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Aula 8.Água Superficiais e Subterraneas

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16/01/2018
1
Água Superficial e 
Subterrânea
UFRPE
UACSA GEOLOGIA – AULA 8 – Profª Cecilia Lins
Profª. Cecilia Lins
Água
7
A água distribui-se na atmosfera e na parte superficial da crosta
até uma profundidade de aproximadamente 10 km abaixo da
interface atmosfera/crosta, constituindo a hidrosfera.
Hidrosfera - que consiste em uma série de reservatórios como os
oceanos, geleiras, rios, lagos, vapor d’água da atmosfera, água
subterrânea e água contida nos seres vivos.
O constante intercâmbio entre estes reservatórios compreende o
ciclo da água ou ciclo hidrológico, que representa o processo
mais importante da dinâmica externa da Terra.
16/01/2018
2
Água no Planeta
Água doce superficial 0,0101
Água doce subterrânea (a menos de 800 m de profundidade) 0,305
Água doce profunda (a mais de 800 m) 0,3
Água doce solidificada (geleiras) 2,3
Água salgada 97,085
QUADRO 1 - Distribuição global da água (%)
em cursos d'água 0,03
em lagos e lagoas 3,00
96,97
Água doce superficial 
Água doce subterrânea a menos de 800 m de profundidade
QUADRO 2 - Distribuição da água doce disponível (%)
Obs: Água em forma de vapor no ar atmosférico representa apenas 0,001 %. 
4
Água Disponível
A quantidade de água doce disponível para consumo é extremamente
escassa. Estima-se que as águas doces são encontradas nas calotas
(68,9%), geleiras (0,12%), Lagos (0,26%), Pântanos (0,03%) e rios
(0,006%). A quantidade de água disponível, segundo BRAGA (2010) é:
Distribuição da água no planeta Volume (106 km3)
96,5% nos oceanos
1,743% em geleiras e calotas
1338
24,14
1,7% nas camadas subterrâneas 23,4
0,0132% nos lagos e rios
0,05% de umidade no solo
0,0032
0,0012
0,04% em forma de vapor na atmosfera 0,001
0,003% na Biomassa 0,0001
16/01/2018
3
Nos últimos 15 anos a oferta de água limpa no mundo disponível/habitante
diminuiu 40%.
O uso da água na agricultura deverá aumentar nos próximos anos.
Em 20 anos deverá ocorrer uma crise relacionada a disponibilidade de
água.
2,4% no resto do país9,6% na região amazônica
O Brasil possui 12 % da água
doce disponível no mundo
Atende 95% da populaçãoAtende 5% da população
Estima-se que 18% da população mundial não tenha acesso a água tratada 
(ONU, 2008).
Água Disponível
Água de Superfície
7
As águas de superfície, formada pelo conjunto de rios e lagoas,
em seus variados tamanhos, e ainda as massas de gelo e neve
representam uma parcela bem pequena do volume de água do
planeta.
Entretanto, é importante estudar seu comportamento, pois são as
águas de superfície que realizam o trabalho mais intenso de
desgaste das formas de relevo, além dos trabalhos de transporte
e deposição de sedimentos, originando deltas, planícies aluviais,
etc.
O seu aproveitamento permite a geração
de energia elétrica, a abastecimento de
água potável, a irrigação de áreas
agricultáveis, etc... Estando diretamente
relacionado aos vários aspectos de
interesse à Geologia de Engenharia.
(Normalmente objetivo da Hidrologia,
Hidráulica ou Recursos Hídricos).
16/01/2018
4
Água de Subterrânea
7
Á água subterrânea, ou seja, toda água que ocorre em
subsuperfície, é importante para Geologia de Engenharia devido
aos efeitos que sua presença tem nos processos de dinâmica
superficial e na estabilidade das obras de engenharia. Estes
efeitos podem resultar de condições estáticas ou dinâmicas da
água no sobsolo.
