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Direito Econômico 
[Ano] 
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2 
 
Unidade: Colocar o nome da unidade aqui 
 
Unidade: Os Instrumentos de Regulação 
Econômica e as Agências Reguladoras 
 
 
 
Os Instrumentos de Regulação Econômica e as Agências 
Reguladoras 
MATERIAL TEÓRICO 
 
 
 
 
Revisão de Conteúdo: 
Prof Ms Reinaldo Zychan 
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Unidade: Os Instrumentos de Regulação 
Econômica e as Agências Reguladoras 
 
1. Objetivos da aula: 
 
 
 
 
 
 
2. Introdução 
 
Como vimos anteriormente, o perfil constitucional das atividades 
econômicas realizadas pelo Estado apresenta as seguintes características: 
 o Estado tem como uma de suas principais funções a prestação de 
serviços públicos; 
 os serviços públicos podem ser realizados diretamente pelo Estado ou 
executados por particulares contratados; 
 a intervenção direta do Estado no domínio econômico somente é 
admitida de forma excepcional, estando condicionada aos seguintes 
requisitos: 
 essa intervenção direta deve ocorrer em razão de imperativos da 
segurança nacional ou quando houver relevante interesse 
coletivo; 
 deve essa atuação ocorrer em conformidade com o estabelecido 
em lei. 
 na intervenção indireta o Estado atua como agente normatizador e 
regulador da atividade econômica. 
 
Com a Constituição Federal de 1988 o Estado se afastou da intervenção 
direta na atividade econômica, bem como passa a contratar de uma forma mais 
intensaparticulares para a prestação de diversos serviços públicos. 
Prezado Aluno, já estamos na Unidade III, e nesta 
nova etapa estudaremos: os Instrumentos de 
regulação econômica, bem como o seus princípios; 
as Agências Reguladoras e as atividades 
reguladoras do Estado. 
Então, vamos à aula! 
amanda.juliana
Realce
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Unidade: Os Instrumentos de Regulação 
Econômica e as Agências Reguladoras 
 
 
 
 
Essa modificação do perfil estatal na economia, buscando se aproximar 
do chamado “Estado Mínimo”, é acompanhada da necessidade de incremento 
das atividades regulatórias. 
Seem relevantes setores econômicos ocorreu a substituição da direta 
execução de atividades pelo Poder Público pela execução realizada por 
empresas privadas foi necessário que o Estado se estruturasse para garantir 
que produtos e serviços fossem disponibilizados com adequação e qualidade à 
sociedade. 
Isso implicou na necessidade de se fortalecer os mecanismos 
regulatórios da economia, sendo que importante passo foi dado com a criação 
de diversas agências reguladoras. 
Antes de falarmos sobre as agências reguladoras é necessário que 
conheçamos os princípios que regem a atividade de regulação. 
 
3. Princípios da Regulação 
 
Segundo Eugênio Rosa de Araújo1, a regulação econômica se 
desenvolve sob os seguintes princípios: 
 Mercado regulado para a competição. 
 Criação de agências setoriais, dotadas de autonomia e especialização. 
 Atenção aos monopólios naturais. 
 Ambiente de transição, cabendo ao Estado supervisionar o poder de 
mercado dos operadores e organizar a entrada de novos operadores. 
 Zelar pela implantação de um novo modelo organizacional, arbitrar 
conflitos e completar o processo de regulação normativa. 
 Garantia de interesse público. 
 
1
 Direito Econômico. Pág. 91. Editora Impetus. Rio de Janeiro. 2010. 
A modificação da atuação estatal na esfera econômica se 
acentuoucom diversas Emendas Constitucionais promulgadas 
nas décadas de 1990 e 2000, as quais objetivaram avançar 
nas reformas estruturais do Estado, procurando implementar 
um modelo gerencial e descentralizado. 
 
