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4705 ramos especiais

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COOPERATIVAS DE RAMOS ESPECIAIS
 Jorge Raminelli
Patrícia Simon
Thaís Amorim
RAMOS E SUA PARTICIPAÇÃO NO BRASIL
Ramo Especial
	 Fundamentado pela Lei 9.867/99.
 	Cooperativas formadas por pessoas em situação de desvantagem, como deficiência física, sensorial e psíquica, ex-condenados ou condenados a penas alternativas, dependentes químicos e adolescentes a partir de 16 anos em situação de vulnerabilidade familiar, econômica, social ou afetiva. 
	As cooperativas atuam visando à inserção no mercado de trabalho dessas pessoas, geração de renda e à conquista da cidadania.
	Essa lei criou a possibilidade de se constituírem cooperativas "sociais" para a organização e gestão de serviços sociossanitários e educativos, mediante atividades agrícolas, industriais, comerciais e de serviços.
	Organizam o seu trabalho, especialmente no que diz respeito às dificuldades gerais e individuais das pessoas em desvantagem, e desenvolvem e executam programas especiais de treinamento, com o objetivo de aumentar-lhes a produtividade e a independência econômica e social. 
	A condição de pessoa em desvantagem deve ser atestada por documentação proveniente de órgão da administração pública, ressalvando-se o direito à privacidade.
Consideram-se pessoas em desvantagem, para os efeitos desta Lei:
        I – os deficientes físicos e sensoriais;
    II – os deficientes psíquicos e mentais, as pessoas dependentes de acompanhamento psiquiátrico permanente, e os egressos de hospitais psiquiátricos;
        III – os dependentes químicos;
        IV – os egressos de prisões;
        V – os condenados a penas alternativas à detenção;
       VI – os adolescentes em idade adequada ao trabalho e situação familiar difícil do ponto de vista econômico, social ou afetivo.
    
