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Aula 06 (5)

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CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
1 
Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br 
Aula 6 - Poder Legislativo: 
Fala Pessoal, prontos para a aula de hoje? 
Essa talvez seja a principal aula de nosso curso, por isso muita 
atenção, ok?! 
Vamos nessa! 
ESTRUTURA DO PODER LEGISLATIVO: 
A Constituição diz (art. 44) que o Poder Legislativo, em âmbito 
federal, é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da 
Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Por isso dizemos que no 
Brasil possuímos o sistema bicameral. Possuímos duas Casas 
Legislativas. 
Ratificamos que isso é, obviamente, na esfera federal. No âmbito dos 
Estados, Municípios e DF, o Legislativo funciona unicameralmente, 
exercido respectivamente pela Assembléia Legislativa Estadual, 
Câmara Municipal e Câmara Legislativa do Distrito Federal. 
No sistema bicameral do Legislativo Federal temos: 
• Câmara dos Deputados → Representantes do povo, 
eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em 
cada Território e no DF. 
X 
• Senado Federal → Representantes dos Estados/DF, 
eleitos segundo o princípio majoritário. 
 
Sistema proporcional x majoritário: 
No Poder Legislativo, a regra é a eleição proporcional. Eleição 
proporcional é aquele voto de legenda, que garante que diversos 
partidos políticos possam estar presentes na Casa. O objetivo é 
garantir representantes também das minorias, fortalecendo a 
pluralidade de opiniões, o que materializa o pluralismo político, um 
dos fundamentos da República Federativa do Brasil, previsto no art. 
1º, V da Constituição. 
O sistema proporcional só pode acontecer quando temos vários 
cargos e vários candidatos. Quando temos poucos cargos ele fica sem 
sentido. Assim, no caso dos cargos eletivos para o Executivo 
(Presidente, Governador, Prefeito) que possuem apenas 1 eleito, e no 
caso dos Senadores, 1 eleito ou 2 eleitos, dependendo da eleição, 
somente o sistema majoritário - quem conseguir a maioria dos votos 
ganha - é que pode existir. Os demais cargos eletivos do Legislativo 
(Deputados Federais, Deputados Estaduais, e Vereadores) são 
providos pelo sistema proporcional. 
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PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
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OBS - O senador para ser eleito deve conseguir a maioria relativa 
(simples) dos votos, não é necessária a maioria absoluta, e não há 
segundo turno para eleição de Senador. 
 
Legislatura x sessão legislativa: 
Seja em âmbito federal, estadual, municipal ou distrital, temos que 
cada legislatura terá a duração de quatro anos. Muita atenção: 
• Legislatura → Duração de 4 anos; legislatura é o conjunto 
que representa os legisladores. O mandato de um deputado 
coincide com uma legislatura enquanto o Senador passa por 
duas (8 anos). 
X 
• Sessão Legislativa → Reunião anual do Congresso 
Nacional. Ocorrem de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de 
agosto a 22 de dezembro. 
 
Decisões do Congresso: 
O art. 47 da Constituição dispõe que salvo disposição constitucional 
em contrário, as decisões serão tomadas por maioria dos votos 
(simples), presente a maioria absoluta de seus membros. 
Maioria absoluta = mais da metade do efetivo da Casa. 
Maioria simples = mais da metade dos presentes na sessão, e deve 
estar presente ao menos a maioria absoluta. 
 
Cargos do Poder Legislativo Federal: 
1 – Deputado federal: 
Conceito: Representantes do POVO. 
Mandato: de 4 anos. 
Eleição: sistema proporcional. 
Quantidade por Estado: o numero de deputados e a representação 
por Estado/ DF será proporcional à população, e estabelecido em lei 
complementar. Sendo que cada Estado/DF contara com: 
■ mínimo – 8 deputados; 
■ Maximo – 70 deputados; e 
■ cada Território Federal – 4 deputados. 
Serão procedidos ajustes necessários, no ano anterior as eleições, 
para que estes números sejam mantidos. 
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2 – Senador: 
Conceito: representantes dos ESTADOS/DF. 
Mandato: de 8 anos sendo que a eleição será feita de 4 em 4 anos, 
modificando-se alternadamente 1/3 e 2/3 dos membros do Senado. 
Eleição: se dará pelo sistema majoritário. 
Número: 3 senadores por cada Estado/DF eleitos com 2 suplentes. 
OBS - Território Federal não elege Senadores, pois estes são 
representantes dos Estados/DF e TF não é Estado. 
 
1. (CESPE/Juiz TRF - 1ª REGIÃO/2011) O Poder Legislativo é 
composto por deputados federais, eleitos pelo sistema proporcional, e 
por senadores, eleitos pela maioria absoluta do total de eleitores de 
cada unidade da Federação. 
Comentários: 
Primeiramente, entendemos que a questão deveria expressamente 
citar o termo "federal", pois é somente o Poder Legislativo Federal 
que é composto de Deputados Federais e Senadores. Mesmo que 
deixemos isso de lado, o item ainda traz outro erro: para ser eleito 
senador, o candidato precisa da maioria relativa de votos. 
Gabarito: Errado. 
 
2. (CESPE/MEC/2009) A Câmara dos Deputados é composta de 
representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada 
estado, em cada território e no DF, não podendo nenhuma unidade 
da Federação possuir menos de dez ou mais de sessenta deputados. 
Comentários: 
A questão errou os limites, o mínimo seriam oito e não dez 
deputados. 
Gabarito: Errado. 
 
3. (CESPE/Promotor - MPE-RO/2010) O Senado Federal 
compõe-se de três representantes de cada estado e do DF, com 
mandato de oito anos, eleitos segundo o princípio proporcional, sendo 
os representantes renovados de quatro em quatro anos, de forma 
alternada, por um e dois terços. 
Comentários: 
Questão clássica. A eleição para o Senado é majoritária e não 
proporcional. 
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Gabarito: Errado. 
 
4. (CESPE/MEC/2009) O Senado Federal possui 81 senadores, 
eleitos segundo o princípio majoritário para um mandato de oito 
anos, com renovação obrigatória de quatro em quatro anos, 
alternadamente, por um e dois terços. 
Comentários: 
Sabemos que o Senado Federal compõe-se de representantes dos 
Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. 
Cada Estado e o Distrito Federal elegerão 3 Senadores, com mandato 
de 8 anos. A representação de cada Estado e do Distrito Federal será 
renovada de 4 em 4 anos, alternadamente, por um e dois terços. 
Como temos na federação 26 Estados e 1 Distrito Federal, forma-se 
então 27 entes que elegem 3 senadores cada um, totalizando, 
assim, os 81 senadores. 
Gabarito: Correto. 
 
5. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) Os senadores, 
representantes dos estados e do Distrito Federal, são eleitos com três 
suplentes, segundo o princípio proporcional, para mandato de oito 
anos. 
Comentários: 
O primeiro erro é que os Senadores são eleitos em número de 3, mas 
cada um desses 3 só tem direito a dois suplentes. Outro erro é que os 
Senadores são eleitos pelo sistema majoritário (quem tiver mais 
votos vence a disputa), e não pelo sistema proporcional (que 
assegura que diversos partidos possam ter seus membros na casa, 
proporcionalmente aos votos de cada legenda). 
Gabarito: Errado. 
 
6. (CESPE/Técnico - MPU/2010) O Poder Legislativo opera por 
meio do Congresso Nacional, instituição bicameral composta pela 
Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Salvo disposição 
constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas 
comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria 
absoluta de seus membros. 
Comentários: 
A questão trouxe primeiramente uma definição perfeita do sistemabicameral do Poder Legislativo e complementou com a disposição do 
art. 47 da Constituição que dispõe que "salvo disposição 
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constitucional em contrário, as decisões serão tomadas por maioria 
dos votos (simples), presente a maioria absoluta de seus membros". 
Gabarito: Correto. 
 
7. (FJG/Controlador de Arrecadação- PM-RJ/2002) O 
número total de Deputados Federais, bem como a representação 
pelos Entes de origem, será estabelecido por lei complementar: 
A) proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes 
necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas 
unidades da Federação tenha menos de 8 (oito) ou mais de 70 
(setenta) Deputados 
B) que terá total liberdade para dispor sobre o mínimo e o máximo de 
Deputados por unidade federativa, seguindo sempre o critério da 
proporcionalidade da população 
C) proporcionalmente à economia da unidade federativa de origem, 
de forma a garantir um mínimo de 30 (trinta) Deputados por Estado 
da Federação 
D) de forma a garantir que cada Território tenha no mínimo 30 
(trinta) deputados 
Comentários: 
É importante que se guardem esses números: mínimo 8, máximo 70. 
É também igualmente importante que vocês lembrem que isso é 
fixado em lei complementar. A questão, porém, já lhe deu essa 
informação. 
Gabarito: Letra A. 
 
