Buscar

Prova palntas invasora

Prévia do material em texto

11 - INIBIDORES DO FOTOSSISTEMA II (FSII) – mais antigos e de importante papel na agricultura, atrazine, bentazon e metribuzin. Possuem amplo espectro de ação e seletividade, podem lixiviar e atingir águas subterrâneas, possuem variabilidade nas propriedades físico-químicas entre moléculas, pertencem a diversos grupos químicos.
Propriedades físico-químicas - alguns são ácidos fracos e outros não, são moderadamente solúveis em água. A adsorção da atrazine e da cianazine aumenta com a acidez do solo e com o teor de MO. Já o metribuzin é pouco solúvel em solo com alto teor de MO, porem sua mobilidade aumenta em solos com pH alto. Mecanismo de ação dos inibidores do FSII – interrompem o fluxo de elétrons ligando-se à proteína D1, ou seja, interrompendo a transferência de elétrons do FSII para o complexo Cyt b/f. A interrupção do fluxo de elétrons entre os FS II e I resulta na redução da produção de energia, e consequentemente de carboidratos, açucares e outros compostos que necessitam de energia para serem produzidos, o que leva a planta à morte. Absorção e translocação – são absorvidos por via radicular e foliar. Apresentam solubilidade em água suficiente para favorecer a translocação via xilema e favorecer a absorção via radicular. Metabolismo e seletividade – existem moléculas seletivas e não seletivas. O Diuron é não seletivos utilizado para controle total da vegetação em margens de rodovias, ferrovias e áreas industriais, moléculas com seletividade como a atrazina (seletiva ao milho) e o metribuzin (seletivo a soja).
Sintomas – clorose internervural e das bordas das folhas, os sintomas necessitam de luz para se desenvolver. Implicações na aplicação – podem lixiviar em solos com baixo teor de MO, são mais ativos sobre plantas daninhas jovens ou em fase de emergência, deve ser realizada a agitação forte antes do uso do herbicida.
12 - INIBIDORES DO FOTOSSISTEMA I – utilizados para controle total da vegetação, com ação rápida e de contao. O Paraquat apresenta maior atividade sobre espécies gramíneas e o diquat sobre espécies dicotiledôneas. Principais características dos inibidores do FSI – não seletivos e de contato, inibem a fotossíntese, agindo no fotossistema I, causam rápida dessecação das plantas, são adsorvidos de forma irreversível pelos colóides do solo, apresentam somente atividade foliar (pós-emergente). Propriedades físico-químicas – paraquat e diquat tem alta solubilidade em água e são ácidos fracos. Absorção e translocação – os dois são rapidamente adsorvidos pelas folhas das plantas, não sendo afetados por chuvas que ocorram duas horas após a aplicação, a translocação via xilema é de forma ascendente. Mecanismos de ação dos inibidores do FSI – captação de elétrons dos carreadores.
Interações com inibidores do FSII – os inibidores do FSII retardam a ação do paraquat e do diquat, proporcionando maior absorção/translocação que resulta em maior eficiência. Metabolismo e Seletividade – não seletivos, que são metabolizados pelas plantas. Toxicidade – altamente tóxicos para mamíferos, inclusive humanos. Sintomas – nos pontos onde o herbicida atinge tecido vivo surgem, em poucas horas, manchas encharcadas que em até três dias após aplicação progridem para necrose. Precauções na aplicação – por apresentar rápida ação na presença de luz solar intensa, alguns produtores realizam aplicações noturnas ou no final da tarde, obtendo desse modo maior translocação e consequentemente maior atividade. A atividade do paraquat e do diquat depende da boa cobertura foliar, são mais efetivos sobre plantas jovens, na aplicação em plantas adultas deve-se aumentar o volume em calda.
DESTRUIDORES DE MEMBRANAS – herbicidas do grupo DIFENILÉTERES e ARILTRIAZOLINA (usados em pré-emergência) e pós-emergência em culturas como soja, algodão, arroz, café, feijão, cana-de-açucar entre outras.
Absorção e translocação – podem penetrar pelas raízes, caules e folhas de plantas jovens, possuem baixa ou nenhuma translocação. É necessária boa cobertura foliar, no solos apresentam alta adsorção pela MO.
Mecanismo de ação – inibição do protox no cloroplasto, e inibição da síntese da heme, deixando de haver o controle sobre a síntese ALA. Sintomas – manchas verde-escuras nas folhas que progridem para necrose.
