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Problema de engenharia

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Descrição do problema de engenharia 
 
Desastre da barragem do Fundão em Mariana,MG 
 
O estudo apresenta alguns fatos como causas do desastre. Entre eles, estão o 
recuo da ombreira esquerda, problemas de drenagem e a liquefação dos rejeitos 
arenosos. O processo de liquefação é quando há um aumento de água nos rejeitos, 
tornando-os fluidos. 
O rompimento foi o resultado de “uma consequência de eventos e condições 
portanto o fluxo ocorreu na ombreira esquerda por causa do recuo na ombreira 
esquerda ter sido construído sobre uma mistura de areia e lama e não apenas areia. 
Além do recuo, dos problemas de drenagem, da liquefação e do acúmulo de lama 
onde deveria ter rejeito arenoso, ocorreu três pequenos abalos sísmicos, que foram 
registrados poucas horas antes do rompimento. Os abalos aceleraram o gatilho da 
liquefação, iniciando o fluxo de rejeitos. 
O engenheiro geotécnico Norbert Morgenstern disse que “uma alteração do projeto 
em 2011 / 2012 levou a um aumento da saturação, que levou a um potencial de 
liquefação”. O estudo mostra que, em 2009, houve defeitos na “construção do dreno 
de fundo”. Segundo os especialistas que participam da auditoria, a barragem foi tão 
danificada que o sistema não poderia mais ser implementado. 
Uma revisão do projeto previu um tapete drenante que, em agosto de 2014, chegou 
à sua capacidade máxima. “Esse tapete drenante é diferente dos drenos de fundo, 
aos quais estava substituindo. Especialmente pelo fato de que os drenos de base 
iriam drenar todo o rejeito de areia, mas o novo tapete drenante não iria drenar os 
rejeitos abaixo dele”, disse Morgenstern. 
De acordo com o engenheiro, as várias alterações realizadas na barragem 
causaram a entrada de lama em “áreas não-planejadas da ombreira esquerda da 
barragem”. Além disso, “o alinhamento do maciço foi recuado com relação ao 
originalmente planejado”, disse. 
Ele também citou problemas nas galerias de drenagem. Em meados de 2010, 
descobriram-se rejeitos entrando nesses locais, indicando que não estavam 
funcionando corretamente. 
Segundo o engenheiro, outro problema diz respeito ao descumprimento da largura 
necessária de uma “praia”, que tem por objetivo separar a areia da lama. “As lamas 
ficariam atrás do dique 1 e a areia atrás do dique 2. Deste modo, as lamas e as 
areias seriam fisicamente separadas. (...) O projeto da barragem exige que as 
areias atrás do dique 1 sejam separadas das lamas por uma praia de 200 metros de 
largura”, ressaltou. Entretanto, Morgenstern disse que, durante o período em que as 
galerias estavam sendo reparadas, esta praia, por vezes, tinha um tamanho menor 
que o necessário. 
Os reparos, segundo Morgenstern, não foram bem sucedidos, e as galerias 
precisaram ser vedadas com concreto. No mesmo momento, preocupações com a 
galeria secundária, que estava por baixo do lado esquerdo da barragem, levaram à 
conclusão que a estrutura não poderia ser alteada naquele local. Para manter as 
operações durante o reparo, o alinhamento da barragem na ombreira esquerda foi 
deslocado de sua posição anterior. 
O engenheiro também destacou que, em agosto de 2014, uma série de trincas e 
infiltrações foram encontradas no recuo. 
O engenheiro explicou que o estudo verificou que havia lama abaixo do maciço da 
barragem, que estava sob efeito do alteamento [aumento da altura] da estrutura. 
“Isso iniciou um mecanismo de extrusão das lamas e da separação das areias à 
medida que a barragem foi alterada”, dando como exemplo o movimento de uma 
pasta dental quando o tubo é espremido. 
"Há uma comparação na apresentação entre a ombreira esquerda e a direita. E o 
mesmo alteamento foi feito na ombreira na ombreira direita e o mesmo tremor 
aconteceu na ombreira direita, o que fortalece a nossa conclusão de que a presença 
da lama foi uma parte fundamental da explicação do porquê essa falha aconteceu e 
onde ela aconteceu.", disse Morgenstern. 
Portanto ,o desastre demonstra que tragédias, não ocorrem de um momento para 
outro, mas são as consequências de erros cometidos no decorrer do tempo. 
 
 
2 anos (05/11/2015) 
 
Dois anos depois, as famílias reassentadas estão espalhadas em imóveis alugados 
pela empresa enquanto esperam pela reconstrução de suas comunidades, 
prometidas para 2019, aumento do valor dos alimentos. 
Para os que permaneceram na sede (a grande maioria), as mudanças profundas no 
cotidiano incluem a relação às vezes conflituosa com os 45 mil marianenses. 
O pano de fundo é o aumento do desemprego no município, desde que as 
atividades da Samarco foram suspensas, segundo dados do Sistema Nacional de 
Emprego (Sine) local. 
De um ano para cá começaram a aparecer de forma esparsa no comércio de 
Mariana cartazes de apoio à retomada das atividades da empresa, que atuava há 
44 anos na região e respondia por 89% da arrecadação do município, entre tributos 
pagos diretamente e recolhidos de forma indireta. 
As manifestações dos marianenses aparecem na seção de cartas do jornal local - 
na qual alguns leitores acusam os sobreviventes de extorquirem a mineradora -, nos 
bancos de praça e nas feiras de rua. 
A fundação Renova - responsável pela recuperação do Rio Doce - disse que as 
ações para resolver o problema dos rejeitos de minérios ainda espalhados devem 
levar de dois a três anos. Sobre as famílias prejudicadas, a fundação afirma que as 
indenizações começaram a ser pagas em outubro. E que os pescadores são os 
primeiros a receber. 
A Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais aplicou trinta e seis multas à 
Samarco. A única que a mineradora começou a pagar é a referente ao rompimento 
da barragem: R$ 127 milhões, parcelados em sessenta meses. 
 
 
 
PNI 
 
 
 
Pontos positivos : não há pontos positivos 
 
Pontos negativos : Dezenove pessoas morreram e um desaparecido em 
decorrência do rompimento e a lama atravessou o estado e chegou até o oceano, 
devastando também parte do Espírito Santo. , pessoas desabrigadas , poluição do 
rio , danos ao ecossistema e consequentemente da pesca local e abastecimento de 
água . 
Interessante: Observar o erro ocorrido como desafio para area de engenharia em 
geral e que sirva de lição para que não ocorra novamente e a solidariedade nacional 
com os prejudicados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referencia 
 
http://g1.globo.com/minas-gerais/desastre-ambiental-em-mariana/noticia/2016/08/acumulo-de-
lama-e-uma-das-causas-da-ruptura-de-barragem-diz-auditoria.html 
https://g1.globo.com/natureza/noticia/sobreviventes-de-desastre-de-mariana-sofrem-preconceito-
e-moradores-pedem-volta-de-samarco.ghtml 
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/acidente-mariana-mg-seus-impactos-
ambientais.htm

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