MANUFATURA DE BRINQUEDOS ESTRELA S

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MANUFATURA DE BRINQUEDOS ESTRELA S.A.
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS REFERENTES AOS EXERCÍCIOS
FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014
CONTEÚDO
Relatório da administração
Parecer dos auditores independentes
Quadro 1 - Balanço patrimonial
Quadro 2 - Demonstração dos resultados
Quadro 3 - Demonstração das mutações do passivo a descoberto
Quadro 4 - Demonstração do fluxo de caixa
Quadro 5 - Demonstração do valor adicionado
Quadro 6 - Demonstração do resultado abrangente
Notas explicativas às demonstrações contábeis
Declaração dos diretores sobre o Parecer dos Auditores
Declaração dos diretores sobre as Demonstrações Financeiras
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
CONTEXTO OPERACIONAL
Ao longo de 2015 assistimos a uma séria degradação dos indicadores econômicos no Brasil. O aumento do desemprego, a queda significativa do poder aquisitivo das famílias e as incertezas políticas fizeram com que a economia do País apresentasse uma retração no PIB, gerando graves problemas para os diversos setores produtivos.
Datas comemorativas como Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Namorados, Dia dos Pais, Dia das Crianças, tiveram vendas menores do que as apresentadas em 2014. Tudo isto influenciou uma postura mais
conservadora por parte do varejo para as compras do Natal, afetando assim o resultado das indústrias nacionais de brinquedos.
Outra variável econômica que teve um grande impacto no mercado foi a desvalorização cambial. No ano de 2015 a desvalorização funcionou de forma negativa pois contratos de importação de brinquedos
assumidos no início do ano ocasionaram aumentos nos custos e nem sempre foi possível repassá-los aos preços.
Embora no final de 2014 o Governo Federal tenha definido como permanente a desoneração dos encargos sociais sobre a folha de pagamentos para o setor de brinquedos, no início de 2015 o setor foi
surpreendido pela alteração das regras fazendo com que o custo da contribuição social tenha dobrado em relação ao ano anterior. Mais um exemplo da falta de preocupação do Governo Federal em definir rumos de
médio e longo prazo para o setor industrial.
Segundo a empresa de pesquisa de mercado GFK Retail and Technology do Brasil Ltda, o mercado de brinquedos apresentou um crescimento de 3% (três por cento) em 2015 comparado com o ano anterior.
Embora este crescimento não tenha conseguido sequer ficar próximo a inflação do ano, a Companhia deve comemorar os resultados comparativamente as grandes quedas apresentadas por diversos segmentos de consumo de massa em 2015.
O início da perda de grau de investimento por parte do Brasil no último trimestre de 2015 mostra um caminho perigoso de restrição do crédito e aumento do seu custo. Crédito é um fator fundamental para as empresas conseguirem estabelecer planos de crescimento, em especial no Brasil, país onde as empresas são obrigadas a recolher os impostos relacionados a comercialização dos produtos muito antes de receberem o dinheiro das vendas realizadas. As empresas financiam os impostos a favor do Fisco, o que mostra a necessidade de ser feita uma reforma tributária que o Governo Federal vem adiando há muitos anos.
DESEMPENHO DA COMPANHIA
A Linha de Produtos Peppa, que foi a grande sensação de vendas da Companhia em 2014, apresentou um desempenho muito abaixo do previsto em 2015. Geralmente, os brinquedos de grande sucesso num ano apresentam uma queda de vendas nos anos seguintes. Mas no caso da linha Peppa, esta queda foi bem maior do que a Companhia estava esperando. Esta queda de vendas ocorreu já no Natal de 2014, o que tirou da Companhia em 2015 uma boa possibilidade de manter um crescimento de vendas.
Por outro lado, segundo ainda a citada pesquisa de mercado GFK, a Companhia ampliou sua participação de mercado nos segmentos de jogos, bonecas e massa, que são muito relevantes no mercado brasileiro de brinquedos.
A Receita de Vendas da Companhia em 2015 ficou 18% abaixo do ano anterior, principalmente em função da queda de vendas da linha Peppa Pig. A menor Receita de Vendas, atrelado a um aumento nas devoluções levaram a uma queda na Receita Bruta da Companhia da ordem de 21%.
