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CONCEITO: planta que vegeta em local ou época indesejável. 
CARACTERISTICAS: Rusticidade (adaptação a ambientes desfavoráveis); Alta produção de sementes; Multiplicação vegetativa; Dormência (longevidade) Agressividade – competição; Rápido desenvolvimento;
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO LOCAL DE OCORRÊNCIA: Agrófitas: são invasoras de culturas; Monófitas: são invasoras de pastagens nativas; Hidrófitas: ocorre em locais alagados. Emergentes: ilhas flutuantes (aguapé); Submersas: vivem dentro da água (Elódea); Ancoradas: se desenvolvem sobre a água, mas fixas ao solo (grama-boiadeira); Anfíbias: podem viver tanto dentro como fora da água (chapéu de couro); - Cledófitas: ocorrem após o cultivo de vários anos no mesmo local (barba de bode, samambaia, etc); Viárias: ocorrem ao longo de estradas, caminhos;
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TIPO DE VIDA: Folhas largas (dicotiledôneas): identifica-se pela nervura das folhas em forma de rede; Folhas estreitas (monocotiledôneas): todas as gramíneas que possuem folhas estreitas e nervuras paralelas.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO CICLO DE VIDA: ANUAIS: são aquelas que vivem um ano ou menos, se desenvolve de semente, produz folhas, flores sementes e morrem (caruru); BIANUAIS: são as que possuem ciclo parecidos as anuais , morrem após produzir flores e frutos, mas apenas no segundo ano.
HÁBITOS DE CRESCIMENTO: Eretas: picão-preto, guanxuma; Prostradas: carrapicho rasteiro, poaia branca; Decumbentes: papuã, milhã, capim arroz; Trepadeiras: corriola, balãozinho.
CARACTERISTICAS MORFOLÓGICAS: BAINHA INVAGINANTE: estrutura tubular presente nas monocotiledôneas e que funciona como estrutura de proteção dos pontos de crescimento. ORIENTAÇÃO DAS FOLHAS: eretrófilas; planófilas DIFERENCIAÇÃO DO SISTEMA RADICULAR: pivotante; fasciculado;
CARACTERISTICAS ESTRUTURAIS: 
CUTÍCULA: é uma estrutura de proteção que está presente em todas as plantas, podendo ser exógena ou endógena; PILOSIDADE: podem ser glabras ou pubescentes;
PRESENÇA DE MERISTEMAS INTERCALARES: gramíneas; AUSÊNCIA DE CÂMBIO E FELOGÊNIO: são meristemas secundários que promovem o crescimento em espessura nas dico. São altamente sensíveis à ação dos herbicidas.
CARACTERISTICAS FISIOLÓGICAS: Idade da planta tratada; Vigor e estado nutricional da planta: quanto menos nutrida, menor é a sensibilidade; presença de enzimas
Redução quantitativa da produção: competição (estresse biológico por água, luz e nutrientes) ou alelopatia (ação inibidora ou estimulante exercida sobre a espécie vegetal através da eliminação de toxinas via exudatos radiculares ou folhas, frutos e caule via substâncias voláteis e ainda pela ação de microrganismos nos restos vegetais em decomposição. Ex: aveia-preta diminui germinação de papuã no verão);
Podem tornar a água imprópria para o consumo humano; Podem provocar alergia na época do florescimento; Intoxicação alimentar nos animais domésticos;
BENEFÍCIOS CAUSADOS PELAS PLANTAS INVASORAS: Protegem o solo da erosão; Adicionam MO ao solo; São apícolas; Medicinais; Potencial de plantas úteis; Abrigo para inimigos naturais de pragas e doenças; Ornamentais.
ÓRGÃOS DE DISSEMINAÇÃO: Asas: língua de vaca;Pappus: cálices que acompanham aquênios (carqueja); Ganchos: estruturas de fixação (carrapicho); Aristas: barba de bode; Pilosidade: fixação e ventosas (Desmodium spp); Carretilha: trevo de carretilha; Farpas ou espículas: Bidens spp; Sacos aéreos: Carex;
Rosetas: Soliva; partes vegetativas como estolões, afilhos, rizomas, bulbos, tubérculos que são transportados (máquinas, cascos de animais).
