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Fisio Reprodutivo

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FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO 
 Controle do desenvolvimento das gônadas e 
 gametas:
O desenvolvimento do sistema genital tubular e da genitália externa está sob o controle do desenvolvimento das gônadas. A ausência de testosterona – importante para as alterações.
O desenvolvimento da genitália externa acompanha a direção e o desenvolvimento das gônadas. 
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Se o animal é uma fêmea – há formação de vulva 
e clitóris. Machos, os androgênios dos testículos 
comandam a formação do pênis e escroto.
A organização final do sexo do indivíduo vem c/ a 
diferenciação sexual determinada pelo hipotálamo.
Exposição do hipotálamo aos androgênios faz c/ 
que ele se organize como do sexo masculino. Na 
ausência dos androgênios, o hipotálamo se 
organiza como do sexo feminino. 
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O conceito fundamental de organização do sistema 
reprodutivo de acordo c/ o genótipo é de que o sist.
feminino se organiza na ausência de testículos.
Controle hipotalâmico-hipofisário da reprodução:
Hipotálamo e a hipófise anterior secretam proteína 
e hormônios peptídicos, que controlam a atividade 
das gônadas.
O hipotálamo contém agrupamentos de neurônios 
(denominados núcleos) que secretam hormônios. 
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Esses hormônios (peptídicos) – importantes para 
a atividade hipofisária. A hipófise responde aos 
peptídeos hipotalâmicos produzindo hormônios 
importantes para o controle das gônadas.
A adeno-hipófise produz FSH, LH e prolactina, que controlam os processos reprodutivos:
O FSH (hormônio foliculoestimulante) e o LH 
(hormônio luteinizante) são sinérgicos no 
desenvolvimento dos folículos ovarianos e na 
ovulação. 
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O FSH tem um papel mais dominante durante o 
crescimento dos folículos, e o LH exerce uma ação 
predominante durante os estágios finais da 
maturação do folículo até a ovulação.
Modificação da liberação de gonadotrofina:
O principal padrão secretor de gonadotrofina é na 
forma pulsátil. Padrão é comandado por secreção
pulsátil de GnRH do hipotálamo. 
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Em geral, sistema gerador de pulsos p/ a secreção 
de gonadotrofina aumenta na fase folicular e 
diminui na fase lútea do ciclo estral.
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O hipotálamo e a adeno-hipófise são capazes de 
responder a aumento na secreção de estrogênio 
com maior secreção de gonadotrofinas – 
retroalimentação positiva.
O aumento na concentração de estrogênio, que 
ocorre durante o desenvolvimento final do folículo 
antral, aumenta a secreção de gonadotrofina, por 
aumentar a frequência da liberação de GnRH.
O objetivo do pico de gonadotrofina é levar a 
modificações no folículo que levem a ovulação. 
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Duração do pico de gonadotrofina é relativamente 
curta – 12 a 24 horas (geral).
Esse mecanismo fisiológico p/ desencadear o início 
da ovulação é eficaz – folículo emite um sinal p/ o 
hipotálamo e adeno-hipófise (maduro). 
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O sinal é por meio de uma substância (estrogênio) 
produzida em quantidades crescentes à medida 
que o folículo se torna mais maduro.
A secreção de gonadotrofinas é modificada pelos 
hormônios ovarianos estrogênio e progesterona. 
Os estrogênios são capazes de provocar uma 
inibição por retroalimentação negativa da 
secreção de gonadotrofina. 
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Acredita-se que o efeito modulador da progesterona 
se dá ao nível do hipotálamo. Já os estrogênios 
afetam a secreção de gonadotrofina através de um 
efeito tanto sobre a hipófise quanto o hipotálamo.
Outro hormônio, a inibina, uma proteína produzida 
pela granulosa do folículo em desenvolvimento, tb. 
inibe a secreção de gonadotrofina, em particular do 
FSH, durante os estágios finais do desenvolvimento 
do folículo. 
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Essa depressão na secreção de FSH pode ser 
importante para o animal controlar o número de 
folículos que chega ao final da maturação.