Condições estáticas – Situações em que a alteração do volume
ou conteúdo da de água instabiliza o maciço, resultando em
colapsos e recalques.
Nas condições dinâmicas – A força que água exerce durante o
escoamento pode causar instabilidade, alterando as
características de resistência e deformabilidade dos maciços.
Usos da Água
De acorco com a destinação:
 Doméstico: para beber, preparar alimentos, manter a higiene
pessoal e do ambiente domiciliar;
Público: para abastecer escolas, hospitais e outros edifícios
públicos, lavar ruas, irrigas jardins e combater incêndios;
Comercial: para abastecer lojas, bares, restaurantes, escritórios;
 Recreacional: em piscinas
 Agrícola: para a criação de animais, irrigação de plantações,
hidroculturas;
 Industrial: como matéria-prima de processos de transformação,
para resfriamento, etc.
7
A água constitui um dos mais valiosos recursos, sem o qual inexiste qualquer forma de vida 
16/01/2018
5
Estudo das Formas de Ocorrência da 
Água
ÁREAS DE CONHECIMENTO:
 Meteorologia: estudo da água na fase
atmosférica;
 Hidrologia: estudo da água na fase terrestre;
 Oceanografia: estudo da água na fase oceânica.
CICLO HIDROLÓGICOFase atmosférica
Fase terrestre
Fase oceânica
Energia Térmica e Força de Gravidade 3
Ciclo Hidrológico
1
Ciclo hidrológico – sistema pelo qual a natureza faz a água e a umidade
circularem continuamente entre a Crosta e a Atmosfera.
Processo no qual as moléculas de água evaporadas das superfícies líquidas (rios,
lagos, mares e camadas mais externas dos terrenos) voltam na forma de vapor para
a atmosfera, para serem novamente precipitadas (chuva ou neve) através de
condensação.
16/01/2018
6
Fases do Ciclo Hidrológico
1) Evaporação evaporação direta
evaporação da retenção superficial
evaporação das superfícies líquidas
evaporação do solo evapotranspiração
transpiração
2) Precipitação
3) Retenção superficial Interceptação vegetal
Acumulação nas depressões
4) Escoamento superficial Escoamento sub-superficial
Escoamento superficial propriamente dito
6) Infiltração
7) Percolação (lençóis aqüíferos)
8) Condensação 6
Ciclo Hidrológico – fases 
1
Evaporação
Com a irradiação solar sobre as águas superficiais, o ar aquecido ascende,
levando o vapor d’água para a atmosfera, acumulando-se na forma de nuvens .
A maior parte da umidade atmosférica provém da evaporação das águas dos
mares e oceanos, a outra parte é oriunda da evaporação das águas dos cursos
d’água (rios, córregos), lagos, solo e da respiração dos vegetais. Parte da
precipitação que retorna para atmosfera por evaporação direta durante seu
percurso em direção à superfície soma-se ao vapor d’água formado sobre o solo e
aquele liberado pela atividade biológica de organismos, principalmente as plantas,
através da respiração, constituindo o que denominamos de evapotranspiração.
Precipitação atmosférica ou meteórica
Ao atingir o limite de saturação, o vapor d’água presente na atmosfera se
condensa e precipita sobre a superfície dos continentes e oceanos, sob várias
formas de precipitação atmosférica, na forma de gotículas dando origem à chuva
ou transforma-se diretamente em cristais de gelo e estes, por aglutinação, atingem
tamanhos e peso suficientes e precipitam sob a forma de neve ou granizo. Em
regiões de florestas, uma parcela da precipitação pode ser retida sobre folhas e
caules, sofrendo evaporação posteriormente. Este processo é a interceptação.
Com a movimentação das folhas pelo vento, parte da água retida continua seu
trajeto para o solo. A interceptação, portanto, diminui o impacto das gotas de
chuvas sobre o solo, reduzindo sua ação erosiva.