COMBATE - Prevenção: consiste em impedir ou evitar a infestação de plantas invasoras em áreas agrícolas ou pastagens nativas; (contaminação de sementes); alimentação animal; canais de irrigação limpos; limpeza de arredores das cercas; limpeza de máquinas e implementos; legislação para a produção de sementes de plantas cultivadas ou no transporte das mesmas; Erradicação: consiste no extermínio total da planta invasora de determinada área. É um controle radical. Proteção ou controle: significa limitar o grau de infestação nas áreas agrícolas de forma que não cause dano econômico de modo qualitativo ou quantitativo;
a) Controle cultural: utilizar as características ecológicas da cultura e das plantas invasoras de modo que a cultura leve vantagem competitiva com a invasora. Deve ser sistemático e integrado; Medidas culturais: sementes puras e com alta germinação e vigor; preparo do solo e adubação adequada; práticas culturais adequadas: época de semeadura, arranjo de plantas na área, profundidade de semeadura, rotação e consórcio de culturas; Controle físico: irrigação: combate das plantas de sequeiro; drenagem;fogo ou queima; roçadas; cobertura vegetal morta (diminui a incidência de luz);
Controle mecânico: complemento de outro método (produção de sementes); capinas; VANTAGENS: menor custo, não polui o ambiente, é seletivo, fácil manejo, amplo espectro de controle; DESVANTAGENS: depende das condições ambientais, não controla invasoras nas fileiras, provoca danos na cultura, erosão do solo, deve ser repetido, tempo necessário para a capina; Controle químico: utilização de substâncias químicas sintéticas que tem a finalidade de inibir ou matar as plantas, não causando danos nas culturas além do ponto de recuperação das mesmas. Os herbicidas devem ter as seguintes propriedades: devem ser fitotóxicos as ervas daninhas, devem ser seletivos, ter baixo custo, formulação conveniente, baixa toxicidade, residualidade. VANTAGENS: economia de mão-de-obra; rapidez; de uso fácil e seletivo; não está sujeito aos excessos de chuvas;
FATORES QUE AFETAM A EFICIÊNCIA DOS HERBICIDAS: volatilidade, solubilidade em água; dose do produto – teor de argila, MO; espécie da planta – cultura x invasora; tamanho da semente - > tamanho, > reserva; estrutura da planta – planas ou eritófilas; idade da planta – mais jovens, mais sensíveis; taxa de crescimento – planta que cresce rápido é mais sensível; aplicação apropriada – tipo de bico, regulagem, altura da barra, pressão, bom equipamento, incorporação adequada; fatores climáticos – chuva, temperatura, vento, UR ar; incompatibilidade com outros insumos – herbicidas x inseticidas.
POSSÍVEIS CAUSAS DE FITOTOXIDADE - Dose aplicada; Sensibilidade cultural; Sensibilidade por fator de crescimento – estádio; Resíduos anteriores; Lixiviação - herbicidas pré-emergentes – solubilidade em água; Arrastamento pelo vento; Aplicação dirigida defeituosa; Incompatibilidade com outros insumos; Contaminação do equipamento com outros produtos;
CLASSIFICAÇÃO DOS HERBICIDAS
Quanto a sua seletividade: Seletivos – são aqueles que não causam danos na cultura além do ponto de regeneração da mesma. Pode ocorrer fitotoxidade, mas é reversível.
Não seletivos ou de ação total – são aqueles que não causam seletividade, controla todas as culturas. Quanto a sua época de aplicação: se baseia no estágio de desenvolvimento da cultura e das ervas daninhas. Herbicidas pré-plantio (PP) – são aplicados com a finalidade de diminuir ou eliminar as ervas daninhas existentes antes da semeadura e de facilitar os trabalhos de preparo do solo com o objetivo de impedir o surgimento de novas ervas após o preparo do solo.
Herbicidas pré-plantio-incorporado (PPI) – são aplicados antes da semeadura e incorporados ao solo com o objetivo de evitar a perda do produto devido a alta volatilidade e baixa solubilidade, assegurando o contato da semente para maior eficiência de controle.
Herbicidas pré-emergentes (PRE) – são todos os herbicidas que aplicam após o plantio e antes da emergência da cultura ou das ervas daninhas; podendo ser: 
Pré-emergente a cultura e planta daninha;
Pré-emergente a cultura e não a daninha;
Pré-emergente a erva daninha e não a cultura
Herbicidas emergentes (E) – são aplicados quando a cultura ou as ervas daninhas estão emergindo ao solo.
Herbicidas pós-emergentes (POS) – são aqueles herbicidas aplicados em qualquer etapa do desenvolvimento da cultura ou das ervas daninhas, podendo ser de 2 maneiras:
 não-dirigidos:a aplicação se realiza sobre a cultura e ervas de forma indiscriminada;
dirigidos: evita contato com a cultura e maior contato com as ervas daninhas.
Grupos químicos: classificados por seletividade.
Herbicidas seletivos – eliminam ou inibem o crescimento de algumas plantas e não causam danos a outras, encontrados em 3 tipos:
herbicidas de contato (folhares);
herbicidas seletivos sistêmicos (folhares);
herbicidas seletivos sistêmicos (via solo).
Herbicidas seletivos não sistêmicos aplicados ao solo – exercem seletividade ate a germinação da cultura. Herbicidas não seletivos – exercem toxidade em toda a espécie de vegetação: não seletivos de contato; não seletivos translocáveis ou sistêmicos; não seletivos aplicados ao solo.
CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA APLICAÇÃO DE HERBICIDAS - requer técnica e deve controlar as ervas daninhas sem ocasionar danos a cultura; as ervas são mais sensíveis aos herbicidas quando novas; chuvas logo após a aplicação podem anular a eficiência , salvo mais de 3 horas de aplicação; evitar aplicação em horas do dia que tenham vento, principalmente os muito voláteis; temperatura mais favorável está entre 15 e 20o C; dose recomendada; Cobertura completa e uniforme da área, usar os bicos de tipo jato em leque; uso de água limpa para não entupir os bicos.
