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Cervicobraquialgia

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Cervicobraquialgia
PUC Minas – Graduação em Fisioterapia​
Estágio Supervisionado em Fisioterapia nas Disfunções Ortopédicas, Traumatológicas e Reumatológicas
CERVICOBRAQUIALGIA
É definida como a presença de dor cervical irradiada para uma das extremidades superiores através do território correspondente à uma raiz nervosa cervical baixa, assim podendo gerar alterações na condução elétrica e no fluxo axoplasmático. 
(PRZYVARA e REZENDE, 2008).
CERVICOBRAQUIALGIA
A cervicobraquialgia é uma desordem dolorosa podendo ou não estar associada com dores de cabeça. Acomete 12 a 34% da população adulta com maior incidência no sexo feminino.
(COWELL e PHILLIPS, 2002)
Pode provocar limitações funcionais nas atividades laborais e nas tarefas da vida diária, podendo também gerar estados de ansiedade e stress emocional que condicionem a qualidade de vida. 
(CAILLIET, 2003)
ETIOLOGIA
Entre os fatores determinantes da patologia estão a hérnia discal cervical, traumas, má formação congênita, ou por osteoartrose, sendo bilateral ou unilateral. A cervicobraquialgia costuma ser insidiosa, sem causas aparentes, mas em raras situações, tem início de forma súbita relacionado a movimentos bruscos do pescoço, longa permanência em uma posição forçada, esforços ou traumatismo.
 (HEBERT, 2009; CARMO et al., 1996)
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ETIOLOGIA
A principal causa em adultos jovens é a presença de uma hérnia discal na região cervical. Em idosos, a causa mais comum é a combinação da diminuição do espaço intervertebral e a presença de artrite. Outras possíveis etiopatogenias são a manutenção de uma postura inadequada, tarefas repetitivas e sedentarismo.
A cervicobraquialgia é uma das causas mais comuns de doenças por uso de computador, sendo provocada por condições inadequadas de trabalho e enquadrada como uma LER/DORT. 
(NEKATSCHALOW et al., 2009)
FISIOPATOLOGIA
A região cervical apresenta intensa mobilidade o que condiciona fadiga e degeneração de estruturas regionais ricamente inervadas. Essas disfunções da degeneração do disco intervertebral, fenômeno decorrente do avanço da idade ou de traumatismos é que reduzem a capacidade amortecedora discal e causa sobrecarga do corpo vertebral e facetas articulares.
(REZENDE, 2014)
FISIOPATOLOGIA
As raízes cervicais saem acima das vértebras correspondentes até C7, já a partir de T1 saem abaixo. As principais raízes nervosas comprimidas em nível cervical são C6 e C7, que podem levar a um quadro de dor, parestesia e flacidez, alguns pacientes podem referir ainda cefaleia e limitação de movimento do pescoço. 
A dor pode ser uni ou bilateral, constante ou intermitente, se agravando ao esforço físico e melhorando ao levantar os braços.
 (DELGADO et al., 2009) 
SINAIS E SINTOMAS
A alteração sensitiva associada à compressão radicular é a irradiação da dor para o membro superior em um dermátomo definido. Em geral, o indivíduo refere parestesias no mesmo território. Ocasionalmente, ocorre hipoestesia no território acometido.
 (HEBERT, 2009)
 Pode-se encontrar déficit de força muscular nos músculos inervados pela raiz comprometida.
 (HEBERT, 2009)
SINAIS E SINTOMAS
Frequentemente, o quadro clínico das cervicobraquialgias é unilateral, sendo que a dor inicia-se na região cervical baixa e irradia-se para o membro superior, com topografia radicular usualmente associada a parestesias de um ou mais dedos.
Na maior parte dos casos, melhora nitidamente com repouso e piora com a movimentação, ou seja, com o aumento da pressão do liquido cerebrospinal como na manobra de Valsava a na compressão das apófises espinhosas (HEBERT, 2009; CARMO; MURILLO; COSTA, 1996).
(REZENDE, 2014)
SINAIS E SINTOMAS
C5
C6
C7
C8
SENSIBILIDADE
Face lateral do braço
Primeiro e segundo dedos
Segundoe terceiro dedos
Quartoe quinto dedos
MOTRICIDADE
Deltoide e flexores do cotovelo
Extensores do punho
Extensor do cotovelo
Flexor profundo do terceiro dedo
REFLEXOS
Biciptal
Braquiorradial
Triciptal
(DELGADO et al., 2009)
AVALIAÇÃO
Histórico do paciente
Observação
Postura da cabeça e pescoço;
Nível dos ombros;
Expressão facial.
AVALIAÇÃO
EXAME
Movimentos ativos: Flexão, extensão, flexão lateral, rotação esquerda e direita, movimentos combinados, movimentos repetitivos e posições sustentadas.