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O controle da secreção de gonadotrofina no macho 
é semelhante ao da fêmea; os pulsos de GnRH, 
que surgem no hipotálamo, afetam a secreção 
pulsátil das gonadotrofinas. Isso, leva a secreção 
de testosterona pelos testículos.
 
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A prolactina, é o terceiro hormônio produzido na 
adeno-hipófise que tem importância no processo 
reprodutivo, principalmente por seu efeito sobre a 
glândula mamária e a lactação.
Dopamina, produzida por neurônios no hipotálamo 
é um inibidor potente da secreção de prolactina. 
Desenvolvimento do folículo ovariano:
O desenvolvimento dos gametas ocorre, no início 
s/ auxílio da gonadotrofina, depois, c/ a secreção 
pulsátil da mesma. 
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A proliferação do oócito, que ocorre por divisão 
mitótica durante o desenvolvimento fetal, termina 
por volta da época do nascimento.
Os oócitos iniciam o processo de redução do nº de 
cromossomos para o estado haplóide por meiose 
após o nascimento.
O processo é interrompido pelo fator inibidor da 
meiose, produzido pelas células foliculares em 
desenvolvimento. 
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O desenvolvimento inicial do folículo o crescimento 
do oócito. Ao mesmo tempo, as células foliculares 
começam a dividir-se e formam uma granulosa c/ a 
espessura de várias células. 
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As células da granulosa então, secretam a zona 
pelúcida, interna a granulosa, que circunda o oócito. 
Células da granulosa mantém contato com o oócito 
através da zona pelúcida.
Nesse estágio, os folículos denominam-se primários 
ou pré-antrais.
No folículo pré-antral, desenvolvem-se receptores gonadotrofínicos p/ o LH, que resulta em síntese de androgênio; o FSH na granulosa faz c/ que ela transforme os androgênios em estrogênios. 
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P/ que os folículos progridam além do estágio pré-
antral, é preciso que se desenvolvam receptores 
p/ gonadotrofinas na granulosa e na teca. 
Receptores p/ LH e FSH desenvolvem-se na teca 
e na granulosa, respectivamente.
O surgimento do folículo antral é marcado pelo 
aparecimento de líquido – líquido folicular (produto 
de secreção da granulosa). O líquido forma uma 
cavidade cada vez maior (antro) na granulosa. 
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No desenvolvimento final do folículo, o oócito 
permanece circundado por uma camada de 
células da granulosa.
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A teca produz androgênios (testosterona), sob a 
influência do LH, que se difunde para a granulosa, 
onde se transforma em estrogênio.
Um efeito do estrogênio é a formação de receptores 
adicionais p/ FSH à medida que o desenvolvimento 
folicular prossegue. 
Nessa situação, o folículo antral torna-se cada vez 
mais sensível ao FSH conforme se desenvolve. 
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No final da fase folicular ovariana, desenvolvem-se receptores de LH da granulosa, que facilitam a ocorrência do pico pré-ovulatório de LH para causar a ovulação.
Na fase final do desenvolvimento folicular antral, o 
FSH e os estrogênios iniciam a formação de 
receptores para o LH na granulosa, enquanto os 
receptores para o FSH começam a diminuir.
O aumento da secreção de estrogênio pelo folículo 
antral, resulta no início do pico pré-ovulatório de 
gonadotrofinas. 
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Portanto, nos estágios finais do desenvolvimento, 
o folículo fica cada vez mais sob o controle do LH, 
até o ponto de ocorrer a ovulação. 
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Controle da Ovulação e do Corpo Lúteo (CL)
Ovulação:
Os folículos ovulatórios são selecionados
no início 
da luteólise. Em bovinos, o padrão predominante é 
de vários folículos antrais dominantes (grandes) 
desenvolvendo-se durante o ciclo.
O primeiro folículo dominante regride por volta do 
período médio da fase lútea, com um 2º folículo 
dominante começando a crescer imediatamente. 
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Se o 2º folículo é ovulatório, depende do estágio do 
folículo no momento da regressão do CL. 
Portanto, a seleção do folículo ovulatório recai 
sobre o folículo dominante que ainda estiver em 
fase de desenvolvimento no momento em que a 
regressão do CL começa.