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Unidade: Os Instrumentos de Regulação 
Econômica e as Agências Reguladoras 
Assim, os órgãos reguladores têm a função de regular os diversos 
segmentos do mercado e também serviços públicos, protegendo o consumidor, 
garantindo a livre escolha, o abastecimento (garantia de oferta dos serviços) e 
preços acessíveis. 
A regulação insere-se em um panorama em que, embora haja 
exploração por particulares, existem mercados imperfeitamente competitivos, 
geralmente monopolizados ou oligopolizados, razão pela qual deve o Poder 
Público atuar para que se viabilize o bem-estar econômico do consumidor. 
Para que a regulação ocorra, além dos princípios acima mencionados, 
deve essa atividade se pautar pelos seguintes: 
 PRINCÍPIO DO ACESSO NECESSÁRIO: refere-se às relações entre 
concorrentes, evoca as ponderações relativas à liberdade de iniciativa e 
ao direito concorrencial e o acesso dos consumidores aos bens e 
serviços; 
 FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE: a restrição da propriedade 
absoluta por meio do princípio da função social da propriedade busca 
uma maior concorrência em benefício da coletividade; 
 INTERVENÇÃO ASSIMÉTRICA: garante o funcionamento do mercado 
por meio do oferecimento de condições semelhante às de empresas 
preexistentes aos entrantes em um determinado mercado. 
 
4. Agências Reguladoras 
 
4.1. Introdução e Histórico 
A origem das agências reguladoras remonta à criação, no Parlamento 
Inglês, de entes autônomos para aplicar as leis e dirimir conflitos a partir do ano 
de 1834. 
No Brasil, ocorreu a criação de várias agências reguladoras nas décadas 
de 1990 e 2000, em razão das privatizações que ocorreram no período. 
 
 
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Unidade: Os Instrumentos de Regulação 
Econômica e as Agências Reguladoras 
 
 
 
 
 
 
Quando da promulgação da Constituição de 1988 já havia disposições 
sobrea descentralização das atividades e exploração por entes particulares, 
mas a cessão de serviços públicos foi tratada posteriormente por meio das 
Emendas Constitucionais. 
[...] por meio das agências reguladoras, os serviços que tinham 
antes natureza pública são passados para a iniciativa privada, 
não de modo definitivo, mas através da concessão das 
atividades. Assim, a partir do momento em que ocorre a 
concessão, a responsabilidade do Estado passa a ser a de 
regular e fiscalizar o fornecimento desses serviços essenciais à 
população. (DOMINGUES, 2005, p. 167). 
Há duas vertentes justificadoras da realização da privatização dos 
serviços: 
 
a) JUSTIFICATIVAS ESTRUTURAIS: 
 Defesa da livre iniciativa; 
 Eficiência decorrente da atuação pautada nos parâmetros do 
mercado; 
 Modificação de setores estratégicos de exploração; 
 Fortalecimento do setor privado; 
 Evitar que o Estado atue em setores que deveriam ser restritos à 
iniciativa privada, o que poderia causar o desestímulo dos 
investimentos privados. 
 
 
Na realidade mesmo antes das privatizações ocorridas 
em nosso país já existiam agências reguladoras, podendo ser 
mencionadas, dentre outras o Banco Central do Brasil e a 
Comissão de Valores Mobiliários. 
No mencionado período, além da criação de 
diversas agências reguladoras, foi estabelecido um novo 
padrãopara as pessoas jurídicas de direito público interno 
que iriam atuar na atividade regulatória desenvolvida pelo 
Estado. 
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Unidade: Os Instrumentos de Regulação 
Econômica e as Agências Reguladoras 
b) JUSTIFICATIVAS CONJUNTURAIS: 
 Credibilidade política, com vistas a atrair investimentos estrangeiros; 
 Abatimento da dívida pública; 
 Atuação de acordo com as limitações do orçamento público; 
 Efeitos na economia, como o fortalecimento do mercado decapitais. 
 