Movimentos passivos: flexão (estiramento tecidual), extensão (estiramento tecidual), flexão lateral direita e esquerda (estiramento tecidual), rotação direita e esquerda (estiramento tecidual).
Movimentos Isométricos Resistidos: flexão, extensão, flexão lateral direita e esquerda, rotação direita e esquerda.
AVALIAÇÃO
Miótomos
Raiz nervosa
Açãodo teste
C1-C2
Flexão do pescoço
C3
Flexão lateral do pescoço
C4
Elevaçãodo ombro
C5
Abduçãodo ombro
C6
Flexão do cotovelo e extensão do punho
C7
Flexão do cotovelo e flexão do punho
C8
Extensãoe desvioulnardo polegar
T1
Intrínsecos da mão
AVALIAÇÃO
TESTES ESPECIAIS
Teste de Compressão Foraminal (de Spurling)
(MAGEE, 2003)
AVALIAÇÃO
Teste da Distração (Tração-separação)
(MAGEE, 2003)
AVALIAÇÃO
Teste da Compressão de Jackson
) (MAGEE, 2003
AVALIAÇÃO
Teste de tensão do membro superior ( Teste de tensão do plexo braquial)
 (MAGEE, 2003)
AVALIAÇÃO
Teste de Compressão do Plexo Braquial
O examinador aplica compressão firme no plexo braquial, apertando o plexo entre o polegar e os outros dedos. Dor no local não é diagnóstica; o teste é positivo somente se a dor irradiar-se para a região do ombro ou da extremidade superior. Ele é positivo para lesões cervicais mecânicas que têm um componente mecânico.
AVALIAÇÃO
Sinal de Tinel para lesões do plexo braquial
O paciente senta-se com o pescoço ligeiramente flexionado para o lado. O examinador percute a área do plexo braquial com um dedo ao longo dos troncos nervosos, de modo que as diferentes raízes nervosas sejam testadas. Dor local pura significa que há uma lesão subjacente do plexo cervical. Um sinal de Tinel positivo (sensação de formigamento na distribuição do nervo) significa que a lesão está anatomicamente intacta e alguma recuperação está ocorrendo.
TRATAMENTO
As diferentes formas de cervicobraquialgias exigem diferentes abordagens terapêuticas. O tratamento fisioterapêutico objetiva reduzir a dor, ganho de força, ADM e melhora da função. 
Eletroterapia: TENS, Diatermia por ondas curtas;
Crioterapia;
Aquecimento tecidual;
Técnicas de PACVP, PAUVP e TVP.
TRATAMENTO
Massoterapia na região cervical;
Tração Cervical;
Técnica de estabilização cervical;
Técnica de mobilização neural.
TRATAMENTO
Cinesioterapia passiva para os músculos da região cervical, da cintura escapular, e dos membros superiores;
Fortalecimento muscular dos músculos da região cervical e do membro superior;
Aconselhamento postural para realização das tarefas de vida diária.
TRATAMENTO
ELETROTERAPIA
Diatermia por Ondas Curtas 
Alívio da dor: Scott (2003), diz que o calor é frequentemente utilizado para o alívio da dor em diversos distúrbios e que na maioria dos casos a diminuição da dor se dá por redução do espasmo muscular e que a estimulação na região do pescoço resulta em aumento no relaxamento muscular. Para LOW & REED (2001), boa parte do aquecimento terapêutico ocorre na pele, portanto, pode-se dizer que, os principais efeitos no alívio da dor são primariamente reflexos quando se trata de estruturas subcutâneas, logo, a estimulação dos receptores sensoriais de calor pode ativar o mecanismo de comporta da dor. As alterações vasculares também podem contribuir para a redução da dor local, pois com o aumento do fluxo sangüíneo pode-se drenar parte dos metabólitos causadores de dor que resultam de lesão tissular. Outro mecanismo para redução da dor, inclui a redução do espasmo muscular.
TRATAMENTO
TENS
É um recurso fisioterápico amplamente utilizado no alívio sintomático da dor. Ela é utilizada para estimular as fibras nervosas que transmitem sinais ao encéfalo, interpretados
pelo tálamo como dor. Os impulsos transmitidos de forma transcutânea estimulam as fibras A, mielinizadas, transmissoras de informações ascendentes proprioceptivas. A base do efeito da TENS se dá conforme a “Teoria das Comportas”, postulada por Melzack e Wall, em 1965, e a superestimulação das fibras tipo A promove o bloqueio da entrada do estímulo pelas fibras tipo C nas comportas do corno posterior da medula espinhal, na substância gelatinosa e nas células de transmissão (células T).
TRATAMENTO
A TENS é eficaz no tratamento da dor aguda; em casos de dor crônica, a maioria dos trabalhos avaliou apenas a intensidade da dor e não a atividade funcional e a sociabilidade dos pacientes há entretanto, poucos trabalhos sobre o seu uso a longo prazo. É eficaz no tratamento da dor aguda; em casos de dor crônica, a maioria dos trabalhos avaliou apenas a intensidade da dor e não a atividade funcional e a sociabilidade dos pacientes há entretanto, poucos trabalhos sobre o seu uso a longo prazo.
