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Código ética CONFEA Larissa Melo

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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI- 
UFVJM 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA – ICT 
BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA 
20142020015 – Larissa Magalhães de Almeida Melo 
 
 
 
 
 
 
 
RESENHA CÓDIGO DE ÉTICA DA ENGENHARIA 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina 
 de Ética e Legislação Profissional, 
 ministrada pela Profa. Elaine Santos 
Teixeira Cruz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
01 de março de 2018 
Diamantina, MG 
O código de ética profissional da Engenharia, Agronomia, Geologia, 
Geografia e Meteorologia traça as diretrizes básicas para o exercício dessas 
profissões, sem distingui-las. A conduta desses profissionais deve ser pautada 
em princípios básicos de cooperação, esforço mútuo, lealdade e solidariedade. 
Referindo-se a área da Engenharia, podemos observar que os primeiros artigos 
do código enunciam as finalidades do mesmo, dentre demonstrar os 
fundamentos éticos e as condutas necessárias à boa e honesta prática da 
profissão, relacionando com os direitos da natureza e com os direitos e deveres 
do profissional; apresentar os preceitos fundamentais do manejo e da 
sustentabilidade dos recursos naturais, objetivando a preservação, a melhoria, 
a restauração para obter benefícios para várias gerações. 
A ética na prática da profissão é acondicionada no código com base no 
objetivo da profissão, que é a preservação e o desenvolvimento sustentável; na 
natureza da profissão; na honradez da profissão, exigindo uma conduta 
honesta, digna e cidadã; na eficácia profissional, que deve realizar-se de forma 
competente responsável; no relacionamento profissional e na liberdade e 
segurança desses profissionais. Além das condutas éticas, presentes no 
código, que os engenheiros devem seguir, existem deveres, sendo alguns bem 
genéricos, quanto à profissão como, por exemplo, oferecer o conhecimento 
para o bem da humanidade, zelar pela profissão, fornecer informações 
corretas, agir com lealdade dentre outros. 
De maneira análoga o código se refere também ao que é vedado ao 
profissional da área, como descumprir com os deveres de ofício, prestar má 
orientação, aceitar trabalho que não tenha efetiva qualificação dentre outros. 
Contudo, em uma tentativa de ser abrangente o código trata da mesma forma 
os deveres, condutas esperadas e condutas vedadas das engenharias, sem 
especificar as subáreas dentro da engenharia (Engenharia Civil, Mecânica, 
Química etc.); tratando todas da mesma forma, utilizando o mesmo texto, 
apesar destes profissionais atuarem em áreas diferentes e muitas vezes bem 
específicas. 
Esse código de ética profissional é necessário para impor limites à 
profissão do engenheiro, pois a natureza do ser humano, muitas vezes, permite 
que o mesmo cometa erros mesmo sabendo quais são as atitudes certas a 
serem tomadas. Isso ocorre quando não há uma boa fiscalização sobre as 
ações do profissional. Por conseguinte, o código de ética é imprescindível, 
contudo ele não restringe a liberdade que o profissional possui, logo é tão 
necessária quanto à existência de um código a existência de uma fiscalização 
inerente a ele. 
 Um dos aspectos positivos do código é quanto à preocupação com a 
especialização do profissional uma vez que sua qualificação decorre da 
necessidade que o mercado possui, representando oportunidade para o 
crescimento profissional, além do comprometimento em ser eficaz na prestação 
da atividade, e o resguardo do sigilo profissional. Entretanto, ao aprofundar a 
análise do código percebemos que ele apresenta pontos fracos como artigos 
corporativistas e que revelam informações vagas, ou seja, não servem de 
embasamento para traçar a conduta do profissional, construindo informações 
inúteis dentro do código que deveria servir como regramento para o 
profissional. Bem como, outro ponto é a falta de punição explícita para os 
profissionais que não aderem à conduta ética estabelecida pelo regramento, 
ficando assim, à mercê de julgamento conforme a legislação em vigor. 
Além disso, o código possui pontos que indicam ameaças ao exercício 
da profissão visando que a ausência de previsão legal específica pode causar 
uma grave instabilidade na área, como o fato de não haver um parâmetro para 
base de cálculo para fixação dos honorários do profissional, esse fator dentre 
outros desestabiliza a atividade profissional e oportuniza uma concorrência 
desleal. 
 Deste modo, há uma necessidade de mudanças no código de ética 
profissional da engenharia propondo uma maior distinção entre as áreas dentro 
da profissão, tendo maior preocupação com as questões ambientais e sendo 
conciso quanto às responsabilidades e penalidades perante o não cumprimento 
das condutas exigidas. Visto que, um código bem redigido norteia aqueles que 
estarão sobre seus domínios e auxilia a melhor percepção das situações. Por 
isso se faz necessária, também, uma correta interpretação do texto afim do seu 
devido cumprimento, bem como, uma constante fiscalização passível de 
punição quanto à execução do mesmo.