A Receita menor em relação ao esperado pela Companhia ocasionou uma queda de 31% no Lucro Bruto.
As despesas de vendas ficaram 16% menores, mas as despesas administrativas cresceram 10% em função do aumento salarial resultante do Dissídio Coletivo do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Brinquedos do Estado de São Paulo.
O aumento do custo financeiro levou a Companhia a ter uma Despesa Financeira semelhante à do ano anterior, embora a Companhia tenha vendido menos do que o esperado.
A somatória dos eventos acima levou a Companhia a ter um Prejuízo no Exercício de R$ 44,8 milhões, contra um Prejuízo de R$ 25,4 milhões no ano anterior.
DESEMPENHO DAS EMPRESAS LIGADAS
A Brinquemolde Licenciamento Indústria e Comércio Ltda., instalada no município de Três Pontas, Minas Gerais, segue sendo uma unidade estratégica na produção de bonecas, contribuindo significativamente para a melhoria operacional e de produtividade do parque industrial da Companhia. Por outro lado, essa sociedade representa um importante apoio ao projeto de desenvolvimento da região, através da geração de empregos diretos.
A Estrela Distribuidora de Brinquedos, Comercial, Importadora e Exportadora Ltda., é uma controlada da Manufatura de Brinquedos Estrela S.A., administra os imóveis do grupo e a partir do segundo semestre de 2011, começou a ser responsável pelo faturamento de brindes promocionais, produtos exclusivos para determinados clientes e faturamento de parte da linha de produtos para diversos clientes no Brasil.
A Starcom do Nordeste Comércio e Indústria de Brinquedos Ltda. se consolida cada vez mais como uma alternativa para abastecermos os mercados da região Nordeste, embora esta tenha sido a região do país que mais apresentou queda de mercado em função do baixo desempenho da economia brasileira.
A Brinquedos Estrela Indústria e Comércio Ltda., situada em Manaus, está em fase de Dissolução Regular de sociedade após ter desativado sua operação industrial na região da Zona Franca de Manaus-AM.
RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL.
A Companhia tem colaborado para a educação das crianças brasileiras através de brinquedos pedagógicos e no desenvolvimento da consciência ecológica nas crianças.
A Companhia participa ativamente das ações desenvolvidas pela Fundação ABRINQ contribuindo para a manutenção e educação de crianças carentes em todo o Brasil, promovendo e defendendo os direitos das crianças e dos adolescentes.
Todos os produtos fabricados pela Companhia recebem o Certificado de Segurança do INMETRO e preenchem todos os requisitos de qualidade internacional, garantindo às famílias brasileiras que suas crianças terão brinquedos saudáveis para aprender brincando.
A Companhia obedece em suas unidades industriais todas as normas de proteção ambiental estimulando práticas de sustentabilidade, ciente da sua responsabilidade social perante a comunidade onde atua.
PERSPECTIVAS
Difícil fazer uma previsão sobre as perspectivas da economia brasileira em 2016 e o segmento de brinquedos. De um lado a desvalorização do real dá para a Companhia uma vantagem competitiva em relação aos concorrentes importadores de brinquedos. Porém do outro lado, a instabilidade política nacional afeta cada vez mais a economia, que não dá nenhum sinal de possível recuperação a curto e médio prazo.
A Companhia vai continuar a perseguir todas as novas oportunidades que se apresentarem para manter a operação competitiva enquanto não for encontrada uma situação econômica mais estável e propícia ao crescimento.
OFERTA PÚBLICA DE AÇÕES (OPA) 
Como já anunciado anteriormente, em setembro de 2015 o controlador da companhia, Sr. Carlos Antonio Tilkian, publicou Fato Relevante para a realização de uma Oferta Pública de Aquisição de Ações (OPA) visando adquirir todas as ações dos minoritários em circulação no mercado, quer sejamordinárias ou preferenciais, visando o cancelamento do registro de Companhia Aberta.
Tal decisão, que foi discutida e aprovada pela Diretoria da Companhia, está relacionada ao fato da Companhia possuir patrimônio líquido negativo, não conseguir distribuir dividendos aos acionistas e não ter possibilidade de captação de recursos para aumento de capital.
A OPA para Fechamento de Capital está sendo objeto de análise na Comissão de Valores Mobiliários, na forma da legislação vigente, sendo esperada uma decisão da CVM ainda neste ano de 2016.