COMO FUNCIONAM OS HERBICIDAS Para ser eficaz: ser retido pela folhagem, penetrar e ultrapassar a cutícula mover-se nos espaços com água ao redor da célula, entrar na célula passando através da membrana celular, atingir o local de ação que é geralmente uma enzima e finalmente ligar-se a enzima alvo e atingi-la. Para ser seletivo: afetar o local de ação na planta daninha, mas não na cultura, ser metabolizado ou degradado pela cultura, não pela planta daninha, atingir somente a planta alvo. Classificação dos herbicidas – por grupos químicos de acordo com o mecanismo de ação, os herbicidas que possuem o mesmo mecanismo de ação geralmente causam os mesmos sintomas nas plantas, são aplicados com os mesmos métodos, e têm em geral, limitações e toxicologia semelhantes. Locais de ação dos herbicidas – sítios de ação, aos quais se ligam inibindo funções vitais da planta, a maioria dos sítios se localiza ou são enzimas, ao se ligar ao sítio, a molécula herbicida paralisa ou retarda reações bioquímicas.
COMO OS HERBICIDAS MATAM AS PLANTAS – a morte das plantas tratadas com inibidores de fotossíntese ocorre porque estes herbicidas, ao bloquearem o transporte de elétrons, produzem substâncias ricas em energia e altamente tóxicas que destroem as membranas das células e levam a planta a morte. Em outros casos a morte pode ocorrer devido à desregulação de processos de crescimento celular, como ocorre com o 2,4-D. Propriedades físico-químicas – duas propriedades influenciam na eficácia: a maneira como atingem o sítio de ação a partir do solo ou da superfície da planta (sua solubilidade e suas propriedades ácidas, ou seja, ácido fraco ou forte). Solubilidade – medida da quantidade de herbicida que se dissolve em água ou em solventes orgânicos. Alguns herbicidas se dissolvem bem em água, mas não em solventes orgânicos como o Glypfosate, e outros ao contrário como o diclofop-methyl (ILOXAN). A classificação também pode ser feita em ácidos fortes e fracos, que diz respeito a facilidade do produto em perder íons hidrogênio, quando dissolvido em água. Absorção – as 3 principais barreiras a serem vencidas pelas moléculas para entrar na célula são a cutícula, parede celular e membrana plasmática, até inserir-se e distribuir-se no citoplasma. Translocação – as plantas possuem dois sistemas de transporte: xilema que através de células mortas transporta água e nutrientes até os locais de síntese (parte aérea), e o floema composto por células viva que transporta as soluções nas plantas tanto no sentido ascendente como no descendente. Os herbicidas movem-se passivamente no floema. Para se mover no xilema e atingir a parte aérea, o herbicida deve ser solúvel em água. Seletividade e metabolismo – paraquat e glyphosate não são seletivos, afetando todas as plantas naturais ou não transgênicas. Metsulfuron-methyl é seletivo para cereais e controlam muitas espécies de dicotiledôneas. A seletividade depende de fatores como herdabilidade da cultura em decompor ou metabolizar a molécula do herbicida antes de sua ação e que a planta daninha não tenha capacidade de fazê-lo, fazendo com que a cultura sobreviva e a planta daninha morra. Toxicidade – toxicidade a mamíferos e oral (saúde humana).HERBICIDAS APLICADOS AO SOLO – possuem atividade e níveis residuais variáveis, requerem incorporação para reduzir a volatilização e a fotodecomposição, são decompostos por microrganismos do solo, condições de alta umidade e temperatura favorecem a sua decomposição. Efeitos do ambiente na eficácia de herbicidas – lixiviação (movimento do herbicida, tando ascendente como descendente, juntamente com a água no perfil do solo), decomposição microbiana (ação de microrganismos sobre moléculas herbicidas, chegando ao ponto de eliminar seu efeito residual), decomposição química (reações que ocorrem após a aplicação do herbicida no solo), adsorção (solos com altos teores de MO e/ou argila tem alta capacidade adsortiva, fazendo com que após o esgotamento da pacidade adsortiva do solo, as moléculas herbicidas tornam-se disponíveis para a absorção pelas plantas), fotodecomposição (decomposição da molécula herbicida pela luz, principalmente solar), volatilização (perda do herbicida para a atmosfera na forma de gás). Fatores que afetam o controle de plantas daninhas – o herbicida seletivo elimina as espécies daninhas enquanto a cultura permanece vegetando, tolerando o tratamento. A seletividade não é um processo simples, visto que muitos fatores de planta e de ambiente estão envolvidos. O estádio de desenvolvimento e suas características são fatores importantes na seletividade dos herbicidas e no controle de plantas daninhas, em geral o controle das daninhas é mais fácil nos estádios iniciais de desenvolvimento, tanto para herbicidas do solo quanto para os pós-emergentes. Aparentemente as espécies perenes apresentam 3 estádios mais adequados para serem controlados (início do crescimento, imediatamente antes do florescimento, no final do ciclo). Além dos fatores relacionados com a planta, outros, como as propriedades do solo e do ambiente podem afetar significativamente a seletividade e a atividade dos herbicidas.