8. (FJG/Procurador PM - Nova Iguaçu/2006) São 
representantes políticos escolhidos por meio do sistema eleitoral 
majoritário: 
A) Deputados Estaduais e Deputados Federais 
B) Vereadores e Deputados Estaduais 
C) Senadores e Deputados Federais 
D) Senadores e Prefeitos 
E) Vereadores e Prefeitos 
Comentários: 
O sistema proporcional só pode acontecer quando temos vários 
candidatos. Quando temos poucos candidatos ele fica sem sentido. 
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Assim, no caso dos cargos eletivos para o Executivo (Presidente, 
Governador, Prefeito) que possuem apenas 1 eleito, e no caso dos 
Senadores, 1 eleito ou 2 eleitos, dependendo da eleição, somente o 
sistema majoritário - quem conseguir a maioria dos votos ganha - é 
que pode existir. 
Os demais cargos eletivos (Deputados Federais, Deputados 
Estaduais, e Vereadores) são providos pelo sistema proporcional. 
Gabarito: Letra D. 
 
Atribuições: 
Muita atenção a esta parte! Este é um tema exaustivamente 
cobrado em concurso, vai do art. 48 ao 52 da Constituição. A 
cobrança se dá principalmente nos art. 49, 51, e 52, esses são 
cartas certas em concursos. O art. 49, então, deve estar muito bem 
fixado, leia e releia este artigo. 
O tema é um pouco extenso, mas, vocês não precisam se preocupar! 
Eu estou aqui justamente para poder jogar ao chão a dificuldade de 
acertar questões desse tema. Vamos às noções iniciais e macetes. 
Noções iniciais: 
1- O art. 48 traz matérias que serão discutidas através de leis. Quem 
irá propor estas leis? Isso é indiferente, pode ser o Presidente, 
Parlamentar, STF... o que importa e é exigido pela Constituição, é 
que estas matérias sejam levadas através de lei ao Congresso para 
deliberação. Após essa deliberação o Presidente da República irá 
sancionar ou vetar a lei. 
2- Os art. 49, 51 e 52 trazem matérias que são reservadas ao trato 
exclusivo das Casas Legislativas- Câmara dos Deputados (art. 51), 
Senado (art. 52), ou se reunidos em Casa Única, ao Congresso - (art. 
49). Nestes 3 artigos não há a participação de nenhum outro Poder, 
seja na iniciativa ou seja para sanção/veto. 
 
Pulo do Gato: 
1- Tudo que for assunto de extrema importância, ou relevância 
nacional ou internacional, ou ainda assuntos delicados 
(atividade nuclear, índios...) ficou à cargo do Congresso Nacional 
(em casa única) - art. 49. Ex: resolver definitivamente sobre tratados 
internacionais, autorizar guerra ou que forças estrangeiras transitem 
em solo brasileiro fora dos casos da lei complementar, autorizar o 
Presidente da Rep. a se ausentar do país, bem como julgar as suas 
contas, autorizar atividades nucleares a explorações em terras 
indígenas e etc. 
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2- Ao Senado, reservou-se as matérias referentes a: 
a) Aprovação (e em alguns casos, exoneração) de 
autoridades. Ex. Procurador Geral da República, Ministros do 
STF, Governador de Território, Presidente do Banco Central, Chefe 
de Missão Diplomática Permanente, entre outros. - O Senado é o 
único órgão do Legislativo Federal que aprova a nomeação de 
autoridades. 
b) Julgamento de autoridades por crimes de 
responsabilidade - O Senado é o único órgão do Legislativo 
Federal que faz julgamentos de autoridades. 
c) Finanças Públicas. Ex. Avaliar o Sistema Tributário Nacional, 
fixar limites de dívidas e condições de créditos e etc. 
3- A Câmara dos Deputados não foi elencado muitas competências 
relevantes. Apenas competências internas (elaborar o regimento 
interno e etc.) e devemos fazer destaque a apenas 2 
competências: 
a) autorizar que o Senado instaure o processo contra o 
Presidente da República, o Vice e seus Ministros. 
b) Tomar as contas do Presidente da República, caso este 
não apresente as contas para o julgamento do Congresso 
em 60 dias. 
 
Obs. Nestes casos onde a Câmara dos Deputados atua de forma a 
autorizar o processo de julgamento pelo Senado enquanto este atua 
como a efetiva Casa julgadora, a lei 1079/50 – que define crimes de 
responsabilidade e seu processo – denomina a Câmara como sendo 
“Tribunal de Pronúncia” e o Senado como sendo “Tribunal de 
Julgamento”. Lembrando que tal autorização somente se faz 
necessária nos casos de Presidente da República, Vice-Presidente e 
Ministros. 
 
9. (CESPE/ TJ-PI Juiz/2012) Compete privativamente ao 
Senado Federal escolher dois terços dos membros do Tribunal de 
Contas da União, estando a cargo do Congresso Nacional aprovar a 
escolha dos ministros indicados pelo presidente da República. 
Comentários: 
Primeiro, já matamos a questão ao saber que só o Senado faz a 
aprovação das escolhas do Presidente. Isso não é atribuição do 
Congresso.Outra coisa é que não está dentre as competências do 
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Senado nem da Câmara dos Deputados a escolha de membros do 
TCU, tal competência é do Congresso Nacional, prevista no art. 73, § 
2º, II.da Constituição Federal que noticia caber ao Congresso 
Nacional escolher dois terços dos ministros do TCU. 
Gabarito: Errado. 
 
10. (CESPE/AJEP-TJES/2011) Incumbe privativamente ao 
Senado Federal avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema 
Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e o 
desempenho das administrações tributárias da União, dos estados, do 
Distrito Federal e dos municípios. 
Comentários: 
É isso aí... Quando “mexer com finanças públicas”, a competência é 
do Senado (CF, art. 52, XV). 
Gabarito: Correto. 
 
11. (CESPE/Promotor-MPE-RO/2010) É de competência do 
Senado Federal autorizar, por dois terços de seus membros, a 
instauração de processo contra o presidente e o vice-presidente da 
República, bem como contra os ministros de Estado. 
Comentários: 
Ora, se compete ao Senado julgar, como poderia competir também 
ao Senado, autorizar o julgamento? Não há lógica para isso não é 
mesmo. 
Assim, o competente para autorizar este julgamento será a Câmara 
dos Deputados, de acordo com o art. 51, I da Constituição. 
Lembrando que a necessidade de autorização da Câmara para o 
julgamento doSenado, se faz somente nesses 3 casos: 
- Presidente da República; 
- Vice-Presidente da República; e 
- Ministro de Estado 
Nos demais casos, ainda que o Senado seja o responsável pelo 
julgamento, irá dispensar a autorização da Câmara. 
Gabarito: Errado. 
 
12. (CESPE/ Juiz - TJ-PI/ 2012) Compete à Câmara dos 
Deputados atuar como tribunal de pronúncia nos crimes praticados 
pelo Presidente da República, autorizando a instauração de inquérito 
e o oferecimento de denúncia ou queixa ao STF (no caso de crime 
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comum), bem como admitindo a acusação e a instauração de 
processo no Senado Federal (no caso de crime de responsabilidade). 
Comentários: 
De fato, a Câmara dos deputados, funciona como tribunal de 
pronúncia nos crimes praticados pelo Presidente da República, no 
entanto, a Constituição só fala em autorização para instauração do 
processo e não do inquérito, por isso o item está incorreto. 
Gabarito: Errado. 
 
13. (CESPE/AJAA-TRE-MT/2010) Compete privativamente à 
Câmara dos Deputados processar e julgar o presidente e o vice-
presidente da República nos crimes de responsabilidade. 
Comentários: 
O único órgão do Legislativo que julga "pessoas" (autoridades) é o 
Senado Federal. 
Gabarito: Errado. 
 
14. (CESPE/AJAJ-STF/2008) O advogado-geral da União e os 
ministros de Estado são julgados pelo Senado Federal nos crimes de 
responsabilidade. 
Comentários: 
Os ministros, em regra, são julgados nos crimes de responsabilidade 
perante o STF, a exceção se faz apenas quando se tratar de crimes 
conexos com os do Presidente ou vice da República, quando então 
serão julgados pelo Senado, nos termos do art. 52 c/c 102, I, c da 
Constituição. 
Gabarito: Errado. 
 
15. (CESPE/Administrador - AGU/2010) Compete à Câmara 
dos Deputados eleger dois cidadãos brasileiros natos, com mais de 
trinta e cinco anos de idade, para o Conselho da República. 
Comentários: 
O Conselho da República se compõe, além de outros, de 6 cidadãos 
brasileiros natos. A câmara é responsável por eleger dois deles (CF, 
art. 51, V c/c art. 89, VII) e o Senado mais dois (CF, art. 52, XIV c/c 
art. 89, VII). Os outros dois serão escolhidos pelo Presidente da 
República (CF, art. 89, VII). 
Gabarito: Correto. 
 