O período necessário para o desenvolvimento do 
folículo antral ao ponto de ovulação foi estimado 
como sendo de cerca de 10 dias em animais. 
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O folículo em crescimento requer exposição a uma 
taxa de gonadotrofina p/ que os folículos completem 
seu padrão de crescimento normal até a ovulação.
Tal situação costuma ocorrer em conjunto com a 
regressão do CL, que permite um aumento na taxa 
pulsátil da secreção de gonadotrofina.
Uma das maneiras do folículo dominante manter 
seu status é produzir substâncias que inibam o 
desenvolvimento de outros folículos antrais. 
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A inibina, hormônio produzido pela granulosa, inibe 
a secreção de FSH.
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O folículo dominante é capaz de compensar as 
baixas concentrações de FSH e continuar a crescer 
graças ao nº de receptores de FSH que ele tem, 
comparado aos outros folículos.
Se o folículo antral não for exposto a um ambiente 
gonadotrofínico apropriado, sua atresia (regressão) 
se iniciará quase imediatamente.
Os folículos que regridem são invadidos por células 
inflamatórias e a área ocupada por eles, é 
preenchida por tecido conjuntivo (cicatriz ovariana). 
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A ovulação é devida a uma onda pré-ovulatória de gonadotrofinas, induzida pelo estrogênio:
A onda pré-ovulatória de LH, que começa cerca de 
24 hs antes da ovulação na maioria das espécies, 
inicia alterações críticas no folículo, que afetam 
sua condição de órgão endócrino e resultam na 
liberação do oócito.
O efeito da onda de LH sobre a granulosa consiste 
em permitir o início do processo de luteinização. 
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Esse processo transforma as células secretoras de 
estrogênio em secretoras de progesterona.
Tal processo já está em andamento antes que a 
ovulação ocorra. Com o advento d a onda de LH, a 
secreção de estrogênio diminui, ao mesmo tempo 
que se inicia a de progesterona.
Outra função da liberação acentuada pré-ovulatória 
de LH é fazer c/ que a granulosa produza relaxina 
e prostaglandina F-2α. 
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Essas substâncias desintegram a teca c/ enzimas 
hidrolíticas que destroem a matriz do tecido 
conjuntivo – levando a ruptura do folículo.
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Em resumo, estrogênio é usado pelos folículos p/:
Estimular o crescimento e o desenvolvimento da granulosa.
Enviar sinal p/ o hipotálamo e a hipófise anterior de que os folículos estão prontos p/ a ovulação.
Corpo lúteo (CL)
O CL secreta progesterona, que é essencial para 
a gestação – prepara o útero para o início e a 
manutenção da gestação. 
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O CL forma-se a partir da parede do folículo, que 
se colaba após a ovulação. 
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C/ a ruptura dos folículos, os tecidos que circundam 
a granulosa se desintegram, podendo ocorrer 
hemorragia na cavidade, em decorrência do 
rompimento dos vasos da teca.
Embora a granulosa seja a célula dominante do CL, 
as da teca tb. contribuem p/ a composição de sua 
estrutura.
O processo que as células da granulosa sofrem 
durante a mudança de secreção do estrogênio para 
de progesterona – luteinização. 
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Esse processo começa com o surgimento da onda 
pré-ovulatória de LH e se acelera c/ a ovulação. 
Na maioria das espécies domésticas, a produção 
de progesterona pelo CL começa nas 24 h que se 
seguem a ovulação.
LH mantém o CL por meio de um padrão pulsátil 
lento de liberação (um pulso a cada 2 – 3 horas).
A regressão do CL em grandes animais não-prenhes é controla da pela secreção uterina de prostaglandina F-2α: 
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Regressão do CL é importante em grandes animais 
não-prenhes para que possam voltar ao estado 
potencialmente fértil o mais rápido possível.
Em grandes animais, a duração da fase lútea é de 
cerca de 14 dias, na ausência de prenhes. Isso faz
com que voltem a ciclar a intervalos relativamente 
frequentes – cerca de 03 semanas.
A prostaglandina F-2α é a substância uterina que 
causa a regressão do CL em grandes animais – 
vacas, éguas, cabras, ovelhas e porcas. 