16/01/2018
7
Ciclo Hidrológico – fases 
1
Escoamento Superficial e Infiltração
As precipitações atmosféricas sobre os continentes, nas regiões não geladas, podem
seguir três percursos:
1 – Primeiro, depois de molhar a folhagem dos vegetais e o solo, poderá sofrer
evaporação e retornar à atmosfera.
2 – Segundo, quando a capacidade de absorção de água pela superfície é superada,
poderá sofrer o escoamento superficial impulsionado pela gravidade para zonas mais
baixas. Este escoamento inicia-se através de pequenos filetes de água, efêmeros e
disseminados pela superfície do solo, que convergem para os córregos e rios,
constituindo a rede de drenagem. O escoamento superficial,com raras exceções, tem
como destino final os oceanos. É bom lembrar ainda que parte da água de infiltração
retorna à superfície através de nascentes, alimentando o escamento superficial ou,
através de rotas de fluxo mais profundas e lentas, reaparece diretamente nos oceanos.
3 - Poderá ocorrer a infiltração em subsuperfície, podendo:
- voltar à superfície por capilaridade do solo e ser evaporada;
- ser absorvida pelas raízes dos vegetais e retornar à atmosfera através da
evapotranspiração e
- infiltrar além da zona das raízes dos vegetais, guiada pela força gravitacional, até
chegar a uma zona de saturação de água em subsuperfície, onde abastece o corpo de
água subterrânea.
Ciclo Hidrológico – fases 
1
Esses percursos que as precipitações atmosféricas podem fazer nos continentes
dependem de alguns fatores, tais como: clima, morfologia da superfície, cobertura
vegetal e constituição litológica.
Regiões com forte insolação e baixa precipitação, a evaporação é mais intensa. Regiões
de relevo acidentado, a tendência para o escoamento superficial é imediata, devido à
ação da gravidade. Em terrenos permeáveis (arenosos) predomina a infiltração e em
terrenos impermeáveis (argilosos) o escoamento superficial ou a acumulação com
posterior evaporação. As matas e florestas agem contra o efeito imediato do
escoamento, favorecendo a infiltração e constituindo-se em excelente proteção contra a
erosão do solo. .
Retorno:
Se considerarmos que o ciclo hidrológico começa pelas águas dos oceanos,
temos as seguintes formas de retorno dessas águas aos oceanos:
- Precipitação direta sobre os oceanos;
- Precipitação sobre os cursos d’água que deságuam nos oceanos;
- Escoamento superficial para os cursos d’água e oceanos e
- Descarga de água subterrânea nos cursos d’água e oceanos ,
16/01/2018
8
Ciclo Hidrológico
2
• A água evapora para a atmosfera a partir dos oceanos e uma pequena parte a partir do
continente (rios e lagos);
• O vento transporta esse “vapor d’água” por longas distâncias e estes se condensam em
nuvens que se precipitam como chuva;
• Parte desta chuva cai sobre oceanos completando o ciclo de retorno;
A chuva que cai no continente pode seguir vários caminhos:
• Parte da água que no solo pode infiltrar, se movimentando por canais subterrâneos,
alimentando lagos, rios ou indo diretamente para os oceanos;
• Quando a água se precipita em quantidades acima da capacidade de absorção do solo,
parte desta água escoa superficialmente. O balanço entre a infiltração e o escoamento
superficial depende de diversos fatores como a permeabilidade do solo, o relevo e a
presença de vegetação. Quando maior a permeabilidade do solo, mais plano o relevo e
com a presença de uma cobertura vegetal, maior será a taxa de infiltração; quanto menor a
permeabilidade do solo, mais íngreme o relevo e com vegetação ausente, maior será o
escoamento superficial;
• Parte da água que infiltra ou que escoa superficialmente é absorvida pelas plantas e
retorna para atmosfera através da transpiração;
• Quando a precipitação ocorre em regiões muito frias – regiões de altas latitudes o no topo
de montanhas muito elevadas – a água pode, ao invés de infiltrar ou escoar
superficialmente, congelar e se incorporar ás geleiras e às capas de gelo.