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16. (CESPE/Administrador - AGU/2010) É da competência 
exclusiva do Senado Federal autorizar o presidente da República a se 
ausentar do país, quando a ausência exceder a quinze dias. 
Comentários: 
Isso é função do Congresso Nacional (CF, art. 49, III). 
Gabarito: Errado. 
 
17. (CESPE/Procurador - Boa Vista/2010) Compete 
exclusivamente à Câmara dos Deputados sustar os atos normativos 
do Poder Executivo que exorbitarem do poder regulamentar ou dos 
limites de delegação legislativa. 
Comentários: 
É uma atribuição do Congresso Nacional. 
Gabarito: Errado. 
 
18. (CESPE/AJAJ - TRT 5ª/2009) Compete ao Congresso 
Nacional, com a sanção do presidente da República, aprovar o estado 
de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio ou 
suspender qualquer uma dessas medidas. 
Comentários: 
Tal matéria encontra-se no art. 49 da Constituição, e como vimos, as 
matérias deste artigo dispensam a sanção presidencial, por força do 
art. 48. 
Gabarito: Errado. 
 
19. (CESPE/AJAJ - TRT 5ª/2009) Compete privativamente à 
Câmara dos Deputados autorizar, por dois terços de seus membros, a 
instauração de processo contra o presidente e o vice-presidente da 
República e contra os ministros de Estado. 
Comentários: 
Mais uma vez esta importante disposição: o Senado é um órgão que 
julga várias autoridades, porém, destas autoridades, as únicas que 
precisam de autorização das Câmara para instauração do processo, 
segundo o art. 51, I da Constituição, são: 
- Presidente da República 
- Vice-Presidente da República; e 
- Ministros de Estado. 
Gabarito: Correto. 
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20. (CESGRANRIO/Advogado-INEA/2008) Nos termos da 
Constituição Federal vigente, a descrição que NÃO corresponde a 
matéria de competência privativa do Senado Federal é: 
a) julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da 
República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de 
governo. 
b) aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de 
ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de seu 
mandato. 
c) processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República 
nos crimes de responsabilidade. 
d) processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal nos 
crimes de responsabilidade. 
e) suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada 
inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal. 
Comentários: 
Letra A - Errado - Já é o gabarito! Vimos que quem julga as contas do 
Presidente é o Congresso. E caso não sejam apresentadas as contas 
para o julgamento, caberá à Câmara proceder a tomada de contas. 
Letra B - Correto - Aprovar nomeações e exonerações = Senado! 
Letra C - Correto - O único órgão que julga pessoas no Legislativo é o 
Senado, e faz isso com os membros da mais alta cúpula do governo 
em seus crimes de responsabilidade. 
Letra D - Correto. idem à letra C. 
Letra E- Correto. A única que não vimos nas dicas. 
Gabarito: Letra A. 
 
21. (CESGRANRIO/Especialista em Regulação-ANP/2008) 
Nos termos da Constituição Federal vigente, pode-se afirmar que 
compete exclusivamente ao Congresso Nacional: 
I - resolver definitivamente sobre tratados que acarretem encargos 
ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional; 
II - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de 
emissoras de rádio e televisão; 
III - processar e julgar os Ministros de Estado nos crimes de 
responsabilidade; 
IV - autorizar referendo e convocar plebiscito. 
Estão corretas as afirmativas 
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a) I e II, apenas. 
b) I e IV, apenas. 
c) II e IV, apenas. 
d) I, II e IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
Comentários: 
Questão boa para fixar! Vamos usar as dicas que passamos na 
questão anterior. 
I - Assunto externo = Congresso! ok! 
II - Concessão de rádio e televisão = Congresso! A mídia é assunto 
muito delicado. Tanto que só poderão receber estas concessões 
empresas brasileiras, brasileiros natos ou naturalizados há mais de 
10 anos. 
III - Só quem julga pessoas no Legislativo é o SENADO! Essa foi fácil! 
IV - OK! Vai mexer com a população, chama o Congresso! Perceba 
que o referendo é autorizado, e o plebiscito é convocado. Porque? 
Plebiscito - é a consulta popular anteriormente à feitura de algum 
ato. Então convoca-se o plebiscito para que o povo manifeste a sua 
opnião. 
Referendo - é a consulta popuolar posteriormente à feitura do ato. 
Assim, o Congresso autoriza que se consulte a população para 
"Referendar", Ratificar, o ato. 
ok? 
Gabarito: Letra D. 
 
Deputados e Senadores: 
Pessoal, o art. 53 deve ser muito bem estudado, completamente! Ele 
é o mais fácil entre todos os referentes a parlamentares e um dos 
que mais cai. 
Por favor, após a explanação que darei, leiam e releiam o art. 53, ok? 
 
Imunidade material: 
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e 
penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e 
votos. 
Vamos entendê-la: 
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1- Imunidade "material" = proteção dada ao conteúdo (matéria) de 
suas manifestações. 
2- Essa imunidade torna inadmissível que um parlamentar seja 
punido seja na esfera cível, seja na esfera penal, por palavras que 
tenha proferido, pois isto é inerente à sua função1. 
3- A imunidade não se restringe àquelas manifestações que são 
proferidas na tribuna parlamentar. Abrange qualquer manifestação, 
onde quer que tenha sido feita, desde que inerentes ao exercício da 
atividade parlamentar. 
4- A imunidade material não é, porém, absoluta, pois somente se 
verifica nos casos em que a conduta possa ter alguma relação com o 
exercício do mandato parlamentar2. 
5- Caso a manifestação seja dada dentro do plenário, o STF considera 
que ela é conexa com o exercício da sua função, independente do seu 
teor, não podendo o parlamentar ser punido3. 
6- A proteção dada a essas palavras perdura no tempo. O 
parlamentar não pode após o seu mandato ser processado por algo 
que disse enquanto era parlamentar. 
7- Essas imunidades são de ordem pública, são irrenunciáveis pelo 
parlamentar; 
8- Como são inerentes ao exercício do mandato, caso o parlamentar 
esteja afastado (exercendo, por exemplo, a função de Ministro de 
Estado) ele não faz jus à proteção. 
9- As imunidades são garantias de independência do Poder 
Legislativo, impedindo que eles possam restar submetidos ao arbítrio 
dos demais Poderes do Estado. Assim, ao possuir imunidades 
materiais e formais, o Legislativo pode livremente defender a 
democracia, representando os interesses do povo e da federação. 
 
22. (CESPE/Analista Ministerial- MPE-PI/2012) As imunidades 
parlamentares são prerrogativas que decorrem do efetivo exercício da 
função parlamentar e estendem-se aos suplentes, mesmo que estes 
não tenham assumido o cargo ou não estejam em seu efetivo 
exercício. 
Comentários: 
As imunidades não são extensíveis aos suplentes, da mesma forma 
que se o parlamentar for investido em cargo de ministro, por 
 
1
 Segundo a Petição 3686/DF, transcrita no informativo nº 438 do STF, 
2
 Inq 2.134. 
3
RE 463.671-AgR. 
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exemplo, deixa de ostentar tal prerrogativa. 
Gabarito: Errado. 
 
23. (FCC/AJAA-TRT-SP/2008) A prerrogativa constitucional que 
protege o Deputado Federal em todas as suas manifestações que 
guardem relação com o exercício do mandato, exteriorizadas no 
âmbito do Congresso Nacional, é classificada como imunidade 
a) relativa. 
b) formal. 
c) residual. 
d) material. 
e) obstativa. 
Comentários: 
Trata-se da imunidade que protege o "conteúdo", a "matéria", então, 
trata-se da imunidade material. 
Gabarito: Letra D. 
 
24. (CESPE/Técnico - TRE-BA/2010) Ainda que fora do 
Congresso Nacional, se estiver no exercício de sua função 
parlamentar, o deputado federal é inviolável, civil ou penalmente, 
por suas palavras e opiniões. 
Comentários: 
Isso aí, segundo a jurisprudência do STF, a imunidade material não 
se restringe àquelas manifestações proferidas no plenário, desde que 
tenham conexão com a função parlamentar. 
Gabarito: Correto. 
 
Imunidade formal (ocorre a partir da expedição do diploma) 
§ 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do 
diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo 
Tribunal Federal. 
§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do 
Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em 
flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão 
remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, 
para que, pelo voto da maioria (absoluta) de seus membros, 
resolva sobre a prisão. 
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§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, 
por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal 
Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de 
partido político nela representado e pelo voto da maioria 
(absoluta) de seus membros, poderá, até a decisão final, 
sustar o andamento da ação. 
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa 
respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias 
do seu recebimento pela Mesa Diretora. 
§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição, 
enquanto durar o mandato. 
 