MECANISMOS DE AÇÃO HERBICIDA1 - INIBIDORES DE POLIMERIZAÇÃO DA TUBULINA – afetam mais as raízes que a parte aérea, provocam a formação de raízes engrossadas e atrofiadas, devem ser incorporados ao solo para evitar a volatilização e a fotodegradação. GRUPO QUÍMICO – DINITROANILINAS. NOME COMUM – TRIFULARIN, PENDIMETHALIN, ORYZALIN.
Propriedades físico-químicas – possuem coloração amarelo-brilhante, são solúveis em solventes orgânicos e poucos solúveis em água, apresentam baixo potencial de lixiviação e são sensíveis a fotodecomposição e volatilização, sendo a atividade microbiana do solo a principal responsável pela maior parte da degradação dos herbicidas dessa classe.
Mecanismo de ação – agem na divisão celular, ligando-se ao microtúbulo no lugar da tubulina que é a principal proteína componente dos microtúbulos, impedindo a síntese da fibra. Afetam órgãos e partes das plantas em crescimento e locais de intensa divisão celular. Absorção e translocação – a forte adsorção limita o movimento dos herbicidas DNAs no solo, assim, as plantas necessitam interceptar esses produtos quando suas raízes crescem através da camada de solo tratada. A translocação é pequena, mas deve ocorrer para que possam agir nas plantas.
Metabolismo e seletividade – a seletividade não é baseada no metabolismo, mas em fatores que são: incapacidade desses herbicidas de se translocar na planta, baixa movimentação no solo, localização no solo, natureza lipofílica (afinidade com os óleos) e diferente localização dos meristemas nas plantas daninhas e nas culturas. Sintomas – mais evidentes em condiçõesde clima frio, solo úmido incluindo atraso na emergência e paralisação do crescimento de plântulas, apresentando cor verde-escura. Afetam também a multiplicação celular nas pontas das raízes inibindo seu alongamento. Toxicidade – baixa para homem e animais, mas o trifluralin se escorre diretamente para a água pode ser tóxico para os peixes. Cuidados na aplicação e incorporação – profundidade que é importante para a efici~encia dos herbicidas, por esse grupo ser fortemente adsorvida a MO do solo em solos com elevados teores de MO e/ou resíduos culturais requerem maiores doses.2 - INIBIDORES DA SÍNTESE DE ÁCIDOS NUCLÉICOS E DE PROTEÍNAS – alachor, metoalachor e acethochlor, controlam em pré-emergência plantas daninhas gramíneas em culturas como soja, feijão, cana-de-açucar, milho,batata, amendoim, girassol. Afetam a síntese de lipídios, ácidos graxos, terpenos, ceras da camada cuticular das folhas, flavonoides e proteínas.
3 - INIBIDORES DA BIOSSÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA LONGA – devem ser incorporados ao solo a uma profundidade adequada para ação seletiva, agem na emergência de plantas daninhassuscetíveis, afetam principalmente coleóptilos. CLASSE – THIOCARBAMATOS. NOME COMUM – EPTC E BUTYLATE.Propriedades físico-químicas – são líquidos e têm solubilidade variada em água, sendo o butylate menos solúvel que o EPTC, não são ácidos fracos, em aplicações na superfície do solo, esses herbicidas podem volatizar em caso de altas temperaturas. Mecanismo de inibição da síntese de ácidos graxos de cadeia longa AGCL – inibem a enzima que catalisa a biossíntese dos ácidos graxos. Absorção e Translocação – são absorvidos pelo coleóptilo e pelo nó de gramíneas. A translocação ocorre principalmente no xilema e depende de sua solubilidade em água. Metabolismo e Seletividade – seletividade depende da posição do herbicida no perfil do solo em relação à cultura e são metabolizados em plantas. Toxicidade – baixa Sintomas – espécies suscetíveis não emergem, o efeito na parte aérea de plântulas é a redução da elongação celular. Precauções na aplicação – devem ser incorporados ao solo para prevenir perdas por volatilização, os cereais devem ser semeados abaixo da camada tratada (seletividade por posição), a persistência no solo desse grupo de herbicidas é relativamente curta.4 - INIBIDORES DA SÍNTESE DE AMINOÁCIDOS – atualmente a maioria dos inibidores da síntese de aminoácidos tem toxicidade baixa aos mamíferos, por esses não possuírem a rota bioquímica afetada pelo produto.5 - INIBIDORES DA ACETOLACTATO SINTASE ALS – caracterizam-se por: serem a classe dos herbicidas mais usados no mundo, afetam a síntese de aminoácidos e por consequência a síntese de proteínas, os sintomas variam de herbicida para herbicida, são herbicidas seletivos, ativos no solo, movem-se na planta, ou seja, são sistêmicos, a morte das plantas tratadas com estes herbicidas é lenta. CLASSE – IMIDAZOLINAS, SULFONILURÉIAS, SULFOANILIDAS. Propriedades físico-químicas – sulfoniluréias e imidazolinonas são ácidos fracos com solubilidade média em água, transportadas tanto no floema como no xilema, a persistência desses herbicidas no solo é preocupante especialmente para culturas sensíveis a esses produtos, como o girassol. Inibição da acetolactato sintase ALS – importante enzima na