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TRABALHO DE PEDICULOSE

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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
CURSO: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Ketty Regina dos Santos Gomes
PEDICULOSE
São Gonçalo
2015
Ketty Regina dos Santos Gomes
PEDICULOSE
 Projeto apresentado á Disciplina de Vivência e
 Prática do Ensino de Ciências Naturais e da Saúde do curso de Ciências Biológicas da
 Salgado de Oliveira – UNIVERSO, como parte
 do requisito para conclusão do curso
 Orientador: Prof.ª Marcia Oliveira da Silva
 Mestre em Educação
	
São Gonçalo
2015 
INTRODUÇÃO
 O Pediculus humanus capitis, ou mais popularmente piolho, desenvolve o seu ciclo de vida no ser humano, se alimentando de sangue. Este ectoparasita causa a pediculose, uma doença que na maioria das vezes aparece na infância. A doença causa coceira no couro cabeludo, podendo evoluir para um quadro de infecção bacteriana, micose (fungos) e casos mais graves com miíases (desenvolvimento de larvas de moscas nas ulcerações). 
 A infestação no homem pode ocorrer por três espécies da família pediculidae: P. humanus linnanus (piolho do corpo), P. capitis (piolho da cabeça) e P. púbis (piolho pubiano). Pela morfologia as espécies podem ser separadas em tamanho, cor e proporção de determinadas estruturas corporais. O habitat é a principal diferença entre as três espécies. O piolho de cabeça deposita os ovos junto a base dos cabelos, o do corpo, nas dobras internas das vestes e o P. púbis na região pubiana. 
 O ciclo de vida destes ectoparasitas passa pelas seguintes fases: ovo, ninfa e adultos. As fêmeas adultas do Pediculos capitis medem aproximadamente 2,7 mm de comprimento e os machos tem 2,4mm. São ápteros em todo seu desenvolvimento. Todo o ciclo de vida ocorre em 3 semanas e as fêmeas podem viver de 3 a 4 semanas e ovipõem +/- 10 ovos por dia. 
 A pediculose é um problema que acontece em toda a população mundial, com prevalência em crianças. Com relatos do P. humanus capitis encontrado em múmias séculos atrás (BARBOSA; PINTO, 2003).
 A criança com piolho tem sua auto-estima diminuída e o rendimento escolar é comprometido. A forma de transmissão é pelo contato direto, em brincadeiras e atividades em grupo, em que o parasita passa de uma criança a outra. No Brasil as crianças de 1° a 4° série do ensino fundamental são as mais afetadas tornando-se um problema de saúde pública. 
 Na faixa etária entre 7 a 11 anos, as crianças estão em fase de transformação e não possuem muitas noções de higiene, principalmente as meninas, que compartilham pentes de cabelo, toucas e prendedores de cabelo, que podem ser objetos (fômites) na transmissão do parasita. Geralmente os pais trabalham fora de casa e não tem tempo para examinar a cabeça de seus filhos e identificar a presença de piolho. Somando a isto, a falta de informação correta para tratar a infestação. A partir destas informações consideramos a importância dessa pesquisa. 
 Este estudo consiste em pesquisar o conhecimento dos professores das escolas municipais de ensino fundamental da cidade de Machado sobre pediculose. Surge então o seguinte questionamento: Como os professores estão orientando pais e alunos, sobre como combater a pediculose? 
 Objetivou-se elaborar um instrumento de pesquisa de dados para avaliação do nível de informações e conhecimentos dos professores das séries iniciais do ensino fundamental em relação ao tema pediculose. O trabalho também visou despertar uma postura atenta e responsável do público-alvo, pais e professores, frente ao problema proposto, através de pesquisa ação. 
 Tal estudo se justifica, pois o P. humanus pode causar doença de alta prevalência. Para minimizar isso, existem várias propostas de intervenção, entretanto muitas delas são ineficazes. A implementação de um projeto educacional que envolva a comunidade e os profissionais da educação é de suma importância, pois amenizará o problema nas escolas. 