Esses parágrafos conferem várias prerrogativas aos 
parlamentares, vamos analisá-las: 
1- Foro especial perante o STF a partir do momento que o diploma for 
expedido - Assim, independente do tempo do crime, antes ou depois 
da diplomação, o simples fato de ele ser um parlamentar (com seu 
diploma expedido) faz ele ser julgado perante o STF; 
2- O parlamentar não pode ser preso - esta é a regra - a não ser 
que seja em flagrante de um crime inafiançável; 
3- A imunidade processual do §3º só vale para crimes cometidos 
após a diplomação, então temos duas possibilidades: 
• Se o crime for anterior à diplomação - o parlamentar será 
levado a julgamento perante o STF, já que por ser parlamentar 
conquista a prerrogativa de foro, porém não poderá haver 
sustação da ação, já que a imunidade processual do art. 53 §3º 
só é válida para crimes cometidos posteriormente à 
diplomação. 
• Se o crime for posterior à diplomação - o processo será 
iniciado no STF, mas poderá ser sustado, desde que algum 
partido político provoque a Casa respectiva, e esta entenda, em 
até 45 dias, através da maioria (absoluta) de seus membros 
que o processo deve ser sustado (neste caso suspende também 
a prescrição do crime). 
4- Não se exige licença prévia da Casa para o processo contra 
parlamentar. A possibilidade de sustamento é posterior ao início do 
processo. 
5- Terminado o mandato parlamentar, termina também o foro 
especial perante o STF devendo os autos serem remetidos ao juízo 
competente ordinário. 
6- Essas prerrogativas não se aplicam aos suplentes; 
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7- Embora parte da doutrina seja contrária, o Supremo reconhece a 
possibilidade de prisão em face de sentença definitiva. Assim, 
existem duas possibilidades de prisão do parlamentar: flagrante de 
crime inafiançável ou sentença judicial transitada em julgado pelo 
STF. Desta forma, temos 3 hipóteses que podem acontecer: 
• O parlamentar foi pego em flagrante de crime 
inafiançável - pode ser preso, mas os autos serão remetidos 
em 24 horas à sua Casa para que esta decida sobre a prisão. 
• O parlamentar cometeu um crime antes da diplomação - 
O processo continuará correndo normalmente (só que agora no 
STF), não podendo ser sustado (não incide imunidade 
processual). Se ele for condenado em sentença transitada em 
julgado pelo Supremo, poderá ser preso. Se como efeito da 
condenação tiver os direitos políticos suspensos, perderá o 
mandato. 
• O parlamentar cometeu um crime após a diplomação - O 
Supremo recebe a denúncia e inicia o processo, porém um 
partido político pode tomar a iniciativa de fazer com que a Casa 
suste o andamento da ação. Se não houver sustamento da ação 
e ele for condenado em sentença transitada em julgado, poderá 
ser preso. 
8- Caso o parlamentar seja condenado em sentença transitada em 
julgado, independentemente da sua prisão, caberá à Casa decidir se 
ele irá ou não perder o mandato (CF, art. 55, VI), assim, se o 
parlamentar é condenado, pode ser preso, mas caso a Casa decida 
pela não perda do cargo, ele poderá voltar após o cumprimento da 
pena (se o mandato não tiverterminado, obviamente). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fluxograma da Imunidade Formal dos Parlamentares já 
Diplomados (não se aplica aos suplentes) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Parlamentar praticou um 
crime! 
O crime foi praticado antes ou 
depois da diplomação? 
É levado ao julgamento 
no STF, pois ele já 
adquiriu o foro com a 
diplomação, porém, o 
andamento do processo 
não pode ser sustado. 
Ele foi pego em flagrante e o crime é inafiançável? 
Ele não poderá ser preso, mas 
correrá contra ele processo no STF, 
que poderá ser sustado pela sua 
Casa Legislativa, por iniciativa de 
partido político nela 
representado e pelo voto da 
maioria (absoluta) de seus 
membros, até a decisão final. 
 
Ele pode ser preso, mas 
neste caso, mesmo 
assim, a Casa resolverá 
dentro de 24 horas e 
pelo voto da maioria 
(absoluta) de seus 
membros sobre a prisão. 
 
ANTES DEPOIS 
Se for condenado, e a 
sentença transitar em 
julgado, caberá à Casa 
decidir se ele irá ou não 
perder o mandato (CF, 
art. 55, VI). 
Não precisa de qualquer licença ou autorização 
para ser processado. Precisa-se é da resposta de 
algumas das perguntas a seguir. 
SIM NÃO, o crime não é inafiançável e/ou 
não foi pego em flagrante. 
Se tiver a iniciativa de partido 
político para sustar o andamento, 
a Casa tem 45 dias para decidir 
contados do recebimento do 
pedido pela Mesa Diretora. 
Irá suspender a 
prescrição do 
crime, enquanto 
durar o mandato. 
SUSTOU NÃO SUSTOU 
O processo continua 
correndo no STF. 
Se for condenado, e a 
sentença transitar 
em julgado, caberá 
à Casa decidir se ele 
irá ou não perder o 
mandato (CF, art. 
55, VI). 
Em qualquer caso, terminado 
o mandato, terminará 
também o foro privilegiado, e 
os autos do processo serão 
remetidos pelo STF ao juízo 
ordinário competente. 
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25. (CESPE/Advogado AGU/2012) Os deputados federais e 
senadores submetem-se, desde a expedição do diploma, a 
julgamento perante o STF; não é necessário, porém, que esse 
tribunal tenha autorização da casa respectiva para receber a denúncia 
ou queixa-crime e iniciar a ação penal contra parlamentar. 
Comentários: 
A questão trata do foro por prerrogativa de função, o do 
congressistas é o STF desde a expedição dos diplomas (art. 53, §1º). 
Realmente é desnecessária a autorização das casas respectivas para 
que seja dado andamento à ação penal por crime cometido após a 
diplomação. No entanto, ao receber a denúncia contra o 
parlamentar o Supremo dará ciência à Casa respectiva, que, por 
iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria 
de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar (fazer parar) 
o andamento da ação. 
Gabarito: Correto. 
 
26. (CESPE Procurador AL-ES – 2011) A imunidade material 
contempla eficácia temporal absoluta no sentido de que, mesmo após 
o término do mandato, os deputados e senadores conservam a 
imunidade material sobre as opiniões ou palavras proferidas no 
exercício deste. 
Comentários: 
Perfeito o enunciado, mesmo após o término do mandado os 
parlamentares não responderão pelas palavras proferidas no exercício 
do mandato. 
Gabarito: Correto. 
 
27. (CESPE/ Procurador AL-ES/2011) Na imunidade formal em 
relação ao processo, o partido político pode provocar a respectiva 
casa legislativa para que haja uma apreciação sobre a sustação da 
ação penal que esteja em trâmite perante o STF, porém a deliberação 
no sentido da suspensão da ação penal não suspenderá a prescrição. 
Comentários: 
O erro do item está em dizer que a prescrição não será suspensa. 
Gabarito: Errado. 
 
28. (CESPE/Procurador AL-ES/2011) No sistema brasileiro, a 
denominada imunidade formal em relação à prisão do parlamentar é 
absoluta, já que, após a diplomação, os deputados e senadores não 
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poderão ser presos. 
Comentários: 
A imunidade formal dos parlamentares não é absoluta, pode ser 
preso, mas os autos serão remetidos em 24 horas à sua Casa para 
que esta decida sobre a prisão. 
Gabarito: Errado. 
 
29. (CESPE/Escrivão - PC-ES/2011) Os membros do Congresso 
Nacional não poderão, desde a expedição do diploma, ser 
criminalmente processados sem prévia licença de sua respectiva 
casa. 
Comentários: 
Não se exige licença prévia da Casa para o processo contra 
parlamentar. Existe porém a possibilidade de sustação do processo, 
mas essa é posterior ao início do processo. 
Gabarito: Errado. 
 
30. (CESPE/AJAA-TRE-MT/2010) Os deputados e senadores, 
desde o momento em que tomarem posse em seus cargos, não 
poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. 
Comentários: 
A imunidade ocorre "desde a expedição do diploma" e não "desde a 
posse". A expedição do diploma ocorre anteriormente à posse. 
Gabarito: Errado. 
 
31. (FCC/Procurador - PGE-AM/2010) O Deputado Federal ou 
Senador pego em flagrante durante prática de crime 
a) poderá ter sua prisão decretada, independentemente de o crime 
ser inafiançável ou não. 
b) poderá ter sua prisão decretada, apenas se o crime for 
inafiançável. 
c) não poderá ser denunciado judicialmente, salvo mediante prévia 
autorização da Casa legislativa respectiva. 
d) poderá ser denunciado judicialmente ao Superior Tribunal de 
Justiça, independentemente de autorização da Casa legislativa 
respectiva. 
e) somente poderá perder o cargo em razão do crime, por decisão 
judicial transitada em julgado, independentemente de manifestação 
da Casa legislativa respectiva. 
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Comentários: 
Questão direta, para ser preso tem que ser um flagrante de crime 
inafiançável. 
Letra A - Errado. Só se o crime for inafiançável que poderá prendê-lo. 
Letra B - Correto. 
Letra C - Não existe necessidade de prévia autorização para o 
processo. A possibilidade de sustamento ou não da ação ocorre 
posteriormente ao seu início. 
Letra D - Errou ao dizer STJ, o correto é STF. Tirando isso, estaria 
correta. 
Letra E - Cabe a respectiva Casa decidir, nos termos do art. 55, VI, 
se o parlamentar irá ou não perder o seu cargo após ser condenado 
pelo Supremo em sentença transitada em julgado. 
Gabarito: Letra B. 
 