síntese de aminoácidos com cadeia lateral, a enzima ALS localiza-se nos cloroplastos de tecidos clorofilados e nos plastídeos de tecidos não clorofilados. Reduz a quantidade de aminoácidos de cadeia lateral, leucina, valina e isoleucina além de inibir a divisão celular. Absorção e Translocação – em aplicações foliares, o produto é rapidamente absorvido pela planta e translocado no xilema e no floema. Esses herbicidas também podem ser absorvidos do solo e se mover tanto via xilema como via floema movimentando-se com facilidade na planta. Metabolismo e Seletividade – não seletivos e controlam as plantas daninhas sem causar danos significativos às culturas. Toxicidade – os herbicidas da classe das sulfoniluréias e das imidazolinonas, em geral, representam baixo risco em termos toxicológicos. Sintomas – bordas foliares amareladas, nervuras avermelhadas ou arroxeadas e limbo foliar com manchas amareladas, podem reduzir ou paralisar o crescimento e o desenvolvimento da planta. Os efeitos fitotóxicos mais fortes incluem a morte das gemas apicais e inibição do crescimento radicular. Existem plantas resistentes a esses grupos herbicidas por possuírem a enzima ALS modificada que produzem sementes e se constituem um problema na lavoura. Precauções na aplicação – são ativos em doses baixas, tanto quando aplicados às folhas como quando aplicados ao solo.6 - INIBIDORES DE EPSPs – não seletivos, efetivos no controle de várias espécies mono e dicotiledôneas, translocam-se nas plantas, controlam plantas daninhas perenes quando usados em doses maiores. O glyphosate é não seletivo, sistêmico, ativo em aplicações na folhagem, é reconhecido como um dos mais seguros herbicidas disponíveis.
Propriedades físico químicas – glyphosate é altamente solúvel em água, mas não em solventes orgânicos, não é volátil, é um ácido fraco, no solo é fortemente adsorvido ás partículas de argila, e uma vez adsorvido, torna-se indisponível às plantas, dessa forma não possui atividade residual nem lixiviação. Mecanismo de ação – liga-se á enzima EPSPs inibindo-a, levando à desregulação do fluxo de carbono na planta e a um acúmulo de compostos intermediários tóxicos. Absorção e translocação – absorvido pela parte aérea. A translocação ocorre tanto no xilema como no floema, pode ser maximizada aplicando-se o produto em época favorável a sua translocação, move-se com os açucares nas plantas em crescimento. Metabolismo e seletividade – não seletivo, as plantas não degradam rapidamente. Sintomas – as folhas tornam-se amareladas, descoloridas, seguindo-se o desenvolvimento da cor amarronzada, necrose e morte das plantas em alguns dias ou semanas. Toxicidade – baixa aos humanos, oral e dermal. Cuidados na aplicação – o glyphosate é adsorvido ao solo, tornando-se inativo e, portanto, não tem atividade residual, não apresenta lixiviação, o controle de espécies perenes depende da sua translocação para raízes e rizomas.
7 - INIBIDORES DA ENZIMA GLUTAMINA SINTASE (GS) – não seletivo, de contao, os sintomas da toxicidade caracterizam-se pelo aparecimento de manchas cinza-claras, apresenta baixo controle de espécies perenes. GRUPO QUÍMICO – AMINOÁCIDOS. NOME CUMUM – AMÕNIO-GLUGOSINATO
Propriedades físico-químicas – altamente solúvel em água, de ácido fraco, não é volátil. Mecanismo de inibição da glutamina sintase – liga-se a glutamina sintase, que é uma enzima importante na rota metabólica de incorporação do nitrogênio inorgânico, na forma de amônia, na formação de compostos orgânicos. Absorção e translocação – a translocação desse herbicida é limitada em razão da rápida ação inibitória na fotossíntese. Metabolismo e seletividade - metabolizado pelas plantas, no entanto o processo não é rápido o suficiente para impedir a toxidez do produto. Toxicidade – baixa aguda oral. Sintomas – clorose e murchamento de plantas. Precauções para a aplicação – não se recomenda aplicação quando houver ocorrência de chuvas antes de até quatro horas após aplicação, plântulas emergidas após aplicação não são afetadas.
8 - INIBIDORES DA ACCase – controlam exclusivamente espécies gramíneas e são conhecidos como fops e dims. CLASSE - ARILOXIFENOXI-PROPINATOS (AOPPS) “FOPS” e CICLOHEXANODIONAS “ DINS”. Principais características – atividade sobre gramíneas, baixa solubilidade em água, não apresentam atividade residual no solo e nem mobilidade na planta, fops e dims são seletivos para uso em culturas de folhas largas. Propriedades físico-químicas – fops e dims afetam a mesma enzima e são mais eficazes quando aplicados nos finais de tarde do que quando aplicados nas primeiras horas do dia. Mecanismo de inibição – fops e dims são importantes inibidores da ACCase, enzima envoldida na síntese dos ácidos graxos, ligam-se a essa enzima inibindo-ae diminuindo ou paralisando a síntese de ácidos graxos, ocorre paralisação da síntese de membrana necessárias para o crescimento e a multiplicação celular.
