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CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 1 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Aula 6 - Poder Legislativo: Fala Pessoal, prontos para a aula de hoje? Essa talvez seja a principal aula de nosso curso, por isso muita atenção, ok?! Vamos nessa! ESTRUTURA DO PODER LEGISLATIVO: A Constituição diz (art. 44) que o Poder Legislativo, em âmbito federal, é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Por isso dizemos que no Brasil possuímos o sistema bicameral. Possuímos duas Casas Legislativas. Ratificamos que isso é, obviamente, na esfera federal. No âmbito dos Estados, Municípios e DF, o Legislativo funciona unicameralmente, exercido respectivamente pela Assembléia Legislativa Estadual, Câmara Municipal e Câmara Legislativa do Distrito Federal. No sistema bicameral do Legislativo Federal temos: • Câmara dos Deputados → Representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no DF. X • Senado Federal → Representantes dos Estados/DF, eleitos segundo o princípio majoritário. Sistema proporcional x majoritário: No Poder Legislativo, a regra é a eleição proporcional. Eleição proporcional é aquele voto de legenda, que garante que diversos partidos políticos possam estar presentes na Casa. O objetivo é garantir representantes também das minorias, fortalecendo a pluralidade de opiniões, o que materializa o pluralismo político, um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, previsto no art. 1º, V da Constituição. O sistema proporcional só pode acontecer quando temos vários cargos e vários candidatos. Quando temos poucos cargos ele fica sem sentido. Assim, no caso dos cargos eletivos para o Executivo (Presidente, Governador, Prefeito) que possuem apenas 1 eleito, e no caso dos Senadores, 1 eleito ou 2 eleitos, dependendo da eleição, somente o sistema majoritário - quem conseguir a maioria dos votos ganha - é que pode existir. Os demais cargos eletivos do Legislativo (Deputados Federais, Deputados Estaduais, e Vereadores) são providos pelo sistema proporcional. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 2 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br OBS - O senador para ser eleito deve conseguir a maioria relativa (simples) dos votos, não é necessária a maioria absoluta, e não há segundo turno para eleição de Senador. Legislatura x sessão legislativa: Seja em âmbito federal, estadual, municipal ou distrital, temos que cada legislatura terá a duração de quatro anos. Muita atenção: • Legislatura → Duração de 4 anos; legislatura é o conjunto que representa os legisladores. O mandato de um deputado coincide com uma legislatura enquanto o Senador passa por duas (8 anos). X • Sessão Legislativa → Reunião anual do Congresso Nacional. Ocorrem de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. Decisões do Congresso: O art. 47 da Constituição dispõe que salvo disposição constitucional em contrário, as decisões serão tomadas por maioria dos votos (simples), presente a maioria absoluta de seus membros. Maioria absoluta = mais da metade do efetivo da Casa. Maioria simples = mais da metade dos presentes na sessão, e deve estar presente ao menos a maioria absoluta. Cargos do Poder Legislativo Federal: 1 – Deputado federal: Conceito: Representantes do POVO. Mandato: de 4 anos. Eleição: sistema proporcional. Quantidade por Estado: o numero de deputados e a representação por Estado/ DF será proporcional à população, e estabelecido em lei complementar. Sendo que cada Estado/DF contara com: ■ mínimo – 8 deputados; ■ Maximo – 70 deputados; e ■ cada Território Federal – 4 deputados. Serão procedidos ajustes necessários, no ano anterior as eleições, para que estes números sejam mantidos. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 3 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br 2 – Senador: Conceito: representantes dos ESTADOS/DF. Mandato: de 8 anos sendo que a eleição será feita de 4 em 4 anos, modificando-se alternadamente 1/3 e 2/3 dos membros do Senado. Eleição: se dará pelo sistema majoritário. Número: 3 senadores por cada Estado/DF eleitos com 2 suplentes. OBS - Território Federal não elege Senadores, pois estes são representantes dos Estados/DF e TF não é Estado. 1. (CESPE/Juiz TRF - 1ª REGIÃO/2011) O Poder Legislativo é composto por deputados federais, eleitos pelo sistema proporcional, e por senadores, eleitos pela maioria absoluta do total de eleitores de cada unidade da Federação. Comentários: Primeiramente, entendemos que a questão deveria expressamente citar o termo "federal", pois é somente o Poder Legislativo Federal que é composto de Deputados Federais e Senadores. Mesmo que deixemos isso de lado, o item ainda traz outro erro: para ser eleito senador, o candidato precisa da maioria relativa de votos. Gabarito: Errado. 2. (CESPE/MEC/2009) A Câmara dos Deputados é composta de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada estado, em cada território e no DF, não podendo nenhuma unidade da Federação possuir menos de dez ou mais de sessenta deputados. Comentários: A questão errou os limites, o mínimo seriam oito e não dez deputados. Gabarito: Errado. 3. (CESPE/Promotor - MPE-RO/2010) O Senado Federal compõe-se de três representantes de cada estado e do DF, com mandato de oito anos, eleitos segundo o princípio proporcional, sendo os representantes renovados de quatro em quatro anos, de forma alternada, por um e dois terços. Comentários: Questão clássica. A eleição para o Senado é majoritária e não proporcional. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 4 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Gabarito: Errado. 4. (CESPE/MEC/2009) O Senado Federal possui 81 senadores, eleitos segundo o princípio majoritário para um mandato de oito anos, com renovação obrigatória de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços. Comentários: Sabemos que o Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. Cada Estado e o Distrito Federal elegerão 3 Senadores, com mandato de 8 anos. A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de 4 em 4 anos, alternadamente, por um e dois terços. Como temos na federação 26 Estados e 1 Distrito Federal, forma-se então 27 entes que elegem 3 senadores cada um, totalizando, assim, os 81 senadores. Gabarito: Correto. 5. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) Os senadores, representantes dos estados e do Distrito Federal, são eleitos com três suplentes, segundo o princípio proporcional, para mandato de oito anos. Comentários: O primeiro erro é que os Senadores são eleitos em número de 3, mas cada um desses 3 só tem direito a dois suplentes. Outro erro é que os Senadores são eleitos pelo sistema majoritário (quem tiver mais votos vence a disputa), e não pelo sistema proporcional (que assegura que diversos partidos possam ter seus membros na casa, proporcionalmente aos votos de cada legenda). Gabarito: Errado. 6. (CESPE/Técnico - MPU/2010) O Poder Legislativo opera por meio do Congresso Nacional, instituição bicameral composta pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros. Comentários: A questão trouxe primeiramente uma definição perfeita do sistemabicameral do Poder Legislativo e complementou com a disposição do art. 47 da Constituição que dispõe que "salvo disposição CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 5 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br constitucional em contrário, as decisões serão tomadas por maioria dos votos (simples), presente a maioria absoluta de seus membros". Gabarito: Correto. 7. (FJG/Controlador de Arrecadação- PM-RJ/2002) O número total de Deputados Federais, bem como a representação pelos Entes de origem, será estabelecido por lei complementar: A) proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de 8 (oito) ou mais de 70 (setenta) Deputados B) que terá total liberdade para dispor sobre o mínimo e o máximo de Deputados por unidade federativa, seguindo sempre o critério da proporcionalidade da população C) proporcionalmente à economia da unidade federativa de origem, de forma a garantir um mínimo de 30 (trinta) Deputados por Estado da Federação D) de forma a garantir que cada Território tenha no mínimo 30 (trinta) deputados Comentários: É importante que se guardem esses números: mínimo 8, máximo 70. É também igualmente importante que vocês lembrem que isso é fixado em lei complementar. A questão, porém, já lhe deu essa informação. Gabarito: Letra A. 8. (FJG/Procurador PM - Nova Iguaçu/2006) São representantes políticos escolhidos por meio do sistema eleitoral majoritário: A) Deputados Estaduais e Deputados Federais B) Vereadores e Deputados Estaduais C) Senadores e Deputados Federais D) Senadores e Prefeitos E) Vereadores e Prefeitos Comentários: O sistema proporcional só pode acontecer quando temos vários candidatos. Quando temos poucos candidatos ele fica sem sentido. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 6 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Assim, no caso dos cargos eletivos para o Executivo (Presidente, Governador, Prefeito) que possuem apenas 1 eleito, e no caso dos Senadores, 1 eleito ou 2 eleitos, dependendo da eleição, somente o sistema majoritário - quem conseguir a maioria dos votos ganha - é que pode existir. Os demais cargos eletivos (Deputados Federais, Deputados Estaduais, e Vereadores) são providos pelo sistema proporcional. Gabarito: Letra D. Atribuições: Muita atenção a esta parte! Este é um tema exaustivamente cobrado em concurso, vai do art. 48 ao 52 da Constituição. A cobrança se dá principalmente nos art. 49, 51, e 52, esses são cartas certas em concursos. O art. 49, então, deve estar muito bem fixado, leia e releia este artigo. O tema é um pouco extenso, mas, vocês não precisam se preocupar! Eu estou aqui justamente para poder jogar ao chão a dificuldade de acertar questões desse tema. Vamos às noções iniciais e macetes. Noções iniciais: 1- O art. 48 traz matérias que serão discutidas através de leis. Quem irá propor estas leis? Isso é indiferente, pode ser o Presidente, Parlamentar, STF... o que importa e é exigido pela Constituição, é que estas matérias sejam levadas através de lei ao Congresso para deliberação. Após essa deliberação o Presidente da República irá sancionar ou vetar a lei. 2- Os art. 49, 51 e 52 trazem matérias que são reservadas ao trato exclusivo das Casas Legislativas- Câmara dos Deputados (art. 51), Senado (art. 52), ou se reunidos em Casa Única, ao Congresso - (art. 49). Nestes 3 artigos não há a participação de nenhum outro Poder, seja na iniciativa ou seja para sanção/veto. Pulo do Gato: 1- Tudo que for assunto de extrema importância, ou relevância nacional ou internacional, ou ainda assuntos delicados (atividade nuclear, índios...) ficou à cargo do Congresso Nacional (em casa única) - art. 49. Ex: resolver definitivamente sobre tratados internacionais, autorizar guerra ou que forças estrangeiras transitem em solo brasileiro fora dos casos da lei complementar, autorizar o Presidente da Rep. a se ausentar do país, bem como julgar as suas contas, autorizar atividades nucleares a explorações em terras indígenas e etc. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 7 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br 2- Ao Senado, reservou-se as matérias referentes a: a) Aprovação (e em alguns casos, exoneração) de autoridades. Ex. Procurador Geral da República, Ministros do STF, Governador de Território, Presidente do Banco Central, Chefe de Missão Diplomática Permanente, entre outros. - O Senado é o único órgão do Legislativo Federal que aprova a nomeação de autoridades. b) Julgamento de autoridades por crimes de responsabilidade - O Senado é o único órgão do Legislativo Federal que faz julgamentos de autoridades. c) Finanças Públicas. Ex. Avaliar o Sistema Tributário Nacional, fixar limites de dívidas e condições de créditos e etc. 3- A Câmara dos Deputados não foi elencado muitas competências relevantes. Apenas competências internas (elaborar o regimento interno e etc.) e devemos fazer destaque a apenas 2 competências: a) autorizar que o Senado instaure o processo contra o Presidente da República, o Vice e seus Ministros. b) Tomar as contas do Presidente da República, caso este não apresente as contas para o julgamento do Congresso em 60 dias. Obs. Nestes casos onde a Câmara dos Deputados atua de forma a autorizar o processo de julgamento pelo Senado enquanto este atua como a efetiva Casa julgadora, a lei 1079/50 – que define crimes de responsabilidade e seu processo – denomina a Câmara como sendo “Tribunal de Pronúncia” e o Senado como sendo “Tribunal de Julgamento”. Lembrando que tal autorização somente se faz necessária nos casos de Presidente da República, Vice-Presidente e Ministros. 9. (CESPE/ TJ-PI Juiz/2012) Compete privativamente ao Senado Federal escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União, estando a cargo do Congresso Nacional aprovar a escolha dos ministros indicados pelo presidente da República. Comentários: Primeiro, já matamos a questão ao saber que só o Senado faz a aprovação das escolhas do Presidente. Isso não é atribuição do Congresso.Outra coisa é que não está dentre as competências do CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 8 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Senado nem da Câmara dos Deputados a escolha de membros do TCU, tal competência é do Congresso Nacional, prevista no art. 73, § 2º, II.da Constituição Federal que noticia caber ao Congresso Nacional escolher dois terços dos ministros do TCU. Gabarito: Errado. 10. (CESPE/AJEP-TJES/2011) Incumbe privativamente ao Senado Federal avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Comentários: É isso aí... Quando “mexer com finanças públicas”, a competência é do Senado (CF, art. 52, XV). Gabarito: Correto. 11. (CESPE/Promotor-MPE-RO/2010) É de competência do Senado Federal autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o presidente e o vice-presidente da República, bem como contra os ministros de Estado. Comentários: Ora, se compete ao Senado julgar, como poderia competir também ao Senado, autorizar o julgamento? Não há lógica para isso não é mesmo. Assim, o competente para autorizar este julgamento será a Câmara dos Deputados, de acordo com o art. 51, I da Constituição. Lembrando que a necessidade de autorização da Câmara para o julgamento doSenado, se faz somente nesses 3 casos: - Presidente da República; - Vice-Presidente da República; e - Ministro de Estado Nos demais casos, ainda que o Senado seja o responsável pelo julgamento, irá dispensar a autorização da Câmara. Gabarito: Errado. 12. (CESPE/ Juiz - TJ-PI/ 2012) Compete à Câmara dos Deputados atuar como tribunal de pronúncia nos crimes praticados pelo Presidente da República, autorizando a instauração de inquérito e o oferecimento de denúncia ou queixa ao STF (no caso de crime CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 9 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br comum), bem como admitindo a acusação e a instauração de processo no Senado Federal (no caso de crime de responsabilidade). Comentários: De fato, a Câmara dos deputados, funciona como tribunal de pronúncia nos crimes praticados pelo Presidente da República, no entanto, a Constituição só fala em autorização para instauração do processo e não do inquérito, por isso o item está incorreto. Gabarito: Errado. 13. (CESPE/AJAA-TRE-MT/2010) Compete privativamente à Câmara dos Deputados processar e julgar o presidente e o vice- presidente da República nos crimes de responsabilidade. Comentários: O único órgão do Legislativo que julga "pessoas" (autoridades) é o Senado Federal. Gabarito: Errado. 14. (CESPE/AJAJ-STF/2008) O advogado-geral da União e os ministros de Estado são julgados pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade. Comentários: Os ministros, em regra, são julgados nos crimes de responsabilidade perante o STF, a exceção se faz apenas quando se tratar de crimes conexos com os do Presidente ou vice da República, quando então serão julgados pelo Senado, nos termos do art. 52 c/c 102, I, c da Constituição. Gabarito: Errado. 15. (CESPE/Administrador - AGU/2010) Compete à Câmara dos Deputados eleger dois cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, para o Conselho da República. Comentários: O Conselho da República se compõe, além de outros, de 6 cidadãos brasileiros natos. A câmara é responsável por eleger dois deles (CF, art. 51, V c/c art. 89, VII) e o Senado mais dois (CF, art. 52, XIV c/c art. 89, VII). Os outros dois serão escolhidos pelo Presidente da República (CF, art. 89, VII). Gabarito: Correto. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 10 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br 16. (CESPE/Administrador - AGU/2010) É da competência exclusiva do Senado Federal autorizar o presidente da República a se ausentar do país, quando a ausência exceder a quinze dias. Comentários: Isso é função do Congresso Nacional (CF, art. 49, III). Gabarito: Errado. 17. (CESPE/Procurador - Boa Vista/2010) Compete exclusivamente à Câmara dos Deputados sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitarem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa. Comentários: É uma atribuição do Congresso Nacional. Gabarito: Errado. 18. (CESPE/AJAJ - TRT 5ª/2009) Compete ao Congresso Nacional, com a sanção do presidente da República, aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio ou suspender qualquer uma dessas medidas. Comentários: Tal matéria encontra-se no art. 49 da Constituição, e como vimos, as matérias deste artigo dispensam a sanção presidencial, por força do art. 48. Gabarito: Errado. 19. (CESPE/AJAJ - TRT 5ª/2009) Compete privativamente à Câmara dos Deputados autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o presidente e o vice-presidente da República e contra os ministros de Estado. Comentários: Mais uma vez esta importante disposição: o Senado é um órgão que julga várias autoridades, porém, destas autoridades, as únicas que precisam de autorização das Câmara para instauração do processo, segundo o art. 51, I da Constituição, são: - Presidente da República - Vice-Presidente da República; e - Ministros de Estado. Gabarito: Correto. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 11 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br 20. (CESGRANRIO/Advogado-INEA/2008) Nos termos da Constituição Federal vigente, a descrição que NÃO corresponde a matéria de competência privativa do Senado Federal é: a) julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo. b) aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato. c) processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade. d) processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal nos crimes de responsabilidade. e) suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal. Comentários: Letra A - Errado - Já é o gabarito! Vimos que quem julga as contas do Presidente é o Congresso. E caso não sejam apresentadas as contas para o julgamento, caberá à Câmara proceder a tomada de contas. Letra B - Correto - Aprovar nomeações e exonerações = Senado! Letra C - Correto - O único órgão que julga pessoas no Legislativo é o Senado, e faz isso com os membros da mais alta cúpula do governo em seus crimes de responsabilidade. Letra D - Correto. idem à letra C. Letra E- Correto. A única que não vimos nas dicas. Gabarito: Letra A. 21. (CESGRANRIO/Especialista em Regulação-ANP/2008) Nos termos da Constituição Federal vigente, pode-se afirmar que compete exclusivamente ao Congresso Nacional: I - resolver definitivamente sobre tratados que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional; II - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão; III - processar e julgar os Ministros de Estado nos crimes de responsabilidade; IV - autorizar referendo e convocar plebiscito. Estão corretas as afirmativas CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 12 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br a) I e II, apenas. b) I e IV, apenas. c) II e IV, apenas. d) I, II e IV, apenas. e) I, II, III e IV. Comentários: Questão boa para fixar! Vamos usar as dicas que passamos na questão anterior. I - Assunto externo = Congresso! ok! II - Concessão de rádio e televisão = Congresso! A mídia é assunto muito delicado. Tanto que só poderão receber estas concessões empresas brasileiras, brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 anos. III - Só quem julga pessoas no Legislativo é o SENADO! Essa foi fácil! IV - OK! Vai mexer com a população, chama o Congresso! Perceba que o referendo é autorizado, e o plebiscito é convocado. Porque? Plebiscito - é a consulta popular anteriormente à feitura de algum ato. Então convoca-se o plebiscito para que o povo manifeste a sua opnião. Referendo - é a consulta popuolar posteriormente à feitura do ato. Assim, o Congresso autoriza que se consulte a população para "Referendar", Ratificar, o ato. ok? Gabarito: Letra D. Deputados e Senadores: Pessoal, o art. 53 deve ser muito bem estudado, completamente! Ele é o mais fácil entre todos os referentes a parlamentares e um dos que mais cai. Por favor, após a explanação que darei, leiam e releiam o art. 53, ok? Imunidade material: Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. Vamos entendê-la: CURSO ON-LINE - D.CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 13 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br 1- Imunidade "material" = proteção dada ao conteúdo (matéria) de suas manifestações. 2- Essa imunidade torna inadmissível que um parlamentar seja punido seja na esfera cível, seja na esfera penal, por palavras que tenha proferido, pois isto é inerente à sua função1. 3- A imunidade não se restringe àquelas manifestações que são proferidas na tribuna parlamentar. Abrange qualquer manifestação, onde quer que tenha sido feita, desde que inerentes ao exercício da atividade parlamentar. 4- A imunidade material não é, porém, absoluta, pois somente se verifica nos casos em que a conduta possa ter alguma relação com o exercício do mandato parlamentar2. 5- Caso a manifestação seja dada dentro do plenário, o STF considera que ela é conexa com o exercício da sua função, independente do seu teor, não podendo o parlamentar ser punido3. 6- A proteção dada a essas palavras perdura no tempo. O parlamentar não pode após o seu mandato ser processado por algo que disse enquanto era parlamentar. 7- Essas imunidades são de ordem pública, são irrenunciáveis pelo parlamentar; 8- Como são inerentes ao exercício do mandato, caso o parlamentar esteja afastado (exercendo, por exemplo, a função de Ministro de Estado) ele não faz jus à proteção. 9- As imunidades são garantias de independência do Poder Legislativo, impedindo que eles possam restar submetidos ao arbítrio dos demais Poderes do Estado. Assim, ao possuir imunidades materiais e formais, o Legislativo pode livremente defender a democracia, representando os interesses do povo e da federação. 22. (CESPE/Analista Ministerial- MPE-PI/2012) As imunidades parlamentares são prerrogativas que decorrem do efetivo exercício da função parlamentar e estendem-se aos suplentes, mesmo que estes não tenham assumido o cargo ou não estejam em seu efetivo exercício. Comentários: As imunidades não são extensíveis aos suplentes, da mesma forma que se o parlamentar for investido em cargo de ministro, por 1 Segundo a Petição 3686/DF, transcrita no informativo nº 438 do STF, 2 Inq 2.134. 3 RE 463.671-AgR. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 14 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br exemplo, deixa de ostentar tal prerrogativa. Gabarito: Errado. 23. (FCC/AJAA-TRT-SP/2008) A prerrogativa constitucional que protege o Deputado Federal em todas as suas manifestações que guardem relação com o exercício do mandato, exteriorizadas no âmbito do Congresso Nacional, é classificada como imunidade a) relativa. b) formal. c) residual. d) material. e) obstativa. Comentários: Trata-se da imunidade que protege o "conteúdo", a "matéria", então, trata-se da imunidade material. Gabarito: Letra D. 24. (CESPE/Técnico - TRE-BA/2010) Ainda que fora do Congresso Nacional, se estiver no exercício de sua função parlamentar, o deputado federal é inviolável, civil ou penalmente, por suas palavras e opiniões. Comentários: Isso aí, segundo a jurisprudência do STF, a imunidade material não se restringe àquelas manifestações proferidas no plenário, desde que tenham conexão com a função parlamentar. Gabarito: Correto. Imunidade formal (ocorre a partir da expedição do diploma) § 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. § 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria (absoluta) de seus membros, resolva sobre a prisão. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 15 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br § 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria (absoluta) de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. § 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. § 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato. Esses parágrafos conferem várias prerrogativas aos parlamentares, vamos analisá-las: 1- Foro especial perante o STF a partir do momento que o diploma for expedido - Assim, independente do tempo do crime, antes ou depois da diplomação, o simples fato de ele ser um parlamentar (com seu diploma expedido) faz ele ser julgado perante o STF; 2- O parlamentar não pode ser preso - esta é a regra - a não ser que seja em flagrante de um crime inafiançável; 3- A imunidade processual do §3º só vale para crimes cometidos após a diplomação, então temos duas possibilidades: • Se o crime for anterior à diplomação - o parlamentar será levado a julgamento perante o STF, já que por ser parlamentar conquista a prerrogativa de foro, porém não poderá haver sustação da ação, já que a imunidade processual do art. 53 §3º só é válida para crimes cometidos posteriormente à diplomação. • Se o crime for posterior à diplomação - o processo será iniciado no STF, mas poderá ser sustado, desde que algum partido político provoque a Casa respectiva, e esta entenda, em até 45 dias, através da maioria (absoluta) de seus membros que o processo deve ser sustado (neste caso suspende também a prescrição do crime). 4- Não se exige licença prévia da Casa para o processo contra parlamentar. A possibilidade de sustamento é posterior ao início do processo. 5- Terminado o mandato parlamentar, termina também o foro especial perante o STF devendo os autos serem remetidos ao juízo competente ordinário. 6- Essas prerrogativas não se aplicam aos suplentes; CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 16 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br 7- Embora parte da doutrina seja contrária, o Supremo reconhece a possibilidade de prisão em face de sentença definitiva. Assim, existem duas possibilidades de prisão do parlamentar: flagrante de crime inafiançável ou sentença judicial transitada em julgado pelo STF. Desta forma, temos 3 hipóteses que podem acontecer: • O parlamentar foi pego em flagrante de crime inafiançável - pode ser preso, mas os autos serão remetidos em 24 horas à sua Casa para que esta decida sobre a prisão. • O parlamentar cometeu um crime antes da diplomação - O processo continuará correndo normalmente (só que agora no STF), não podendo ser sustado (não incide imunidade processual). Se ele for condenado em sentença transitada em julgado pelo Supremo, poderá ser preso. Se como efeito da condenação tiver os direitos políticos suspensos, perderá o mandato. • O parlamentar cometeu um crime após a diplomação - O Supremo recebe a denúncia e inicia o processo, porém um partido político pode tomar a iniciativa de fazer com que a Casa suste o andamento da ação. Se não houver sustamento da ação e ele for condenado em sentença transitada em julgado, poderá ser preso. 8- Caso o parlamentar seja condenado em sentença transitada em julgado, independentemente da sua prisão, caberá à Casa decidir se ele irá ou não perder o mandato (CF, art. 55, VI), assim, se o parlamentar é condenado, pode ser preso, mas caso a Casa decida pela não perda do cargo, ele poderá voltar após o cumprimento da pena (se o mandato não tiverterminado, obviamente). CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 17 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Fluxograma da Imunidade Formal dos Parlamentares já Diplomados (não se aplica aos suplentes) Parlamentar praticou um crime! O crime foi praticado antes ou depois da diplomação? É levado ao julgamento no STF, pois ele já adquiriu o foro com a diplomação, porém, o andamento do processo não pode ser sustado. Ele foi pego em flagrante e o crime é inafiançável? Ele não poderá ser preso, mas correrá contra ele processo no STF, que poderá ser sustado pela sua Casa Legislativa, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria (absoluta) de seus membros, até a decisão final. Ele pode ser preso, mas neste caso, mesmo assim, a Casa resolverá dentro de 24 horas e pelo voto da maioria (absoluta) de seus membros sobre a prisão. ANTES DEPOIS Se for condenado, e a sentença transitar em julgado, caberá à Casa decidir se ele irá ou não perder o mandato (CF, art. 55, VI). Não precisa de qualquer licença ou autorização para ser processado. Precisa-se é da resposta de algumas das perguntas a seguir. SIM NÃO, o crime não é inafiançável e/ou não foi pego em flagrante. Se tiver a iniciativa de partido político para sustar o andamento, a Casa tem 45 dias para decidir contados do recebimento do pedido pela Mesa Diretora. Irá suspender a prescrição do crime, enquanto durar o mandato. SUSTOU NÃO SUSTOU O processo continua correndo no STF. Se for condenado, e a sentença transitar em julgado, caberá à Casa decidir se ele irá ou não perder o mandato (CF, art. 55, VI). Em qualquer caso, terminado o mandato, terminará também o foro privilegiado, e os autos do processo serão remetidos pelo STF ao juízo ordinário competente. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 18 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br 25. (CESPE/Advogado AGU/2012) Os deputados federais e senadores submetem-se, desde a expedição do diploma, a julgamento perante o STF; não é necessário, porém, que esse tribunal tenha autorização da casa respectiva para receber a denúncia ou queixa-crime e iniciar a ação penal contra parlamentar. Comentários: A questão trata do foro por prerrogativa de função, o do congressistas é o STF desde a expedição dos diplomas (art. 53, §1º). Realmente é desnecessária a autorização das casas respectivas para que seja dado andamento à ação penal por crime cometido após a diplomação. No entanto, ao receber a denúncia contra o parlamentar o Supremo dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar (fazer parar) o andamento da ação. Gabarito: Correto. 26. (CESPE Procurador AL-ES – 2011) A imunidade material contempla eficácia temporal absoluta no sentido de que, mesmo após o término do mandato, os deputados e senadores conservam a imunidade material sobre as opiniões ou palavras proferidas no exercício deste. Comentários: Perfeito o enunciado, mesmo após o término do mandado os parlamentares não responderão pelas palavras proferidas no exercício do mandato. Gabarito: Correto. 27. (CESPE/ Procurador AL-ES/2011) Na imunidade formal em relação ao processo, o partido político pode provocar a respectiva casa legislativa para que haja uma apreciação sobre a sustação da ação penal que esteja em trâmite perante o STF, porém a deliberação no sentido da suspensão da ação penal não suspenderá a prescrição. Comentários: O erro do item está em dizer que a prescrição não será suspensa. Gabarito: Errado. 28. (CESPE/Procurador AL-ES/2011) No sistema brasileiro, a denominada imunidade formal em relação à prisão do parlamentar é absoluta, já que, após a diplomação, os deputados e senadores não CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 19 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br poderão ser presos. Comentários: A imunidade formal dos parlamentares não é absoluta, pode ser preso, mas os autos serão remetidos em 24 horas à sua Casa para que esta decida sobre a prisão. Gabarito: Errado. 29. (CESPE/Escrivão - PC-ES/2011) Os membros do Congresso Nacional não poderão, desde a expedição do diploma, ser criminalmente processados sem prévia licença de sua respectiva casa. Comentários: Não se exige licença prévia da Casa para o processo contra parlamentar. Existe porém a possibilidade de sustação do processo, mas essa é posterior ao início do processo. Gabarito: Errado. 30. (CESPE/AJAA-TRE-MT/2010) Os deputados e senadores, desde o momento em que tomarem posse em seus cargos, não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Comentários: A imunidade ocorre "desde a expedição do diploma" e não "desde a posse". A expedição do diploma ocorre anteriormente à posse. Gabarito: Errado. 31. (FCC/Procurador - PGE-AM/2010) O Deputado Federal ou Senador pego em flagrante durante prática de crime a) poderá ter sua prisão decretada, independentemente de o crime ser inafiançável ou não. b) poderá ter sua prisão decretada, apenas se o crime for inafiançável. c) não poderá ser denunciado judicialmente, salvo mediante prévia autorização da Casa legislativa respectiva. d) poderá ser denunciado judicialmente ao Superior Tribunal de Justiça, independentemente de autorização da Casa legislativa respectiva. e) somente poderá perder o cargo em razão do crime, por decisão judicial transitada em julgado, independentemente de manifestação da Casa legislativa respectiva. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 20 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Comentários: Questão direta, para ser preso tem que ser um flagrante de crime inafiançável. Letra A - Errado. Só se o crime for inafiançável que poderá prendê-lo. Letra B - Correto. Letra C - Não existe necessidade de prévia autorização para o processo. A possibilidade de sustamento ou não da ação ocorre posteriormente ao seu início. Letra D - Errou ao dizer STJ, o correto é STF. Tirando isso, estaria correta. Letra E - Cabe a respectiva Casa decidir, nos termos do art. 55, VI, se o parlamentar irá ou não perder o seu cargo após ser condenado pelo Supremo em sentença transitada em julgado. Gabarito: Letra B. 32. (ESAF/ENAP/2006) A partir do ato de sua posse, os membros do Congresso Nacional passam a usufruir de imunidade formal, somente podendo ser presos em caso de flagrante de crime inafiançável. Comentários: Imunidade material é a imunidade que ser refere às suas palavras, opniões e votos. Ou seja, a imunidade sobre o conteúdo de suas manifestações. A imunidade formal é a que se refere ao processo, só podendo ser presos se for flagrante de crime inafiançável. O erro da questão é que essa imunidade formal ocorre desde a expedição do diploma e não a partir da posse (CF, art. 53 §2º). Gabarito: errado. Extensão das imunidades parlamentares aos Deputados Estaduais e Vereadores: Segundo a Constituição, aos deputados estaduais se aplicam as mesmas inviolabilidades e os mesmos impedimentos dos Deputados Federais. Os vereadores, no entanto, possuem somente imunidade material, e, ainda assim, não se trata de uma imunidade plena como a dos Deputados Federaise Senadores; a imunidade dos vereadores se aplica somente às manifestações proferidas no exercício do mandato e dentro dos limites municipais (CF, art. 29, VIII). CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 21 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Assim, a Constituição não previu imunidade formal aos vereadores. 33. (CESPE/Procurador AL-ES/2011) As opiniões que forem manifestadas fora do recinto legislativo pelo parlamentar federal estarão acobertadas pela imunidade material, hipótese que não se estende aos deputados estaduais e vereadores. Comentários: As imunidades guardam relação com as prerrogativas do cargo e não com o recinto, assim, elas se estendem a todos os atos parlamentares se no cumprimento da função institucional. A questão erra, porém, ao dizer que tal imunidade material não se estende aos Deputados Estaduais e Vereadores, o que não é verdade. Segundo a Constituição, aos deputados estaduais se aplicam as mesmas inviolabilidades e os mesmos impedimentos dos Deputados Federais. E aos vereadores, embora não se apliquem as imunidades formais, se aplicam as imunidades materiais (que foi a cobrada pela questão). Gabarito: Errado. 34. (CESPE/Juiz Substituto - TJ-AC/2007) A imunidade parlamentar de deputado estadual não alcança as ofensas proferidas fora da casa legislativa, mesmo quando estas possam ter conexão com a atividade parlamentar. Comentários: A Constituição garantiu que os deputados estaduais possuem as mesmas garantidas dos deputados federais. A chamada "imunidade material" dos parlamentares, refere-se à pro- teção dada ao conteúdo (matéria) de suas manifestações e não se restringe apenas àquelas proferidas na tribuna parlamentar. A imunidade também alcança os atos externos ao recinto da Casa, desde que conexos com a sua atividade. Gabarito: Errado. Informações em razão do exercício do mandato § 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 22 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br 35. (FCC/TJAA – TRF 1ª/2011) Em relação aos Deputados Federais e Senadores, é correto afirmar: a) Recebida a denúncia, por crime ocorrido antes da diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto de um terço de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. b) Desde os resultados das eleições, não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável, sendo que nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. c) Desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. d) O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de trinta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. e) Serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato e sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. Comentários: Letra A – Errado. A questão tentou cobrar a o teor do art. 53 § 3º da Constituição, mas cometeu diversos erros. O correto seria “recebida a denúncia, por crime ocorrido após a diplomação” e “pelo voto da da maioria (absoluta) de seus membros”. Letra B – Errado. Essa imunidade formal dos parlamentares ocorre a partir da “expedição do diploma” e não desde o resultado das eleições. Letra C – Correto. Agora sim! Com a expedição do diploma, o parlamentar conquista a sua prerrogativa especial de foro perante o STF. Letra D – Errado. Que isso?! 35 dias? Não existe esse prazo para nada... Não que eu tenha conhecimento. O correto seria 45 dias, nos termos do art. 53 §4º da Constituição. Letra E – Errado. Segundo o art. 53 §6º da Constituição, eles não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. Gabarito: Letra C. Incorporação às FFAA CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 23 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br § 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva. 36. (FCC/TJAA-TRF4/2010) A incorporação às Forças Armadas de Deputados Federais, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença: a) do Tribunal Superior Eleitoral. b) do Supremo Tribunal Federal. c) do Superior Tribunal de Justiça. d) da Câmara dos Deputados. e) do Senado Federal. Comentários: A Constituição dispõe em seu art. 53 § 7º que a incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva. Como estamos tratando de "Deputados Federais", precisa-se de licença da Câmara dos Deputados. Gabarito: Letra D. Imunidades durante o estado de sítio § 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida. 37. (CESPE/AJAA-TRE-MT/2010) Os membros do Congresso Nacional são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos, e suas imunidades só poderão ser suspensas durante o estado de sítio por decisão motivada do executor das medidas, com especificação e justificação das providências adotadas. Comentários: Para que elas deixem de existir, precisa do voto de 2/3 dos membros do Congresso Nacional, nos termos do art. 53 §8º da Constituição. Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 24 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br 38. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) As imunidades de Deputados ou Senadores só podem subsistir durante o estado de sítio mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam compatíveis com a execução da medida. Comentários: Ocorre ao inverso. Em regra elas subsistem, a não ser que haja voto de 2/3 da Casa, quando então deixarão de subsistir (art. 53 §8º CF). Gabarito: errado. Impedimentos aos parlamentares (CF, art. 54 ao 56) A Constituição, do art. 54 e 56 traz diversos impedimentos às pessoas que forem eleitas para a Câmara dos Deputados e para o Senado. Esses impedimentos constituem-se em algumas proibições que desde a "expedição do diploma" já devem ser observadas, e outras que passarão a ser de observância obrigatória após a sua posse. Vejamos: OBS.: Cargos ad nutum são aqueles de livre nomeação e exoneração, como os cargos em comissão. A partir daqui, não poderá: � Firmar ou manter contrato com entidades da adm. pública ou concessionárias de serviço público (salvo contratos de cláusulas uniformes). � Aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os demissíveis "ad nutum" em entidades da adm. pública ou concessionárias de serviço público. A partir daqui, não poderá: � Ocuparcargo ou função "ad nutum" em entidades da adm. pública ou concessionárias de serviço público. � Patrocinar causa em que seja interessada entidades da adm. pública ou concessionárias de serviço público. � Ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com PJ de direito público, ou exercer função remunerada em tal empresa. � Ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo. Expedição do diploma: Posse CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 25 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Contrato com "cláusulas uniformes" são aqueles contratos de adesão que podem ser firmados por qualquer pessoa, como contratos de telefonia e TV por assinatura. Pulo do Gato: Veja que "a partir da expedição do diploma" só há 2 impedimentos a serem decorados: 1- Firmar ou manter contrato... 