EVENTOS SOCIETÁRIOS
A Administração irá propor à Assembleia Geral a aprovação das demonstrações financeiras e que o prejuízo do exercício seja transferido para prejuízos acumulados, na forma da legislação societária, não havendo a possibilidade de distribuição de dividendos neste exercício.
ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO CVM 381/03
A Companhia mantém a postura de preservar a independência dos Auditores Externos e neste sentido, em 2015 os auditores prestaram serviços exclusivos de Auditoria das Demonstrações Contábeis.
AGRADECIMENTOS
A Administração agradece o apoio recebido do seu quadro de colaboradores, fornecedores, clientes e instituições financeiras. Este apoio tem sido muito importante para conseguirmos manter a competitividade e a
missão da Companhia de oferecer brinquedos para nossas crianças e adolescentes que, além de entretê-los, contribuam para seu desenvolvimento pessoal e social. 
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES
Aos Ilmos. Srs.
Administradores e Acionistas da
MANUFATURA DE BRINQUEDOS ESTRELA S.A.
RELATÓRIO SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Examinamos as demonstrações contábeis individuais e consolidadas, da MANUFATURA DE BRINQUEDOS ESTRELA S.A., identificadas como Controladora e Consolidado, respectivamente, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2015, as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.
Responsabilidade da administração da companhia pelas demonstrações contábeis individuais e consolidadas
A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações contábeis individuais e consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas internacionais (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB, assim como pelos controles internos que a Administração determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
Responsabilidade dos auditores independentes
Nossa responsabilidade é a de expressar uma conclusão sobre essas demonstrações contábeis individuais e consolidadas com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante.
Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações contábeis. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante das demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. 
Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião de auditoria sem ressalva.
Opinião sem ressalva
Em nossa opinião, as demonstrações contábeis individuais e consolidadas anteriormente referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira, individual e consolidada, da MANUFATURA DE BRINQUEDOS ESTRELA S.A. em 31 de dezembro de 2015, o desempenho individual e consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e as IFRSs, emitidas pelo IASB.
Ênfases
1) As Demonstrações Contábeis foram preparadas no pressuposto de continuidade normal dos negócios das
Companhias. Conforme descrito na nota explicativa 1, a Administração da Companhia, em conjunto com os seus acionistas controladores, continua com seu plano de melhorar a eficiência e competividade, através de uma gestão que privilegia a melhor opção entre importar e produzir internamente, assim como de uma administração mais rigorosa do capital de giro, sempre com o objetivo de geração de lucros consistentes e, assim, suprir a insuficiência de capital de giro próprio e eliminar seu passivo a descoberto. As demonstrações contábeis individuais e consolidadas não incluem quaisquer ajustes relativos à realização e classificação dos valores de ativos ou quanto aos valores e à classificação de passivos que seriam requeridos na impossibilidade de as Companhias continuarem em operação.
2) Em conexão aos assuntos enfatizados nos relatórios de revisão das informações intermediárias relativas aos trimestres findos em 2015, os quais versavam sobre: (i) o provável valor de desembolso dos débitos tributários inscritos anteriormente no Programa de Recuperação Fiscal – Refis, junto à Receita Federal do Brasil; e (ii) o desbloqueio judicial dos Títulos da Dívida Agrária, assim como na obtenção de posições externas atualizadas dos registros destes ativos; as afirmações feitas pela Companhia sobre a adesão ao Refis 2014 (Nota Explicativa N° 8 e 14) condicionando seu pleno reconhecimento contábil quando se efetivar o desbloqueio judicial dos títulos da dívida agrária (Nota Explicativa N° 8), assim como do deferimento de outras dívidas inscritas no referido parcelamento, em especial aquela referente ao parcelamento do Refis anterior, citado na Nota Explicativa N° 14, representam atitude conservadora da Companhia. Corroborando ao alegado conservadorismo e, na incerteza do deferimento dos débitos e créditos inscritos naquele parcelamento, a fim de evidenciar todas as provas da veracidade e da exigibilidade das confissões de dívidas declaradas no programa de parcelamento incentivado denominado Refis 2014, a Companhia está procedendo à reconciliação de seus registros contábeis frente aos registros fiscais declarados para consolidação deste parcelamento junto ao fisco federal.
