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Gabaritos.pdf GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO E DOS RECURSOS HUMANOS SUBSECRETARIA DE RECURSOS HUMANOS CONCURSO PÚBLICO EDITAL No 001/2011 - SEARH/SEEC GABARITO Prova realizada em 20/11/2011 DIDÁTICA GERAL E LEGISLAÇÃO 1 - C 2 - B 3 - A 4 - C 5 - A 6 - D 7 - A 8 - A 9 - E 10 - D 11 - D 12 - E 13- C 14 - B 15 - D CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PROVA PROVA PROVA PROVA PROVA PROVA PROVA PROVA 01 02 03 04 05 06 07 08 PROFESSOR - ARTE PROFESSOR - BIOLOGIA E CIÊNCIAS PROFESSOR - EDUCAÇÃO FÍSICA PROFESSOR - FILOSOFIA PROFESSOR - FÍSICA PROFESSOR - GEOGRAFIA PROFESSOR - HISTÓRIA PROFESSOR – LÍNGUA ESPANHOLA 16 - E 16 - C 16 - A 16 - D 16 - C 16 - D 16 - A 16 - D 17 - A 17 - E 17 - B 17 - B 17 - A 17 - D 17 - B 17 - C 18 - D 18 - C 18 - C 18 - D 18 - C 18 - E 18 - D 18 - B 19 - A 19 - C 19 - B 19 - C 19 - E 19 - B 19 - A 19 - B 20 - C 20 - E 20 - A 20 - A 20 - B 20 - C 20 - D 20 - A 21 - C 21 - A 21 - B 21 - D 21 - B 21 - A 21 - A 21 - A 22 - A 22 - D 22 - D 22 - E 22 - E 22 - D 22 - C 22 - A 23 - D 23 - A 23 - D 23 - B 23 - D 23 - E 23 - E 23 - C 24 - C 24 - C 24 - E 24 - A 24 - D 24 - D 24 - E 24 - E 25 - B 25 - A 25 - B 25 - C 25 - B 25 - A 25 - D 25 - C 26 - B 26 - E 26 - C 26 - E 26 - D 26 - B 26 - C 26 - A 27 - C 27 - B 27 - E 27 - A 27 - E 27 - B 27 - B 27 - D 28 - B 28 - B 28 - A 28 - D 28 - A 28 - B 28 - A 28 - A 29 - C 29 - A 29 - B 29 - A 29 - C 29 - E 29 - E 29 - B 30 - A 30 - B 30 - A 30 - E 30 - C 30 - B 30 - C 30 - A 31 - D 31 - D 31 - D 31 - D 31 - A 31 - C 31 - B 31 - B 32 - E 32 - C 32 - A 32 - B 32 - D 32 - E 32 - A 32 - E 33 - A 33 - B 33 - E 33 - A 33 - A 33 - A 33 - B 33 - E 34 - E 34 - A 34 - D 34 - E 34 - C 34 - C 34 - D 34 - B 35 - B 35 - B 35 - C 35 - E 35 - B 35 - C 35 - C 35 - E 36 - A 36 - D 36 - A 36 - C 36 - E 36 - B 36 - E 36 - D 37 - C 37 - D 37 - B 37 - B 37 - B 37 - D 37 - E 37 - D 38 - E 38 - A 38 - E 38 - B 38 - C 38 - E 38 - D 38 - B 39 - B 39 - D 39 - C 39 - D 39 - E 39 - E 39 - D 39 - E 40 - C 40 - E 40 - D 40 - C 40 - A 40 - C 40 - C 40 - E 41 - B 41 - A 41 - D 41 - A 41 - B 41 - C 41 - C 41 - B 42 - A 42 - B 42 - A 42 - E 42 - B 42 - A 42 - A 42 - C 43 - E 43 - C 43 - D 43 - E 43 - B 43 - A 43 - B 43 - A 44 - B 44 - E 44 - D 44 - C 44 - E 44 - D 44 - E 44 - E 45 - B 45 - B 45 - E 45 - E 45 - D 45 - A 45 - B 45 - D 46 - C 46 - E 46 - C 46 - E 46 - B 46 - D 46 - D 46 - D 47 - D 47 - B 47 - D 47 - C 47 - B 47 - E 47 - A 47 - C 48 - A 48 - A 48 - B 48 - E 48 - E 48 - A 48 - B 48 - C 49 - E 49 - E 49 - E 49 - C 49 - C 49 - C 49 - E 49 - D 50 - D 50 - C 50 - C 50 - E 50 - D 50 - C 50 - A 50 - B www.pciconcursos.com.br GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO E DOS RECURSOS HUMANOS SUBSECRETARIA DE RECURSOS HUMANOS CONCURSO PÚBLICO EDITAL No 001/2011 - SEARH/SEEC GABARITO Prova realizada em 20/11/2011 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PROVA PROVA PROVA PROVA PROVA PROVA PROVA 09 10 11 12 13 14 15 PROFESSOR - LÍNGUA INGLESA PROFESSOR - LÍNGUA PORTUGUESA PROFESSOR - MATEMÁTICA PROFESSOR - QUÍMICA PROFESSOR - SOCIOLOGIA PROFESSOR - PEDAGOGIA PARA ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ESPECIALISTA - SUPORTE PEDAGÓGICO 16 - B 16 - B 16 - E 16 - C 16 - A 16 - B 16 - B 17 - D 17 - C 17 - A 17 - D 17 - B 17 - B 17 - B 18 - B 18 - E 18 - D 18 - B 18 - A 18 - A 18 - A 19 - C 19 - E 19 - C 19 - D 19 - B 19 - A 19 - C 20 - D 20 - A 20 - D 20 - D 20 - D 20 - B 20 - E 21 - C 21 - D 21 - C 21 - C 21 - D 21 - D 21 - A 22 - E 22 - D 22 - A 22 - B 22 - D 22 - D 22 - B 23 - A 23 - B 23 - B 23 - D 23 - E 23 - D 23 - E 24 - B 24 - C 24 - A 24 - A 24 - D 24 - E 24 - A 25 - E 25 - E 25 - C 25 - E 25 - C 25 - D 25 - A 26 - B 26 - A 26 - E 26 - E 26 - E 26 - E 26 - D 27 - D 27 - C 27 - A 27 - B 27 - C 27 - C 27 - E 28 - C 28 - A 28 - E 28 - D 28 - B 28 - A 28 - B 29 - E 29 - B 29 - C 29 - A 29 - C 29 - A 29 - A 30 - D 30 - C 30 - A 30 - E 30 - D 30 - E 30 - C 31 - A 31 - D 31 - E 31 - A 31 - A 31 - A 31 - A 32 - B 32 - B 32 - A 32 - E 32 - A 32 - C 32 - A 33 - C 33 - E 33 - D 33 - E 33 - C 33 - D 33 - C 34 - C 34 - B 34 - C 34 - B 34 - C 34 - A 34 - E 35 - B 35 - A 35 - B 35 - A 35 - E 35 - D 35 - C 36 - C 36 - E 36 - C 36 - E 36 - D 36 - E 36 - A 37 - A 37 - B 37 - E 37 - B 37 - E 37 - E 37 - C 38 - E 38 - C 38 - D 38 - D 38 - D 38 - A 38 - E 39 - D 39 - D 39 - D 39 - D 39 - B 39 - B 39 - A 40 - E 40 - A 40 - B 40 - A 40 - A 40 - B 40 - B 41 - D 41 - A 41 - D 41 - A 41 - B 41 - E 41 - B 42 - A 42 - C 42 - B 42 - B 42 - C 42 - E 42 - A 43 - D 43 - B 43 - B 43 - B 43 - B 43 - D 43 - E 44 - C 44 - D 44 - B 44 - C 44 - D 44 - A 44 - A 45 - D 45 - D 45 - E 45 - B 45 - A 45 - B 45 - C 46 - A 46 - C 46 - A 46 - C 46 - E 46 - B 46 - E 47 - B 47 - E 47 - D 47 - B 47 - C 47 - A 47 - A 48 - A 48 - C 48 - E 48 - D 48 - D 48 - E 48 - E 49 - D 49 - D 49 - C 49 - E 49 - E 49 - B 49 - E 50 - E 50 - D 50 - D 50 - B 50 - E 50 - D 50 - A www.pciconcursos.com.br 07_hist�ria.pdf PROFESSOR - HISTÓRIA 1 GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO E DOS RECURSOS HUMANOS SUBSECRETARIA DE RECURSOS HUMANOS 07 CO NC UR SO P ÚB LIC O ED ITA L N o 0 01 /20 11 SE AR H/ SE EC PROFESSOR - HISTÓRIA LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ABAIXO. 01 - Você recebeu do fiscal o seguinte material: a) este caderno, com o tema da REDAÇÃO (com valor de 10,0 pontos) e o enunciado das 50 (cinquenta) questões objetivas, sem repetição ou falha, com a seguinte distribuição: Questões Objetivas No das Questões Valor por questão Total Didática Geral e Legislação Educacional 1 a 15 1,00 ponto 15,00 pontos Conhecimentos Específicos 16 a 50 1,00 ponto 35,00 pontos Total: 50,00 pontos b) 1 folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO grampeada ao CARTÃO-RESPOSTA destinado às respostas das questões objetivas formuladas nas provas. 02 - Verifique se este material está em ordem e se o seu nome e número de inscrição conferem com os que aparecem no CARTÃO-RESPOSTA. Caso contrário, notifique o fato IMEDIATAMENTE ao fiscal. 03 - Após a conferência, o candidato deverá assinar, no espaço próprio do CARTÃO-RESPOSTA, com caneta esferográfica transparente de tinta na cor preta. 04 - A REDAÇÃO deverá ser feita com caneta esferográfica transparente de tinta na cor preta. 05 - No CARTÃO-RESPOSTA, a marcação das letras correspondentes às respostas certas deve ser feita cobrindo a letra e preenchendo todo o espaço compreendido pelos círculos, com caneta esferográfica transparente de tinta na cor preta, de forma contínua e densa. A LEITORA ÓTICA é sensível a marcas escuras; portanto, preencha os campos de marcação completamente, sem deixar claros. Exemplo: 06 - Tenha muito cuidado com o CARTÃO-RESPOSTA, para não o DOBRAR, AMASSAR ou MANCHAR. O CARTÃO- -RESPOSTA SOMENTE poderá ser substituído se, no ato da entrega ao candidato, já estiver danificado em suas margens superior e/ou inferior - BARRA DE RECONHECIMENTO PARA LEITURA ÓTICA. 07 - Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 alternativas classificadas com as letras (A), (B), (C), (D) e (E); só uma responde adequadamente ao quesito proposto. Você só deve assinalar UMA RESPOSTA: a marcação em mais de uma alternativa anula a questão, MESMO QUE UMA DAS RESPOSTAS ESTEJA CORRETA. 08 - As questões objetivas são identificadas pelo número que se situa acima de seu enunciado. 