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Teorias Contratualistas e Sociais

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Sociologi� Jurídic� David F. L. Gomes
Teoria� contratualista� � Teoria� sociai�
Teorias contratualistas: Hobbes, Locke e Rousseau
● Toda teoria contratualista começa com uma categoria primordial: o que é o
indivíduo?
● Segundo elemento: sociedade como construção artificial
● Terceiro: Imposição normativa sobre como a sociedade deve ser.
Teorias sociais:
● O que é a sociedade?
● Sociedade tomada como tendo uma existência histórico-cultural
● Explicitação de “legalidades próprias” já existentes
Economia política
Ma��, Kar�. O capita� Crítica da economia política. L. 1, O processo de
produção do capital. Qualquer edição ou tradução, capítulo 4.
mercadoria: força de trabalho
dinheiro: primeira forma demanifestação do capital.
M-D-M, conversão de mercadoria em dinheiro e reconversão de dinheiro em
mercadoria, vender para comprar
D-M-D, conversão de dinheiro emmercadoria e reconversão de mercadoria em
dinheiro, comprar para vender
O resultado, no qual o processo inteiro se apaga, é a troca de dinheiro por dinheiro,
D-D (dinheiro que cria dinheiro)
D’ = D + ΔD (delinha é igual a d mais variável de d) isto é, à quantia de dinheiro
inicialmente adiantada mais um incremento. Esse incremento, ou excedente sobre
o valor original, chamo demais-valor. (aqui, esse mais valor seria o mesmo que
uma valorização)
Tudo que o trabalhador trabalha além do necessário para repor o seu custo
mais valia: termo errado.
Mesmo a economia vulgar, que não sabe praticamente nada sobre o valor,
reconhece, quando deseja considerar o fenômeno em sua pureza, que a oferta e a
demanda são iguais, isto é, que seu efeito é nulo.
onde há igualdade não há lucro
Mostrou-se que omais-valor não pode ter origem na circulação, sendo necessário,
portanto, que pelas suas costas ocorra algo que nela mesma é invisível
Portanto, o capital não pode ter origem na circulação, tampouco pode não ter
origem circulação. Ele tem de ter origem nela e, ao mesmo tempo, não ter origem
nela. Temos, assim, um duplo resultado.
o valor de uso e o valor de troca provêm de uma cisão (hegeliana) do conceito de
“valor”
21/03
Mercadoria:
● valor de uso - utilidade
● valor - quantidade de força de trabalho
O que importa é o valor de uso e o valor, porque o valor de troca varia dependendo
das circunstâncias (trocas específicas)
Lei do valor marxista V = V + ΔV
Ou, “uma quantidade final de dinheiro é igual a uma quantidade inicial de dinheiro
+ uma variação” -David F. L. Gomes <3
A sociedade não deve se preocupar com o que a prescreve, mas com o que a
descreve. A lei do valor seria um exemplo disso, pois ela descreve a sociedade.
28/03
Pachukani�, Evgen�, A teoria geral do direito e o marxismo, capítulo 3.
Segundo o autor, “o direito nada mais é do que a transliteração da forma
mercadoria”, ou seja, o direito é a expressão jurídica domodo de produção
capitalista.
—------------------------------------------------------------
Então como o direito se constituiu no pré capitalismo? O direito não se constitui da
mesma forma que se constitui na modernidade. Por exemplo, no feudalismo e na
Grécia não faria sentido falar que todos são iguais. Portanto, não é omesmo direito
que conhecemos hoje. Logo, deixando de existir o capitalismo, o direito também
deixa de existir da forma que conhecemos. Dessa forma, não podemos falar de
direito pós/pré capitalista No contexto pré capitalista o modo de produção não
determina as bases do direito. A produção capitalista lança as bases do direito, visto
que relações de trocas se intensificaram, contratos etc, gerando essa necessidade.