 Os piolhos são antigos companheiros nossos. E as infestações vêm atingindo o homem há milhares de anos em todas as partes do mundo. Foram encontrados em múmias egípcias de 3.000 anos a.C., em pentes da época de Cristo encontrados nos desertos de Israel e em múmias do Peru pré-colombiano.
 Depois das populações de piolhos diminuírem relativamente nos anos ’40, notou-se um aumento em todo o mundo a partir de meados dos anos ’60.
 O piolho humano pode ser encontrado em qualquer região climática do mundo e infestar as pessoas de todas as raças, cor ou nível social. Nos países pobres as crianças são muito infestadas. Mas também em países como os Estados Unidos e Israel, por exemplo, as infestações são também altas, atingindo entre 15 a 20% das crianças anualmente.
PEDICULOSE (piolho)
O QUE É?
O nome do inseto e sua história
 Dá-se o nome de pediculose à infestação causada por um inseto cujo nome científico é Pediculus humanus. Esse nome é em latim. Assim, Pediculus corresponde ao gênero, e humanus (começando com letra minúscula mesmo), corresponde a uma espécie desse gênero. Os cientistas demonstram que na verdade existem duas subespécies (ou raças, variedades) de piolhos. Uma delas, é a subespécie que só freqüenta a cabeça do ser humano, e é chamada de Pediculus capitis (PC), e a outra, menos comum no Brasil e mais comum na Europa, é o Pediculus humanus (PH). 
 Os piolhos são antigos companheiros nossos. E as infestações vêm atingindo o homem há milhares de anos em todas as partes do mundo. Foram encontrados em múmias egípcias de 3.000 anos a.C., em pentes da época de Cristo encontrados nos desertos de Israel e em múmias do Peru pré-colombiano. 
 Depois das populações de piolhos diminuírem relativamente nos anos ’40, notou-um aumento em todo o mundo a partir de meados dos anos ‘60
 O piolho humano pode ser encontrado em qualquer região climática do mundo e infestar as pessoas de todas as raças, cor ou nível social. Nos países pobres as crianças são muito infestadas. Mas também em países como os Estados Unidos e Israel, por exemplo, as infestações são também altas, atingindo entre 15 a 20% das crianças anualmente.
O problema: 
 No passado, os piolhos (do corpo) foram uma das mais importantes causas de mortalidade humana, pois transmitiam uma doença terrível, causada por um tipo de bactéria. O TIFO. Morreram até hoje mais seres humanos por doenças transmitidas por insetos do que por qualquer outra causa. Exemplos são a malária, causada por um protozoário e transmitida pelos mosquitos Anopheles, a peste bubônica, causada por bactéria e transmitida por pulgas e o tifo, cujo agente causador é um tipo de bactéria transmitida pelos piolhos do corpo. 
 Felizmente hoje os piolhos são apenas um GRANDE INCÔMODO, pela coceira que acarretam. Prejudicam principalmente as crianças, que não conseguem dormir bem e não podem se concentrar em atividades como aulas, leitura e estudos. Adicionalmente, quando as crianças se coçam com as unhas sujas, provocam feridas na cabeça pela entrada de fungos e bactérias oportunistas. Bem, com a descoberta das vacinas, antibióticos e dos inseticidas ditos ‘maravilhosos’, o ser humano foi perdendo alguns costumes muito importantes. Entre eles, o da CATAÇÃO. Antigamente, os adultos procuravam com freqüência os piolhinhos nas cabeças das crianças. Atualmente, o número de pessoas infestadas por piolhos tem aumentado e isto se deve principalmente à perda daquele hábito rotineiro da catação e penteação, principalmente em crianças de idade escolar. Podemos pensar ainda em outras causas: a aglomeração das pessoas nas grandes cidades; o uso de bonés e tiaras de tecido.... E de qualquer forma, o controle com algunsprodutos químicos já não é mais tão eficiente, pela resistência desenvolvida pelo inseto a esses produtos normalmente utilizados em controle. 
 Um fato interessante. Algumas crianças são muito pouco sensíveis às picadas dos piolhos (sub-sintomáticas ou assintomáticas). Não sentem muita coceira, e acabam tendo grande infestação e servindo de foco de disseminação aos colegas. Outras ao contrário, ficam muito incomodadas quando têm apenas um piolho na cabeça.
A Biologia 
 