09 - SERÁ ELIMINADO do Concurso Público o candidato que: a) se utilizar, durante a realização das provas, de máquinas e/ou relógios de calcular, bem como de rádios gravadores, headphones, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie; b) se ausentar da sala em que se realizam as provas levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RES- POSTA grampeado à folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO; c) se recusar a entregar o CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RESPOSTA e/ou a folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO, quando terminar o tempo estabelecido. d) não assinar a LISTA DE PRESENÇA e/ou o CARTÃO-RESPOSTA. Obs.: O candidato só poderá se ausentar do recinto das provas após 1 (uma) hora contada a partir do efetivo início das mesmas. Por motivos de segurança, o candidato NÃO PODERÁ LEVAR O CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RESPOS- TA e/ou a folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO, a qualquer momento. 10 - Reserve os 30 (trinta) minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES NÃO SERÃO LEVADOS EM CONTA. 11 - Quando terminar, entregue ao fiscal o CADERNO DE QUESTÕES E O CARTÃO-RESPOSTA grampeado à folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO e ASSINE A LISTA DE PRESENÇA. 12 - O TEMPO DISPONÍVEL PARA ESTAS PROVAS DE QUESTÕES OBJETIVAS E DE REDAÇÃO É DE 4 (QUATRO) HORAS, incluído o tempo para a marcação do seu CARTÃO-RESPOSTA, findo o qual o candidato deverá, obrigatoriamente, entregar o CADERNO DE QUESTÕES E O CARTÃO-RESPOSTA grampeado à folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO. 13 - As questões e os gabaritos das Provas Objetivas serão divulgados no primeiro dia útil após a realização das mesmas, no endereço eletrônico da FUNDAÇÃO CESGRANRIO (http://www.cesgranrio.org.br). PROFESSOR - HISTÓRIA 2 RA SC UN HO ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ PROFESSOR - HISTÓRIA 3 R E D A Ç Ã O Educadores contam como aprenderam com seus erros Professores têm a competência de verificar habilidades, testar a compreensão de conteúdos e ajudar cada estudante a reconhecer (e superar) os erros. Mas e quando o equívoco vem deles próprios? Fingir que nada ocorreu não é a melhor saída. Ao contrário: se ficar evidente que alguma atividade não deu certo em razão de uma falha pessoal, a autocrítica é fundamental para melhorar a atuação profissional. O ideal é que essa reflexão seja vivenciada de forma madura, sem culpa ou rigor excessivos (afastando o risco de mergulhar no perfeccionismo, que paralisa a ação) e complacência extremada (resvalando na atitude de quem a todo instante diz “tudo bem, deixa para lá”). Medo ou vergonha são outros sentimentos que não cabem nessa hora. Afinal - não machuca repetir essa obviedade -, todo mundo erra, mesmo grandes autoridades em Educação, profissionais respeitados que ocupam cargos centrais no governo, pesquisadores de Universidades influentes, formadores de professores e autores de livros que inspiram algumas de nossas melhores aulas. Alguns tropeços podem parecer familiares: falar demais e alongar a parte expositiva, despejar conteúdo sem levar em conta o ritmo dos jovens e seu universo cultural, desconsiderar as necessidades de alunos com deficiência e negar o próprio papel ao levar em conta somente os interesses das crianças. A lista de falhas é diversa, mas a postura para avançar é a mesma: analisar o que falhou, por que e como isso ocorreu. Muitas vezes, basta o distanciamento temporal do deslize para percebê-lo. Em outras ocasiões, são as conversas com os colegas que nos trazem o alerta e, em muitos casos, o estudo e a leitura são importantes aliados para a reflexão. Essa revisão de ideias, pensamentos e ações exige uma visão relativista do erro - isso significa ter em mente que o que não funciona em uma determinada classe, num determinado momento, pode muitas vezes dar certo em outro contexto. PAGANOTTI, Ivan. Revista Nova Escola. São Paulo: Abril. n. 230, mar. 2010. Tomando como ponto de partida as ideias apresentadas no texto, elabore um texto dissertativo-argumentativo, em que se DISCUTA A IMPORTÂNCIA DO PROCESSO DE AUTOAVALIAÇÃO DO PROFESSOR, COM BASE NA REFLEXÃO SOBRE SUA PRÁTICA PEDAGÓGICA. Justifique sua posição com argumentos. No desenvolvimento do tema, o candidato deverá: a) demonstrar domínio da escrita padrão; b) manter a abordagem nos limites da proposta; c) redigir o texto no modo dissertativo-argumentativo. Não serão aceitos textos narrativos nem poemas; d) demonstrar capacidade de seleção, organização e relação de argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista. Apresentação da redação a) O texto deverá ter, no mínimo, 25 linhas e, no máximo 30 linhas, mantendo-se no limite de espaço para a Redação. b) O texto definitivo deverá ser passado para a Folha de Resposta (o texto da Folha de Rascunho não será considerado), com caneta esferográfica transparente de tinta na cor preta e em letra legível. c) A Redação não deve ser identificada, por meio de assinatura ou qualquer outro sinal. PROFESSOR - HISTÓRIA 4 DIDÁTICA GERAL LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL 1 Ao exercer o cargo de diretora de uma escola da rede estadual de Educação, Helena planejou com sua equipe as atividades para o ano letivo, considerando que a edu- cação tem por finalidade, conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei no 9.394, de 20 de de- zembro de 1996, (A) promover entre os educandos o fim das desigualda- des sociais. (B) possibilitar aos educandos o prolongamento de seus estudos até o ensino superior. (C) preparar os educandos para o exercício da cidadania. (D) habilitar os educandos à profissão ao final da educa- ção básica. (E) assegurar aos educandos o acesso aos benefícios do desenvolvimento social. 2 A legislação brasileira estabelece, como assinala a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, em seu art. 35, que a educação no ensino médio tem como uma de suas finalidades (A) promover a profissionalização desde a educação infantil. (B) consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos no ensino fundamental. (C) habilitar para o ingresso no mercado de trabalho, vi- sando ao desenvolvimento social. (D) permitir o acesso às novas tecnologias de comunica- ção e informação. (E) possibilitar formação profissional de acordo com as demandas econômicas da região. 3 Apesar de todas as mudanças que ocorrem nas socieda- des contemporâneas, escola e família são duas institui- ções que continuam sendo apontadas pelos especialistas da área da educação como fundamentais para o sucesso dos processos educacionais porque (A) a interação mais intensa entre pais e professores pode contribuir para superação de dificuldades na es- colarização de crianças e adolescentes. (B) a mesma compreensão sobre educação pela família e pela escola assegura que os alunos desenvolvam as competências necessárias à sua escolarização. (C) a presença cotidiana de pais ou responsáveis nas escolas reduz possíveis diferenças de capital cultural entre alunos e professores. (D) os comportamentos socializados no espaço escolar são os mesmos que aqueles valorizados pela família. (E) os valores e comportamentos socializados no espaço familiar são reafirmados pela escola durante a escola- rização das crianças e dos adolescentes. 