(GESH, 1985)
ARTIGO
ARTIGO
INTRODUÇÃO
A cervicobraquialgia se caracteriza pela dor na coluna cervical, que irradia para os ombros, braços, antebraços e mãos, podendo ser causadas por traumas, hérnias de disco, má formação congênita, ou por osteoartrose, sendo bilateral ou unilateral. 
Dentro de todos os métodos e técnicas de tratamento fisioterapêutico, a terapia manual foi à técnica escolhida neste estudo, e por ser uma área que vem conquistando cada vez mais o seu espaço na fisioterapia devido à eficácia no tratamento e por ter resultados imediatos.
ARTIGO
METODOLOGIA
O objetivo desse estudo é modular a dor e restabelecer a mobilidade articular acessória e fisiológica. Foi realizado um estudo do tipo caso controle em pacientes atendidos na Clinica de Fisioterapia do Centro Universitário Lusíada na cidade de Santos – SP. Para a coleta de dados foi usado uma fixa de avaliação da coluna cervical. Foram avaliados 4 pacientes, onde foi dividido em coluna caso e coluna controle.
 A coluna caso será submetida a dez sessões de terapia, usando a técnica de mobilização articular e a coluna controle apenas recebera duas avaliações, sendo, a primeira no mesmo dia da avaliação da coluna caso, e a avaliação final da coluna controle será realizada no mesmo dia da décima sessão de terapia da coluna caso.
ARTIGO
METODOLOGIA
Critérios de inclusão: Paciente com diagnóstico médico e fisioterapêutico de cervicobraquialgia unilateral; Teste de Jackson positivo; Paciente deve assinar o termo de consentimento livre e esclarecido; Sexo masculino e feminino e Idade de 40 a 75 anos. 
Critérios de exclusão: Teste de Adson deverá ser negativo; Teste de Jackson negativo; Não ter assinado o termo de consentimento livre e esclarecido; Paciente com distúrbio neurológico e ou psicológico; Abaixo de 40 anos e tumores na coluna cervical. 
ARTIGO
RESULTADOS
ARTIGO
RESULTADOS
Foi encontrada significância de p< 0.05. MARINZECK et al., 2005 e PEZOLATO et al., 2009, afirmam que a (MV) resulta em uma produção de analgesia, ainda que os mecanismos pelos quais isso acontece não são totalmente compreendidos. 
O modelo mais aceito é que a analgesia induzida pela mobilização seja uma resposta neurofisiológica específica ao estímulo de tratamento produzido pelos sistemas descendente inibidores da dor. Segundo DEEG, 201, a interação entre a percepção da dor e a função autonômica oferece uma confirmação indireta de que a mobilização vertebral provê de um estímulo adequado para se ativar os sintomas inibitórios da dor descendente que se projeta do mesencéfalo.
ARTIGO
DISCUSSÃO
FRANÇA et al., 2005 diz que as mobilizações articulares grau II e III promovem analgesia, pois estes movimentos agem nos mecanoceptores da articulação, que vão estimular grandes fibras sensoriais que deprimem a transmissão dos sinais dolorosos. Estes estudos revelam efeitos analgésicos paralelamente ao aumento da atividade nervosa simpática. 
Diversos estudos demonstraram que a aplicação da técnica (PVPAC) tiveram significância estatísticas tanto nos casos de melhora da dor como melhora ou ganho da Amplitude de Movimento (ADM).
ARTIGO
DISCUSSÃO
O objetivo mecânico principal da terapia manual é restaurar movimentos acessórios limitados e prevenir as complicações associadas com o desuso articular. No presente estudo podemos mostrar que a aplicação da técnica (PVPAC) resultou em melhoras significativas em vários planos de movimento, sendo ela a flexão, extensão e rotação para a direita e a esquerda. 
Para PHILLIPS, 2002; PEZOLATO et al.,2009; SNODGRASS et al., 2010, a mobilização articular é uma forma de intervenção manual pode ser usada para restabelecer a mobilidade articular acessória e fisiológica do indivíduo. 
ARTIGO
CONCLUSÃO
Neste estudo foi concluído que a utilização da técnica de (PVPAC) teve resultados significativos no tratamento de pacientes com cervicobraquialgia, em relação as variável dor e ADM. Podemos observar que a aplicação de técnicas de terapia manual tem eficácia, mesmo sendo a sua aplicação em poucas sessões. 
Para isto sugerimos que novos estudos sejam feitos, pois a aplicação isolada da técnica (PVPAC) não foi encontrada para uma comparação de dados, apenas estudos onde esta associada varia técnicas de terapia manua

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