 Na nossa cabeça, machos e fêmeas do piolho se encontram para acasalar. É conhecido que uma fêmea de Pediculus humanus capitis pode colocar entre 50 a 250 ovos durante a sua vida adulta, que dura entre 3 a 4 semanas. Esses ovos, também conhecidos por lêndeas, são firmemente colados nos fios de cabelo principalmente próximos às orelhas e a nuca. São ovais e bem aderidos. Não podem ser confundidos facilmente com a caspa
Piolho humano!
 É bom lembrar que outros animais também têm seus piolhinhos (de outras espécies, claro). Assim, desde galinhas, ratos, cachorros e até carneiros hospedam esses insetos hematófagos. Mas lembre-se que eles têm suas próprias espécies de piolhos, bem adaptadas, e que não passam para nós.
 
Quatro espécies de piolhos do BOI e suas lêndeas
MORFOLOGIA 
 São pequenos insetos, sem asas; aparelho bucal picador- sugador. As pernas são fortes e no tarso nota-se uma forte garra que se opõe a um processo na tíbia; esse conjunto (garra e processo tibial) forma uma pinça, com a qual o inseto fica firmemente “abraçado” ao pelo.
 Os ovos são colocados aderidos aos pelos ou as fibras e são conhecidos por lêndeas. Elas são operculadas, de coloração branco-amarela, medindo, aproximadamente, 0,8mm/0,3mm.
 Cabeça alongada, 1 par de antenas curtas, 1 par de olhos simples, aparelho bucal adaptado para picar e sugar sangue. 
CICLO DE VIDA DO PIOLHO DA CABEÇA
 O ciclo de vida do piolho da cabeça tem três estágios: ovo, ninfa e adulto.
Ovos: Lêndeas são ovos de piolhos da cabeça. Eles são difíceis de serem vistos e frequentemente são confundidos com caspa ou partículas de laquê. As lêndeas são postas pela fêmea adulta e são sementadas na base do fio capilar próximo ao couro cabeludo
 .  Elas medem 0,8 mm por 0,3 mm, são ovais e normalmente amarelo-esbranquiçadas. As lêndeas levam cerca de 1 semana para eclodirem (variando de 6 a 9 dias). Os ovos viáveis são normalmente localizados em até 6 mm de distância do couro cabeludo.  Ninfas: Os ovos eclodem para liberar uma ninfa.
 .  A lêndea se envolve pela casca e se torna então um ponto amarelado mais visível que permanece ligada ao fio capilar. A ninfa parece com o piolho adulto, mas é do tamanho de uma cabeça de alfinete de metal. As ninfas maturam após três mudas 
, . E se tornam adultos cerca de 7 dias após a eclosão. Adultos: O piolho adulto tem quase o mesmo tamanho de uma semente de gergelim, tem 6 pernas (com garras em cada uma), e são de cor bronze a cinza-claro
 
Em pessoas de cabelos escuros, o piolho adulto aparece mais escuro. As fêmeas são normalmente maiores que os machos e podem por até 8 lêndeas por dia. O piolho adulto vive até 30 dias em uma pessoa morta. Para sobreviver, o piolho adulto precisa se alimentar de sangue várias vezes ao dia. Sem a alimentação com sangue, o piolho morre dentro de 1 a 2 dias fora do hospedeiro
TRANSMISSÃO
 
 A transmissão da infecção se dá através de contato corporal ou contato com objeto infectado (escovas de cabelo, roupas etc). No caso das roupas, estamos nos referindo também à pediculose do corpo e na relação sexual, à pediculose pubiana. Podem passar de uma pessoa para outra de várias maneiras, mas voando, não. E também não passa ‘pulando’, como pulga. Acredita-se que a principal forma de transmissão dos piolhos de uma pessoa para outra, seja realmente o contato cabeça/cabeça. Outras formas, como compartilhar pentes e escovas, bonés e até o mesmo travesseiro, também podem ser importantes.
CONTROLE 
 
 Infelizmente, médicos e enfermeiras nem sempre estão bem informados sobre essa questão, e são ‘rapidinhos’ em prescrever esse ou aquele produto piolhicida. É importante lembrar que não existe um produto preventivo e nem tão pouco um repelente. E na verdade, o mais importante é a penteação e a catação que as mães fazem quando usam essas fórmulas. Prova disso, é que os produtos de farmácia geralmente vêm acompanhados de um pente fino.
 Evitar o compartilhamento de roupas, toalhas, acessórios de cabelo e outros objetos de uso pessoal. 
CONCLUSÃO:
 A pediculose é um problema contemporâneo e social em que comunidades precisam participar de atitudes preventivas e ações de domínio da infestação. Mais estudos são fundamentais para compreensão do conhecimento de professores e pais a respeito deste tema, bem como suas práticas diante de infestações com o piolho de cabeça.
 A escola como um local de formação e informação é ideal para o desenvolvimento de atividades educativas que tenham o desígnio de evitar o aparecimento e infestação de parasitas, como é o piolho.
 Como um problema de saúde pública de difícil resolução, dele dependem ações de vários setores em diversos níveis. Por isto, é necessário que se desenvolvam estratégias de intervenção que envolvam outros setores da sociedade, além das instituições de ensino, como os serviços de saúde. 
 É esperado que este trabalho estimule os professores a ensinar alunos e pais, a utilizar do pente fino e a catação, evitando assim o uso desordenado de substâncias químicas de combate ao piolho. Acredita-se que este estudo permite auxiliar e recomendar outras medidas de atuação na escola para atenuar o número de infestações. A abordagem educacional abarcando conhecimento, atitude e prática expõem a necessidade do professor ter conhecimento sobre o tema e sua importância como educador e transmissor de atitudes corretas na área de saúde, já que existem tantos mitos que são precisam ser esclarecidos.
REFERÊNCIAS
LINARDI, P.M., et al. Alguns fatores epidemiológicos relativos à infestação humana por pediculus capitis (Anoplura, pediculidae) em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Rev. Bras. Entomol. 1995, 39: 921-29
Teixeira-Palombo CN, Fujimori E. Conhecimentos e práticas de educadoras infantis sobre anemia. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant. 2006 abr/jun; 6(2): 209-16.
BARBOSA, J. V; PINTO, Z. T. Pediculose no Brasil. Entomol. Vect., v. 4, n. 10, p. 579-586, 2003.
http://www.fiocruz.br/bibmang/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=90&sid=106
www.uci-farma.com.br/saude_e_qualidade_de_vidai.i:27
www.sbd.org.br/doenca/pediculose-piolho/