RESISTÊNCIA A HERBICIDAS – a resistência pode ser conferida por diferentes mecanismos. É um processo que pode ser prevenido e evitado por meio da adoção de práticas e sistemas de cultivo que priorizem o manejo da vegetação, não simplesmente o controle. As novas moléculas herbicidas oferecidas no mercado são cada vez mais seguras ambientalmente (menos tóxicas ao homem e animais), mais seletivas às culturas, apresentam maior espectro de controle e eficiência, são usadas em doses muito baixas. Conceito – a resistência é definida como a capacidade adquirida e herdável de biótipos de plantas daninhas em sobreviver a doses herbicidas que, em condições normais, controlam os demais componentes da população. Teoria do pool gênico – sugere alguma alteração (mutação) no material genético da planta ocorrida em determinado momento após o lançamento do herbicida é a causa da resistência. Nessa teoria devido a alterações genéticas no DNA, as plantas tornam-se resistentes às triazinas, assim essas alterações genéticas resultam em modificações do sítio de ação das triazinas no cloroplasto, levando a que estes herbicidas perdessem a capacidade de inibir a fotossíntese nesses biótipos. A teoria da seleção – existem biótipos resistentes aos herbicidas na natureza, cujo uso os seleciona. Residual longo como as triazinas, eliminam-se as plantas sensíveis, permanecendo somente os biótipos resistentes, com espaço para se desenvolver e se multiplicar. Seleção de plantas resistentes pelos herbicidas – a variabilidade de populações de plantas daninhas é alta.
MECANISMOS QUE CONFEREM RESISTÊNCIA 
Alteração no local de ação do herbicida – os herbicidas ligam-se e alteram locais ou rotas específicas na planta. Os sítios de ação dos herbicidas são proteínas, normalmente enzimas ou proteínas carreadoras de elétron, ou que contribuem para a regulação hormonal da planta. As proteínas são codificadas pelo DNA, assim as mutações do DNA podem causar alterações nas proteínas, que poderão ser repassadas geneticamente (herdáveis). Se a alteração na proteína não afetar sua função, mas alterar a relação desta com a molécula herbicida, de forma que a enzima não seja mais afetada pelo herbicida, a planta pode se tornar resistente a tal produto. A rotação de mecanismos de ação herbicida tem sido recomendada como um método para controlar e prevenir a resistência. O número de aplicações de herbicidas do mesmo mecanismo de ação apresenta-se como o fator mais crítico na taxa de seleção de plantas resistentes. Metabolismo do herbicida – é o segundo mecanismo mais comum entre aqueles que conferem resistência às plantas daninhas. O surgimento de plantas daninhas resistentes deve-se à seleção de espécies capazes de metabolizar o herbicida por meio do mesmo mecanismo da cultura ou de outros diferentes, mas também eficientes.
RESISTÊNCIA MÚLTIPLA – adquirem resistência a herbicidas com diferentes mecanismos de ação.
IDENTIFICAÇÃO DE PLANTAS DANINHAS RESISTENTES 
Diagnose de resistência a herbicidas no campo – em geral as plantas daninhas são mais sensíveis aos herbicidas no início do desenvolvimento, por isso aplicações em estádios avançados podem resultar em baixo ou até mesmo em nenhum controle. O melhor controle é obtido em condições adequadas ao crescimento das plantas, pois estresses de calor ou frio e hídrico, afetam negativamente a atividade do herbicida. Os principais erros na aplicação estão relacionados com o estádio de aplicação, a dose e o adjuvanete, além da calibração inadequada de equipamentos de aplicação. Sinais de resistência – as plantas resistentes a herbicidas geralmente aparecem em manchas na lavoura, o que se deve a seleção inicial ser de uma planta, que se multiplica depositando as sementes produzidas em sua vizinhança. Testes em ambientecontrolado – em caso de suspeita de resistência devem-se colher sementes das plantas que sobreviveram ao tratamento herbicida e utilizá-las em testes em ambiente controlado. O experimento deve permitir avaliar se a resistência é cruzada ou múltipla.
PREVENÇÃO E MANEJO DA RESISTÊNCIA
Métodos de controle de plantas daninhas – adoção do sistema de plantio direto, tem papel importante já que a palhada exerce efeito físico, reduzindo a emergência e o estabelecimento da vegetação. A rotação de culturas é outra prática que traz bons resultados, sendo que a utilização de espécies mais competitivas pode reduzir a infestação das plantas resistentes.
Determinação de risco em relação as espécies daninhas – as plantas daninhas que apresentam maior risco de desenvolverem resistência são aquelas que estão em maior número na área ou que possuem maior frequência gênica de resistência.
Determinação de risco em relação as espécies daninhas - o risco de surgir uma espécie resistente a um determinado herbicida está relacionado com as suas características (residual, eficiência e mecanismo de ação) e com a sua utilização (dose, número e frequência de aplicações em uma mesma área).