4.2. CONCEITO DE AGÊNCIAS REGULADORAS 
 
Embora inexista um conceito único formulado pela doutrina, podemos 
destacar o formulado por Chacon, para quem "as agências reguladoras são 
órgãos criados pelo Governo para regular e fiscalizar os serviços prestados por 
empresas privadas que atuam na prestação de serviços, que em sua essência 
seriam públicos" (apud DOMINGUES, 2005, p. 174). 
 
4.3. CARACTERÍSTICAS DAS AGÊNCIAS REGULADORAS 
 
Muito embora não tenha sido instituída uma “lei geral sobre as agências” 
e uma enumeração normativa específica sobre suas características, o que se 
observa é que cada agência reguladora é instituída por uma lei específica, 
sendo que nela são encontradas suas características principais. 
Embora haja essa falta de unicidade na legislação, a doutrina aponta 
uma série de características na estruturação normativa dessas agências, razão 
pela qual precisamos conhecê-las. 
Deve, contudo, ser destacado que essas características não precisam 
estar presentes em todas as agências reguladoras. 
De todas as agências reguladoras somente a Agência Nacional 
de Telecomunicações – ANATEL – e a Agência Nacional do 
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis– ANP – possuem 
previsão constitucional expressa, muito embora não haja 
menção a seus nomes. Em ambos os casos as disposições 
constitucionais se referem a um “órgão regulador” desses 
setores econômicos. 
A previsão constitucional dessas agências se encontra no artigo 
21, inc. XI, para a ANATEL e no artigo 177, § 2º, inc. III, para a 
ANP. 
 
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Econômica e as Agências Reguladoras 
 
4.3.1. ESTRUTURA JURÍDICA E AUTONOMIA 
Embora essa não seja uma característica obrigatória, todas as agências 
reguladoras foram criadas como autarquias de regime especial. 
 
 
 
 
 
 
Diversamente do que ocorre com as demais autarquias, as chamadas 
autarquias de regime especial possuem, nos termos das leis que as criou, 
características próprias, as quais, normalmente, lhe conferem maior 
independência de atuação em relação ao Poder Executivo. 
No caso específico das agências reguladoras, a autonomia é uma 
característica que objetiva: 
 dotá-las de um padrão técnico de atuação em suas respectivas áreas; 
 buscar uma maior imparcialidade no desenvolvimento de suas 
atividades, afastando, tanto quanto possível, ingerências político-
partidárias. 
Um dos fatores mais importantes para que a agência reguladora mantenha a 
sua autonomia é a estabilidade de seus dirigentes, conforme estabelece o 
artigo 9º da Lei n.º 9.986/00, cuja redação é a seguinte: 
 
Art. 9º Os Conselheiros e os Diretores somente perderão o 
mandato em caso de renúncia, de condenação judicial 
transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar. 
Parágrafo único. A lei de criação da Agência poderá prever 
outras condições para a perda do mandato. 
Conforme define o Decreto-lei n.º 200/67, autarquia é “o serviço 
autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio 
e receita próprios, para executar atividades típicas da 
Administração Pública, que requeiram, para seu melhor 
funcionamento, gestão administrativa e financeira 
descentralizada” – inc. I do artigo 5º. 
As autarquias são dotadas de personalidade jurídica própria, 
integrando a chamada Administração Indireta, estando 
vinculadas (e não subordinadas) a algum órgão público 
(Ministério, Secretaria, etc.). 
 