4 A frequência às aulas no ensino regular é obrigatória, se- gundo o estabelecido na Lei de Diretrizes e Bases da Edu- cação Nacional, promulgada em 20 de dezembro de 1996. Assim, para obter a aprovação em qualquer nível de ensi- no da educação básica, o aluno deve frequentar o percen- tual mínimo de horas letivas oferecidas igual a (A) 80% (B) 70% (C) 75% (D) 85% (E) 90% 5 A ampliação do Ensino Fundamental para nove anos, conforme a Resolução no 07, de 14 de dezembro de 2010, do Conselho Nacional de Educação / Câmara de Educa- ção Básica, que fixou Diretrizes Curriculares para o ensi- no fundamental de nove anos, teve como objetivo, dentre outros, favorecer a permanência de todos os alunos, em especial os que se encontram em situações sociais des- vantajosas, que nem sempre poderiam cursar as chama- das “classes de alfabetização”. Tendo em vista essa Resolução, o conteúdo do primeiro ano do Ensino Fundamental deve (A) assegurar, como os dois anos subsequentes, a alfa- betização e o letramento do aluno nele matriculado. (B) apresentar conteúdo idêntico ao trabalhado pelo alu- no em seu último ano da Educação Infantil. (C) apresentar conteúdo idêntico ao da primeira série (ano) do antigo Ensino Fundamental de oito anos. (D) voltar-se exclusivamente para o processo de alfabeti- zação do aluno que nele está matriculado. (E) voltar-se exclusivamente para os processos de alfa- betização e iniciação à matemática do aluno nele ma- triculado. 6 Entender as causas do sucesso ou do fracasso dos alu- nos tem sido uma preocupação recorrente de professores e educadores em geral. As características culturais dos alunos vêm a ser um fator geralmente apontado como de- terminante para a aprendizagem de crianças, adolescen- tes ou jovens. Considerando as teorias educacionais contemporâneas, qual, dentre as afirmativas abaixo relacionadas, NÃO justifica essa situação? (A) As perspectivas de sucesso na vida escolar tendem a acompanhar as variações quanto à posse de capital cultural por parte dos alunos. (B) As possibilidades de sucesso escolar são maiores para alunos que possuem capital cultural idêntico ou similar ao de seus professores. (C) Os alunos das classes populares, devido às suas ca- racterísticas culturais, enfrentam maiores discrimina- ções dificultando alcançar o sucesso escolar. (D) Os alunos de segmentos sociais em situação de des- vantagem e possuidores de menor capital cultural es- tão fadados ao fracasso na escola. (E) Os alunos que sofrem atos de discriminação na esco- la em função de suas características culturais tendem a se evadir com maior frequência. PROFESSOR - HISTÓRIA 5 9 Avaliações diagnósticas têm sido amplamente emprega- das para a análise da qualidade do ensino oferecido em redes públicas. No caso da Prova Brasil, o segmento no qual ela é aplica- da, constitui-se dos alunos (A) do 2o ano (1a série) e do 5o ano (4a série) do ensino fundamental (B) do 2o ano (1a série) e do 9o ano (8a série) do ensino fundamental (C) do 4o ano (3a série) e do 8o ano (7a série) do ensino fundamental (D) do 5o ano (4a série) e do 8o ano (7a série) do ensino fundamental (E) do 5o ano (4a série) e do 9o ano (8a série) do ensino fundamental 10 Estabelecido pela atual legislação brasileira, o Projeto Político-Pedagógico deve contemplar a questão da quali- dade de ensino, em todas as suas dimensões, ordenando institucionalmente o trabalho escolar em suas especifici- dades, níveis e modalidades. Nesse sentido, o Projeto Político-Pedagógico (A) compõe-se, exclusivamente, dos planos de ensino das disciplinas e do planejamento anual das ativida- des a serem desenvolvidas na escola. (B) constitui a proposta de trabalho da escola, cuja ela- boração compete, exclusivamente, ao Coordenador Pedagógico e ao Diretor. (C) define anualmente os níveis e as modalidades de en- sino a serem oferecidos pela escola e a abrangência da clientela escolar. (D) exige em sua construção a participação de todos os agentes do processo educativo: professores, funcio- nários, pais e alunos. (E) estabelece as formas como, autonomamente, a esco- la e seus professores se manifestarão frente a deci- sões governamentais. 11 Embora as práticas de avaliação acompanhem a história da educação escolar, contemporaneamente tem crescido a preocupação em fazer dessa um componente importan- te do processo de ensino e aprendizagem. Considerando-se a realidade das escolas brasileiras, uma das funções que a avaliação deve ter é ser um instrumen- to para (A) a escola apreender o grau de importância que os alu- nos atribuem às disciplinas escolares. (B) a coordenação delinear os diferentes tipos de provas a serem aplicadas. (C) os professores controlarem a ação das famílias na aprendizagem dos alunos. (D) os professores reconhecerem o progresso e as dificul- dades dos alunos na compreensão dos conhecimen- tos ensinados. (E) os diretores verificarem o entendimento dos professo- res sobre a proposta pedagógica da escola. 7 Acompanhando as transformações ocorridas no cenário mundial, o Estado brasileiro, desde os anos de 1990, tem tomado medidas de ordem legal objetivando a atualização das políticas educacionais a fim de possibilitar mudanças na realidade do ensino nacional. Dentre essas medidas, tem-se o estabelecimento de Di- retrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, que têm como um dos seus objetivos (A) estimular a reflexão crítica dos participantes dos pro- cessos de formulação, execução e avaliação do projeto político-pedagógico das escolas de educação básica. (B) superar a necessidade de construção de competências e habilidades próprias à formação humana e cidadã dos estudantes das escolas de educação básica. (C) proporcionar aos alunos de escolas da educação bá- sica a qualificação para o trabalho e para o exercício da cidadania por meio do currículo nacional único. (D) incentivar a participação de voluntários nas atividades docentes das escolas de educação básica, sem exi- gências de formação e especialização acadêmicas. (E) promover o desenvolvimento cognitivo e, quando pos- sível, o psíquico e o social dos alunos de escolas de educação básica, considerando a realidade escolar. 8 A categoria de juventude foi construída ao longo da era moderna e está diretamente relacionada à educação nas sociedades contemporâneas. Embora não haja uma con- ceituação universalmente reconhecida sobre o que é ju- ventude, algumas características gerais são aceitas por especialistas de diferentes áreas de conhecimento, e as políticas educacionais promovidas durante o século XX buscaram contemplá-las. Nesse sentido, tem-se que (A) persistem os efeitos decorrentes da origem social, im- possibilitando uma total homogeneidade cultural dos jovens, o que legitima ações educacionais voltadas para jovens em desvantagem social. (B) há uma homogeneidade cultural na juventude que é resultado do fluxo das comunicações em um mundo globalizado, o que justifica a utilização das novas tec- nologias de informação nas escolas. (C) romper com as tradições culturais e políticas é um aspecto característico da juventude nas sociedades modernas, o que levou o tradicionalismo pedagógico a apregoar o disciplinamento dos jovens. (D) compartilhar hábitos de consumo e de estilo de vida similares é característica da juventude nas socieda- des modernas, o que justifica criar propostas pedagó- gicas com base no comportamento dos jovens. (E) criticar a xenofobia, o machismo e o racismo são ca- racterísticas políticas da juventude nas sociedades modernas, o que é um sinal do sucesso de propostas pedagógicas progressistas e democráticas. PROFESSOR - HISTÓRIA 6 12 A produção e a definição de conteúdos curriculares esco- lares estão relacionadas a vários fatores, dentre os quais se destacam, por sua importância, as características cul- turais da sociedade em que esses conteúdos se consti- tuem e a cultura da escola onde eles são trabalhados. Considerando-se esses dois fatores, (A) a compreensão do processo de construção dos con- teúdos curriculares pelos professores não produz efei- tos sobre a aprendizagem dos alunos. (B) o fato de os conteúdos curriculares estarem relaciona- dos aos saberes científicos impede que professores legitimem preconceitos em sala de aula. (C) as formas como os professores se apropriam dos con- teúdos curriculares não têm implicações sobre suas relações com seus alunos em sala de aula. (D) os modos como os conteúdos curriculares são traba- lhados em sala de aula pelos professores não produ- zem efeitos no desempenho dos alunos. (E) os professores devem fazer adequações nos conteú- dos curriculares, conforme as características sociais de seus alunos e a cultura da escola. 