Absorção e translocação – os herbicidas hidrofóbicos, como os fops e dims penetram na cutícula e entram nas células rapidamente, a boa cobertura foliar é importante para garantir a absorção e a eficiência desses herbicidas. A mobilidade no floema é suficiente para proporcionar o controle de espécies gramíneas perenes. Seletividade entre culturas dicotiledôneas e plantas gramíneas – os herbicidas fops e dims não possuem ação inibitória sobre a ACCase de culturas e de plantas daninhas dicotiledôneas. Seletividade entre culturas e plantas daninhas gramíneas – a degradação dos fops e dims seletivos para cereais, como o trigo, é muito rápida, impedindo que estes herbicidas provoquem danos à cultura. Já o metabolismo em espécies como azevém e aveia é lento, ocorrendo a inibição da ACCase, o que proporciona a oportunidade de controle dessas espécies na cultura do trigo. Toxicidade – aguda oral.
Sintomas – o crescimento dos meristemas da parte aérea e radicular é inibido, as folhas evidenciam pontos e estrias cloróticas/amareladas. A necrose ocorre na base da folha em virtude de a concentração da ACCase se localizar neste ponto. Precauções na aplicação – efeitos adversos podem ser amenizados com boa cobertura foliar, não possuem residual ou persistência no solo.9 - MIMETIZADORES DE AUXINAS – são recomendados para controlar espécies dicotiledôneas, são bem translocados pelas plantas , os sintomas de toxicidade incluem crescimento rápido e anormal. CLASSE – ÁCIDO ARILOXIALCANÓICO, BENZÓICOS, PICONILÍCOS, MISTURAS E QUINOLINAS.Propriedades físico-químicas – ativos na forma ácida, a formulação éster não é muito solúvel em água, apresentam-se mais resistentes à lavagem por chuvas ocorridas após a aplicação. Por outro lado amina e sal apresentam em água, a solubilidade em égua das formulações amina e sal tornam-se mais suscetíveis à lavagem das folhas pela chuva, entretanto a absorção por meio das raízes é aumentada. Em geral os herbicidas mimetizadores de auxinas se ligam de forma reversível aos colóides do solo. Efeito das auxinas nas plantas – mimetizam hormônios reguladores de crescimento como o ácido indolacético (AIA) e a auxina (reguladores de crescimento das plantas que controlam a divisão e o crescimento celular durante o ciclo de vida da planta Modo de ação dos herbicidas mimetizadores de auxinas – atuam sobre sítios onde age o AIA, são ativos principalmente em plantas em crescimento. Quinclorac – herbicida que controla espécies mono e dicotiledôneas consideradas de difícil controle. Absorção e translocação – absorvidos pelas folhas, ramos e raízes. Formulação éster aumenta a taxa de absorção desses produtos pela cutícula, já as formulações amina e sal são absorvidas mais lentamente e podem ser lavadas das folhas pela chuva com relativa facilidade, por outro lado, são mais facilmente absorvidas pelas raízes do que a formulação éster. Metabolismo e seletividade – cereias são tolerantes à maioria das auxinas, ao passo que as dicotiledôneas são sensíveis. Em dicotiledôneas causam proliferação descontrolada de células ao redor do floema, já em gramíneas o floema é rodeado por uma camada de fibras que impedem a compressão. Sintomas – epinastia, enrolamento de folhas, ramos e pecíolos, limbo foliar e sistema vascular também evidenciam alterações, esses sintomas são seguidos de inibição do crescimento, clorose dos pontos de crescimento e necrose. Precauções na aplicação – se a água possuir altos teores de sais dissolvidos (águas duras), deve-se usar formulações éster, essa também resiste mais à lavagem pela chuva do que as formulações amina e sal.10 - INIBIDORES DA FOTOSSÍNTESE – a fotossíntese por ser um processo exclusivo dos vegetais, caracteriza-se como alvo ideal para ação dos herbicidas, agem no FSII e no FSI, ambos fazem parte da fase fotoquímica da fotossíntese.