O direito é a expressão jurídica domodo de produção, sendo suas relações
formuladas pelo capitalismo, e não pela norma. Podemos exemplificar a
formulação de Pachukanis na teoria geral do direito privado, que consiste em
pessoas, bens jurídicos, trocas (pessoas que trocam bens jurídicos criando uma
relação jurídica). Sendo assim, o conceito de direito não deve ser analisado a partir
da definição da norma, mas da expressão domodo de organização das relações
produtivas específicas do capitalismo (relação jurídica). Sendo assim, a divisão
entre direito privado e direito público não faz sentido.
Há uma sobreposição do direito privado sobre o direito público, há uma tendência
que emmomentos de crise domodo de produção o direito público retorne à órbita
do direito privado.
Para Pachukanis, o poder do Estado confere clareza/estabilidade à estrutura
jurídica, reafirmando a esfera civil (vínculo da sociedade burguesa), porém não cria
a estrutura jurídica.
Resumidamente, o direito é a expressão jurídica domodo de produção capitalista,
a partir disso possibilita historicizar o direito: não foi igual em todas as sociedades,
veio posterior a formação da sociedade, permite crítica aos positivistas e uma
crítica marxista à teoria do direito. Possibilidade de crítica entre direito público e
privado, concluindo que o direito sempre tende a voltar a lógica do direito privado
04/04/2023
Luhman�, Nikla�. O direit� d� sociedad�.
“A operação de base, pela qual o sistema social se delimita em relação ao seu
ambiente, pode ser designada como comunicação”
“Essa disposição conceitual tem consequências de amplo alcance. Segundo ela,
todos os sistemas sociais têm de ser apreendidos como realização da sociedade.Por
isso, também o sistema do direito é um sistema que pertence à sociedade e a
realiza”
As relações sociais são marcadas pelas seguintes características: a (dupla)
contingência (não sei exatamente o que vai acontecer) e a complexidade (número
muito grande de possibilidades)
Contingência e complexidade geram qual risco? Desintegração social.
Luhmann observa que não existe uma hierarquia
A pirâmide clássica europeia
foi substituída por esferas
Pois esses conceitos não cabemmais dentro da simples pirâmide. Com isso, não
tenhomais uma diferenciação social estamental, mas uma diferenciação funcional.
O sociólogo e jurista alemão Niklas Luhmann desenvolveu a chamada teoria dos
sistemas sociais. Para ele, a sociedade é formada por vários subsistemas sociais
com funções específicas, sendo o direito um desses sistemas.
O que é a sociedade? Um sistema de sistemas
Esses sistemas são especializações sociais, todos se desenvolvem a partir de
funções sociais
Sistemas são operacionalmente fechados, cognitivamente abertos, autopoiéticos.
Um sistema autopoiético é aquele que, a partir de suas próprias estruturas, se
reproduz e se desenvolve, mas jamais poderá suprimir a si próprio (produz a si
mesmo, ex; o direito só produz novas leis a partir da pergunta “é lícito ou ilícito?”)
Estruturas
O sistema operacionalmente fechado consiste nas operações que o sistema
desempenha, o direito por exemplo, é de acordo com o seu próprio código e
critérios. Porém, ele ainda é cognitivamente aberto, pois o sistema receberá
informação do ambiente, mas decide com base nos critérios internos do sistema.
Como é operacionalmente fechado, irá trabalhar na autorreferência, ou seja, o
sistema produz sua autonomia referindo somente a si próprio. Porém, ao estar
cognitivamente aberto, portanto legitima o que traz do ambiente através de seus
códigos, produzindo as informações correspondentes a partir da posição de
heterorreferência.
Autorreferência: capacidade do sistema de referenciar a si mesmo na construção
dos elementos que o compõem, só interessando o que está dentro do sistema,
diferenciando o que é sistema e o que é ambiente. se auto refere segundo a seu
código binário, constrói suas bases em torno de seu próprio código.
(normativamente fechado)
Heterorreferência: se refere a coisas do ambiente, a partir destas e das informações
que o sistema pode coletar, ele se desenvolve, cresce, englobando cada vez mais os
ambientes ao seu redor, e integrando-os à sua lógica binária, tornando-os, assim,
parte do próprio sistema (sob seu ponto de vista)
Programa condicional: autorreferência e heterorreferência funcionando em
conjunto.