Origem e Distribuição da Água no Subsolo
A precipitação atmosférica sobre a superfície terrestre seguida da infiltração
é a origem de todos os nossos suprimentos de água de subsuperfície.
Delas depende a reposição da quantidade de água retirada do solo por
evaporação e absorção dos vegetais e, da água escoada de níveis mais profundos
através de nascentes e poços.
Infiltração é o processo mais importante de recarga da água no subsolo.
O volume e a velocidade de infiltração dependem de vários fatores: porosidade,
cobertura vegetal, topografia, precipitação, ocupação do solo.
A taxa de infiltração de água no solo depende de muitos fatores, entre os quais:
1) Sua porosidade: A presença de argila no solo diminui sua porosidade, não
permitindo uma grande infiltração.
2) Cobertura vegetal: Um solo coberto por vegetação é mais permeável do que um
solo desmatado.
3) Inclinação do terreno: em declividades acentuadas a água corre mais
rapidamente, diminuindo o tempo de infiltração.
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9
RELACÃO ESCOAMENTO/INFILTRAÇÃO/EVAPORAÇÃO
Não é constante ou equitativa e dependente de vários fatores
considerados em conjunto.
· Permeabilidade – com a existência de poros interligados,
canais e fraturas em rochas ® maior facilidade para a
infiltração em vista da maior permeabilidade;
· Topografia – de acordo com a topografia do terreno; a maior
declividade facilita o escoamento;
· Vegetação – quanto mais densa maior facilidade de
infiltração.
RELACÃO ESCOAMENTO/INFILTRAÇÃO/EVAPORAÇÃO
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RELACÃO ESCOAMENTO/INFILTRAÇÃO/EVAPORAÇÃO
Características da Água Subterrânea
Movimento lento relativamente a águas superficiais:
• Velocidades típicas: 1 m/dia (águas subterrâneas)
1 m/s (águas superficiais)
• Fluxo: água subterrânea laminar
água superficial turbulento
• Recarga muito pequena
Consequências:
i) reserva grande e confiável (imune a variações climáticas de curto e médio
prazos) e naturalmente protegidas contra poluição;
ii) em contrapartida, uma vez poluído pode levar séculos para se auto-
descontaminar através de seus mecanismos de fluxo. Os métodos de
descontaminação artificial são lentos e muito caros. 9
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Vantagens do Uso da Água Subterrânea
Menor impacto a flutuações climáticas (por exemplo: secas
prolongadas);
 São mais protegidas da poluição;
 A captação pode ser próxima da área consumidora, o que
torna mais barato o processo de distribuição;
 Em geral não precisam de nenhum tratamento, o que, além de
ser uma grande vantagem econômica, é melhor para a saúde
humana;
 Permitem um planejamento modular na oferta de água à
população, isto é, mais poços podem ser perfurados à medida
que aumente a necessidade, dispensando grandes
investimentos de capital de uma única vez.
10
Definições e conceitos fundamentais
A crosta terrestre, composta de diferentes rochas, funciona
como um vasto reservatório sunterrâneo para acumuluação e
circulação das águas que nela se infiltram.
As rochas que formam o subsolo da terra contêm
numerosos vazios, chamados de interstícios.
O modo de ocorrência da água do solo nas rochas de uma
determinada área é basicamente influenciado pelas
condições geológicas locais.
Água subterrânea ocorre em formações que contêm
estruturas que permitem o armazenamento e o movimento de
água através delas, chamados:
Aqüíferos, camada, estrato ou lençol aqüífero
10
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12
Definições e conceitos fundamentais
Para melhor compreensão dos fatores que controlam a
ocorrência da água subterrânea, são expostos alguns
conceitos fundamentais.
10
VAZIOS: espaços não ocupados por matéria mineral sólida. São conhecidos
por poros ou interstícios. São extremamente importantes para o estudo de
águas subterrâneas, pois atuam como reservatórios ou condutores da
água.