Outros assuntos
Demonstrações do valor adicionado
Examinamos também as demonstrações do valor adicionado (DVA), individuais e consolidadas, referentes ao
exercício findo em 31 de dezembro de 2015, preparadas sob a responsabilidade da administração, cuja
apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas, e como informação
suplementar pelas IFRS, as quais não requerem a apresentação da DVA. Essas demonstrações foram
submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e estão adequadamente
apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações contábeis individuais e consolidadas tomadas em conjunto.
São Paulo, 21 de março de 2016.
Sergio de Andrade Behrend
Sócio Diretor
CRC 1SP197708/O-8
TRÍADE AUDITORES INDEPENDENTES
CRC 2SP015090/O-5MANUFATURA DE BRINQUEDOS ESTRELA S.A.
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS REFERENTES AO PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015.
(Valores expressos em milhares de reais)
CONTEXTO OPERACIONAL 
A Manufatura de Brinquedos Estrela S.A. tem sua sede localizada na cidade de São Paulo – SP e tem por objeto social a exploração da indústria e comércio de brinquedos e produtos similares, podendo participar de outras sociedades, anônimas ou de responsabilidade limitada.
A Companhia continua com seu plano de melhorar a eficiência e competitividade, concentrando suas atenções em:
 Manter o modelo operacional flexível com o objetivo de poder importar ou produzir no Brasil, optando sempre pela alternativa que traga o menor custo ao nosso consumidor;
 Continuar a investir no desenvolvimento de brinquedos com design brasileiro, agora sem se preocupar em que País este brinquedo será desenvolvido;
 Fazer uma administração mais rigorosa do capital de giro com o objetivo de reduzir custos financeiros;
 Procurar linhas de financiamento de capital de giro de longo prazo com o objetivo de viabilizar um maior crescimento da Companhia;
 Manter sempre respeito a nossos consumidores, crianças e adolescentes, procurando também servir como um instrumento para uma maior conscientização social e equilíbrio ambiental.
A Companhia continua seus estudos para viabilizar a disponibilidade de capital de giro necessário para suportar o seu plano agressivo de crescimento para os próximos anos.
A Companhia procura não só a garantia dos recursos, mas também a significativa redução do seu custo financeiro, que tem penalizado a rentabilidade nos últimos anos. A falta de capital de giro não tem impedido a Companhia de crescer, mas tem sacrificado muito a rentabilidade.
A Companhia participa diretamente no capital social da Estrela Distribuidora de Brinquedos Comercial
Importadora e Exportadora Ltda. (EDB) e indiretamente no capital social de mais três empresas Brinquedos Estrela Indústria e Comércio Ltda. (BEIC), Brinquemolde Licenciamento, Indústria e Comércio Ltda. (BLIC) e Brinquemolde Armazéns Gerais Ltda. (BAG).
A EDB foi constituída em 16 de outubro de 1989 e tem como objeto social o comércio, a importação e a exportação em geral, especialmente de brinquedos e/ou de quaisquer outros produtos manufaturados ou semi-acabados, os investimentos e as participações em outras Companhias, no país ou no exterior, e a aplicação de recursos próprios ou de terceiros em operações financeiras e/ou em metais preciosos em geral.
Em 15 de abril de 1993, foi constituída a BEIC, controlada da EDB, situada em Manaus - AM. A Empresa destinava-se à industrialização e à comercialização de brinquedos e produtos eletrônicos, bem como dos respectivos acessórios e peças de reposição, e à participação em outras sociedades. Desde o segundo semestre de 2005, essa empresa mantém suspensa suas atividades industriais.
Em 18 de novembro de 1997, foi constituída a BLIC, controlada da EDB. A Empresa dedica-se ao licenciamento de imagens de brinquedos para terceiros e à importação de moldes, e, a partir do exercício de 2001, também fabrica e comercializa produtos promocionais.
Em 15 de maio de 2000, foi constituída a BAG, controlada pela BLIC, que tem por objeto a exploração da atividade de armazéns gerais na forma do Decreto Federal nº 1.102, de 21 de novembro de 1903, e demais normas complementares.