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Além disso, a nomeação dos dirigentes das agências reguladoras, 
conforme o estabelecido noartigo 5º da Lei n.º 9.986/00, não ocorre por mero 
ato do Poder Executivo, visto que se faz necessária a aprovação do indicado 
pelo Senado Federal, após arguição pública e por voto secreto (artigo 52, 
inciso III, alínea “f”, da Constituição Federal). 
Observe o esquema abaixo que sintetiza esse processo de escolha e 
nomeação: 
INDICAÇÃO DE UM NOME PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
REMESSA DA INDICAÇÃO AO SENADO FEDERAL
ARGUIÇÃO PÚBLICA PELO SENADO FEDERAL
VOTAÇÃO SECRETA SOBRE A INDICAÇÃO
EM CASO DE 
APROVAÇÃO
NOMEAÇÃO 
PELO 
PRESIDENTE 
DA REPÚBLICA
EM CASO DE 
REPROVAÇÃO
PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA 
DEVE FAZER 
OUTRA 
INDICAÇÃO E 
SUBMETÊ-LA AO 
SENADO 
FEDERAL
 
Lei n.º 9.986/00 
 
Art. 5º O Presidente ou o Diretor-Geral ou o Diretor-Presidente 
(CD I) e os demais membros do Conselho Diretor ou da 
Diretoria (CD II) serão brasileiros, de reputação ilibada, 
formação universitária e elevado conceito no campo de 
especialidade dos cargos para os quais serão nomeados, 
devendo ser escolhidos pelo Presidente da República e por ele 
nomeados, após aprovação pelo Senado Federal, nos termos 
da alínea f do inciso III do art. 52 da Constituição Federal. 
Parágrafo único. O Presidente ou o Diretor-Geral ou o Diretor-
Presidente será nomeado pelo Presidente da República dentre 
os integrantes do Conselho Diretor ou da Diretoria, 
respectivamente, e investido na função pelo prazo fixado no ato 
de nomeação. 
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Unidade: Os Instrumentos de Regulação 
Econômica e as Agências Reguladoras 
Os Conselheiros e Diretores das agências reguladoras possuem 
mandato cuja duração é estabelecida na lei que criou essa autarquia especial 
(artigo 6º da Lei n.º 9.986/00). 
Essa autonomia das agências reguladoras não deve, contudo, 
possibilitar uma exagerada e perniciosa aproximação das grandes e poderosas 
empresas privadas que atuam naquele específico setor. Assim, buscando 
minimizar a possibilidade do chamado risco de captura(ou simplesmente 
captura), estabeleceu o legislador alguns mecanismos aplicáveis aos 
dirigentes das agências reguladoras, sendo que o mais notório a exigência da 
“quarentena” para seus ex-dirigentes. 
 
 
 
 
 
A “quarentena” impede que um ex-dirigente exerça qualquer serviço ou 
atividade no setor regulado pela agência a que estava vinculado antes de 
passados quatro meses, contados do término de seu mandato ou do ato de sua 
exoneração. A desobediência a essa norma implica em sanções 
administrativas, civis e penais. 
 
Lei n.º 9.986/00 
Art.8ºO ex-dirigente fica impedido para o exercício de 
atividades ou de prestar qualquer serviço no setor 
regulado pela respectiva agência, por um período de 
quatro meses, contados da exoneração ou do término do 
seu mandato. 
§ 1º Inclui-se no períodoa que se refere o caput eventuais 
períodos de férias não gozadas. 
§2ºDurante o impedimento, o ex-dirigente ficará vinculado à 
agência, fazendo jus a remuneração compensatória 
equivalente à do cargo de direção que exerceu e aos 
benefícios a ele inerentes. 
A captura se caracteriza por ser uma situação na qual o 
dirigente da agência reguladora, seduzido pelo poder 
econômico das empresas do setor regulado, de forma 
injustificada, passa a favorecer esses agentes econômicos, 
em detrimento dos aspectos técnicos e do interesse público 
que deve pautar sua atuação, trazendo evidentes prejuízos 
para o Estado e para os consumidores. 
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Unidade: Os Instrumentos de Regulação 
Econômica e as Agências Reguladoras 
§ 3ºAplica-se o disposto neste artigo ao ex-dirigente exonerado 
a pedido, se este já tiver cumprido pelo menos seis meses do 
seu mandato. 
§4ºIncorre na prática de crime de advocacia administrativa, 
sujeitando-se às penas da lei, o ex-dirigente que violar o 
impedimento previsto neste artigo, sem prejuízo das 
demais sanções cabíveis, administrativas e civis. 
§ 5ºNa hipótese de o ex-dirigente ser servidor público, poderá 
ele optar pela aplicação do disposto no § 2º, ou pelo retorno ao 
desempenho das funções de seu cargo efetivo ou emprego 
público, desde que não haja conflito de interesse. 
 