Interpenetração = peso social de um sistema é transferido para outro sistema = faz
parte do processo completamente normalde absorção de incerteza no trânsito
entre sistemas. Do ponto de vista de um determinado sistema, todos os outros
sistemas são um ambiente. Todos os sistemas sociais têm de ser apreendidos como
realização da sociedade (ex: o direito é um subsistema do sistema sociedade).
Sistemas são autopoiéticos: Irá produzir a partir de si mesmo seus próprios
conhecimentos. Acontece quando aplica seu próprio código, quando é
operacionalmente fechado e cognitivamente aberto. É um processo de
autorreferência. O direito cria novas normas a partir do próprio sistema
lícito/ilícito. Aplica a si mesmo seus próprios códigos, preservando sua autonomia.
Todos os sistemas são autopoiéticos. A informação de outros sistemas (ambiente)
vão "irritar" e "influenciar" certo sistema. O sistema vai escolher ou não aquela
informação do ambiente, elabora suas operações com base no seu próprio código
binário.
Contaminação sistêmica: falha na autonomia de um sistema, falha nos critérios de
cada sistema (EX: direito com critérios e normas religiosas).
Estruturas de acoplamento: acoplar dois oumais sistemas de maneira contínua. A
mesma estrutura é fundamental para dois oumais sistemas. (Ex: estrutura de
acoplamento entre direito e política é a própria constituição) Para o Luhmann a
propriedade privada e contrato é uma estrutura de acoplamento da economia e
direito .
Na sociedade existem dois tipos de expectativas:
Cognitivas: São revisados diante de novos fatos. Ou seja: assim que tomo
conhecimento do fato, altero minha expectativa (ex: imagino que a parede seja
macia; ao chutá-la, descubro que é dura). Sistema que nos fornece expectativas
cognitivas é a ciência.
Normativas: A expectativa é contrafática, se mantém apesar da experiência fática
contrária. Direito tem a função de estabilizar contrafaticamente expectativas
normativas, mantendo a sociedade estável
Ex expectativa contrafática = espera que pessoas não cometam homicídio, mesmo
com relatos de que acontece. Especializado funcionalmente em estabilização
contrafática de expectativas normativa
resenha do texto em espanhol: 3 pontinhos
HONNETH, A. Redistribución como reconocimiento. Respuesta a Nancy Fraser. In:
HONNETH, A.; FRASER, N. ¿Redistribución o reconocimiento? Un debate
político-filosófico. Trad. Pablo Manzano. A Coruña, Madrid: Fundación Paideia
Galiza, Ediciones Morata, 2006 [2003], capítulo 2.
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Unidade IV - Teoria da ação comunicativa e o direito como dobradiça entre
sistema emundo da vida
A parte mais fundamental do direito para a sociologia se baseia em que o direito
funciona quanto mais quanto menos é exercido o poder judiciário (antes do
judiciário ser chamado)
Jürge� Haberma� Facticidade e validade – Contribuições para uma teoria
discursiva do direito e da democracia
“O conceito de ação comunicativa depende por inteiro da demonstração de que um
acordo comunicativo, no caso mais simples da tomada de posição afirmativa de um
ouvinte sobre a oferta do ato de fala de um falante, pode cumprir funções de
coordenação da ação. Com seu ‘sim’ o ouvinte funda um acordo que se refere, por
um lado, ao conteúdo do proferimento e, por outro, às garantias imanentes ao ato
de fala e aos vínculos relevantes para a interação subsequente” (HABERMAS, 1989,
p. 596).
A atividade humana do trabalho depende da intencionalidade para isso é necessário
uma pré-ideação e essas ideias derivam do contato que temos com outras pessoas.