32. (ESAF/ENAP/2006) A partir do ato de sua posse, os 
membros do Congresso Nacional passam a usufruir de imunidade 
formal, somente podendo ser presos em caso de flagrante de crime 
inafiançável. 
Comentários: 
Imunidade material é a imunidade que ser refere às suas palavras, 
opniões e votos. Ou seja, a imunidade sobre o conteúdo de suas 
manifestações. 
A imunidade formal é a que se refere ao processo, só podendo ser 
presos se for flagrante de crime inafiançável. 
O erro da questão é que essa imunidade formal ocorre desde a 
expedição do diploma e não a partir da posse (CF, art. 53 §2º). 
Gabarito: errado. 
 
Extensão das imunidades parlamentares aos Deputados 
Estaduais e Vereadores: 
Segundo a Constituição, aos deputados estaduais se aplicam as 
mesmas inviolabilidades e os mesmos impedimentos dos 
Deputados Federais. 
Os vereadores, no entanto, possuem somente imunidade material, 
e, ainda assim, não se trata de uma imunidade plena como a dos 
Deputados Federaise Senadores; a imunidade dos vereadores se 
aplica somente às manifestações proferidas no exercício do 
mandato e dentro dos limites municipais (CF, art. 29, VIII). 
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Assim, a Constituição não previu imunidade formal aos vereadores. 
 
33. (CESPE/Procurador AL-ES/2011) As opiniões que forem 
manifestadas fora do recinto legislativo pelo parlamentar federal 
estarão acobertadas pela imunidade material, hipótese que não se 
estende aos deputados estaduais e vereadores. 
Comentários: 
As imunidades guardam relação com as prerrogativas do cargo e não 
com o recinto, assim, elas se estendem a todos os atos 
parlamentares se no cumprimento da função institucional. 
A questão erra, porém, ao dizer que tal imunidade material não se 
estende aos Deputados Estaduais e Vereadores, o que não é verdade. 
Segundo a Constituição, aos deputados estaduais se aplicam as 
mesmas inviolabilidades e os mesmos impedimentos dos Deputados 
Federais. E aos vereadores, embora não se apliquem as imunidades 
formais, se aplicam as imunidades materiais (que foi a cobrada pela 
questão). 
Gabarito: Errado. 
 
34. (CESPE/Juiz Substituto - TJ-AC/2007) A imunidade 
parlamentar de deputado estadual não alcança as ofensas proferidas 
fora da casa legislativa, mesmo quando estas possam ter conexão 
com a atividade parlamentar. 
Comentários: 
A Constituição garantiu que os deputados estaduais possuem as 
mesmas garantidas dos deputados federais. 
A chamada "imunidade material" dos parlamentares, refere-se à pro-
teção dada ao conteúdo (matéria) de suas manifestações e não se 
restringe apenas àquelas proferidas na tribuna parlamentar. A 
imunidade também alcança os atos externos ao recinto da Casa, 
desde que conexos com a sua atividade. 
Gabarito: Errado. 
 
Informações em razão do exercício do mandato 
§ 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a 
testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em 
razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que 
lhes confiaram ou deles receberam informações. 
 
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35. (FCC/TJAA – TRF 1ª/2011) Em relação aos Deputados 
Federais e Senadores, é correto afirmar: 
a) Recebida a denúncia, por crime ocorrido antes da diplomação, o 
Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por 
iniciativa de partido político nela representado e pelo voto de um 
terço de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o 
andamento da ação. 
b) Desde os resultados das eleições, não poderão ser presos, salvo 
em flagrante de crime inafiançável, sendo que nesse caso, os autos 
serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, 
para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a 
prisão. 
c) Desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento 
perante o Supremo Tribunal Federal. 
d) O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo 
improrrogável de trinta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa 
Diretora. 
e) Serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou 
prestadas em razão do exercício do mandato e sobre as pessoas que 
lhes confiaram ou deles receberam informações. 
Comentários: 
Letra A – Errado. A questão tentou cobrar a o teor do art. 53 § 3º da 
Constituição, mas cometeu diversos erros. O correto seria “recebida a 
denúncia, por crime ocorrido após a diplomação” e “pelo voto da 
da maioria (absoluta) de seus membros”. 
Letra B – Errado. Essa imunidade formal dos parlamentares ocorre a 
partir da “expedição do diploma” e não desde o resultado das 
eleições. 
Letra C – Correto. Agora sim! Com a expedição do diploma, o 
parlamentar conquista a sua prerrogativa especial de foro perante o 
STF. 
Letra D – Errado. Que isso?! 35 dias? Não existe esse prazo para 
nada... Não que eu tenha conhecimento. O correto seria 45 dias, nos 
termos do art. 53 §4º da Constituição. 
Letra E – Errado. Segundo o art. 53 §6º da Constituição, eles não 
serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou 
prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas 
que lhes confiaram ou deles receberam informações. 
Gabarito: Letra C. 
 
Incorporação às FFAA 
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§ 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e 
Senadores, embora militares e ainda que em tempo de 
guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva. 
 
36. (FCC/TJAA-TRF4/2010) A incorporação às Forças Armadas 
de Deputados Federais, embora militares e ainda que em tempo de 
guerra, dependerá de prévia licença: 
a) do Tribunal Superior Eleitoral. 
b) do Supremo Tribunal Federal. 
c) do Superior Tribunal de Justiça. 
d) da Câmara dos Deputados. 
e) do Senado Federal. 
Comentários: 
A Constituição dispõe em seu art. 53 § 7º que a incorporação às 
Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda 
que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa 
respectiva. Como estamos tratando de "Deputados Federais", 
precisa-se de licença da Câmara dos Deputados. 
Gabarito: Letra D. 
 
Imunidades durante o estado de sítio 
§ 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão 
durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas 
mediante o voto de dois terços dos membros da Casa 
respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do 
Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a 
execução da medida. 
 
37. (CESPE/AJAA-TRE-MT/2010) Os membros do Congresso 
Nacional são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas 
opiniões, palavras e votos, e suas imunidades só poderão ser 
suspensas durante o estado de sítio por decisão motivada do 
executor das medidas, com especificação e justificação das 
providências adotadas. 
Comentários: 
Para que elas deixem de existir, precisa do voto de 2/3 dos membros 
do Congresso Nacional, nos termos do art. 53 §8º da Constituição. 
Gabarito: Errado. 
 
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38. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) As imunidades de Deputados ou 
Senadores só podem subsistir durante o estado de sítio mediante o 
voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de 
atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam 
compatíveis com a execução da medida. 
Comentários: 
Ocorre ao inverso. Em regra elas subsistem, a não ser que haja voto 
de 2/3 da Casa, quando então deixarão de subsistir (art. 53 §8º CF). 
Gabarito: errado. 
 
Impedimentos aos parlamentares (CF, art. 54 ao 56) 
A Constituição, do art. 54 e 56 traz diversos impedimentos às 
pessoas que forem eleitas para a Câmara dos Deputados e para o 
Senado. Esses impedimentos constituem-se em algumas proibições 
que desde a "expedição do diploma" já devem ser observadas, e 
outras que passarão a ser de observância obrigatória após a sua 
posse. Vejamos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS.: Cargos ad nutum são aqueles de livre nomeação e exoneração, 
como os cargos em comissão. 
A partir daqui, não poderá: 
� Firmar ou manter contrato com 
entidades da adm. pública ou 
concessionárias de serviço 
público (salvo contratos de 
cláusulas uniformes). 
� Aceitar ou exercer cargo, função 
ou emprego remunerado, 
inclusive os demissíveis "ad 
nutum" em entidades da adm. 
pública ou concessionárias de 
serviço público. 
 
A partir daqui, não poderá: 
� Ocuparcargo ou função "ad nutum" 
em entidades da adm. pública ou 
concessionárias de serviço público. 
� Patrocinar causa em que seja 
interessada entidades da adm. 
pública ou concessionárias de 
serviço público. 
� Ser proprietário, controlador ou 
diretor de empresa que goze de 
favor decorrente de contrato com PJ 
de direito público, ou exercer função 
remunerada em tal empresa. 
� Ser titular de mais de um cargo ou 
mandato público eletivo. 
Expedição 
do diploma: 
 
Posse 
 
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Contrato com "cláusulas uniformes" são aqueles contratos de adesão 
que podem ser firmados por qualquer pessoa, como contratos de 
telefonia e TV por assinatura. 
 