2- Aceitar ou exercer cargo... (remunerado) Todos os outros são apenas a partir da posse. Com isso já se resolve várias questões! O Deputado ou Senador não irá perder o seu mandato: 1- se for investido no cargo de: � Ministro de Estado; � Governador de TF; � Secretário de Estado/DF ou de TF; � Secretário de Prefeitura de CAPITAL; ou � Chefe de missão diplomática TEMPORÁRIA; Observe que se o parlamentar não perderá o mandato se for chamado para cargos de livre nomeação e exoneração como Ministros e seus simétricos federativamente, mas temos que ter cuidado no caso de Secretário Municipal, pois será lícito assumir sem a perda apenas em Capitais e no caso de missão diplomática, apenas se for o chefe e a missão for temporária. 2- Se for licenciado pela respectiva Casa: � Por motivo de doença; ou � Para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse 120 dias por sessão legislativa. � O suplente será convocado no caso de: � Vaga; � Investidura nas funções previstas acima; ou Podendo optar pela remuneração do mandato. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 26 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br � Licença superior a 120 dias. � Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais de 15 meses para o término do mandato. Vamos organizar as hipóteses em que o Deputado ou Senador irá perder o seu mandato: 1- Incorrer em qualquer dos impedimentos acima; 2- Praticar ato incompatível com o decoro parlamentar (sendo que, além dos casos definidos no regimento interno, é incompatível com o decoro parlamentar: o abuso das prerrogativas asseguradas ou a percepção de vantagens indevidas); 3- Sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado. 4- Que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; 5- Que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, a 1/3 das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão autorizada pela Casa; (desinteresse equiparado à renúncia4). 6- Quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na CF; Observe que quando se fala em quebra de decoro, infração a impedimentos e até mesmo condenação criminal transitada em 4 Como salienta SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo 33ª ed. Pg. 540. Nestes 3 casos, a perda do mandato será "decidida" pela Casa respectiva, por "voto secreto" e "maioria absoluta", mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no CN, assegurada ampla defesa. Nestes 3 casos, a perda será "declarada" pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político representado no CN, assegurada ampla defesa. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 27 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br julgado, a Casa irá decidir pela perda ou não do mandato do parlamentar, diferentemente do que ocorre por faltas ou por requisição da justiça eleitoral, onde caberá a Mesa da Casa simplesmente declarar a perda do mandato. Pulo do Gato: Veja que temos 3 hipóteses onde a perda do mandato é decidida (pode perder ou não, depende do voto da Casa), e outras 3 hipóteses onde a perda é declarada (não cabe à Casa decidir, apenas cumprir). A Casa declara a perda do cargo (não cabendo fazer juízo) sobre coisas que foram determinadas externamente, independentes de uma ação do parlamentar, são elas: perda/suspensão dos direitos políticos e decisão da Justiça Eleitoral. Ocorrerá ainda no caso de faltas excessivas (mais de 1/3 das sessões ordinárias), pois isso demonstra desinteresse equiparado à renúncia do cargo e, se ele decidiu “renunciar”, não cabe à Casa Legislativa decidir a respeito. Agora, quando estamos diante de uma ação do parlamentar que acaba incorrendo em impedimentos funcionais ou ferindo o decoro inerente à categoria (caso do ex-senador Demóstenes Torres, que perdeu o cargo por quebra do decoro), a Casa respectiva irá decidir (por voto secreto e maioria absoluta) se a ofensa foi relevante o suficiente para declarar a perda de seu cargo. A hipótese de “condenação criminal transitada em julgado” é causa de “decisão” e não “declaração” da perda, pois se trata de uma faceta da independência e harmonia entre os Poderes. Assim, o Judiciário condena, mas não irá interferir diretamente nos trabalhos legislativos, deixando o próprio Poder Legislativo decidir se o trabalho do parlamentar merece continuar ou não até o término do seu mandato. É diferente da hipótese de determinação da Justiça Eleitoral, pois neste caso pressupõe que ele está investido irregularmente na função, pois cometeu alguma infração eleitoral. Assim: A Casa "decide" se ele perde o mandato ou não, quando: � Incorrer nos impedimentos; � Atentar contra o decoro; � Sofrer condenação criminal transitada em julgado; A Casa "declara" a perda do cargo quando: � Seus direitos políticos forem perdidos ou suspensos; � A Justiça Eleitoral determinar; � Faltar injustificadamente a 1/3 das sessões ordinárias. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 28 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos vistos acima, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais sobre a decisão ou declaração, ou não, da perda do mandato. Algumas questões de concurso tentam confundir o candidato associando tal disposição ao Presidente da República, porém, somente em relação aos parlamentares se aplica a disposição de que "de nada adianta pedir a renúncia se o processo de cassação do mandato já estiver aberto". 39. (CESPE/Analista - TRE-BA/2010) O deputado ou o senador que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada, perderá o mandato. Comentários: É uma das hipóteses de perda do mandato prevista no art. 55 da Constituição. Essa está prevista no inciso III e a perda será "declarada" pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político representado no CN, assegurada ampla defesa, nos termos do §3º do mesmo artigo. Gabarito: Correto. 40. (CESPE/Técnico - TRE-BA/2010) De acordo com a Constituição Federal de 1988, o deputado federal que for investido em cargo de secretário de Estado, independentemente da pasta que assumir, perderá seu mandatode deputado. Comentários: O parlamentar não perde o mandato se for chamado para cargos de livre nomeação e exoneração como Ministros e seus simétricos federativamente (secretários), a única observação que temos que tomar cuidado é no caso de Secretário Municipal, pois será lícito assumir sem a perda apenas em Capitais (CF, art. 56, I). Gabarito: Errado. 41. (CESPE/Técnico - TRE-BA/2010) O deputado federal investido temporária e precariamente no cargo de ministro de Estado não está sujeito a processo disciplinar perante a Câmara dos Deputados em razão da prática de ato incompatível com o decoro parlamentar quando no cumprimento de seu mandato. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 29 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Comentários: Segundo a jurisprudência do STF, cabe ao parlamentar, ainda que licenciado do cargo, observar as vedações a ele imposta pelo estatuto do congressista, bem como exigências ético-jurídicas estabelecidas pela Constituição e pelos regimentos internos das Casas, a fim de que seja preservado o decoro parlamentar. Gabarito: Errado. 42. (CESPE/Promotor - MPE-RO/2010) Suplente de deputado ou senador deve ser convocado nos casos de licença do titular por período superior a sessenta dias. Comentários: A convocação do suplente só se dá quando a licença for superior a 120 dias. Gabarito: Errado. 43. (FCC/AJEM-TRF 4º/2010) É correto afirmar que os Deputados e Senadores não poderão, desde a expedição do diploma, a) patrocinar causa em que seja interessada empresa de economia mista ou concessionária de serviço público. b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis ad nutum, em autarquia. c) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada. d) patrocinar causa em que seja interessada pessoa jurídica de direito público e empresa pública. e) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. Comentários: Essa questão é típica de concursos, e é um terror para candidatos "normais". Ela embola um artigo já confuso, que é o art. 54 da Constituição Federal. Mas, os meus alunos não têm problema algum com este tipo de questão, pois sabe que temos um "pulo do gato" para acertá-la: Veja pela leitura do art. 54 que "a partir da expedição do diploma" só há 2 impedimentos a serem decorados: 1- Firmar ou manter contrato... 