Como acontece essa interação? essa interação é comunicativa - linguagem (por isso
esse conceito é tão central para habermas - o de linguagem) essa linguagem nos
permite conversar sobre o que acontece nomundo e não sentir o que acontece,
busca chegar a consensos
o que é sociedade para Habermas? imbricação (entrelaço) entre trabalho e
comunicação
características da linguagem para habermas:
- estruturada em proposições:
A linguagem é transcendente de contexto
- estruturada gramaticalmente
Direito- integração da sociedade
Ruptura entre facticidade e validade: nada mais resta no direito que eu acho que é
válido (só tem uma facticidade)
De acordo com a teoria habermasiana, o direito passou a ser responsável pela
integração social entre o mundo da vida e os sistemas sociais, dada a sua
capacidade de possibilitar tanto o uso da racionalidade estratégica quanto o da
comunicativa, isso ocorre porque o Direito não está contido em nenhum arcabouço
axiológico específico. Por isso, o Direito se torna um transformador linguístico,
traduzindo simultaneamente a linguagem estratégica para a comunicativa e torna
a integração sistêmica menos opaca aos cidadãos.
A racionalidade estratégica, associada aos sistemas sociais, busca orientar a ação
através do êxito. No direito, é analisado o custo/benefício da transgressão da lei,
gerando obediência à lei pelo temor da coerção. Enquanto isso, a racionalidade
comunicativa, associada aomundo da vida, busca orientar a ação através da busca
de entendimento recíproco, proporcionando, no direito, o respeito à lei pelo
convencimento de sua legitimidade.
Desse modo, a tensão externa entre facticidade e validade manifesta-se no direito
devido a este permitir que os sujeitos o considerem como um fato social (ao
analisar a situação pela ótica da racionalidade estratégica) ao mesmo tempo que o
questionem racionalmente, na busca de um consenso, ou seja, na busca da validade
da lei (através da visão da racionalidade comunicativa). Com isso, é interessante
fazer menção a uma constatação feita por Habermas:
De um lado, o direito precisa manter sua forte pretensão de que nemmesmo os sistemas
funcionais controlados pelo dinheiro e pelo poder administrativo podem se subtrair
totalmente a uma “integração social” mediada pela consciência da sociedade como um
todo; de outro lado, é precisamente esta pretensão que parece ser vítima do
desencantamento sociológico do direito. (HABERMAS, 2021, p. 79)
Em suma, evidencia-se a manifestação dessa tensão quando as leis são
promulgadas, no entanto, não são vislumbradas de modo prático, na facticidade
esperada. Essa situação é importante para desenvolver a aprendizagem social, haja
vista que, quando a ineficácia é percebida, significa a efetivação da lei em alguma
esfera normativa, A partir disso, o projeto da sociedade validado (norma
promulgada) passa a ser interiorizado pela sociedade civil.
Pierr� Bourdie�
Sociedade antes de tudo, conflito de classe
Em sociedades de elevada objetificação do capital, a dominação direta pela
violência não encontra nenhuma legitimidade. O que é necessário para que as
classes dominantes continuem vencendo as lutas de classes constantes? O poder
simbólico
Essas habilidades como autocontrole etc não são naturais e sim práticas que
dependem dos processos de socialização no interior dos quais nós nos formamos
Ex: o que é a ideia de autocontrole? Essa habilidade está ligada à primeira infância.
Esse é ummomento delicado porque a criança tem que aprender a ficar sozinha.
A outra habilidade é a do pensamento prospectivo.
Disciplina, a mesma coisa. Não é uma coisa natural.
O argumento é que essas são aquisições que dependem da socialização que por sua
vez depende da classe a que pertencem
tópicos: conceito de colonialidade
● PODER SIMBÓLICO - BOURDIEU
Marx estaria errado ao pensar classes apenas em termos econômicos → há
dimensão econômica, mas a questão + importante é como essas classes se
manifestam em termos simbólicos.
A violência já não pode ser exercida por uma classe sobre outra de maneira direta →
continua havendo dominação econômica, mas ela precisa de uma legitimação
simbólica → poder simbólico = tipo de poder que só é eficaz (assegura dominação)
enquanto ele permanece não percebido → não trabalha c/ ameaça, mas c/ espécie de
acordo entre dominadores e dominados.