Pulo do Gato: 
Veja que "a partir da expedição do diploma" só há 2 impedimentos a 
serem decorados: 
1- Firmar ou manter contrato... 
2- Aceitar ou exercer cargo... (remunerado) 
Todos os outros são apenas a partir da posse. Com isso já se resolve 
várias questões! 
 
O Deputado ou Senador não irá perder o seu mandato: 
1- se for investido no cargo de: 
� Ministro de Estado; 
� Governador de TF; 
� Secretário de Estado/DF ou de TF; 
� Secretário de Prefeitura de CAPITAL; ou 
� Chefe de missão diplomática TEMPORÁRIA; 
 
Observe que se o parlamentar não perderá o mandato se for 
chamado para cargos de livre nomeação e exoneração como Ministros 
e seus simétricos federativamente, mas temos que ter cuidado no 
caso de Secretário Municipal, pois será lícito assumir sem a perda 
apenas em Capitais e no caso de missão diplomática, apenas se for o 
chefe e a missão for temporária. 
 
2- Se for licenciado pela respectiva Casa: 
� Por motivo de doença; ou 
� Para tratar, sem remuneração, de interesse particular, 
desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse 120 dias 
por sessão legislativa. 
 
� O suplente será convocado no caso de: 
� Vaga; 
� Investidura nas funções previstas acima; ou 
Podendo 
optar pela 
remuneração 
do mandato. 
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� Licença superior a 120 dias. 
 
� Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para 
preenchê-la se faltarem mais de 15 meses para o término do 
mandato. 
 
Vamos organizar as hipóteses em que o Deputado ou Senador 
irá perder o seu mandato: 
1- Incorrer em qualquer dos impedimentos acima; 
2- Praticar ato incompatível com o decoro parlamentar (sendo 
que, além dos casos definidos no regimento interno, é 
incompatível com o decoro parlamentar: o abuso das 
prerrogativas asseguradas ou a percepção de vantagens 
indevidas); 
3- Sofrer condenação criminal em sentença transitada em 
julgado. 
 
 
 
 
 
4- Que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; 
5- Que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, a 1/3 
das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou 
missão autorizada pela Casa; (desinteresse equiparado à 
renúncia4). 
6- Quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na 
CF; 
 
 
 
 
 
Observe que quando se fala em quebra de decoro, infração a 
impedimentos e até mesmo condenação criminal transitada em 
 
4
 Como salienta SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo 33ª ed. Pg. 540. 
Nestes 3 casos, a perda do mandato será "decidida" pela Casa 
respectiva, por "voto secreto" e "maioria absoluta", mediante 
provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado 
no CN, assegurada ampla defesa. 
 
Nestes 3 casos, a perda será "declarada" pela Mesa da Casa 
respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus 
membros, ou de partido político representado no CN, assegurada 
ampla defesa. 
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julgado, a Casa irá decidir pela perda ou não do mandato do 
parlamentar, diferentemente do que ocorre por faltas ou por 
requisição da justiça eleitoral, onde caberá a Mesa da Casa 
simplesmente declarar a perda do mandato. 
 
Pulo do Gato: 
Veja que temos 3 hipóteses onde a perda do mandato é decidida 
(pode perder ou não, depende do voto da Casa), e outras 3 hipóteses 
onde a perda é declarada (não cabe à Casa decidir, apenas cumprir). 
A Casa declara a perda do cargo (não cabendo fazer juízo) sobre 
coisas que foram determinadas externamente, independentes de uma 
ação do parlamentar, são elas: perda/suspensão dos direitos políticos 
e decisão da Justiça Eleitoral. Ocorrerá ainda no caso de faltas 
excessivas (mais de 1/3 das sessões ordinárias), pois isso demonstra 
desinteresse equiparado à renúncia do cargo e, se ele decidiu 
“renunciar”, não cabe à Casa Legislativa decidir a respeito. 
Agora, quando estamos diante de uma ação do parlamentar que 
acaba incorrendo em impedimentos funcionais ou ferindo o 
decoro inerente à categoria (caso do ex-senador Demóstenes Torres, 
que perdeu o cargo por quebra do decoro), a Casa respectiva irá 
decidir (por voto secreto e maioria absoluta) se a ofensa foi relevante 
o suficiente para declarar a perda de seu cargo. 
A hipótese de “condenação criminal transitada em julgado” é 
causa de “decisão” e não “declaração” da perda, pois se trata de 
uma faceta da independência e harmonia entre os Poderes. Assim, o 
Judiciário condena, mas não irá interferir diretamente nos trabalhos 
legislativos, deixando o próprio Poder Legislativo decidir se o trabalho 
do parlamentar merece continuar ou não até o término do seu 
mandato. É diferente da hipótese de determinação da Justiça 
Eleitoral, pois neste caso pressupõe que ele está investido 
irregularmente na função, pois cometeu alguma infração eleitoral. 
Assim: 
A Casa "decide" se ele perde o mandato ou não, quando: 
� Incorrer nos impedimentos; 
� Atentar contra o decoro; 
� Sofrer condenação criminal transitada em julgado; 
A Casa "declara" a perda do cargo quando: 
� Seus direitos políticos forem perdidos ou suspensos; 
� A Justiça Eleitoral determinar; 
� Faltar injustificadamente a 1/3 das sessões ordinárias. 
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A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou 
possa levar à perda do mandato, nos termos vistos acima, terá 
seus efeitos suspensos até as deliberações finais sobre a 
decisão ou declaração, ou não, da perda do mandato. 
Algumas questões de concurso tentam confundir o candidato 
associando tal disposição ao Presidente da República, porém, 
somente em relação aos parlamentares se aplica a disposição de que 
"de nada adianta pedir a renúncia se o processo de cassação do 
mandato já estiver aberto". 
 
39. (CESPE/Analista - TRE-BA/2010) O deputado ou o senador 
que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte 
das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou 
missão por esta autorizada, perderá o mandato. 
Comentários: 
É uma das hipóteses de perda do mandato prevista no art. 55 da 
Constituição. Essa está prevista no inciso III e a perda será 
"declarada" pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante 
provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político 
representado no CN, assegurada ampla defesa, nos termos do §3º do 
mesmo artigo. 
Gabarito: Correto. 
 
40. (CESPE/Técnico - TRE-BA/2010) De acordo com a 
Constituição Federal de 1988, o deputado federal que for investido 
em cargo de secretário de Estado, independentemente da pasta 
que assumir, perderá seu mandatode deputado. 
Comentários: 
O parlamentar não perde o mandato se for chamado para cargos de 
livre nomeação e exoneração como Ministros e seus simétricos 
federativamente (secretários), a única observação que temos que 
tomar cuidado é no caso de Secretário Municipal, pois será lícito 
assumir sem a perda apenas em Capitais (CF, art. 56, I). 
Gabarito: Errado. 
 
41. (CESPE/Técnico - TRE-BA/2010) O deputado federal 
investido temporária e precariamente no cargo de ministro de 
Estado não está sujeito a processo disciplinar perante a Câmara 
dos Deputados em razão da prática de ato incompatível com o 
decoro parlamentar quando no cumprimento de seu mandato. 
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Comentários: 
Segundo a jurisprudência do STF, cabe ao parlamentar, ainda que 
licenciado do cargo, observar as vedações a ele imposta pelo 
estatuto do congressista, bem como exigências ético-jurídicas 
estabelecidas pela Constituição e pelos regimentos internos das 
Casas, a fim de que seja preservado o decoro parlamentar. 
Gabarito: Errado. 
 
42. (CESPE/Promotor - MPE-RO/2010) Suplente de deputado 
ou senador deve ser convocado nos casos de licença do titular por 
período superior a sessenta dias. 
Comentários: 
A convocação do suplente só se dá quando a licença for superior a 
120 dias. 
Gabarito: Errado. 
 
43. (FCC/AJEM-TRF 4º/2010) É correto afirmar que os 
Deputados e Senadores não poderão, desde a expedição do diploma, 
a) patrocinar causa em que seja interessada empresa de economia 
mista ou concessionária de serviço público. 
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, 
inclusive os de que sejam demissíveis ad nutum, em autarquia. 
c) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze 
de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito 
público, ou nela exercer função remunerada. 
d) patrocinar causa em que seja interessada pessoa jurídica de direito 
público e empresa pública. 
e) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. 
Comentários: 
Essa questão é típica de concursos, e é um terror para candidatos 
"normais". Ela embola um artigo já confuso, que é o art. 54 da 
Constituição Federal. Mas, os meus alunos não têm problema algum 
com este tipo de questão, pois sabe que temos um "pulo do gato" 
para acertá-la: 
Veja pela leitura do art. 54 que "a partir da expedição do diploma" só 
há 2 impedimentos a serem decorados: 
1- Firmar ou manter contrato... 
2- Aceitar ou exercer cargo... 
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Todos os outros são apenas a partir da posse. 
A letra B é que trouxe o "aceitar ou exercer cargo". As outras são a 
partir da "posse" (CF, art. 54). 
Gabarito: Letra B. 
 
