivanka; Neely, Andy; Cennamo, Carmelo e Visnjic, Nikola. Administrando a Cidade: Desencadeando valor do ecossistema comercial. EUA: University of California Berkeley, 2016.
O texto está baseado no desafio de administrar um ecossistema comercial complexo e atingir os objetivos de diferentes partes interessadas, como: cidadãos e empresas. Os prefeitos, nas suas funções de líderes municipais, precisam equilibrar a tarefa dupla de melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e proporcionar um ambiente econômico receptivo para as empresas, almejando o reinvestimento. Essa tarefa fica ainda mais difícil em um ambiente com recursos cada vez mais limitados, forçando os prefeitos a inventar estratégias inovadoras e administrar a cidade mais como empreendedores que como administradores públicos. Os autores estudaram três cidades que são buscam a comunhão entre qualidade de vida e ambiente comercial favorável: Chicago, Londres e Viena. Para examinar os ecossistemas dessas cidades e as práticas administrativas usadas pelos líderes municipais, adotamos uma lente teórica de governança de ecossistemas. A administração urbana é um campo emergente e muitas teorias foram usadas para explicar aspectos distintos de atividades econômicas ou sociais dentro de uma cidade/região, incluindo a teoria de redes, a teoria da aglomeração e agrupamentos, bem como a ecologia da população. Enquanto cada uma dessas perspectivas teóricas ajuda a entender questões específicas, tais como a complexidade de operações, atividade empresarial, agrupamento, disseminação e inércia organizacional, nenhuma oferece uma estrutura completa para capturar, de uma vez, os aspectos colaborativos de governança e criação de valor que unem organizações públicas e privadas. Os autores partem da teoria do ecossistema e a crescente literatura sobre governança de ecossistemas, que adotam as interdependências de atividades das organizações. 
Foram identificadas duas estruturas principais do ecossistema e modelos correspondentes de governança que diferem profundamente em termos de concepção da estrutura organizacional e da função que a cidade desempenha na prestação de serviços e organização de atividades econômicas. A autoridade municipal atua como um integrador de soluções, responsável pela seleção dos fornecedores, compra de insumos e serviços, consideram isso eficaz quando o ecossistema é estruturado como uma empresa estendida, onde produtos e serviços de fornecedores e outros provedores se integram ao serviço final prestado ao cliente. Por outro lado, a autoridade municipal pode se envolver com a prestação de serviços de forma mais indireta, a autoridade municipal estrutura o ecossistema como um mercado de plataformas e intermedia a interação de prestadores de serviços terceirizados com clientes, cidadãos e empresas. No modelo, a governança de ecossistemas baseada em plataformas sugere que a autoridade municipal assuma a infraestrutura para conectar prestadores de serviços às necessidades dos cidadãos e coordenar transações econômicas. 
A pesquisa sugere que nenhum modelo é superior. Enquanto a abordagem integradora é eficaz em alguns contextos, a abordagem de um centro de plataformas funciona bem em outros. Ter conhecimento de qual contexto requer qual abordagem pode ser o diferenciador mais importante de sucesso e fracasso em ecossistemas complexos como cidades, onde sub ecossistemas diferentes podem precisar de estruturas diferentes. O estudo revela que o processo de escolher as estruturas e abordagens de governança certas para diferentes sub ecossistemas e em seguida, adaptá-las quando as condições mudam é a base para cidades bem-sucedidas, os autores chamam isso de “abordagem de orquestração”.
As empresas estão cada vez mais sendo pressionadas para atender às expectativas dos clientes que não param de aumentar, oferecendo soluções integradas que consistem de produtos e serviços sofisticados. Além disso, as empresas são incentivadas a abordar problemas mais complexos, já que resolver complexidade resulta na criação de um valor mais alto. Para resolver essa tensão entre a oferta de soluções complexas e a dispersão de conhecimento e competências necessárias em diferentes participantes, as empresas cada vez mais têm buscado maneiras de adquirir essas competências por meio da colaboração com outras empresas. Dessa forma, as empresas se enraízam em uma rede de relações interdependentes com outras organizações, geralmente chamadas de um ecossistema. A interpretação de “ecossistema” é geralmente usada para se referir à interconexão de organizações que dependem uma da produção da outra.
Em uma empresa estendida, o “integrador” incentiva empresas especializadas em outras partes da cadeia de valor a desenvolver componentes que podem ser integrados ao produto ou serviço final principal, que o integrador entrega diretamente aos seus clientes. Dessa forma, a principal interação é linear e baseada em uma conexão direta entre as várias partes interessadas e o integrador e, em seguida, entre o integrador e o cliente final. Em um mercado de plataformas, o “centro de plataformas” define e supre a arquitetura básica que, em seguida, passa a ser a plataforma ou a base para que outros membros da rede desenvolvam os seus próprios esforços complementares. Dessa forma, um objetivo primário do centro de plataformas é facilitar a inovação de produtos complementares de complementadores terceirizados que aumentarão o alcance, a gama e o valor da plataforma para consumidores finais.
Resumindo, os dois tipos de ecossistema diferem com respeito à estrutura e função que o centro de ecossistemas desempenha. Na empresa estendida, os complementadores individuais, fornecedores e parceiros interagem diretamente com a empresa principal – o integrador – e não interagem com clientes. A função do integrador é montar a solução e entregar essa solução ao cliente. No mercado de plataformas, a empresa principal – o centro de plataformas – é responsável pelo desenvolvimento da infraestrutura da plataforma e regras de acesso, utilização e interação na plataforma. Os complementadores usam a infraestrutura dessa plataforma para interagir diretamente com os clientes.
Embora as diferenças entre os dois exemplos de ecossistema sejam claras, diversos aspectos permanecem confusos. Primeiro, as especificidades de como os dois ecossistemas funcionam ainda não são bem entendidas, o que dificulta dar recomendações sobre a função que o centro de ecossistemas deveria desempenhar em qualquer uma das estruturas. Segundo, não está claro se um exemplo é inicialmente melhor que o outro ou se um funciona melhor em determinadas condições que o outro. Além disso, sabemos muito pouco sobre se e como os dois tipos podem ser combinados e/ou adaptados um a partir do outro. Finalmente, não está claro se esses exemplos funcionam bem em ecossistemas altamente complexos como cidades.
A organização de atividades econômicas para oferecer serviços pelos quais a cidade é responsável é uma tarefa complexa, assustadora, não apenas por causa da escala dos serviços e da pluralidade das partes interessadas envolvidas, mas também por causa dos diversos objetivos geralmente conflitantes que os líderes municipais devem abordar. A administração da cidade é, principalmente, um problema de gestão que envolve escolher a estrutura organizacional adequada para abordar os problemas atuais.
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