13 A abordagem de temas abrangentes e contemporâneos tem sido uma preocupação dos educadores e objeto de normatização legal no Brasil, em especial quanto às pos- sibilidades do desenvolvimento dos conteúdos programá- ticos da base nacional comum do Ensino Fundamental. Tais conteúdos devem ser permeados por temas que (A) facilitem o apoio econômico dos educandos às suas famílias durante seu percurso escolar. (B) promovam a circulação de valores éticos pertinentes a credos religiosos em particular. (C) afetem a vida humana em escala global, regional e local, bem como na esfera individual. (D) contribuam para que os educandos concluam, em me- nor tempo, os seus percursos escolares. (E) permitam aos educandos ingressar, de forma imediata e com sucesso, no mercado de trabalho. 14 Uma das grandes preocupações da educação no sé- culo XXI é contribuir para a redução de toda forma de ex- clusão social. Nesse sentido, cabe aos profissionais da educação e à escola (A) promover ações que tornem a escola um espaço de afirmação de valores individualistas e da elevação da autoestima dos educandos. (B) empreender práticas institucionais que levem à refle- xão sobre discriminações com base em gênero, etnia, crença e classe social. (C) incentivar os educandos, no âmbito do espaço esco- lar, a ingressar em organizações e associações a que estejam vinculados. (D) possibilitar que os espaços da escola sejam utilizados pela comunidade local para realização de jogos e fes- tividades. (E) organizar com os pais dos educandos atividades que tenham por objetivo a crítica de comportamentos con- siderados incomuns. 15 A avaliação tem sido um tema constante nos debates sobre educação, em especial sobre sucesso e fracasso escolar. Nesse sentido, as mudanças na legislação brasi- leira sobre educação vêm refletindo esses debates, como demonstra a determinação sobre avaliação estabelecida na Lei de Diretrizes e Bases, Lei Federal no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Essa Lei preconiza ter a avaliação do rendimento escolar (A) caráter classificatório, objetivando apontar os alunos que estejam mais propensos ao fracasso escolar. (B) propriedade formativa, possibilitando que os alunos se apropriem dos valores normativos implícitos à avaliação. (C) foco nas necessidades econômicas e sociais dos alunos, visando à sua futura inserção no mundo do trabalho. (D) prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quan- titativos, visando à percepção contínua do desempe- nho dos alunos. (E) prioridade no domínio momentâneo dos conteúdos programáticos, evitando que os alunos tenham de- sempenho insatisfatório. CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 16 Foi somente a partir de 1958 que uma sucessão de acontecimentos políticos revelou o grau de deterio- ração real nas relações entre EUA e América Latina [...]. Nesse mesmo ano, o vice-presidente americano Richard Nixon iniciou uma série de visitas a vários países latino-americanos [...]. No Peru e, sobretudo, na Venezuela, ele teve de enfrentar fortíssimas ma- nifestações populares, a ponto de o governo ameri- cano deslocar tropas para suas bases no Caribe com o objetivo de realizar uma “operação-resgate” caso fosse necessário. SILVA, Alexandra de Mello e. Desenvolvimento e multilateralis- mo: um estudo sobre a Operação Pan-Americana no Contexto da Política Externa de JK. Contexto Internacional, Rio de Ja- neiro, vol.14, n.2, pp. 209-239, jul./dez. 1992, p. 217. Adaptado. A exacerbação do sentimento antiamericano na América Latina, ilustrada no texto acima, foi uma das causas da (A) formulação do Programa Aliança para o Progresso (B) assinatura do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR) (C) fundação da Organização de Estados Americanos (OEA) (D) constituição de uma Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) (E) criação do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) PROFESSOR - HISTÓRIA 7 17 Nos Parâmetros Curriculares Nacionais, as competências e habilidades a serem desenvolvidas por meio do ensino das Ciências Humanas no Ensino Médio fundamentam-se na (A) ideia de que o aperfeiçoamento da sociedade deve ocorrer através da educação, atuando com rigor na transmissão de conteúdos relevantes aos educandos. (B) noção de que a gênese da nossa formação social e suas possibilidades de transformação guardam relação direta com as ações humanas e seus diferentes grupos. (C) visão crítica da atual sociedade, recomendando a per- suasão dos educandos à prática da solidariedade e do alívio da pobreza, de modo a reduzir as desigual- dades sociais do sistema capitalista. (D) análise da sucessão dos diversos modos de produção ao longo da história humana, avaliando, com base no pas- sado, o potencial de uma sociedade mais justa no futuro. (E) compreensão da multiplicidade de manifestações cul- turais da sociedade atual, rejeitando as ideias precon- cebidas de totalidade e estrutura, comuns nas histo- riografias positivista e marxista. 18 Seu nome, como tudo depende não de poucos mas da maioria, é democracia. Nela, enquanto no tocante às leis todos são iguais para a solução de suas di- vergências privadas, quando se trata de escolher […], não é o fato de pertencer a uma classe, mas o mérito, que dá acesso aos postos mais honrosos […]. TUCÍDIDES. História da Guerra do Poloponeso. Brasília: Ed. da UNB, 2001, p. 110. O texto citado acima, de um autor da Antiguidade Clássica, trata de civilização da Antiguidade no eixo do Mediterrâneo. Qual a civilização antiga a que ele se refere? (A) Egípcia, do Antigo Império (B) Egípcia, do Baixo Império (C) Fenícia (D) Grega (E) Romana 19 Os processos de descolonização ocorridos na África e na Ásia, no pós-1945, foram acompanhados por articulações internacionais que obtiveram a adesão de países de ou- tros continentes e resultaram na criação do Movimento de Não Alinhados (MNA) em 1961. Quem foi o anfitrião da Primeira Conferência dos Chefes de Estado e de Governo Não Alinhados? (A) Josip Broz Tito (Iugoslávia) (B) Patrice Lumumba (Congo) (C) Sukarno (Indonésia) (D) Jânio Quadros (Brasil) (E) Kwame Nkrumah (Gana) 20 Faça com que os eleitores falem e pensem que você os conhece bem, que se dirige a eles pelo nome, que sem parar e conscienciosamente procura seu voto, que você é generoso e aberto, que, mesmo antes do amanhecer, sua casa está cheia de amigos, que todas as classes são suas aliadas, que você fez promessas para