44. (FCC/AJAJ-TRE-AL/2010) Os Deputados e os Senadores 
NÃO poderão, desde a expedição do diploma: 
a) ser diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato 
com pessoa jurídica de direito público. 
b) ser proprietários de empresa que goze de favor decorrente de 
contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer 
função remunerada. 
c) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, 
salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes. 
d) patrocinar causa em que seja interessada pessoa jurídica de direito 
público. 
e) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. 
Comentários: 
Novamente, vamos ao "pulo do gato" para acertar essa questão: "a 
partir da expedição do diploma" só há 2 impedimentos a serem 
decorados: 
1- Firmar ou manter contrato... 
2- Aceitar ou exercer cargo... 
Todos os outros são apenas a partir da posse. 
A letra C trouxe o "firmar ou manter contrato". As outras são a partir 
da "posse" (CF, art. 54). 
Gabarito: Letra C. 
 
45. (FCC/Analista - TRT-AL/2008) Os Senadores não 
poderão, desde a expedição do diploma, ser titulares de mais de 
um cargo ou mandato público eletivo. 
Comentários: 
meus alunos sabem que "a partir da expedição do diploma" só há 2 
impedimentos a serem decorados (vide art. 54): 
1- Firmar ou manter contrato... 
2- Aceitar ou exercer cargo... 
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Como não usou as frases "firmar ou manter contrato", nem "aceitar 
ou exercer cargo", não pode falar em "a partir da expedição do 
diploma". 
Gabarito: Errado. 
 
46. (ESAF/MPU/2004) O deputado que sofrer condenação criminal 
em sentença transitada em julgado terá a perda de seu mandato 
declarada pela Mesa da Câmara dos Deputados. 
Comentários: 
A perda será decidida pela Casa respectiva, por voto secreto e 
maioria absoluta conforme dispõe o art. 55 § 2º da Constituição. 
Gabarito: Errado. 
 
Reuniões das Casas Legislativas: 
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na 
Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de 
agosto a 22 de dezembro. 
 
 
 
 
 
 
§ 1º - As reuniões marcadas para essas datas serão 
transferidas para o primeiro dia útil subseqüente, quando 
recaírem em sábados, domingos ou feriados. 
§ 2º - A sessão legislativa não será interrompida sem a 
aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias 
(PLDO). 
§ 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões 
preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano 
da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das 
respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a 
recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente 
subseqüente. 
Perceba que a CF protegeu o PLDO não prevendo a sua rejeição, já 
que, enquanto ele não for aprovado, a sessão legislativa não poderá 
ser interrompida. 
2 de Fevereiro 
 
17 de Julho 
 
1o de Agosto 
 
22 de Dezembro 
 
RECESSO 
 
1o de Fevereiro – Reuniões Preparatórias 
 
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47. (CESPE/Juiz Substituto - TJ-AC/2007) Conforme a 
Constituição Federal, as sessões legislativas do Congresso Nacional 
devem ocorrer entre 15 de fevereiro e 30 de junho e entre 1.º de 
agosto e 15 de dezembro. 
Comentários: 
Contraria o disposto na Constituição em seu art. 57 que estabelece 
que sessões serão de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 
22 de dezembro, redação que foi dada pela EC 50/06. 
Gabarito: Errado. 
 
48. (ESAF/MPU/2004) A reunião de inauguração da sessão 
legislativa do Congresso Nacional ocorrerá sempre no dia 15 de 
fevereiro de cada ano. 
Comentários: 
A reunião atualmente (após a EC 50/2006) tem início no dia 2 de 
fevereiro (art. 57 da CF), o que já bastaria para deixar a questão 
incorreta. Porém, o erro substancial da questão que devemos 
aproveitar em nosso estudo ainda é outro: nota-se que não será 
“sempre”, já que o §1º do citado artigo, abre a possibilidade da 
transferência para o 1º dia útil subsequente, em se tratando 
feriados, sábados ou domingos. 
Gabarito: Errado. 
 
Reunião em sessão conjunta: 
§ 3º - Além de outros casos previstos nesta Constituição, a 
Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em 
sessão conjunta para: 
I - inaugurar a sessão legislativa; 
II - elaborar o regimento comum e regular a criação de 
serviços comuns às duas Casas; 
III - receber o compromisso do Presidente e do Vice-
Presidente da República; 
IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar. 
 
• Sessão conjunta → Os deputados e senadores deliberam 
juntos, mas, votam em separado.X 
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• Sessão unicameral do CN → É o CN se reunindo como se 
fosse apenas uma Casa, deliberando e votando junto. 
 
49. (CESPE/Promotor-MPE-RO/2010) A CF prevê a reunião em 
sessão conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado Federal na 
hipótese, entre outras, de conhecer e deliberar sobre veto. 
Comentários: 
O art. 57 §3º traz uma relação não exaustiva de casos nos quais o 
Congresso se reunirá em sessão conjunta. Entre estes casos, 
encontramos no inciso IV: conhecer do veto e sobre ele deliberar. 
Gabarito: Correto 
 
Composição da Mesa do Congresso: 
§ 5º - A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo 
Presidente do Senado Federal, e os demais cargos serão 
exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos 
equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado 
Federal. 
 
Sessão legislativa extraordinária: 
A sessão legislativa extraordinária é aquela sessão que ocorre de uma 
forma excepcional, convoca-se o Congresso no período de recesso 
parlamentar. 
§ 6º A convocação extraordinária do Congresso Nacional 
far-se-á: 
I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de 
decretação de estado de defesa ou de intervenção federal, 
de pedido de autorização para a decretação de estado de 
sítio e para o compromisso e a posse do Presidente e do 
Vice-Presidente- Presidente da República; 
II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da 
Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a 
requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, 
em caso de urgência ou interesse público relevante, em 
todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria 
absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional. 
§ 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso 
Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi 
convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, 
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vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da 
convocação. 
§ 8º Havendo medidas provisórias em vigor na data de 
convocação extraordinária do Congresso Nacional, serão 
elas automaticamente incluídas na pauta da convocação. 
Esquematizando a convocação extraordinária do Congresso 
Nacional: 
 
Responsável pela 
convocação: 
Motivo: Observações: 
Presidente do Senado 
Federal: 
- Em caso de decretação de 
estado de defesa ou de 
intervenção federal; 
- De pedido de autorização 
para a decretação de 
estado de sítio; e 
- Para o compromisso e a 
posse do Presidente e do 
Vice-Presidente da 
República; 
--- 
 
Presidente da República 
 
- Caso de urgência ou 
interesse público 
relevante. 
Precisa da 
aprovação da 
maioria 
absoluta de 
cada Casa 
Legislativa. 
 
Presidentes da Câmara 
dos Deputados e do 
Senado Federal (em 
conjunto) 
 
 
Maioria absoluta dos 
membros de ambas as 
Casas 
 
 
Atenção: Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional 
somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, 
vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da 
convocação. E havendo medidas provisórias em vigor na data de 
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convocação extraordinária do CN, serão elas automaticamente 
incluídas na pauta da convocação. 
 
Pulo do Gato: 
Veja que a regra é a convocação extraordinária ser sempre realizada 
pelo Presidente do Senado (que é o Presidente do Congresso), a 
exceção é a convocação pelas demais autoridades. A exceção deve 
ser decorada, pois é o único caso: 
� Urgência ou interesse público relevante (precisa de 
aprovação da MA das Casas Legislativas). 
 
 
50. (CESPE/ Procurador AL-ES/2011) Em caso de urgência ou 
interesse público relevante, a convocação extraordinária do 
Congresso Nacional poderá decorrer de requerimento da maioria dos 
membros de ambas as casas, hipótese em que será dispensada a 
aprovação do pedido de convocação pelos membros do Congresso 
Nacional, já que a própria maioria dos referidos membros a terá 
solicitado. 
Comentários: 
Segundo o art. 57, §§ 6º, II, nas hipóteses de convocação pelo 
Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados 
e do Senado Federal (em conjunto) ou a requerimento da maioria dos 
membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse 
público relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a 
aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do 
Congresso Nacional. 
Gabarito: Errado. 
 
51. (CESPE/TRE-MA/2009) Por ser o segundo na linha de 
sucessão do presidente da República, cabe ao presidente da Câmara 
dos Deputados fazer a convocação de sessão legislativa 
extraordinária do Congresso Nacional para o compromisso e a posse 
do presidente e do vice-presidente da República. 
Comentários: 
Esta é uma convocação extraordinária que não foge a regra. Esta 
convocação caberá ao presidente do Senado, pois este também é o 
presidente do Congresso. Disposição que pode ser encontrada no art. 
57 §6º, I. 
Gabarito: Errado. 
 