Classificação: primários e secundários.
· Primários – podem se formar ao mesmo tempo de formação da rocha;
· Secundários – aparecem na rocha posteriormente à sua formação.
Definições e conceitos fundamentais
10
·Vazios Primários 
·Vazios Secundários 
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Definições e conceitos fundamentais
POROSIDADE: propriedade que define em que grau a rocha possui interstícios.
É dependente do arranjo, tamanho, distribuição e grau de compactação das
partículas minerais e podem variar para um mesmo tipo de rocha.
Propriedades
Porosidade (n): É a % de vazios em uma amostra de solo ou
rocha.
n = (Vv / V). 100
Porosidade efetiva (ne): % de vazios que permite o escoamento de
um fluido. Refere-seà quantidade de água que drena apenas pela
ação da gravidade.
Retenção específica (nr): % de vazios que não há escoamento. Refere-
se a quantidade de água que não drena por gravidade, também
chamada capacidade de campo.
n = ne + nr
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14
Processos experimentais -
propriedades das pedras
A porosidade é definida como a razão entre o volume do poro ( Vp) e o 
volume total da rocha ( Vt). O volume total da rocha é constituído pela 
soma do volume do poro e o volume da matriz (fase sólida da rocha). 
Porosidade primária ou deposicional:
é aquela adquirida pela rocha durante
a deposição ou bioconstrução, ou
seja, é originada na formação das
rochas e é caracterizada pelos
espaços aleatórios entre os grãos
agrupados das rochas (porosidade
intergranular), como no caso dos
arenitos ou dos carbonatos (SUGUIO,
1973), como mostra a Figura 1. Porosidade primária do tipo intergranular.
Processos experimentais -
propriedades das pedras
Porosidade secundária ou pós-deposicional: é
adquirida após a diagênese das rochas
reservatórios. Nesse período, essas rochas são
submetidas a esforços mecânicos, podendo
resultar no aparecimento de fraturas ou falhas
(porosidade de fraturas), fraturas essas que
podem aparecer em arenitos, folhelho e
carbonato, como mostra a Figura 2.
Pode ocorrer, ainda, em rochas solúveis,
como os calcários, aonde o material vai se
dissolvendo devido ao ataque de fluidos de
formação (porosidade de condutos ou cárstica),
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Valores aproximados de porosidade e porosidade efetiva
Material Porosidade Porosidade efetiva
 (%) (%)
Argila 45 3
Areia 35 25
Pedregulho 25 22
Pedregulho e areia 20 16
Arenito 15 8
Calcáreo e folhelho 5 2
Quartzito e granito 1 0,5
28
Tipos de Porosidade
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Definições e conceitos fundamentais
PERMEABILIDADE: propriedade de permitir passagem de fluidos através
das rochas (permeáveis). Seu valor dependerá da interligação dos poros,
vazios e fraturas.
Expressa como volume de fluxo por unidade de área de uma secção por
unidade de tempo (Ex. litros/m2/dia) – coeficiente de permeabilidade (K).
Coeficiente de Permeabilidade (K)
Tamanho dos poros
Grau de interconexão
 Areia e pedregulho têm grande condutividade hidráulica, pois seus poros
são grandes e interconectados;
 Basalto vesicular tem muitos poros, que entretanto não são conectados, e
portanto sua permeabilidade é pequena;
 Argila tem porosidade grande, mas os poros são muito pequenos e a água
tem dificuldade para movimentar-se.
Material Condutividade 
(cm/s)
Argila 10-9 a 10-6
Silte, silte arenoso e areia argilosa 10-6 a 10-4
Areias siltosas, areias finas 10-5 a 10-3
Areia de granulometria variada 10-3 a 10-1
Pedregulho de granulometria variada 10-2 a 1 29
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17
PERMEÂMETROS
 Os ensaios de laboratório são realizados em células chamadas de
permeâmetros, sendo que no seu interior é colocado o corpo de prova
para execução do ensaio.