Além de prevista na Lei n.º 9.986/00, a “quarentena” também está estabelecida 
em algumas das leis que criaram agências reguladoras, sendo que estas normas 
podem estabelecer regramento específico. Como exemplos dessa situação podem 
ser mencionadas as seguintes leis: 
 Lei n.º 9.427/96, que criou a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL 
– art. 9º: estabelece um prazo de “quarentena” de doze meses. 
 Lei n.º 9.472/97, que criou a Agência Nacional de Telecomunicações – 
ANATEL – art. 30: veda que um ex-conselheiro represente qualquer pessoa ou 
interesse perante a agência. 
 Lei n.º 9.478/97, que criou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e 
Biocombustíveis– ANP - art. 14: estabelece que a “quarentena” é de doze 
meses. 
 Lei n.º 9.961/00, que criou a Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS 
– art. 9º: também estabelece a “quarentena” de doze meses. 
 
4.3.2. EXERCÍCIO DA FUNÇÃO REGULATÓRIA 
Cada agência reguladora atua em um específico setor da atividade 
econômica, sendo que essa sua destinação se encontra expressa na lei que 
criou cada uma dessas autarquias especiais. 
Cada agência reguladora, em sua específica área de atuação, pode: 
 editar normas que objetivem estabelecer parâmetros para o exercício da 
atividade econômica daquele setor de sua competência; 
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Unidade: Os Instrumentos de Regulação 
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 resolver litígios que se formem entre os interessados na atividade que é 
objeto da regulação, sendo garantido que, eventuais divergências, 
possam também serem levadas ao Poder Judiciário; 
 aplicar sanções em razão do descumprimento de regras e princípios 
relacionados com a atividade regulatória de sua atribuição. 
 
4.3.3. PODER NORMATIVO 
Um dos pontos mais polêmicos sobre as agências reguladoras se refere à 
função normativa por elas exercida. 
A polêmica está atrelada aos seguintes fatores: 
 elas não podem atuar no campo normativo destinado à edição de leis, 
que é uma espécie de ato normativo primário capaz de estabelecer 
deveres e obrigações (artigo 5º, inciso II, da Constituição Federal); 
 havendo a impossibilidade de edição de atos normativos primários, a 
atuação normativa das agências reguladoras depende de expressa 
delegação ou autorização estabelecida em lei, particularmente no que se 
refere à sua área de competência e os limites do exercício de seu 
exercício; 
 todos os atos normativos editados pelas agências reguladoras estão 
sujeitos ao controle dos Poderes Legislativo e Judiciário. 
O controle realizado pelo Poder Legislativo nos atos normativos das 
agências reguladoras está inserido no texto constitucional nos incisos V e X do 
artigo 49, cuja redação é a seguinte: 
 
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: 
[...] 
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que 
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação 
legislativa; 
[...] 
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas 
Casas, os atos do Poder Executivo, acrescentados os da 
administração indireta; 
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Unidade: Os Instrumentos de Regulação 
Econômica e as Agências Reguladoras 
Como pode ser observado, esse controle pode ser realizado em todos 
os atos editados pelo Poder Executivo, não se restringindo àqueles originados 
das agências reguladoras. 
Dessa forma, por exemplo, se uma agência reguladora ao editar um ato 
normativo ingressar no campo constitucionalmente reservado às leis poderá o 
Congresso Nacional, por meio de um decreto legislativo, realizar o controle 
dessa norma indevidamente editada sustando seus efeitos. 
 