todo mundo e que as cumpriu, realmente, para a maior parte das pessoas. MACKENDRIK, P. The roman mind at work. Krieger Pub. Co., 1980, p. 178-179. O texto acima, de Cícero, orador romano, 106 a.C. – 43 a.C., aconselha os possíveis candidatos nas eleições da Roma republicana. Seu discurso confirma a (A) autocracia política dos patrícios (B) realização de eleições censitárias (C) escolha pública dos Edis e Pretores (D) conquista da participação política pelos plebeus (E) influência da democracia grega na República romana 21 BROWNE, Dik. O melhor de Hagar, o horrível. São Paulo: L&PM, 1985, p. 25. A charge remete a uma família de bárbaros Vikings, povo originário da Escandinávia que se espalhou pela Europa e Atlântico Norte entre os séculos VIII e XI. Uma das características das invasões vikings no ocidente, que está presente na charge de forma metafórica, era a (A) pilhagem de cidades (B) preservação da tradição romana (C) negociação pacífica de relações comerciais (D) preservação da escrita de runas (E) conquista integral do território cristão 22 A década de 20 do século XIX viveu sob o signo da reação antiliberal, após as guerras napoleônicas. Esse contexto internacional marcou, sobremaneira, a construção do Es- tado brasileiro. Que aspecto da Constituição de 1824 reforçava diretrizes autoritárias em voga? (A) O censo eleitoral por alqueires de mandioca (B) O federalismo (C) O Poder Moderador (D) A liberdade de expressão (E) A separação de poderes PROFESSOR - HISTÓRIA 8 23 Meu coração pesado é um fardo para mim; o divertir-se é agradável e mais doce que o favo de mel; onde quer que Vênus impere, o trabalho suave, ela nunca habita em corações indolentes Meu caminho é amplo como o quer minha juventude, entrego-me aos meus vícios, esquecido das virtudes, mais ávido de volúpias do que de salvação, morta minh’alma só minha pele me importa Disponível em: <http://www.das.ufsc.br/~sumar/ perfumaria/Carmina_Burana/carmina_burana. htm>. Acesso em: 17 out. 2011. Os versos citados foram encontrados em um pergami- nho, durante a reforma do convento de Benediktbeuen, na Baviera, e sua autoria, que permanece anônima, está relacionada a monges beneditinos que habitaram o local no século XIII. São cerca de 315 poesias, presentes em 112 folhas, que, em 1937, foram transformadas em ópera pelo compositor alemão Carl Off, sob o título de Carmina Burana. A poesia acima é um exemplo de literatura (A) barroca, com a presença do dualismo e do exagero (B) romântica, com traços de egocentrismo e idealização (C) trovadoresca, evidenciando-se como uma canção de amor (D) árcade, apresentando grande preocupação formal e platonismo (E) goliarda, com destaque à irreverência e à desobediên- cia clerical 24 Durante o século XVII, a Inglaterra passou por grandes transformações: foi Monarquia Absolutista, República, Di- tadura e Monarquia Constitucional. Esse último regime foi inaugurado pela (A) promulgação da Magna Carta, em 1215, que instituía o parlamentarismo. (B) guerra civil, entre 1640 e 1648, com a derrota do rei Carlos I pela Revolução Puritana. (C) instauração de uma ditadura, em 1649, sob a lideran- ça de Oliver Cromwell. (D) ascensão de Carlos I ao trono, em 1660, com a Res- tauração da Monarquia. (E) aprovação da Declaração de Direitos, em 1689, que submetia o rei ao Parlamento. 25 Não é a abundância de ouro e prata, a quantidade de pérolas e diamantes, que faz os Estados ricos e opu- lentos [...], mas é a conciliação de coisas necessárias à vida e ao vestuário [...]. É impossível fazer a guerra sem homens, manter homens sem soldo, prover o sol- do deles sem tributos, arrecadar tributos sem comér- cio. [...] os mercadores são os mais úteis ao Estado. [...] os mercadores estrangeiros [...] são sanguessu- gas que grudam no grande corpo da França. DENIS, H. Histoire de la pensée économique. Paris: Presses Universitaires de France, 1999, p. 115. O texto de época acima, de Antoine de Montchrestien, dramaturgo e economista francês, 1575-1621, faz consi- derações sobre a economia dos Estados Absolutistas na Europa Ocidental. É parte desse contexto histórico e guarda relações com a afirmação do autor a(o) (A) abertura do Mediterrâneo pelas Cruzadas (B) revolução industrial inglesa (C) liga hanseática no comércio báltico (D) domínio colonial sobre a América (E) ciclo do açúcar de beterraba na Europa 26 Do ponto de vista dos britânicos, era um conflito quase que totalmente econômico. Eles desejavam eliminar seu principal competidor para alcançar o total predo- mínio comercial nos mercados europeus e o controle total dos mercados coloniais e ultramarinos. HOBSBAWM, E. J. A Era das Revoluções: Europa 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997, p. 101. O historiador britânico Eric Hobsbawm escreve a respeito dos interesses ingleses diante das guerras napoleônicas, no início do século XIX. De acordo com o texto de Hobsbawm, o caráter da par- ticipação britânica na guerra justifica a formação, pelas demais potências absolutistas, da (A) Ata Final de Viena (B) Liga das Nações (C) Santa Aliança (D) Convenção de Genebra (E) Convenção de Londres 27 Grande parte dos Estados Modernos europeus tem sua origem vinculada a conflitos militares. Qual das associações abaixo apresenta a relação entre um Estado Moderno e o confronto bélico a que está dire- tamente vinculada sua origem histórica? (A) Holanda – Guerra dos Cem Anos (1337-1453) (B) Inglaterra – Guerra das Duas Rosas (1455-1485) (C) França – Guerra dos Mares (1652-1654) (D) Espanha – Batalha de Aljubarrota (1385) (E) Portugal – Batalha de Alcácer-Quibir (1578) PROFESSOR - HISTÓRIA 9 28 A historiografia recente sobre a Independência do Brasil tem destacado que o Grito do Ipiranga constituiu mero desfecho formal de um processo inaugurado com a trans- ferência da Corte para o Brasil e a abertura dos portos em 1808. Entre a chegada da Corte ao Rio de Janeiro e o Grito de Ipiranga, essa historiografia tem desvelado ten- sões sociais complexas, que atravessaram a economia, a política e a constituição de uma identidade nacional. Qual o aspecto econômico desse processo que contribui para a compreensão da complexidade das tensões desse período? (A) A política externa joanina, materializada pelos Trata- dos de 1810 com a Inglaterra (B) A chegada da missão artística francesa (1815), lidera- da por Joachim Lebreton (C) A expansão do liberalismo econômico, com a eclosão da Revolução do Porto (1820) (D) A rebelião das tropas baianas de 1821, fiéis às deci- sões das Cortes de Lisboa (E) A declaração do “Fico” em janeiro de 1822, precursora do 7 de setembro 29 Ao avaliar as consequências das revoluções liberais no sé- culo XIX europeu, o historiador Eric Hobsbawm escreveu: A segunda onda revolucionária ocorreu entre 1829- 1834, e afetou toda a Europa a oeste da Rússia […] De fato, ela marca a derrota definitiva dos aristocra- tas pelo poder burguês na Europa Ocidental. A clas- se governante dos próximos 50 anos seria a “grande burguesia” de banqueiros, grandes industriais e, às vezes, altos funcionários civis. HOBSBAWM, E. J. A era das revoluções: Europa 1789-1484. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1997, p. 128-129. Adaptado. Um evento que desencadeou a onda revolucionária apon- tada pelo historiador foi a (A) Conferência de Aix-la-Chapelle (B) Conferência de Troppau (C) Revolução do Porto em Portugal (D) Instauração do Diretório na Revolução Francesa (E) Queda da monarquia Bourbon na França 30 Apesar de gerar controvérsia no meio acadêmico, o con- ceito de “populismo” ainda é amplamente utilizado. No caso brasileiro, a maioria dos livros didáticos caracteriza os governos “populistas” como, necessariamente, asso- ciados à existência de (A) governos ditatoriais (B) pluralidade sindical (C) manipulação da vontade popular (D) censura aos meios de comunicação (E) apoio da mídia através de concessões públicas 31 Apesar de os Estados Unidos serem o principal país importador de café brasileiro, a Inglaterra até a déca- da de 1870-1880 figurou em primeiro lugar entre os países de destino das mercadorias exportadas pelo Brasil. Entre 1870 e 1873, correspondem à Inglaterra 39,4% do valor das exportações brasileiras, vindo a seguir os Estados Unidos com 28,8%. FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2010, p. 239. Adaptado. Durante o II Reinado, o Brasil consolidou-se como um dos maiores exportadores de café do mundo, mas também di- versificou sua pauta de exportações. No período analisa- do pelo historiador Bóris Fausto no texto acima, os itens que, além do café, tiveram aumento significativo de sua participação no comércio externo do Brasil com a Inglater- ra e os Estados Unidos, respectivamente, foram (A) a borracha e os têxteis (B) o algodão e a borracha (C) o cacau e o algodão (D) o ferro e o cacau (E) os têxteis e o açúcar 32 O historiador britânico Tony Judt reuniu dados importan- tes referentes à catástrofe humanitária representada pela II Guerra Mundial na Europa. Apesar de ter atingido a imensa maioria dos povos europeus, suas consequências foram mais graves para certos países em comparação com outros: A Polônia perdeu, aproximadamente, um em cada cin- co cidadãos (levando-se em conta a população antes da guerra), incluindo um elevado percentual da popu- lação culta, que foi alvo premeditado de execução por parte dos nazistas. A Iugoslávia, um em cada sete; a União Soviética, um em cada 11; a Grécia, um em cada 14. Para assinalar o contraste, nota-se que a Alemanha sofreu perdas na ordem de 1/15; a França 1/77; a Grã Bretanha de 1/125. JUDT, Tony. Pós-guerra: uma história da Europa desde 1945. Rio de Janeiro, Objetiva: 2008, p. 32. As estatísticas levantadas por Judt revelam uma das cau- sas do (A) avanço do socialismo nas nações do Leste Europeu (B) desenvolvimento econômico da União Soviética (C) agravamento da Grande Depressão no Ocidente (D) domínio estrangeiro sobre a Alemanha (E) salto da Grã Bretanha à condição de potência mundial PROFESSOR - HISTÓRIA 10 33 No curso das revoluções de 1917, na Rússia, os bolche- viques formaram, a partir do Congresso Nacional dos So- vietes (em novembro), um governo paralelo no prédio do Instituto Smolny em São Petersburgo. A partir de então, esse governo soviético passou a disputar legitimidade com o Governo Provisório liderado por Alexander Kerensky, que era sustentado por uma coalização formada em março do mesmo ano. Como se tratava de um país predominante- mente agrário, o apoio dos camponeses seria decisivo para a legitimação de um dos dois governos. Contando já com a adesão da maioria dos operários e soldados, o governo soviético convocou, ainda para novembro, um Congresso Nacional dos Sovietes camponeses na Rússia. Os camponeses, em seu Congresso, terminaram por aderir à revolução, graças ao domínio político do Partido (A) Socialista Populista (B) Socialista-Revolucionário (C) Menchevique (D) Constitucional Democrata (E) Junker 34 Nos anos de 1970 e 1980, a história da educação [passou] a relacionar escola e sociedade, mas com o peso colocado no prato desta última. [...] Foi o auge do chamado reprodutivismo educacional, baseado, por uma parte, no “estruturalismo marxista” de Louis Althusser, para quem “o sistema das diferentes ‘es- colas’ públicas e privadas” constituía o AIE (Aparelho Ideológico de Estado) escolar [...], responsável, junta- mente com os outros AIEs, pela manutenção da es- trutura de dominação social, e, por outra parte, na so- ciologia de Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron [...], para os quais o sistema de ensino, empregando a violência simbólica, contribui ideologicamente para a perpetuação da ordem social. CASTANHO, Sérgio E. M. Questões teórico-metodológicas de história cultural e educação. In: CASIMIRO, Ana Palmira Bitten- court Santos; LOMBARDI, José Claudinei; MAGALHÃES, Lívia Diana Rocha (orgs.). História, cultura e educação. Campinas, SP: Autores Associados, 2006, p. 155-156. Adaptado. O “reprodutivismo educacional”, mencionado no texto acima, começou a ser criticado, no Brasil, no final da década de 1970. Os autores que buscavam referenciais alternativos a essa concepção teórica argumentavam que a (A) transformação da estrutura social não passa pela escola. (B) escolarização interdita as manifestações da ideologia proletária. (C) escola é unicamente um instrumento da burguesia na luta contra o proletariado. (D) função política da educação é garantida pelo acesso dos trabalhadores ao saber sistematizado. (E) escola é produto de mecanismos econômicos que a tornam mera reprodutora de relações sociais. 35 O ano de 1961 marcou para o movimento sindical na- cional, segundo líderes operários, uma transformação sensível, principalmente pelo aprofundamento das di- vergências existentes entre os dirigentes sindicais de esquerda (comunistas e não comunistas) e do chama- do grupo democrata, com resultados mais favoráveis para os primeiros pela falta de penetração que os do grupo ‘democrata’ tem na massa de trabalhadores. Diário Carioca, Rio de Janeiro, 3 jan.1962. O início da década de 1960 foi extremamente conturbado para a política no Brasil. Do ponto de vista do movimento sindical, a transformação citada na reportagem foi resultado da (A) morte do presidente Getúlio Vargas (B) campanha pela legalização do Partido Comunista (C) articulação para a criação do Comando Geral dos Tra- balhadores (CGT) (D) tentativa de impedir a posse do presidente Juscelino Kubitschek (E) organização de greves e mobilizações conhecidas como “Panela Vazia” 36 A federação de 1891 abriu as portas do paraíso para o coronel. [...] Surgiu o coronelismo como sistema [...]. O coronel municipal apoiava o coronel estadual que apoiava o coronel nacional, também chamado de pre- sidente da República, que apoiava o coronel estadual, que apoiava o coronel municipal. [...] Aumentou tam- bém o dá-cá-toma-lá entre coronéis e governo. As no- meações de funcionários se faziam sob consulta aos chefes locais. Surgiram o “juiz nosso” e o “delegado nosso”, para aplicar a lei contra os inimigos e proteger os amigos. O clientelismo, isto é, a troca de favores com o uso de bens públicos, sobretudo empregos, tornou-se a moeda de troca do coronelismo. [...] O co- ronelismo, como sistema nacional de poder, acabou em 1930, mais precisamente [...] em 1937. CARVALHO, José Murilo de. Metamorfoses do coronel. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 6 maio 2001. Adaptado. De acordo com o texto acima, ainda há clientelismo e co- ronéis no Brasil, mas o coronelismo, como sistema políti- co nacional, já deixou de existir há décadas. Ele surgiu na Primeira República e não sobreviveu à Era Vargas. Com base na definição apresentada no texto acima, que mecanismo político, presente na “federação de 1891” e extinto em 1937, era responsável por articular os três ní- veis de governo do país num sistema coronelista? (A) Clientelismo (B) Voto censitário (C) Política do café com leite (D) Economia agroexportadora (E) Eleição dos governadores estaduais PROFESSOR - HISTÓRIA 11 37 HENFIL. A volta da Graúna. São Paulo: Geração Editorial, 1993, p. 48. A charge do cartunista Henfil retrata, com muita ironia, o processo de abertura política vivido pelo Brasil na década de 1980. O diálogo entre Graúna e Zeferino faz uma referência crítica a qual das características da política brasileira da época? (A) À força do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), vitorioso nas eleições para o governo de São Paulo em 1982. (B) À comoção do povo brasileiro em função da morte de Tancredo Neves, presidente eleito que encerraria a transição à democracia. (C) À força da Aliança Democrática nas eleições de 1985, contando com votos da dissidência do PDS nas eleições indire- tas para presidente. (D) Ao apoio popular ao governo Sarney, principalmente como “fiscais do presidente” após o anúncio do Plano Cruzado. (E) Ao controle dos setores políticos dominantes sobre o processo de abertura, responsável pela derrota da emenda Dante de Oliveira em 1984. PROFESSOR - HISTÓRIA 12 38 A colonização espanhola na América destruiu, em menos de meio século, civilizações centenárias que já tinham atingido relativo grau de centralização política. Que característica do Império Inca, à época da chegada dos europeus, favoreceu a vitória dos conquistadores es- panhóis sobre os nativos? (A) A inferioridade numérica do exército inca contra os es- panhóis liderados por Francisco Pizarro, que conta- vam ainda com cavalos, aço e pólvora. (B) A crença de Montezuma II, líder dos méxicas, na pro- fecia que anunciava a chegada de Quetzalcoatl, divin- dade confundida com o líder espanhol Hernán Cortés. (C) A pesada carga tributária imposta sobre as cidades- -estado submetidas a Tenochtitlan, o que facilitou aos espanhóis a formação de alianças com os povos de língua nahuatl. (D) A crise sucessória iniciada pouco antes da chegada dos espanhóis, que dividiu a família dirigente e levou a uma guerra civil inca bem aproveitada por Pizarro. (E) A debilidade do sistema político centralizado em tor- no de Cuzco, desgastado por séculos de conquistas militares que se estendiam por regiões vastas e hete- rogêneas. 39 Está cada vez mais claro que as origens da revolução industrial da Grã-Bretanha não podem ser estuda- das exclusivamente em termos de história britânica. A árvore de expansão capitalista moderna cresceu numa determinada região da Europa, mas suas raí- zes tiraram seu alimento de uma área de intercâmbio e acumulação primitiva muito mais ampla, que incluía tanto as colônias de além-mar, ligadas por vínculos formais, quanto as “economias dependentes” da Eu- ropa Oriental, formalmente autônomas. HOBSBAWM, Eric J. As origens da revolução industrial. São Paulo: Global, 1979, passim. Adaptado. De acordo com essa clássica interpretação das causas da Revolução Industrial inglesa, a acumulação primitiva de capitais constituiu fator fundamental e imprescindível da transição do feudalismo ao capitalismo. Nesse sentido, a burguesia inglesa foi amplamente be- neficiada pelo comércio de diversos produtos durante a Época Moderna, entre os quais NÃO se inclui o (A) ouro (B) algodão (C) chá (D) petróleo (E) açúcar 40 Em nossas áreas [de ciências humanas e sociais], o ideal era que houvesse linguagens distintas, mais espe- cializada nas revistas, mais acessível nos livros. Poder- -se-ia acrescentar ainda um terceiro meio, o artigo de jornal, que requer linguagem ainda mais destravada e acessível. A maioria dos historiadores usa o mesmo es- tilo pesado nos três casos, confundindo-o com profun- didade. Depois reclama que não há leitores para livros de História, quando os há aos milhares para as obras de Eduardo Bueno e para as biografias escritas por jor- nalistas. O fato é que escrevemos mal e o leitor não especializado refuga. Das duas uma, ou se renuncia a ser lido fora da tribo acadêmica ou se procura melho- rar a escrita. Pessoalmente, acho que o historiador não deve fechar-se no gueto acadêmico. Prefiro escrever sem jargão e correr o risco de ser chamado de ensaísta a esconder o resultado das pesquisas do público não especializado. Todos gostam de boas histórias, não há por que não gostarem também de boa História. MORAES, José Geraldo Vinci de; REGO, José Marcio. José Murilo de Carvalho. In: MORAES, José Geraldo Vin- ci de; REGO, José Marcio (orgs.). Conversas com his- toriadores brasileiros. São Paulo: Ed. 34, 2002, p. 175. A recente reflexão metodológica sobre as formas de escri- ta da história não se restringe à preocupação com o estilo adequado para cada público. Ela vincula-se também ao “renascimento da narrativa”, alardeado por (A) Lucien Febvre, que privilegiou a “história dos aconte- cimentos” em detrimento da história das estruturas. (B) Fernand Braudel, que foi figura central da 2a geração da “escola dos Annales”. (C) Lawrence Stone, que contribuiu para tornar a narrati- va histórica tema de debate. (D) Eric Hobsbawm, que reconheceu o equívoco de uma história de inspiração marxista para a compreensão do mundo atual. (E) Hayden White, que provocou enérgicas reações dos historiadores ao negar o caráter literário da escrita da História. 41 Durante os mais de trezentos anos de colonização, a América Portuguesa passou por diversas alterações em sua estrutura político-administrativa. Qual das associações abaixo apresenta a relação entre o evento e a sua causa direta? (A) Criação do Vice-Reino do Brasil – Tratado de Santo Ildefonso (B) Fim das Capitanias Hereditárias – domínio espanhol durante a União Ibérica (C) Criação do Estado do Maranhão – ameaças estran- geiras à região amazônica (D) Mudança da capital para o Rio de Janeiro – ocupação holandesa do Nordeste (E) Subordinação do Vice-Rei ao Conselho Ultramarino – Insurreição Pernambucana PROFESSOR - HISTÓRIA 13 Considere o texto abaixo para responder às questões de nos 42 e 43. Desde o início do período regencial, a burocracia go- vernamental do Rio de Janeiro, respaldada nos in- teresses das elites dessa província, de São Paulo e de Minas Gerais, buscou implantar um modelo cen- tralizador de Estado. Houve resistência armada das oligarquias regionais, sendo a mais longa e grave a da Farroupilha, no Rio Grande do Sul [...]. Em 1840, porém, consolidou-se no Brasil o bloco de poder que tinha como núcleo a oligarquia enriquecida com a pro- dução de café nas províncias de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Esse setor oligárquico hegemô- nico aliou-se à burocracia governamental na defesa do Estado centralizado, para o qual obteve legitimi- dade ao colocar à frente do seu governo, antecipada- mente, D. Pedro II. DORATIOTO, Francisco. O Império do Brasil e a Argentina (1822-1889). Textos de História, vol. 16, n. 2, p. 217-247, 2008, p. 223. Adaptado. 