Em Julho de 2010, a Estrela Distribuidora de Brinquedos Comercial Importadora e Exportadora Ltda, iniciou as atividades de revenda de promocionais.
Em abril de 2013 a Estrela Distribuidora de Brinquedos Comercial Importadora e Exportadora Ltda, visando melhor desenvolvimento de suas atividades operacionais de distribuição de brinquedos na região nordeste, adquiriu posição de sócia majoritária na Starcom do Nordeste Comércio de Indústria de Brinquedos Ltda., sociedade com sede em Ribeirópolis - Sergipe, que se dedica a produção de bonecas naquela região.
O Capital Social da Starcom do Nordeste Comércio e Indústria de Brinquedos Ltda foi aumentado em 30/11/2014 de R$ 10.000,00 para R$ 10.000.000,00. A sócia Estrela Distribuidora de Brinquedos Comercial, Importadora e Exportadora Ltda., integralizou o valor de R$ 9.989.001,00 (nove milhões, novecentos e oitenta e nove mil e um reais) e o sócio Carlos Antônio Tilkian o valor de R$ 999,00 (novecentos e noventa e nove reais).
As presentes demonstrações contábeis foram aprovadas pela Diretoria e pelo Conselho de Administração da Manufatura de Brinquedos Estrela S.A. em 22 de março de 2016.
APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, com base nas disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações e, ainda, em consonância com os requisitos das normas da Comissão de Valores Mobiliários - CVM, seguindo critérios uniformes em relação àqueles adotados no encerramento do último exercício social.
PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS ADOTADAS
Na elaboração das demonstrações financeiras, é necessário que a Administração faça uso de estimativas e adote premissas para a contabilização de certos ativos, passivos e outras transações, entre elas a determinação das vidas úteis do ativo imobilizado, a constituição de provisões necessárias para contingências e perdas relacionadas a contas a receber, e a elaboração de projeções para realização de imposto de renda e contribuição social diferidos e outras similares, as quais, apesar de refletirem a melhor estimativa possível por parte da Administração da Companhia e de sua controlada, podem apresentar variações em relação aos dados e valores reais.
a) Apuração do resultado e reconhecimento da receita
O resultado das operações é apurado em conformidade com o regime de competência dos exercícios, sendo a receita de venda de produtos reconhecida no resultado quando os riscos e benefícios inerentes ao produto são transferidos para o cliente.
b) Aplicações financeiras Representadas por investimentos temporários de liquidez imediata que serão mantidas até as suas datas de vencimento e registradas pelos valores de custo acrescidos dos rendimentos auferidos até as datas dos balanços, que não excedem o seu valor de mercado ou de realização.
c) Contas a receber e provisão para créditos de liquidação duvidosa As contas a receber de clientes são registradas e mantidas pelo valor nominal dos títulos representativos desses créditos. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída substancialmente pelos títulos vencidos há mais de 180 dias, complementados por valores estimados de perdas pontuais, sendo considerada suficiente pela Administração da Companhia para cobrir eventuais perdas na realização desses créditos.
d) Estoques Demonstrados ao custo médio das compras ou de produção, inferior aos custos de reposição ou aos valores de realização, incluindo as provisões para cobrir eventuais perdas, conforme divulgado na nota explicativa nº 5. 
e) Ativo circulante e não circulante (realizável a longo prazo) Os demais ativos são apresentados ao valor de custo ou de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias auferidos.
f) Imposto de renda e contribuição social São calculados e registrados com base nas alíquotas efetivas vigentes na data de elaboração das demonstrações financeiras, de acordo com o regime de competência.
g) Ativo não circulante (investimento em controlada, imobilizado e intangível)
Demonstrado ao custo de aquisição e construção, corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995 nos casos aplicáveis e combinado com os seguintes aspectos:
 Investimento em controlada avaliado pelo método de equivalência patrimonial. Os demais
investimentos são demonstrados ao custo, deduzido da provisão para perdas.
 Gastos pré-operacionais capitalizados ao imobilizado durante o período de construção e a
fase de testes pré-operacionais dos bens, quando aplicável.
