Buscar

trabalho historia art gabi e nicele (1)

Prévia do material em texto

�PAGE �
�PAGE �6�
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS DE MINAS - UNIPAM
ARQUITETURA E URBANISMO - 5AD 
ALVAR AALTO E ROBERT VENTURI NO ESTUDO SOBRE OS MOVIMENTOS MODERNOS E PÓS MODERNOS
Gabrielle Menezes� 
Nicele Oliveira1
Adriane Neto� 
Junho/ 2016 
Resumo 
A arquitetura e urbanismo é uma fase de transição que justifica a passagem de mudanças e transformações do período histórico da construção. A arquitetura é marcada por dois arquitetos de dois movimentos contrários. Ao lado do Modernismo está Alvar Aalto que procura transmitir através de suas obras os conceitos de autóctone (utilização de materiais existentes no local sem importação ou exportação) e orgânicas, transmitindo a emotividade e a funcionalidade. Do lado do Pós Modernismo está Robert Venturi que transmite sua figuração arquitetônica à partir de um sistema comunicativo em publicação de seu livro, onde procura defender que a arquitetura deve atender primeiramente aos conceitos pela busca de parâmetros ligados a constituição da obra pelo que existe no entorno da construção e associar que a estética deve atender primeiramente as necessidades do que funcionalidade. 
Palavras-chave: Alvar Aalto.Escola Politécnica. Robert Venturi. Guild House
1 Introdução
A arquitetura é resultado de uma mistura de conceitos, métodos e materiais de construção envolvidos em um paradigma de momentos que ocorre a todo instante. É perceptível analisar que as revoluções industriais foram pontos determinantes que marcaram as passagens dos movimentos. 
Um dos movimentos que vem ganhar destaque é o movimento moderno que tem a participação do arquiteto Alvar Aalto. Aalto estudou no Instituto Politécnico Finlandês em Helsinque, formando-se em arquitetura em 1921. De 1923 a 1927  trabalhou em um escritório próprio com sua mulher Aino Marsio (1898-1949), com quem se casou em 1925. De 1927 a 1933, trabalhou com Erik Bryggman (1891-1955), outro importante arquiteto finlandês, também formado pelo Instituto Politécnico Finlandês. Em 1932 começou seu trabalho como designer, fundando com sua esposa Aino Aalto, a Artek Ltda em 1935 para a construção e distribuição de seus móveis. Em 1940 tornou-se professor da Faculdade de Arquitetura do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos (Eua). 
Alvar é conhecido por explorar as conquistas formais de seus primeiros projetos, aplicado aos mesmo a síntese entre a forma, o desenho racional e o moderno em uma parte e na outra a utilização da construção autóctone e inspirações orgânicas. 
Umas de suas obras que ganha grande destaque é o edifício principal da Escola Politécnica (construído entre os anos de 1949- 1964). Em primeiro momento é necessário destacar que todos os edifícios construídos pelo arquiteto procuram em sua forma tanto a emotividade quanto a funcionalidade. 
Este edifício em estudo expressa a livre referência às tipologias ortogonais - estrutura apresenta características tanto racionais quanto funcionais- que são inscritas tanto em traços singulares, curvos, de movimentos circulares, formas em leques e anfiteatros. O volume do edifício é outra peça fundamental para a caracterização do mesmo que procura usar de formas escultóricas e coberturas com várias inclinações. A iluminação é outra característica de extrema importância a ser retratada que permite maior luminosidade nos espaços internos. Este edifício procura retratar a capacidade que Aalto teve de interpretar as necessidades concretas do entorno, compondo- o com sinais emotivos e funcionais.
No livro Depois do Movimento Moderno - Arquitetura da segunda metade do século XX o autor Montaner expressa: 
“Aalto soube desenvolver uma capacidade exemplar para outorgar identidade e existência a cada parte do edifício. (...) Aalto soube criar conjuntos em que cada tipo de função possui um corpo diferenciado, mas ao mesmo tempo articulado e inseparável de todo um conjunto.” (Depois do Movimento Moderno - Arquitetura da segunda metade do século XX – Josep Montaner. Pág.:86).
(Imagem 1 – EDIFÍCIO ESCOLA POLITÉCNICA Foto Helsinki_University2 -disponível em: https://pt.wikiarquitectura.com/index.php/Ficheiro:Helsinki_University2.jpg)
No entanto, no mais tardar dos anos o Movimento Modernista começa e se dispersar e abre espaço para difusão para o Movimento Pós Moderno. Este movimento veio com a intenção de modificar todos os preceitos já estabelecidos e abrir espaço para novos meios de construção arquitetônica, mas ainda é possível analisar que alguns arquitetos deste período ainda em sua obras vão preservar algumas características modernas e fazer retomada do classicismo e de aspectos de outras épocas. 
Um arquiteto pós modernista que procura destacar seu potencial é Robert Charles Venturi. Robert nasceu na Filadélfia (EUA) em 1925. Formou-se em Princeton em 1947. Trabalhou com Eero Saarinen e Louis Kahn antes de formar sua própria firma com John Rauch. Lecionou na University of Pennsylvania, onde conheceu sua esposa Denise Scott Brown, que se tornou parceira da firma em 1967. Em 1989, Rauch deixou a firma, que então passou a se chamar Venturi, Scott Brown and Associates. Venturi foi um crítico ferrenho da arquitetura moderna, publicando seu manifesto Complexidade e Contradição na Arquitetura em 1966, tido como uma das bases das transformações que ocorreriam na arquitetura nas décadas de 1970 e 1980. Foi vencedor do Prêmio Pritzker em 1991. 
Em seu livro ele procura defender a arquitetura como meio híbrida, contraditória, complexa e ambígua demonstrando a complexidade da forma arquitetônica a um só sistema lógico estético. Venturi aduz: 
“(...) a arquitetura é necessariamente complexa e contraditória pelo fato de incluir os tradicionais elementos vitruvianos de comolidade, solidez e beleza”. (Robert Venturi, apud Depois do Movimento Moderno - Arquitetura da segunda metade do século XX. Pág.:155). 
Venturi em sua arquitetura difundida à partir do livro a Complexidade e Contradição na Arquitetura, demostra que suas bases partem da admiração que tem por Le Corbusier e Alvar Aalto, onde o segundo demonstra a exercibilidade de atributos de flexibilidade e riqueza nas obras. Ele por sua vez destaca a arquitetura como um fenômeno de percepção como se fosse um jogo que transmite mensagem de ideia através de nosso sentidos, assim em seus projetos ele procura fazer o uso de métodos baseados em elementos convencionais, pitorescos e de referência simbólica recorrentes a ironias e rupturas de ordem. Isso fica mais evidente em sua fala: 
“ Prefiro os elementos híbridos ao puros, os comprometidos aos limpos, os distorcidos aos retos, os ambíguos aos articulados, os tergiversados que ao mesmo tempo são impessoais, aos chatos que ao mesmo tempo são interessantes, os convencionais aos projetados, os integradores aos excludentes, os redundantes aos simples, os reminiscentes que ao mesmo tempo são inovadores, os irregulares, e equívocos aos diretos e claros (...)”(Robert Venturi, apud Depois do Movimento Moderno - Arquitetura da segunda metade do século XX. Pág.: 155).
Assim, dentro de sua obras edificadas abre-se espaço para a casa Guild House (edificada entre os anos de 1960 à 1963 na Filândia para clientes americanos). Essa construção arquitetônica adota um sistema funcional e de engenharia da planta e estrutura que acaba criando uma fachada de divisão entre a base, corpo e cobertura. É um edificação que vai apresentar o primeiro letreiro na fachada e explora propriedades do Pop Art�. Assim ela ganha destaque pela forma e pelas características apresentadas acima e finda-se por defender profundamente a análise que Venturi tem sobre a arquitetura, onde ele defende que o elemento que caracteriza cada edifício é o vestuário, a ornamentação, o tratamento epidérmico,a estrutura e o interior constitui-se apenas como um mero construtivo de engenharia funcional. 
(Imagem 2 –GUILD HOUSE Foto:C. Ray Smith, -disponível em: http://www.quondam.com/41/4102.htm)
	