42 Além da Farroupilha, diversas outras revoltas eclodiram no Brasil, principalmente entre 1835 e 1848, em oposição à centralização política que as elites do Centro-Sul do Im- pério tentavam promover. Qual foi a mais importante rebelião iniciada nesse período que NÃO se enquadra na caracterização apresentada no texto acima? (A) Revolta dos Malês, Bahia, 1835 (B) Sabinada, Bahia, 1837 (C) Balaiada, Maranhão, 1838 (D) Revolta dos Liberais de Minas Gerais e São Paulo, em 1842. (E) Revolução Praieira, Pernambuco, 1848 43 A implantação do projeto político centralizador do Estado imperial brasileiro, defendido pelo bloco de poder a que se refere o texto acima, estendeu-se por mais de uma dé- cada. O auge desse processo costuma ser identificado com a ascensão ao ministério do grupo do Partido Con- servador liderado pela “Trindade Saquarema”, em fins da década de 1840. Uma das medidas centralizadoras desse ministério foi a (A) aprovação da Tarifa Alves Branco (B) reorganização da Guarda Nacional (C) reforma do Código do Processo Criminal (D) instituição do “parlamentarismo às avessas” (E) promulgação da Lei de Interpretação do Ato Adicional 44 A escravidão já existia no continente africano antes da chegada dos europeus, na Idade Moderna. A respeito do comércio de escravos entre a África e outras partes do mundo, considere as afirmações abaixo. I - As guerras eram o principal instrumento que os afri- canos utilizavam para transformar seus inimigos em escravos para venda no litoral. II - A venda de escravos para suprir demandas externas já era atividade estabelecida no continente africano desde o primeiro milênio da Era Cristã. III - O aumento da demanda americana por escravos africanos contribuiu para intensifi car e interiorizar a concorrência entre os diversos tipos de Estados afri- canos. É correto o que se afirma em (A) I, apenas. (B) II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III. 45 Por seu tamanho, duração e significado, o Quilombo dos Palmares foi o caso mais emblemático de resistência es- crava no Brasil. O período do auge do crescimento da po- pulação do Quilombo e a morte de seu líder Zumbi dos Palmares relacionam-se, respectivamente, (A) à retomada de Angola pelos portugueses e ao Tratado de Methuen (B) às invasões holandesas e ao sertanismo de contrato (C) às invasões holandesas e ao Tratado de Methuen (D) ao aumento das alforrias em Pernambuco e ao serta- nismo de contrato (E) ao aumento das alforrias em Pernambuco e à desco- berta de ouro 46 A difusão de regimes de inspiração fascista na Europa, na década de 1930, é considerada uma das consequências da crise de 1929, dentre outros motivos, porque a (A) imposição do governo colaboracionista de Vichy na França data de 1939. (B) instituição do Estado Novo salazarista em Portugal foi oficializada em 1937. (C) vitória eleitoral do general Francisco Franco na Espa- nha foi obtida em 1936. (D) convocação de Hitler para a chancelaria alemã ocor- reu em 1933. (E) ascensão de Mussolini e seus “camisas negras” ao poder na Itália ocorreu em 1932. PROFESSOR - HISTÓRIA 14 48 Analise o depoimento do general Osvaldo Cordeiro de Farias, que foi ministro do Governo Castelo Branco, acerca das causas do golpe civil-militar de 1964. Havia uma mentalidade revolucionária! Jango, nos últimos dias de seu governo, fez tudo o que era preciso para levantar o Exército contra ele, com as atitudes que tomou. Em primeiro lugar, a rebeldia dos marinheiros. Oficiais da Marinha, naquele dia, procuraram-me em prantos, chocados com a subver- são hierárquica. Em seguida, o Comício da Central e a reunião de Jango com os sargentos, no Auto- móvel Clube. [...] A indignação militar era enorme! [...] Quem fez a revolução militar não fomos nós, foi Jango, com sua política, com suas atitudes. Não há exagero nenhum nisso. Ele colocou o Exército num dilema trágico: rendição à anarquia ou reação! CAMARGO, Aspásia; GÓES, Walder de (orgs.). Meio século de combate: diálogo com Cordeiro de Farias. Rio de Janei- ro: Nova Fronteira, 1981. Adaptado. De acordo com a interpretação reproduzida acima, o principal motivo da mobilização dos militares brasileiros para destituir o presidente João Goulart em 1964 teria sido a percepção de que a (A) corrupção no Poder Executivo atingira um nível alar- mante. (B) quebra da hierarquia militar era estimulada pelo pre- sidente. (C) solidez da família cristã estava sob ameaça de disso- lução pelo ateísmo. (D) articulação de uma revolução comunista tinha apoio do governo federal. (E) mobilização popular contra Jango dava respaldo a uma intervenção militar. 49 Em 1990, John Williamson criou a expressão “Con- senso de Washington”, que ele definiu como o “me- nor denominador comum das diretrizes que estão sendo recomendadas pelas instituições com sede em Washington para os países latino-americanos desde 1989”. WILLIAMSON, John. What Should the World Bank Think About the Washington Consensus? World Bank Research Observer. Washington, DC: The International Bank for Reconstruction and Development, Vol. 15, n. 2, pp. 251-264, ago 2000. Tradução livre. Dentre as “diretrizes” que Williamson sintetizou em dez pontos estava incluída a (A) redução da pobreza (B) adoção de metas de inflação (C) reformulação de leis ambientais (D) implementação da governança corporativa (E) liberalização dos fluxos de investimento estrangeiro direto 47 EMENDAS À CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1891 Nós, Presidentes e Secretários do Senado e da Câmara dos Deputados, de acordo com o § 3o do art. 90 da Constituição Federal e para o fim nele prescrito, man- damos publicar as seguintes emendas à mesma Cons- tituição, aprovadas nas duas Câmaras do Congresso Nacional. [...] Substitua-se o art. 34 da Constituição pelo seguinte: “Art. 34. Compete privativamente ao Congresso Na- cional: lo Orçar, anualmente a Receita e fixar, anualmente, a Despesa e tomar as contas de ambas [...] 28. Legislar sobre o trabalho. 29. Legislar sobre licenças, aposentadorias e reformas, não as podendo conceder, nem alterar, por leis espe- ciais. [...] Rio de Janeiro, 3 de setembro de 1926. – Estácio de Albuquerque Coimbra, Presidente do Senado - Manoel Joaquim de Mendonça Martins, 1o Secretário do Se- nado. BALEEIRO, Aliomar. Constituições Brasileiras: 1891. Brasília: Senado Federal e Ministério da Ciência e Tecnologia, Centro de Estudos Estratégicos, Coleção Constituições Brasileiras; v. 2 2001, p. 107-115. Estão reproduzidos acima alguns trechos da Reforma Constitucional de 1926, que aprovou emendas à Consti- tuição de 1891. A leitura dessa fonte primária, se confrontada com a legis- lação trabalhista do Brasil das décadas de 1920 e 1930, permite concluir que o (A) Poder Legislativo promulgou leis trabalhistas no país antes da Revolução de 1930. (B) Estado brasileiro deu atenção à questão social ape- nas após a Revolução de 1930. (C) Poder Legislativo não aprovou leis trabalhistas antes da Revolução de 1930, apesar de ter poderes para tal desde 1926. (D) Congresso Nacional utilizou o poder adquirido em 1926 apenas com o intuito de criminalizar a questão social, rejeitando aprovar direitos trabalhistas antes de 1930. (E) Congresso Nacional não promulgou leis trabalhistas an- tes de 1930 porque os sindicatos anarquistas eram con- trários à intervenção estatal no mercado de trabalho. PROFESSOR - HISTÓRIA 15 50 Disponível em: <http://artes789.wordpress.com/page/2/>. Acesso em: 01 out. 2011. A figura acima é o conhecido trabalho de Leonardo da Vinci chamado “O Homem de Vitrúvio”, produzido entre 1485 e 1490, exposto na Galleria dell’ Accademia, em Ve- neza. Da Vinci é apontado como um dos principais nomes do Renascimento europeu vigente no século XV, pois in- troduziu novas perspectivas em estudos acadêmicos, nas artes e demais aspectos da vida social. Que características da arte renascentista estão presentes na obra acima? (A) Humanismo e proporção (B) Classicismo e despotismo (C) Academicismo e republicanismo (D) Teocentrismo e metafísica (E) Misticismo e neoplatonismo RA SC UN HO
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