 Depreciação de bens doimobilizado calculada pelo método linear, às taxas anuais médias mencionadas na nota explicativa nº 10. Em atendimento ao parágrafo 54 do Pronunciamento CPC 13 - Adoção Inicial, a Companhia e sua controlada efetuarão a primeira análise periódica do prazo de vida útil-econômica dos bens com efeitos a partir de 1º de 01 de 2009.
h) Passivos circulantes Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e das variações monetárias incorridas.
i) Empréstimos e financiamentos (passivo não circulante) Atualizados monetariamente com base nas variações monetárias e cambiais, quando aplicável, acrescidos dos respectivos encargos incorridos até as datas de encerramento dos exercícios de acordo com as cláusulas contratuais.
j) Provisão para contingências Constituída para as causas cujas probabilidades de perda são consideradas prováveis pelos assessores legais e pela Administração da Companhia e de sua controlada, k) Valores em moeda estrangeira Os ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos para reais pela taxa de câmbio nas datas de encerramento dos exercícios. As diferenças decorrentes da conversão da moeda foram reconhecidas nas demonstrações do resultado.
l) Lucro por ação Calculado com base na quantidade de ações em circulação nas datas de encerramento dos exercícios.
3. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS
Base para consolidação
As demonstrações contábeis consolidadas incluem as demonstrações contábeis da Manufatura de Brinquedos Estrela S.A. e suas controladas direta e indiretas, a seguir relacionadas:
Percentual de participação
 Direta Indireta 
 2015 2014 2015 2014
Estrela Distrib de Brinquedos Comercial Importadora e Exportadora.Ltda 
 99,999 99,999 - -
DECLARAÇÃO DOS DIRETORES SOBRE O PARECER DOS AUDITORES
Os diretores declaram que concordam com as opiniões expressas pela Tríade Auditoria no parecer dos auditores.
DECLARAÇÃO DOS DIRETORES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Os diretores declaram que reviram, discutiram e concordaram com as demonstrações financeiras (controladora e consolidado) da companhia Manufatura de Brinquedos Estrela S/A referente exercício findo em 31/12/2015.
15. PROVISÃO PARA PERDAS COM INVESTIMENTOS
Quadro de investimentos em controladas
EDB BEIC BLIC BAG STARCOM NE
2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014
Capital social 940 940 6.797 6.797 5.000 5.000 20 20 10.000 10.000
Patrimônio
líquido
(221.498) (195.354) (27.760) (24.961) (166.784) (139.073) (44.904) (41.205) (3.544) 1.878
Prejuízo do
exercício
(26.145) (24.211) (2.799) (3.355) (27.711) (31.764) (3.699) (16.887) (5.422) (4.721)
Total das
cotas - capital
da investida
100.000 100.000 600.000 600.000 50.000 50.000 100 100 10.000 10.000
Cotas
possuídas
investidora
particip. (%)
99,999 99,999 100 99,990 100 99,998 99 99,000 100 99,990
Resultado da
equivalência
patrimonial
(26.145) (24.210) (2.799) (3.354) (27.711) (31.764) (3.662) (16.718) (5.422) (4.721)
Valor contábil
da provisão
para perda
(221.496) (195.352) (27.757) (24.958) (166.780) (139.070) (44.455) (40.793) (3.544) 1.878
16. PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS
A Companhia é parte envolvida em ações judiciais e processos administrativos, decorrentes do curso normal de suas operações, envolvendo questões tributárias, trabalhistas, cíveis e de outras naturezas. A provisão para contingências foi constituída segundo as informações recebidas dos consultores jurídicos com relação às demandas judiciais pendentes classificadas como perda provável. Aquelas demandas classificadas como perdas remotas, possíveis ou sem classificação (ou não valorizadas) não foram provisionadas. O montante de R$ 13.395, que se referia-se à contingência de natureza tributária (Pis - decreto Lei 2.445/88 e 2.449/88), foi baixado pela administração, em 2006, com base na opinião dos assessores jurídicos, que consideram o assunto tratado resolvido por meio de decisão favorável do conselho de contribuintes e a Resolução 45 do Senado Federal.
A Provisão registrada em 31 de dezembro de 2015 no montante de R$1.750 possui a finalidade de absorver eventuais perdas em processos cíveis e trabalhistas.
Demonstramos no quadro a seguir, a natureza das contingências ativas e passivas que foram avaliadas, como perdas prováveis, possíveis ou remotas pelos assessores jurídicos externos da empresa, a valores históricos.