2- Aceitar ou exercer cargo... CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 30 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Todos os outros são apenas a partir da posse. A letra B é que trouxe o "aceitar ou exercer cargo". As outras são a partir da "posse" (CF, art. 54). Gabarito: Letra B. 44. (FCC/AJAJ-TRE-AL/2010) Os Deputados e os Senadores NÃO poderão, desde a expedição do diploma: a) ser diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público. b) ser proprietários de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada. c) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes. d) patrocinar causa em que seja interessada pessoa jurídica de direito público. e) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. Comentários: Novamente, vamos ao "pulo do gato" para acertar essa questão: "a partir da expedição do diploma" só há 2 impedimentos a serem decorados: 1- Firmar ou manter contrato... 2- Aceitar ou exercer cargo... Todos os outros são apenas a partir da posse. A letra C trouxe o "firmar ou manter contrato". As outras são a partir da "posse" (CF, art. 54). Gabarito: Letra C. 45. (FCC/Analista - TRT-AL/2008) Os Senadores não poderão, desde a expedição do diploma, ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. Comentários: meus alunos sabem que "a partir da expedição do diploma" só há 2 impedimentos a serem decorados (vide art. 54): 1- Firmar ou manter contrato... 2- Aceitar ou exercer cargo... CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 31 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Como não usou as frases "firmar ou manter contrato", nem "aceitar ou exercer cargo", não pode falar em "a partir da expedição do diploma". Gabarito: Errado. 46. (ESAF/MPU/2004) O deputado que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado terá a perda de seu mandato declarada pela Mesa da Câmara dos Deputados. Comentários: A perda será decidida pela Casa respectiva, por voto secreto e maioria absoluta conforme dispõe o art. 55 § 2º da Constituição. Gabarito: Errado. Reuniões das Casas Legislativas: Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. § 1º - As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil subseqüente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados. § 2º - A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias (PLDO). § 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente. Perceba que a CF protegeu o PLDO não prevendo a sua rejeição, já que, enquanto ele não for aprovado, a sessão legislativa não poderá ser interrompida. 2 de Fevereiro 17 de Julho 1o de Agosto 22 de Dezembro RECESSO 1o de Fevereiro – Reuniões Preparatórias CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 32 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br 47. (CESPE/Juiz Substituto - TJ-AC/2007) Conforme a Constituição Federal, as sessões legislativas do Congresso Nacional devem ocorrer entre 15 de fevereiro e 30 de junho e entre 1.º de agosto e 15 de dezembro. Comentários: Contraria o disposto na Constituição em seu art. 57 que estabelece que sessões serão de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro, redação que foi dada pela EC 50/06. Gabarito: Errado. 48. (ESAF/MPU/2004) A reunião de inauguração da sessão legislativa do Congresso Nacional ocorrerá sempre no dia 15 de fevereiro de cada ano. Comentários: A reunião atualmente (após a EC 50/2006) tem início no dia 2 de fevereiro (art. 57 da CF), o que já bastaria para deixar a questão incorreta. Porém, o erro substancial da questão que devemos aproveitar em nosso estudo ainda é outro: nota-se que não será “sempre”, já que o §1º do citado artigo, abre a possibilidade da transferência para o 1º dia útil subsequente, em se tratando feriados, sábados ou domingos. Gabarito: Errado. Reunião em sessão conjunta: § 3º - Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para: I - inaugurar a sessão legislativa; II - elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas; III - receber o compromisso do Presidente e do Vice- Presidente da República; IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar. • Sessão conjunta → Os deputados e senadores deliberam juntos, mas, votam em separado.X CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 33 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br • Sessão unicameral do CN → É o CN se reunindo como se fosse apenas uma Casa, deliberando e votando junto. 49. (CESPE/Promotor-MPE-RO/2010) A CF prevê a reunião em sessão conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado Federal na hipótese, entre outras, de conhecer e deliberar sobre veto. Comentários: O art. 57 §3º traz uma relação não exaustiva de casos nos quais o Congresso se reunirá em sessão conjunta. Entre estes casos, encontramos no inciso IV: conhecer do veto e sobre ele deliberar. Gabarito: Correto Composição da Mesa do Congresso: § 5º - A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado Federal, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Sessão legislativa extraordinária: A sessão legislativa extraordinária é aquela sessão que ocorre de uma forma excepcional, convoca-se o Congresso no período de recesso parlamentar. § 6º A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á: I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente- Presidente da República; II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional. § 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 34 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação. § 8º Havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação extraordinária do Congresso Nacional, serão elas automaticamente incluídas na pauta da convocação. Esquematizando a convocação extraordinária do Congresso Nacional: Responsável pela convocação: Motivo: Observações: Presidente do Senado Federal: - Em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal; - De pedido de autorização para a decretação de estado de sítio; e - Para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente da República; --- Presidente da República - Caso de urgência ou interesse público relevante. Precisa da aprovação da maioria absoluta de cada Casa Legislativa. Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal (em conjunto) Maioria absoluta dos membros de ambas as Casas Atenção: Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação. E havendo medidas provisórias em vigor na data de CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 35 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br convocação extraordinária do CN, serão elas automaticamente incluídas na pauta da convocação. Pulo do Gato: Veja que a regra é a convocação extraordinária ser sempre realizada pelo Presidente do Senado (que é o Presidente do Congresso), a exceção é a convocação pelas demais autoridades. A exceção deve ser decorada, pois é o único caso: � Urgência ou interesse público relevante (precisa de aprovação da MA das Casas Legislativas). 50. (CESPE/ Procurador AL-ES/2011) Em caso de urgência ou interesse público relevante, a convocação extraordinária do Congresso Nacional poderá decorrer de requerimento da maioria dos membros de ambas as casas, hipótese em que será dispensada a aprovação do pedido de convocação pelos membros do Congresso Nacional, já que a própria maioria dos referidos membros a terá solicitado. Comentários: Segundo o art. 57, §§ 6º, II, nas hipóteses de convocação pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal (em conjunto) ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional. Gabarito: Errado. 51. (CESPE/TRE-MA/2009) Por ser o segundo na linha de sucessão do presidente da República, cabe ao presidente da Câmara dos Deputados fazer a convocação de sessão legislativa extraordinária do Congresso Nacional para o compromisso e a posse do presidente e do vice-presidente da República. Comentários: Esta é uma convocação extraordinária que não foge a regra. Esta convocação caberá ao presidente do Senado, pois este também é o presidente do Congresso. Disposição que pode ser encontrada no art. 57 §6º, I. Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 36 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br 52. (CESPE/TRE-MA/2009) Embora o Senado e a Câmara dos Deputados tenham os seus respectivos presidentes, em caso de urgência ou interesse público relevante, pode o vice-presidente da República, no exercício da Presidência da República, fazer a convocação do Congresso Nacional para sessão legislativa extraordinária. Comentários: Urgência ou interesse público relevante é a exceção à regra de convocação extraordinária do Congresso pelo Presidente do Senado. No caso desta exceção, a convocação pode ser feita: � Pelo Presidente da República; � De forma conjunta pelos presidentes da Câmara e Senado; � Pela maioria absoluta dos membros de ambas as Casas. Lembrando que em todo caso, precisa de aprovação da MA das Casas Legislativas. Como o Vice, na ausência do Presidente, exerce a presidência da República, podendo exercer todos os atos privativos desta autoridade, não há óbice para que promova a convocação extraordinária do Congresso em tal caso. Gabarito: Correto. 53. (CESPE/Promotor-MPE-RO/2010) Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional deve deliberar somente sobre a matéria para a qual foi convocado, não podendo ser incluídas na pauta sequer as medidas provisórias em vigor na data da convocação extraordinária. Comentários: Se houver medidas provisórias em vigor na data de convocação, elas serão elas automaticamente incluídas na pauta (CF, art. 57 §8º). Gabarito: Errado. 54. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Os membros do Congresso Nacional não têm direito ao recebimento de parcela indenizatória em decorrência de convocação extraordinária. Comentários: Isso mesmo, já vimos que é vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação extraordinária. A Constituição estabelece isso em seu art. 57 §7º Gabarito: Correto. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 37 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br 55. (CESPE/Procurador-BACEN/2009) Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional delibera, além da matéria para a qual foi convocado e das medidas provisórias em vigor na data da convocação, a respeito dos projetos de lei complementar em regime de urgência. Comentários: O teor que a questão tentou extrair do candidato era o conhecimento sobre oart. 57 §§7º e 8º da Constituição. Neste dispositivo, encontramos que havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação extraordinária do CN, serão elas automaticamente incluídas na pauta da convocação. A questão, porém, erroneamente, elencou "projetos de lei complementar em regime de urgência", quando na verdade o dispositivo em tela só menciona as medidas provisórias. Gabarito: errado. Comissões: Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação. § 1º - Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa. Competências § 2º - às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe: I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa; II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil; III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições; IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas; CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 38 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; Muita atenção ao termo "solicitar" depoimento de cidadão, que não se confunde com "convocar". A convocação só poderá ocorrer para: � Ministro de Estado; ou � Quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República; VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer. 56. (CESPE/Auditor de Controle Externo TC-DF/ 2012) Às comissões permanentes do Congresso Nacional compete discutir e votar, em caráter preliminar, matérias de sua competência, não sendo dispensável, portanto, em qualquer caso, a decisão final, pelo plenário de cada Casa, acerca do conteúdo dos projetos de lei. Comentários: O erro está em dizer que será dispensável em qualquer caso a decisão pelo plenário, já que segundo a Constituição, as comissões do Congresso e das respectivas Casas têm poder para discutir e votar projetos de lei, desde que seja dispensado, na forma dos regimentos próprios, o envio ao plenário. Ressaltando-se ainda que no caso de recurso de um décimo dos membros da Casa, a votação deve ser levada ao Plenário. É o disposto no art. 58, §2º, I da Constituição. Gabarito: Errado. 57. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) O Congresso Nacional e suas casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação. Essas comissões poderão, em razão de sua competência, discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa. Comentários: A questão mencionou literalmente o teor do art. 58 da Constituição combinado com o §2º, I do mesmo artigo, o qual dispõe sobre o processo legislativo abreviado no âmbito das comissões. Gabarito: Correto. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 39 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br 58. (ESAF/MPU/2004 - Adaptada) As Comissões permanentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados têm competência para convocar autoridades do Poder Executivo ou qualquer cidadão para prestar informações ou depoimentos perante o Plenário da Comissão. Comentários: Não podemos incluir os cidadãos, no rol do art. 50 da CF, as comis- sões poderão apenas solicitar informações a eles. Gabarito: errado. Comissões parlamentares de inquérito (CPI) CF, art. 58 §3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. Facilitando as características: • terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas; • serão criadas pela Câmara e pelo Senado, em conjunto ou separadamente; • serão criadas por requerimento de 1/3 dos seus membros; • são criadas para apuração de fato determinado e por prazo certo; • suas conclusões, se for o caso, serão encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.(Ela mesma não poderá apurar a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.) Vou passar para vocês uma pesquisa que fiz para meu livro "Constituição Federal Anotada para Concursos 2a Edição": Para entender melhor os poderes da CPI: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 40 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br • Lei 1579/52, art. 2º - No exercício de suas atribuições, poderão as Comissões Parlamentares de Inquérito determinar as diligências que reputarem necessárias e requerer a convocação de Ministros de Estado, tomar o depoimento de quaisquer autoridades federais, estaduais ou municipais, ouvir os indiciados, inquirir testemunhas sob compromisso, requisitar de repartições públicas e autárquicas informações e documentos, e transportar-se aos lugares onde se fizer mister a sua presença. • Lei 1579/52, art. 3º e parágrafo único - Indiciados e testemunhas serão intimados de acordo com as prescrições estabelecidas na legislação penal. Em caso de não comparecimento da testemunha sem motivo justificado, a sua intimação será solicitada ao juiz criminal da localidade em que resida ou se encontre, na forma do art. 218 do Código do Processo Penal. (Veja que a CPI tem amplos poderes para impor o dever de prestar depoimento tanto aos indiciados quanto às testemunhas) • Lei 1579/52, art. 4º, I - Constitui crime: impedir, ou tentar impedir, mediante violência, ameaça ou assuadas, o regular funcionamento de Comissão Parlamentar de Inquérito, ou o livre exercício das atribuições de qualquer de seus membros. • Lei 1579/52, art. 4º, II - Constitui crime fazer afirmações falsas, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, tradutor ou intérprete, perante a Comissão Parlamentar de Inquérito (veja que o indiciado pode ficar calado, direito que não possuem as testemunhas, peritos, tradutores ou intérpretes, salvo segundo a jurisprudência, quando o depoimento poderá ser auto-incriminatório). Jurisprudência do Supremo sobre CPI, em linguagem adaptada: Independência dos Poderes X CPI: - Atos jurisdicionais, como o acerto ou desacerto da concessão de liminar em mandado de segurança, não podem ser examinados no âmbito do Legislativo, diante do princípio da separação de poderes5. - Ofende o princípio a independência dos poderes a intimação de magistrado para depor perante Comissão Parlamentar de Inquérito sobre ato jurisdicional praticado6. 5 HC 86.581, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 23-2-06, Plenário, DJ de 19-5-06. 6 HC 80.539, Rel. Min.
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