Características dos herbicidas inibidores da fotossíntese – seletivos e não seletivos, atrazina e metribuzin, baixa translocação no floema, possuem atividade de solo, mais eficientes em condições de alta luminosidade.11 - INIBIDORES DO FOTOSSISTEMA II (FSII) – mais antigos e de importante papel na agricultura, atrazine, bentazon e metribuzin. Possuem amplo espectro de ação e seletividade, podem lixiviar e atingir águas subterrâneas, possuem variabilidade nas propriedades físico-químicas entre moléculas, pertencem a diversos grupos químicos.Propriedades físico-químicas - alguns são ácidos fracos e outros não, são moderadamente solúveis em água. A adsorção da atrazine e da cianazine aumenta com a acidez do solo e com o teor de MO. Já o metribuzin é pouco solúvel em solo com alto teor de MO, porem sua mobilidade aumenta em solos com pH alto. Mecanismo de ação dos inibidores do FSII – interrompem o fluxo de elétrons ligando-se à proteína D1, ou seja, interrompendo a transferência de elétrons do FSII para o complexo Cyt b/f. A interrupção do fluxo de elétrons entre os FS II e I resulta na redução da produção de energia, e consequentemente de carboidratos, açucares e outros compostos que necessitam de energia para serem produzidos, o que leva a planta à morte. Absorção e translocação – são absorvidos por via radicular e foliar. Apresentam solubilidade em água suficiente para favorecer a translocação via xilema e favorecer a absorção via radicular. Metabolismo e seletividade – existem moléculas seletivas e não seletivas. O Diuron é não seletivos utilizado para controle total da vegetação em margens de rodovias, ferrovias e áreas industriais, moléculas com seletividade como a atrazina (seletiva ao milho) e o metribuzin (seletivo a soja).Sintomas – clorose internervural e das bordas das folhas, os sintomas necessitam de luz para se desenvolver. Implicações na aplicação – podem lixiviar em solos com baixo teor de MO, são mais ativos sobre plantas daninhas jovens ou em fase de emergência, deve ser realizada a agitação forte antes do uso do herbicida.12 - INIBIDORES DO FOTOSSISTEMA I – utilizados para controle total da vegetação, com ação rápida e de contao. O Paraquat apresenta maior atividade sobre espécies gramíneas e o diquat sobre espécies dicotiledôneas. Principais características dos inibidores do FSI – não seletivos e de contato, inibem a fotossíntese, agindo no fotossistema I, causam rápida dessecação das plantas, são adsorvidos de forma irreversível pelos colóides do solo, apresentam somente atividade foliar (pós-emergente). Propriedades físico-químicas – paraquat e diquat tem alta solubilidade em água e são ácidos fracos. Absorção e translocação – os dois são rapidamente adsorvidos pelas folhas das plantas, não sendo afetados por chuvas que ocorram duas horas após a aplicação, a translocação via xilema é de forma ascendente. Mecanismos de ação dos inibidores do FSI – captação de elétrons dos carreadores.
Interações com inibidores do FSII – os inibidores do FSII retardam a ação do paraquat e do diquat, proporcionando maior absorção/translocação que resulta em maior eficiência. Metabolismo e Seletividade – não seletivos, que são metabolizados pelas plantas. Toxicidade – altamente tóxicos para mamíferos, inclusive humanos. Sintomas – nos pontos onde o herbicida atinge tecido vivo surgem, em poucas horas, manchas encharcadas que em até três dias após aplicação progridem para necrose. Precauções na aplicação – por apresentar rápida ação na presença de luz solar intensa, alguns produtores realizam aplicações noturnas ou no final da tarde, obtendo desse modo maior translocação e consequentemente maior atividade. A atividade do paraquat e do diquat depende da boa cobertura foliar, são mais efetivos sobre plantas jovens, na aplicação em plantas adultas deve-se aumentar o volume em calda.DESTRUIDORES DE MEMBRANAS – herbicidas do grupo DIFENILÉTERES e ARILTRIAZOLINA (usados em pré-emergência) e pós-emergência em culturas como soja, algodão, arroz, café, feijão, cana-de-açucar entre outras.Absorçãoe translocação – podem penetrar pelas raízes, caules e folhas de plantas jovens, possuem baixa ou nenhuma translocação. É necessária boa cobertura foliar, no solos apresentam alta adsorção pela MO.Mecanismo de ação – inibição do protox no cloroplasto, e inibição da síntese da heme, deixando de haver o controle sobre a síntese ALA. Sintomas – manchas verde-escuras nas folhas que progridem para necrose.
RESISTÊNCIA A HERBICIDAS – a resistência pode ser conferida por diferentes mecanismos. É um processo que pode ser prevenido e evitado por meio da adoção de práticas e sistemas de cultivo que priorizem o manejo da vegetação, não simplesmente o controle. As novas moléculas herbicidas oferecidas no mercado são cada vez mais seguras ambientalmente (menos tóxicas ao homem e animais), mais seletivas às culturas, apresentam maior espectro de controle e eficiência, são usadas em doses muito baixas. Conceito – a resistência é definida como a capacidade adquirida e herdável de biótipos de plantas daninhas em sobreviver a doses herbicidas que, em condições normais, controlam os demais componentes da população. Teoria do pool gênico – sugere alguma alteração (mutação) no material genético da planta ocorrida em determinado momento após o lançamento do herbicida é a causa da resistência. Nessa teoria devido a alterações genéticas no DNA, as plantas tornam-se resistentes às triazinas, assim essas alterações genéticas resultam em modificações do sítio de ação das triazinas no cloroplasto, levando a que estes herbicidas perdessem a capacidade de inibir a fotossíntese nesses biótipos. A teoria da seleção – existem biótipos resistentes aos herbicidas na natureza, cujo uso os seleciona. Residual longo como as triazinas, eliminam-se as plantas sensíveis, permanecendo somente os biótipos resistentes, com espaço para se desenvolver e se multiplicar. Seleção de plantas resistentes pelos herbicidas – a variabilidade de populações de plantas daninhas é alta.