 
 
 
4.3.4. CONTROLE DAS AGÊNCIAS REGULADORAS 
Além do controle dos atos normativos realizados pelos Poderes 
Legislativos e Judiciário é importante destacar que as agências reguladoras 
estão sujeitas ao controle de gestão realizado por diversos órgãos públicos, 
tais como os Tribunais de Contas e Ministério Público. 
Deve ser ainda acrescentado que em diversas leis que criaram as 
agências reguladoras há expressa determinação para que elas estejam abertas 
para a participação popular em suas atuações. 
Essa participação popular se faz, em especial, por meio da realização de 
audiências e consultas públicas, particularmente, quando a edição de seus 
atos normativos possam acarretar consequências para os usuários daquele 
específico setor da economia. 
Como exemplos dessa situação, podemos mencionar as seguintes 
normas: 
Lei n.º 9.472/97 – que criou a ANATEL: 
Art. 42. As minutas de atos normativos serão submetidas à 
consulta pública, formalizada por publicação no Diário Oficial 
da União, devendo as críticas e sugestões merecer exame e 
permanecer à disposição do público na Biblioteca. 
Decreto Legislativo é uma espécie de ato normativo de 
competência exclusiva do Congresso Nacional utilizado para 
veicular os assuntos expressamente mencionados no artigo 49 e 
no § 3º do artigo 62 da Constituição Federal. 
 
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Unidade: Os Instrumentos de Regulação 
Econômica e as Agências Reguladoras 
Nesta unidade nós estudamos os instrumentos de regulação econômica 
no país e o papel desempenhado pelas agências reguladoras. 
 
Lei n.º 9.478/97 – que criou a ANP: 
Art. 19. As iniciativas de projetos de lei ou de alteração de 
normas administrativas que impliquem afetação de direito dos 
agentes econômicos ou de consumidores e usuários de bens e 
serviços das indústrias de petróleo, de gás natural ou de 
biocombustíveis serão precedidas de audiência pública 
convocada e dirigida pela ANP. 
 
4.4. PRINCIPAIS AGÊNCIASREGULADORAS 
 
 Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, instituída pela Lei 
n.º 9.782/90; 
 Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, instituída pela Lei n.º 
9.427/96; 
 Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL, instituída pela 
Lei n.º 9.472/97; 
 Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP, 
instituída pela Lei n.º 9.478/97; 
 Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, instituída pela Lei n.º 
9.961/00; 
 Agência Nacional de Águas – ANA, instituída pela Lei n.º 9.984/00; 
 Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, instituída pela 
Lei n.º 10.233/01; 
 Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ, instituída 
pela Lei n.º 10.233/01; 
 Agência Nacional do Cinema – ANCINE, instituída pela Medida 
Provisória n.º 2.228/01; 
 Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC, instituída pela Lei n.º 
11.182/05. 
 
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Unidade: Os Instrumentos de Regulação 
Econômica e as Agências Reguladoras 
 Anotações 
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Unidade: Colocar o nome da unidade aqui 
 
Unidade: Os Instrumentos de Regulação 
Econômica e as Agências Reguladoras 
Referências 
 
ARAGÃO, A. S. Agências Reguladoras e a Evolução do Direito Administrativo 
Econômico.Revista dos Tribunais. 2. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais 
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ARAÚJO, E. R. Resumo de Direito Econômico. São Paulo: Impetus, 2010. 
DOMINGUES; J. O.; GABA, E. M. Direito Antitruste: O Combate aos Cartéis. 
São Paulo: Saraiva, 2009. 
FIGUEIREDO, L; V. Direito Econômico. Rio de Janeiro:Editora Gen, 2011. 
GRAU, E. R. A ordem econômica na Constituição de 1988. 12. ed. São 
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SILVA, J. A.Curso de Direito Constitucional Positivo. 33. ed. São Paulo: 
Malheiros,2010. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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