Rotação de mecanismos de ação herbicida – é uma prática eficiente no controle da resistência, não altera proporções entre as plantas resistentes e sensíveis, uma vez que os herbicidas, a princípio, têm a mesma eficácia sobre os biótipos resistentes e sensíveis. Assim a rotação de mecanismos reduz o número de biótipos resistentes e com isso a resistência é minimizada mas não eliminada.
Redução do risco da resistência – o uso de herbicidas com maior risco de seleção de espécies resistentes deve ser praticado com cuidado, principalmente se o número de plantas na área for alto, quanto maior o número de indivíduos tratados, maior a probabilidade de seleção de biótipos resistentes.
Uso de herbicidas combinantes – a mistura em tanque não é permitida no Brasil, entretanto aplicações sequenciais são uma boa ferramenta para combater e prevenir a resistência, embora algumas condições devam ser observadas.
Evitar utilização de herbicidas residuais – estes exercem contínua pressão de seleção sobre a populaçãp de plantas daninhas, selecionando comparativamente por mais tempo, e consequentemente mais indivíduos do que herbicidas com residual curto.
Uso de sementes certificadas e limpeza de equipamentos – evitam a introdução de biótipos na área e reduzem o acréscimo de sementes ao banco.
Monitoramento da população de plantas daninhas – permite ao produtos detectar alterações em seu início o que facilita seu manejo no controle.
Evitar disseminação de sementes – a limpeza de equipamentos e máquinas, como colhedoras e roçadeiras, impede a introdução de sementes de plantas resistentes em áreas onde ainda estejam presentes.
Caracterize os herbicidas do FSI e FSII e dê exemplos.R: Inibidores do FSI: utilizados para controle total da vegetação com ação rápida e de controle, não seletivos, causam rápida dessecação das plantas são absorvidos de forma irreversíveis pelos coloides do solo, sem mobilidade no solo, apresentam somente mobilidade foliar (pós emergentes).Inibidores FSII: possuem grande espectro de ação, são seletivos, podem lixiviar e atingir águas subterrâneas, possuem variabilidades nas propriedades físico-químicas entre moléculas pertencem a diversos grupos químicos.O que é resistência a herbicidas e quais são os aspectros que devem ser comtemplados para um biótipo de planta daninha ser considerado resistente a um herbicida.R: é definida como a capacidade adquirida e herdável de biótipos de plantas daninhas em sobreviver a doses herbicidas que, em condições normais, controlam os demais componentes da população. São três os aspectos que devem ser contemplados para um biótipo de planta daninha ser considerado resistente a um herbicida:- a espécie normalmente é sensível ao herbicida;- os biótipos resistentes sobrevivem á dose letal aos demais componentes da população;- a capacidade de sobreviver ao tratamento herbicida é transferida geneticamente, ou seja, as sementes produzidas pelas plantas resistentes originam outros igualmente resistentes.Em relação a resistência no Brasil, quais são os principais mecanismos de ação em que já ocorrem casos de resistência. Comente sobre a evolução (teorias), identificação, seleção de plantas resistentes, mecanismos que podem conferir a resistência e como prevenir e manejar a resistência. R: No Brasil são os mecanismos de ação, inibidores de ALS os que possuem o maior numero de espécies resistentes, mas também já possuem os Inibidores da Protox, Inibidores de ACCase, Inibidores de EPSPs e os Mimetizadores de Auxinas. As teorias, relacionadas a resistência são duas, uma é relacionada a teoria Poolgenica onde a planta, muda seu DNA, onde que o herbicida aplicado não fara mais efeito, onde acontece a mutação, mudando rotas de ação. A segunda teoria esta relacionada a seleção, onde é realizada a pressão das plantas utilizando sempre o mesmo mecanismo de ação ou utilizando de forma inadequada, onde que a planta com o tempo ficara cada vez mais resistente ao herbicida e irá repassando seus progenitores esta resistência.Conceitue resistência e cite estratégias de manejo da resistência de plantas daninhas a herbicidas? A adoção do sistema de plantio direto, fazendo rotação de cultura, também tenta reduzir a competividade de planta perene tenta faze a dessecação antes que desse competição ,assim já se consegue uma redução no risco de resistência de plantas daninhas já o uso de herbicidas com maior risco de seleção de espécies resistentes deve se praticado com cuidado, principalmente se o numero de plantas na área for mais alta , maior o numero de indivíduos tratados e maior a resistência , já o risco de surgir uma espécie resiste a um determinado herbicida , vem ao acaso de dose, numero de frequências de aplicação na mesma área .

Continue navegando