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52. (CESPE/TRE-MA/2009) Embora o Senado e a Câmara dos 
Deputados tenham os seus respectivos presidentes, em caso de 
urgência ou interesse público relevante, pode o vice-presidente da 
República, no exercício da Presidência da República, fazer a 
convocação do Congresso Nacional para sessão legislativa 
extraordinária. 
Comentários: 
Urgência ou interesse público relevante é a exceção à regra de 
convocação extraordinária do Congresso pelo Presidente do Senado. 
No caso desta exceção, a convocação pode ser feita: 
� Pelo Presidente da República; 
� De forma conjunta pelos presidentes da Câmara e Senado; 
� Pela maioria absoluta dos membros de ambas as Casas. 
Lembrando que em todo caso, precisa de aprovação da MA das Casas 
Legislativas. 
Como o Vice, na ausência do Presidente, exerce a presidência da 
República, podendo exercer todos os atos privativos desta 
autoridade, não há óbice para que promova a convocação 
extraordinária do Congresso em tal caso. 
Gabarito: Correto. 
 
53. (CESPE/Promotor-MPE-RO/2010) Na sessão legislativa 
extraordinária, o Congresso Nacional deve deliberar somente sobre a 
matéria para a qual foi convocado, não podendo ser incluídas na 
pauta sequer as medidas provisórias em vigor na data da convocação 
extraordinária. 
Comentários: 
Se houver medidas provisórias em vigor na data de convocação, elas 
serão elas automaticamente incluídas na pauta (CF, art. 57 §8º). 
Gabarito: Errado. 
 
54. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Os 
membros do Congresso Nacional não têm direito ao recebimento de 
parcela indenizatória em decorrência de convocação extraordinária. 
Comentários: 
Isso mesmo, já vimos que é vedado o pagamento de parcela 
indenizatória, em razão da convocação extraordinária. A Constituição 
estabelece isso em seu art. 57 §7º 
Gabarito: Correto. 
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55. (CESPE/Procurador-BACEN/2009) Na sessão legislativa 
extraordinária, o Congresso Nacional delibera, além da matéria para 
a qual foi convocado e das medidas provisórias em vigor na data da 
convocação, a respeito dos projetos de lei complementar em regime 
de urgência. 
Comentários: 
O teor que a questão tentou extrair do candidato era o conhecimento 
sobre oart. 57 §§7º e 8º da Constituição. 
Neste dispositivo, encontramos que havendo medidas provisórias em 
vigor na data de convocação extraordinária do CN, serão elas 
automaticamente incluídas na pauta da convocação. A questão, 
porém, erroneamente, elencou "projetos de lei complementar em 
regime de urgência", quando na verdade o dispositivo em tela só 
menciona as medidas provisórias. 
Gabarito: errado. 
 
Comissões: 
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões 
permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as 
atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de 
que resultar sua criação. 
§ 1º - Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é 
assegurada, tanto quanto possível, a representação 
proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que 
participam da respectiva Casa. 
 
Competências 
§ 2º - às comissões, em razão da matéria de sua 
competência, cabe: 
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do 
regimento, a competência do Plenário, salvo se houver 
recurso de um décimo dos membros da Casa; 
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade 
civil; 
III - convocar Ministros de Estado para prestar informações 
sobre assuntos inerentes a suas atribuições; 
IV - receber petições, reclamações, representações ou 
queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das 
autoridades ou entidades públicas; 
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V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; 
Muita atenção ao termo "solicitar" depoimento de cidadão, 
que não se confunde com "convocar". A convocação só 
poderá ocorrer para: 
� Ministro de Estado; ou 
� Quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à 
Presidência da República; 
VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e 
setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer. 
 
56. (CESPE/Auditor de Controle Externo TC-DF/ 2012) Às 
comissões permanentes do Congresso Nacional compete discutir e 
votar, em caráter preliminar, matérias de sua competência, não sendo 
dispensável, portanto, em qualquer caso, a decisão final, pelo 
plenário de cada Casa, acerca do conteúdo dos projetos de lei. 
Comentários: 
O erro está em dizer que será dispensável em qualquer caso a 
decisão pelo plenário, já que segundo a Constituição, as comissões 
do Congresso e das respectivas Casas têm poder para discutir e 
votar projetos de lei, desde que seja dispensado, na forma dos 
regimentos próprios, o envio ao plenário. Ressaltando-se ainda que 
no caso de recurso de um décimo dos membros da Casa, a votação 
deve ser levada ao Plenário. É o disposto no art. 58, §2º, I da 
Constituição. 
Gabarito: Errado. 
 
57. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) O Congresso Nacional e 
suas casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas 
na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou 
no ato de que resultar sua criação. Essas comissões poderão, em 
razão de sua competência, discutir e votar projeto de lei que 
dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo 
se houver recurso de um décimo dos membros da Casa. 
Comentários: 
A questão mencionou literalmente o teor do art. 58 da Constituição 
combinado com o §2º, I do mesmo artigo, o qual dispõe sobre o 
processo legislativo abreviado no âmbito das comissões. 
Gabarito: Correto. 
 
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58. (ESAF/MPU/2004 - Adaptada) As Comissões permanentes 
do Senado Federal e da Câmara dos Deputados têm competência 
para convocar autoridades do Poder Executivo ou qualquer cidadão 
para prestar informações ou depoimentos perante o Plenário da 
Comissão. 
Comentários: 
Não podemos incluir os cidadãos, no rol do art. 50 da CF, as comis-
sões poderão apenas solicitar informações a eles. 
Gabarito: errado. 
 
Comissões parlamentares de inquérito (CPI) 
CF, art. 58 §3º - As comissões parlamentares de inquérito, 
que terão poderes de investigação próprios das autoridades 
judiciais, além de outros previstos nos regimentos das 
respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos 
Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou 
separadamente, mediante requerimento de um terço de 
seus membros, para a apuração de fato determinado e por 
prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, 
encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a 
responsabilidade civil ou criminal dos infratores. 
Facilitando as características: 
• terão poderes de investigação próprios das autoridades 
judiciais, além de outros previstos nos regimentos das 
respectivas Casas; 
• serão criadas pela Câmara e pelo Senado, em conjunto ou 
separadamente; 
• serão criadas por requerimento de 1/3 dos seus membros; 
• são criadas para apuração de fato determinado e por prazo 
certo; 
• suas conclusões, se for o caso, serão encaminhadas ao 
Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil 
ou criminal dos infratores.(Ela mesma não poderá apurar a 
responsabilidade civil ou criminal dos infratores.) 
 
Vou passar para vocês uma pesquisa que fiz para meu livro 
"Constituição Federal Anotada para Concursos 2a Edição": 
 
Para entender melhor os poderes da CPI: 
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• Lei 1579/52, art. 2º - No exercício de suas atribuições, poderão 
as Comissões Parlamentares de Inquérito determinar as 
diligências que reputarem necessárias e requerer a convocação 
de Ministros de Estado, tomar o depoimento de quaisquer 
autoridades federais, estaduais ou municipais, ouvir os 
indiciados, inquirir testemunhas sob compromisso, requisitar de 
repartições públicas e autárquicas informações e documentos, e 
transportar-se aos lugares onde se fizer mister a sua presença. 
• Lei 1579/52, art. 3º e parágrafo único - Indiciados e 
testemunhas serão intimados de acordo com as prescrições 
estabelecidas na legislação penal. Em caso de não 
comparecimento da testemunha sem motivo justificado, 
a sua intimação será solicitada ao juiz criminal da 
localidade em que resida ou se encontre, na forma do art. 218 
do Código do Processo Penal. (Veja que a CPI tem amplos 
poderes para impor o dever de prestar depoimento tanto aos 
indiciados quanto às testemunhas) 
• Lei 1579/52, art. 4º, I - Constitui crime: impedir, ou tentar 
impedir, mediante violência, ameaça ou assuadas, o regular 
funcionamento de Comissão Parlamentar de Inquérito, ou o 
livre exercício das atribuições de qualquer de seus membros. 
• Lei 1579/52, art. 4º, II - Constitui crime fazer afirmações 
falsas, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, 
tradutor ou intérprete, perante a Comissão Parlamentar de 
Inquérito (veja que o indiciado pode ficar calado, direito que 
não possuem as testemunhas, peritos, tradutores ou 
intérpretes, salvo segundo a jurisprudência, quando o 
depoimento poderá ser auto-incriminatório). 
 
Jurisprudência do Supremo sobre CPI, em linguagem 
adaptada: 
Independência dos Poderes X CPI: 
- Atos jurisdicionais, como o acerto ou desacerto da concessão 
de liminar em mandado de segurança, não podem ser 
examinados no âmbito do Legislativo, diante do princípio da 
separação de poderes5. 
- Ofende o princípio a independência dos poderes a intimação de 
magistrado para depor perante Comissão Parlamentar de 
Inquérito sobre ato jurisdicional praticado6. 
 
5
 HC 86.581, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 23-2-06, Plenário, DJ de 19-5-06. 
6
 HC 80.539, Rel. Min.

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