O poder simbólico é um poder de construção da realidade, em que supõe um
conformismo lógico, quer dizer, «uma concepção homogênea do tempo, do espaço,
do número, da causa, que torna possível a concordância entre as inteligências».
(funçãognosiológica) Portanto, é uma concepção homogênea das coisas de acordo
com o pensamento da classe dominante, dos colonizadores e etc.
É possível perceber o poder simbólico em todas as partes da sociedade, porém é
pouco discutido. Esse poder é exercido e inserido em sistemas simbólicos, como
por exemplo a arte, cultura, religião, linguagem entre outros. São estruturas
estruturantes, porém os sistemas simbólicos, como instrumentos de conhecimento
de comunicação, só podem exercer um poder estruturante porque são estruturados.
Portanto, são instrumentos de conhecimento e construção domundo que um dia
foram estruturados e hoje são estruturantes.
Os símbolos fazem parte da integração social, sendo instrumentos de
conhecimento e comunicação, tornando possível um consenso na sociedade acerca
dos sentidos e construção de mundo, que torna possível a reprodução da ordem
social. Dito isso, as construções simbólicas são usadas como instrumentos de
dominação.
Marx trata da função política dos sistemas simbólicos (que se diferenciam da
função social), explicando as produções simbólicas e relacionando seus interesses
com o da classe dominante. As ideologias servem interesses particulares que são
prostrados como interesses universais, um produto coletivamente apropriado.
A Cultura dominante contribui para a integração real da classe dominante
(assegurando uma comunicação imediata entre todos os seus membros e
distinguindo-os das outras classes); para a integração fictícia da sociedade no seu
conjunto, portanto, à desmobilização (falsa consciência) das classes dominadas;
para a legitimação da ordem estabelecida por meio do estabelecimento das
distinções (hierarquias) e para a legitimação dessas distinções.
A cultura, portanto, tem aomesmo tempo a função de divisão e comunicação: a
cultura que une (como intermediário de comunicação) é a mesma cultura que
separa (instrumento de distinção) e que legitima as distinções, compelindo todas
as culturas (denominadas subculturas) a se medirem pela sua distância em relação
à cultura dominante É pela sua função social que os sistemas simbólicos cumprem
sua função política
A sociedade vai se dividindo em campos de disputa, para preservar a dominação de
classe, pois a sociedade é a disputa de classe o tempo todo. O poder simbólico se
oculta em sua dominação, sendomais eficaz.
Violência Simbólica: dominação de uma classe sobre a outra A classe dominante
impõe a definição de mundo social conforme seu interesse, reafirmando sua
ideologia e posição nos conflitos simbólicos da vida quotidiana
❖ poder das classes dominantes: contido no capital econômico
○ Capital simbólico → recurso que as classes médias têm que servir para lutar nas
disputas de classes e permite o exercício de poder simbólico.
○ Capital = tipo de recurso que é usado na luta infinita de classes:
■ Cada recurso que é usado dentro de um campo na luta é chamado de capital.
Capital escolar/educacional = ex.: julgar que soumais apropriada para um
emprego somente por ter um diploma.
Capital cultural = mais autônomo que educacional.
Capital social = recurso usado para vencer uma luta de classes (ex.: boas relações
sociais entre os dominadores).
❖ legitimidade da dominação: produção simbólica
❖ dentro da própria classe dominante há uma luta pela hierarquia
As ideologias são sempre duplamente determinadas: devem suas características ao
interesse de classe e a quem a produzem. Alguem cria, há um campo de produção.
Tendem tratar a ordem estabelecida como “natural”. Em todo o campo recruta-se
um grupo de especialistas (recrutados nas classes mais ricas) que ditarão o que é
certo e belo. classificação de estruturas mentais ajustadas a estruturas sociais
O poder simbólico não reside nos sistemas simbólicos, mas sim em uma relação
determinada entre classe dominante e dominada

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