MECANISMOS QUE CONFEREM RESISTÊNCIA Alteração no local de ação do herbicida – os herbicidas ligam-se e alteram locais ou rotas específicas na planta. Os sítios de ação dos herbicidas são proteínas, normalmente enzimas ou proteínas carreadoras de elétron, ou que contribuem para a regulação hormonal da planta. As proteínas são codificadas pelo DNA, assim as mutações do DNA podem causar alterações nas proteínas, que poderão ser repassadas geneticamente (herdáveis). Se a alteração na proteína não afetar sua função, mas alterar a relação desta com a molécula herbicida, de forma que a enzima não seja mais afetada pelo herbicida, a planta pode se tornar resistente a tal produto. A rotação de mecanismos de ação herbicida tem sido recomendada como um método para controlar e prevenir a resistência. O número de aplicações de herbicidas do mesmo mecanismo de ação apresenta-se como o fator mais crítico na taxa de seleção de plantas resistentes. Metabolismo do herbicida – é o segundo mecanismo mais comum entre aqueles que conferem resistência às plantas daninhas. O surgimento de plantas daninhas resistentes deve-se à seleção de espécies capazes de metabolizar o herbicida por meio do mesmo mecanismo da cultura ou de outros diferentes, mas também eficientes.RESISTÊNCIA MÚLTIPLA – adquirem resistência a herbicidas com diferentes mecanismos de ação.
IDENTIFICAÇÃO DE PLANTAS DANINHAS RESISTENTES 
Diagnose de resistência a herbicidas no campo – em geral as plantas daninhas são mais sensíveis aos herbicidas no início do desenvolvimento, por isso aplicações em estádios avançados podem resultar em baixo ou até mesmo em nenhum controle. O melhor controle é obtido em condições adequadas ao crescimento das plantas, pois estresses de calor ou frio e hídrico, afetam negativamente a atividade do herbicida. Os principais erros na aplicação estão relacionados com o estádio de aplicação, a dose e o adjuvanete, além da calibração inadequada de equipamentos de aplicação. Sinais de resistência – as plantas resistentes a herbicidas geralmente aparecem em manchas na lavoura, o que se deve a seleção inicial ser de uma planta, que se multiplica depositando as sementes produzidas em sua vizinhança. Testes em ambiente controlado – em caso de suspeita de resistência devem-se colher sementes das plantas que sobreviveram ao tratamento herbicida e utilizá-las em testes em ambiente controlado. O experimento deve permitir avaliar se a resistência é cruzada ou múltipla.
PREVENÇÃO E MANEJO DA RESISTÊNCIA Métodos de controle de plantas daninhas – adoção do sistema de plantio direto, tem papel importante já que a palhada exerce efeito físico, reduzindo a emergência e o estabelecimento da vegetação. A rotação de culturas é outra prática que traz bons resultados, sendo que a utilização de espécies mais competitivas pode reduzir a infestação das plantas resistentes.
Determinação de risco em relação as espécies daninhas – as plantas daninhas que apresentam maior risco de desenvolverem resistência são aquelas que estão em maior número na área ou que possuem maior frequência gênica de resistência.
Determinação de risco em relação as espécies daninhas - o risco de surgir uma espécie resistente a um determinado herbicida está relacionado com as suas características (residual, eficiência e mecanismo de ação) e com a sua utilização (dose, número e frequência de aplicações em uma mesma área).
Rotação de mecanismos de ação herbicida – é uma prática eficiente no controle da resistência, não altera proporções entre as plantas resistentes e sensíveis, uma vez que os herbicidas, a princípio, têm a mesma eficácia sobre os biótipos resistentes e sensíveis. Assim a rotação de mecanismos reduz o número de biótipos resistentes e com isso a resistência é minimizada mas não eliminada.
Redução do risco da resistência – o uso de herbicidas com maior risco de seleção de espécies resistentes deve ser praticado com cuidado, principalmente se o número de plantas na área for alto, quanto maior o número de indivíduos tratados, maior a probabilidade de seleção de biótipos resistentes.
Uso de herbicidas combinantes – a mistura em tanque não é permitida no Brasil, entretanto aplicações sequenciais são uma boa ferramenta para combater e prevenir a resistência, embora algumas condições devam ser observadas.
Evitar utilização de herbicidas residuais – estes exercem contínua pressão de seleção sobre a populaçãp de plantas daninhas, selecionando comparativamente por mais tempo, e consequentemente mais indivíduos do que herbicidas com residual curto.
Uso de sementes certificadas e limpeza de equipamentos – evitam a introdução de biótipos na área e reduzem o acréscimo de sementes ao banco.
Monitoramento da população de plantas daninhas – permite ao produtos detectar alterações em seu início o que facilita seu manejo no controle.
Evitar disseminação de sementes – a limpeza de equipamentos e máquinas, como colhedoras e roçadeiras, impede a introdução de sementes de plantas resistentes em áreas onde ainda estejam presentes.

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