	O estatuto da Cooperativa Social poderá prever uma ou mais categorias de sócios voluntários, que lhe prestem serviços gratuitamente, e não estejam incluídos na definição de pessoas em desvantagem. 
	Quanto aos deficientes, o objetivo principal é o desenvolvimento da sua cidadania, inserindo-os no mercado de trabalho, à medida do possível, nas mesmas condições de qualquer outro cidadão. 
	Nesse ramo também estão as cooperativas constituídas por pessoas de menor idade ou por pessoas incapazes de assumir plenamente suas responsabilidades como cidadão.
EXEMPLOS DE COOPERATIVAS ESPECIAIS
ESPECIAL COOP TAXI
 		 Fundada em julho de 2003, com o objetivo de oferecer melhor qualidade de vida aos cidadãos com necessidades especiais, dificuldade de locomoção e idosos. 
		A primeira cooperativa de táxi exclusiva para atender pessoas com qualquer deficiência (permanente ou temporária) e idosos com dificuldade de locomoção. 
 A COOPERATIVA CONTA COM VEÍCULOS ADAPTADOS PARA AS PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS.
	Em fins de 1998, um grupo de pais e amigos de portadores de deficiência intelectual reuniu-se com o intuito de buscar soluções para proporcionar ocupação aos portadores de necessidades especiais. 
	Procurou a Fundação Vidal Ramos, entidade filantrópica sediada em Florianópolis/SC, Iniciou às ações com a instalação de uma oficina para fabricação de papel artesanal, reciclando papel recebido em doação da comunidade.
	Em 1999, o grupo começou a evoluir para a formação de uma cooperativa. Buscou auxílio na Ocesc (Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina) que orientou a formação da Cooperativa Social de Pais, Amigos e Portadores de Deficiência, fundada no dia 16/11/1999 a Coepad.
Esses são os cooperados que reciclam papel doado pela comunidade e o transformam em novos produtos, reescrevendo assim a sua própria história!
	Os cooperados, maiores de 18 anos, trabalham na reciclagem de papel, produzindo papel reciclado artesanal 100% pós-consumo, na confecção de brindes e materiais institucionais como agendas, blocos, envelopes, dentre outros, e personalizam produtos de acordo com as especificações solicitadas pelos clientes, imprimindo sua marca pelo processo de serigrafia.
	Inaugurada em 2006, a Cooperativa Maria Flor surgiu da necessidade de novas alternativas de geração de trabalho e renda para pessoas com deficiência intelectual. 
	O projeto, idealizado pela Apae do Distrito Federal, é pioneiro na área do cooperativismo, justamente por unir o trabalho de pessoas com deficiência intelectual e familiares carentes. 
	O empreendimento já é considerado modelo entre as instituições que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade social, uma vez que preconiza a eliminação do  preconceito, a valorização das potencialidades individuais e a autonomia de seus beneficiados. 
COOPERATIVA SOCIAL DE EGRESSOS-SANTA ROSA/RS
	A cidade de Santa Rosa no Rio Grande do Sul é a primeira a ter uma Cooperativa Social de Egressos que trabalham na construção civil.
	A cooperativa foi criada em 2009 por um ex-detento que conhece o preconceito que eles sofrem quando estão em liberdade. A cooperativa é uma oportunidade para que os egressos aprendam uma nova profissão e não cometam mais infrações.
	Hoje a cooperativa conta com 25 egressos alguns já em liberdade ou no regime semi-aberto ou em condicional. Eles trabalham oito horas por dia e são remunerados.
	No início a cooperativa trabalhava com pequenos projetos, mas uma construtora da cidade contratou os serviços da cooperativa e colocando-os em dois grandes projetos da cidade. “Estamos satisfeitos, pois não fica devendo nada a outros tipos de contratação”, afirmou o diretor da construtora, Jaime Mattiazze.
Cooperativismo Especial é o grande desafio para a Cidadania
	As Cooperativas Especiais representam a possibilidade de organização social e econômica de pessoas excluídas, entretanto, percebe-se que há necessidade de uma melhor estruturação, voltada principalmente a criação de cooperativas autênticas junto a grupos que estão em uma situação de risco.
	O Brasil apresenta aproximadamente 16 milhões de pessoas portadoras de deficiência física e mental. 
	
	Desse universo de pessoas, 90 % são jovens abaixo dos 30 anos, em plena capacidade produtiva. Todos buscam, de certa forma, pertencer à sociedade e ter o reconhecimento justo de cidadania, mas esbarram quase sempre numa realidade dura, cheia de percalços no cotidiano, seja na falta de oportunidades no mercado de trabalho.
	 Desinformação e preconceito são, em primeira instância, os principais elementos que retardam o desenvolvimento de condições suficientemente adequadas para propiciar ao portador de deficiência sua participação na sociedade.
	O cooperativismo especial, pode e deve ser aplicado como uma ferramenta fundamental no processo de inserção de pessoas portadoras de necessidades especiais no mundo do trabalho, pois o Cooperativismo, que se fundamenta também na educação e formação de seus associados vem suprir a lacuna da profissionalização e qualificação necessária a inserção no trabalho.
	
	Além disso, através do Cooperativismo, pode-se buscar alternativas que procurem equilibrar o social com a atividade econômica, despertando potencialidades e habilidades dos Portadores de Necessidades Especiais, fazendo-os acreditar e lutar pelos seus direitos como cidadãos e pessoas capazes.
	O grande desafio esta na superação do preconceito e na aplicabilidade da intercooperação, onde nosso Ser Humano deve ser maior que o nosso Ter. Acredito que o Cooperativismo Especial representa a ferramenta necessitando apenas de bons operadores.
CONCLUSÃO
	As cooperativas de ramo especial, proporcionam inclusão social e expectativa de resultados a um público, que no âmbito de mercado, teria dificuldades na inserção de processos produtivos que determinariam o seu valor e realização.
OBRIGADA
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