 2 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O mecanismo de estudo sobre os movimentos que regem a arquitetura, requer por parte do discente pesquisador uma profunda análise de todos os preceitos e conceitos que fundem as principais características de cada movimento. É necessário traçar de maneira precisa e relação de que o movimento moderno e pós moderno para os arquitetos Alvar Aalto e Robert Venturi estão ligados a única base de inspiração e seguimentos de Le Corbusier. 
Apesar de ambos terem pontos de vista diferentes e atuar em um sistema de construção totalmente opostos, senso um pelo uso de uma arquitetura volta para funcionalidade e outro para a estética eles estabelecem que muito dos conceitos aplicados devem compor o lugar a tender a duas necessidades exclusivas, sendo no ponto de vista de Aalto a funcionalidade e depois a estética e para Venturi o contrário. 
Assim finda-se a pesquisa analisando que os movimentos modernos e pós modernos interferiram e interferem gradativamente para a consolidação da arquitetura de toda a sociedade, sendo que para se estabelecer um vínculo entre os dois movimentos é necessário dotar dos conceitos estipulados pelos arquitetos e procurar entender como o desenvolvimento de suas obras atuam e trazem referências para a arquitetura atual. 
3 BIBLIOGRAFIA
LIVROS
MONTANER, Josep Maria. Depois do Movimento Moderno: Arquitetura da segunda metade do século XX. São Paulo: Gg, 2014. 271 p.
ARTIGOS
COMAS, Carlos Eduardo. SOBRE VENTURI, SCOTT BROWN & ASSOCIATES: QUADROS VIVOS. Partitura de Artigo. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/propar/publicacoes/ARQtextos/pdfs_revista_14/07_Stanislaus von Moos_Quadros vivos.pdf>. Acesso em: 05 jun. 2016.
GOMES, Eurico Micael Lisboa. A casa Vanna Venturi ou a importância do significado no objecto arquitectónico. 2011. 234 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Arquitetura, Departamento de Arquitectura da Fctuc, Portugal, 2011. Disponível em: <https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/15820/1/A casa Vanna Venturi ou a importância do significado no objecto arquitectônico _Eurico Gomes.pdf>. Acesso em: 05 jun. 2016.
MASCARIN, Inna Flávia. Alvar Aalto, Helsinque. 2012. 132 f. Monografia (Especialização) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012. Disponível em: <https://issuu.com/inna_mascarin/docs/monografia_alvar_aalto_helsinque>. Acesso em: 04 jun. 2016
� Alunas graduantes do curso de Arquitetura e Urbanismo.
� Professora orientadora da disciplina de História e Teoria da Arquitetura e Urbanismo III. 
� Pop Art foi uma das características que foi abordado no livro Complexidade e Contradição na Arquitetura de Robert Venturi. Ele aponta que o Pop Art foi umas das características que marca o período pós moderno e através do estudo de objetos que são considerados irrelevantes e grotescos é que se é possível traçar perfis de conjuntos urbanísticos, mas que poucos arquitetos conseguem descrever e visualizar este procedimento.

Continue navegando