 Permeâmetros usados em laboratório, os permeâmetros de parede
flexível e os permeâmetros de parede rígida.
 Em função do método de execução os ensaios podem ser denominados;
ensaio de carga constante, ensaio de carga variável.
DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE
- no laboratório, com permeâmetros;
- in loco – ensaio de bombeamento e ensaio de tubo aberto;
- ensaio de adensamento – solos argilosos.
PERMEÂMETRO DE CARGA CONSTANTE
Utilizado para medir a permeabilidade dos solos granulares 
vídeo
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18
PERMEÂMETRO DE CARGA VARIÁVEL
Utilizado para medir a permeabilidade dos solos finos (coeficiente
de permeabilidade é muito baixo).
PERMEÂMETRO DE CARGA CONSTANTE – parede flexível
O sistema tri-flex – 2, foi o equipamento utilizado para a determinação da
permeabilidade da amostra compactada em laboratório. O painel de controle
principal é capaz de testar uma amostra, enquanto funciona como um controlador
para outro painel.
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19
Ensaios de Permeabilidade em Campo – in situ
Ensaios de Bombeamento
O método consiste em esgotar-se água do terreno estabelecendo-se um escoamento
uniforme, medir a descarga do poço (q) e observar a variação do nível d’água em piezômetros
(h1 e h2 ) colocados nas proximidades.
Determinar in loco a permeabilidade de estratos de areia e pedregulhos, situados abaixo do
nível freático.
O custo do ensaio de bombeamento é relativamente alto e, portanto, deve sempre ser
precedido por investigações que estabeleçam a natureza geral das formações.
Este ensaio consiste em cravar um tubo de sondagem no terreno até a
profundidade desejada e enchê-lo com água, medindo-se a velocidade
com que a água se escoa pelo tubo e se infiltra no terreno segundo
superfícies esféricas concêntricas..
Ensaios de Tubo Aberto
Ensaios de Permeabilidade em Campo – in situ
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20
Definições e conceitos fundamentais
SUPRIMENTO ESPECÍFICO (PRODUÇÃO ESPECÍFICA, POROSIDADE
EFETIVA OU CESSÃO ESPECÍFICA): caracteriza a quantidade percentual
de água que pode ser libertada de uma formação pela ação da gravidade.
Suprimento específico = (volume drenado/volume total).100 (%)
Argila – elevada porosidade, mas possui reduzido suprimento específico.
Areia grossa – elevada porosidade e elevado suprimento específico.
Movimento da Água 
no Solo
25
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21
Classificação quanto ao comportamento 
1
Zona saturada – zona onde os vazios, poros ou fraturas se
encontram totalmente preenchidas pela água;
· Zona não saturada – zona mais superficial, onde a maioria dos
poros se encontram vazios ou preenchidos de ar;
· Nível freático (NF) ou lençol freático (LF) – linha que separa a zona
saturada da insaturada, sua posição não é estável, variando
conforme as estações do ano;
· Aqüífero suspenso – volume de água subterrânea está separado da
água subterrânea principal por um estrato relativamente
impermeável;
· Aqüífero livre, não confinado, freático ou não artesiano – o NA
serve como limite superior da zona de saturação;
· Aqüífero confinado, artesiano ou sob pressão – aquele em que o
nível superior da água está confinado, sob pressão maior que a
atmosférica, por estratos sobrejacentes relativamente impermeáveis.
Zonas de Ocorrência de Água no Solo
Meio não-saturado
Meio - saturado
1
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22
Aquíferos
 Aquíferos: formação geológica capaz de armazenar e transmitir
“quantidades significativas” de água sob gradientes naturais.
• Tipicamente:
- Areias e cascalhos em regiões
costeiras e planícies aluviais
- Arenitos
- Basaltos fraturados
- Calcários
13
Aquíferos, Aquitardes e Aquicludes
 Aquitardes: são formações que armazenam água mas não a
transmitem com facilidade (tipicamente argilas siltosas ou arenosas
e folhelhos). Uma ou duas ordens de grandeza menos permeáveis
que os aqüíferos.
