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Caso Concreto Aula 7

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Faculdade Estácio de Sá. 
Curso: Direito. 
2° Período 
Noturno. 
Aluna: Adriano Carneiro dos Santos 
RA: 201307389856 
Matéria: Sociologia Jurídica e Judiciária. 
Professora: Gislaine. 
 
Caso Concreto 07. 
 
1-Cinto de segurança: Há anos salvando vidas. Artigo disposto em: 
http://www.perkons.com.br/imprensa.php - por Nilson Mariano. 
Quem poderia morrer sai ferido. Quem deveria se machucar gravemente sofre 
pequenas lesões. Quem se contundiria levemente escapa são e salvo. Em 10 anos de 
uso obrigatório (antes só era exigido em rodovias), o cinto de segurança comprovou 
que é o anjo da guarda de motoristas: evitou mortes, reduziu a gravidade de 
ferimentos, poupou dores. Não há números, mas sobram certezas sobre a eficácia do 
equipamento. Em uma década de atuação no Batalhão Rodoviário da Brigada Militar, 
o tenente-coronel João Batista Hoffmeister cansou de recolher cadáveres no asfalto. 
- Notava que o cinto estava retraído, sem ter sido usado. Tenho a certeza, a mais 
absoluta convicção, certeza mesmo de que o cinto salva vidas e reduz os ferimentos - 
destacou Hoffmeister, atual diretor-técnico do Departamento Estadual de Trânsito 
(Detran). 
O cinto de segurança virou equipamento obrigatório em 1995, por meio de projeto de 
lei amparado em decisão do então Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Em 1998, 
o Código de Trânsito Brasileiro regulamentou o assunto. Atualmente, usar o cinto de 
segurança tornou-se tão habitual como encher o tanque de gasolina. Mas somente na 
parte da frente dos veículos, onde se sentam o motorista e o caroneiro. Na parte de 
trás, o equipamento continua perigosamente esquecido. Autoridades de trânsito 
chegam a dispensar estatísticas para os louvores ao cinto de segurança. Nos 
hospitais, médicos que atendem pacientes de traumas comprovam na prática o quanto 
o equipamento é indispensável. 
Analise a notícia supra e responda: 
a) A norma mencionada produz efeitos positivos? Quais? 
R: Sim. Redução da mortalidade em consequência do uso do cinto de 
segurança. 
 
b) Demonstra um caso de eficácia da norma. Que fatores contribuíram para a 
produção desta eficácia? 
R: A norma que atinge os seus objetivos, que realiza as suas finalidades, que 
atinge o alvo por que está ajustada ao fato, é uma norma eficaz. 
 
 
2-A inseminação artificial heteróloga ocorre in vitro, o material fertilizante é proveniente 
de terceiro, à relação matrimonial, desde que haja concordância do marido ou 
companheiro, o vínculo de filiação deve basear-se na relação conjugal. Cabe ressaltar 
a importância do consentimento neste caso, o qual deverá ser expresso e inequívoco, 
não podendo ser substituído por nenhuma autorização judicial. Havendo esse 
consentimento, não poderá o marido ou companheiro, posteriormente contestar a 
paternidade do seu filho, uma vez que se lhe retira o direito de impugnar a legitimidade 
do filho havido por sua esposa ou companheira, salvo se provar que houve infidelidade 
da mulher e que a criança não nasceu da inseminação. Todavia, se a inseminação 
heteróloga for levada a cabo sem autorização do marido ou companheiro, cabe a este 
o direito de se socorrer da ação negatória de paternidade para impugnar o vínculo de 
filiação. Através de recentes pesquisas estatísticas comprovou-se que os casais que 
enfrentam o problema da esterilidade, e que optaram pela inseminação heteróloga, 
tornaram-se mais unidos. Outra questão que se coloca neste contexto diz respeito à 
filiação, ou melhor, como se atribuir a filiação à criança nascida de uma inseminação 
heteróloga. Ocorre aqui uma contraposição entre a filiação biológica e a filiação 
afetiva; cabendo ressaltar que se considera crime de falsidade ideológica registrar 
como seu filho de outrem, conforme disposto no art. 242 do Código Penal, assim, o 
marido da mulher que concebeu por inseminação heteróloga estará, aos olhos da 
legislação penal, cometendo um crime. A Sociologia Jurídica e Judiciária trata da 
validade das normas, diante do exposto em uma questão atual como a inseminação 
heteróloga, verificamos que a legislação penal considera um crime de falsidade 
ideológica o registro do filho advindo de reprodução humana assistida como no caso 
em tela. 
Pergunta-se: 
a) A norma do art. 242 do Código Penal é válida e eficaz? Justifique. 
R: Sim, é uma norma valida, pois possui todos os elementos essenciais que 
permitem sua existência, dos quais podemos citar: a obediência ao devido 
processo legal, dando validade à norma do art. 242 do CP. Porém não é uma 
norma eficaz, por se tratar de uma norma "ultrapassada", ou seja, ela não regula 
de forma especifica as condições que envolvem as questões sobre paternidade 
afetiva quando estas estão voltadas à inseminação heterológica. O ordenamento 
jurídico brasileiro acolhe diversos direitos humanos, constitucionalmente 
garantidos como direitos fundamentais, como forma de proteção ao Princípio da 
Dignidade da Pessoa Humana, inclusive direitos de quarta geração, que 
protegem as pessoas envolvidas em procedimentos biotecnológicos como o de 
aplicação de técnicas de reprodução assistida heteróloga. 
 
b) Quais são os efeitos positivos e negativos produzidos por esta norma? 
R: Como se trata de uma norma ineficaz, não há o que se falar de efeitos, nem 
positivos e muito menos negativos no que diz respeito à inseminação 
heterológica. A norma ora em cometo surgiu com a finalidade de evitar a famosa 
“adoção à brasileira”, na qual muitos casais, em vez de adotar regularmente uma 
criança, preferiam registrá-la como sendo seu filho. No caso da inseminação 
heterológica, essa é regulada por outros dispositivos, e a referida norma não 
tem aplicabilidade.

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