- Não são importantes do ponto
de vista de produção de água,
mas podem ser do ponto de vista
de poluição.
 Aquicludes: caso extremo de
aquitarde; podem ser
considerados impermeáveis em
termos práticos.
São rochas ou materiais
essencialmente argilosos.
14
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23
Aquíferos, Aquitardes e Aquicludes
 Aquifugos: é uma formação geológica impermeável, com
baixíssimo grau de porosidade, que não armazena nem transmite
água.
Como exemplo deste tipo de formações temos um calcário não
carsificado nem fracturado ou um granito sem fracturas. São
formações geológicas sem capacidade para armazenar água.
Rochas duras , metamórficas e vulcânicas , sem fraturamento e
sem alteração.
14
Classificação dos Aquíferos
 Freáticos ou livres: situam-se entre camadas do solo mais próximas
da superfície e sofrem a ação direta da pressão atmosférica, podendo,
assim, ser mais facilmente contaminados;
 Semi-artesianos: situadosem pequenas ou grandes profundidades,
entre camadas permeáveis do solo. São sujeitos aos movimentos
normais das águas (percolação) e exigem bombeamento para extração;
 Artesianos ou confinados: situados em maior profundidade, entre
camadas impermeáveis do solo, sujeitos a uma pressão maior que a da
atmosfera; geralmente não sofrem contaminação, mas podem conter
um excesso de substâncias minerais dissolvidas, tornando a água
imprópria para o consumo humano.
15
16/01/2018
24
Aquíferos
A – aquífero freático ou não-confinado
B – aquífero artesiano ou confinado 16
Aquíferos
17
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25
18
Classificação Segundo a Geologia do Material 
Saturado
 Aquíferos Porosos: Ocorrem em rochas sedimentares
consolidadas, sedimentos inconsolidados e solos arenosos,
decompostos in situ. Constituem os mais importantes aqüíferos,
pelo grande volume de água que armazenam, e por sua ocorrência
em grandes áreas. Poços perfurados nestes aqüíferos podem
fornecer até 500 metros cúbicos por hora de água de boa qualidade.
 Aquíferos Fraturados ou Fissurados: Ocorrem em rochas ígneas
e metamórficas. A capacidade destas rochas em acumularem água
está relacionada à quantidade de fraturas, suas aberturas e
intercomunicação. Poços perfurados nestas rochas fornecem
poucos metros cúbicos de água por hora.
 Aquíferos Cársticos: São os aqüíferos formados em rochas
carbonáticas. Constituem um tipo peculiar de aqüífero fraturado,
onde as fraturas, devido à dissolução do carbonato pela água,
podem atingir aberturas muito grandes, criando, neste caso,
verdadeiros rios subterrâneos. 20
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Avanço do mar muda o desenho do litoral brasileiro
ALTER DO CHÃO, Amazônia-Brasil - O maior reservatório
subterrâneo d'água potável do Planeta
O Magnífico Aqüífero Guarani
Aquífero GUARANI
 Principal reserva subterrânea de água doce
da América do Sul e um dos maiores sistemas
aquïferos do mundo;
 Área total de 1,2 milhões de km² na Bacia do
Paraná e parte da Bacia do Chaco-Paraná;
 Sua maior ocorrência se dá em território
brasileiro (2/3 da área total) abrangendo os
Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas
Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul;
 As águas em geral são de boa qualidade para o abastecimento público e
outros usos, sendo que em sua porção confinada, os poços tem cerca de 1.500
m de profundidade e podem produzir vazões superiores a 700 m³/h.
 Sua recarga natural anual (principalmente
pelas chuvas) é de 160 Km³/ano, sendo que
desta, 40 Km³/ano constitui o potencial
explotável sem riscos para o sistema aqüífero;
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