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Essa substância não tem efeito na regressão do CL
em gatas e cadelas. Regressão do CL se inicia pela 
liberação de PG F-2α cerca de 14 d após ovulação. 
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A PG F-2α sofre metabolismo sistêmico rápido, c/ 
mais de 90% sendo alterado por passagem 
através dos pulmões.
O padrão de síntese e liberação de PG F-2α é 
fundamental p/ seu efeito luteolítico. Sua liberação 
deve ser pulsátil, c/ pulsos ocorrendo a intervalos 
de cerca de 06 horas – ocorra a luteólise.
É necessário um mínimo de 4 – 5 pulsos em 24 h 
para que ocorra toda a luteólise. 
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Estrogênio provoca a síntese e a liberação de PG 
F-2α. A síntese de PG F-2α cessa dentro de 6 – 
12 horas após as concentrações de progesterona 
terem atingido níveis basais – término da luteólise.
Há alterações no tempo de vida útil do CL em grandes animais devido a alterações na síntese de PG F-2α pelo útero:
A presença de um embrião resulta em bloqueio da 
síntese de PG F-2α e o prosseguimento da 
atividade lútea. 
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A vida útil do CL tb. pode ser prolongada em casos 
de infecção uterina.
Ex: vaca em período pós-parto, em que a infecção 
é insignificante, a síntese de PG F-2α é inibida – 
não ocorre a regressão do CL.
Fases lúteas prolongadas tb. são comuns em 
éguas sem infecção uterina – parece haver uma 
propensão genética para a síntese e liberação 
inadequadas de PG F-2α. 
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É preciso enfatizar que a atividade lútea quase 
sempre é normal na ausência de patologias 
uterinas nos grandes animais. Portanto, alterações 
na duração dos ciclos estrais nesses animais – 
sinais patognomônicos de infecção uterina.
Ciclos Ovarianos
Animais que ovulam espontaneamente, os ciclos 
ovarianos tem duas fases – folicular e lútea; os 
animais em que a cópula é necessária p/ que 
ocorra a ovulação tem a penas a fase folicular.
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Ciclo ovariano num animal não-prenhe é definido 
como o intervalo entre ovulações sucessivas. O 
ciclo é constituído por uma fase folicular inicial e 
uma fase lútea – separadas pela ovulação.
Na maioria dos animais domésticos, o processo 
ovulatório é determinado por mecanismos internos; 
o estrogênio do folículo antral inicia a liberação 
ovulatória de gonadotrofinas.
Há diferenças entre os animais no que diz respeito 
à relação entre as fases folicular e lútea do ciclo. 
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Nos grandes animais, ocorre crescimento folicular 
durante a fase lútea do ciclo.
Nesses animais, boa parte do crescimento folicular 
acontece na fase lútea. Essa situação resulta em 
ciclos mais curtos – o intervalo que vai da luteólise 
à ovulação é de 05 a 10 dias.
Os animais cuja ovulação depende da cópula são 
conhecidos como ovuladores induzidos. Incluem 
as gatas e coelhas. 
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A cópula substitui o estrogênio como estímulo 
indutor da liberação ovulatória de gonadotrofinas.
Os ovuladores induzidos
apresentam padrões de 
crescimento folicular (na ausência de coito) em 
que se desenvolvem grupos de folículos, mantidos 
num estado maduro por alguns dias e que, em 
seguida, regridem.
Os padrões de crescimento folicular podem ser 
bem separados, como na gata. 
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Nela, os folículos se desenvolvem e regridem num 
período de 06 – 07 dias, com um mínimo de 08 – 09 
dias para novo crescimento folicular.
Ciclos reprodutivos 
São conhecidos 02 tipos de ciclos reprodutivos, o 
estral e o menstrual, c/ a expressão ciclo ovariano 
representando o intervalo entre duas ovulações.
Os que apresentam períodos de estro (receptividade 
sexual) limitados, usa-se a expressão ciclo estral. 
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O início do estro define o começo do ciclo. O 1º dia 
do ciclo, ocorre após o término da fase lútea.
Nos animais, o estro em geral começa 48 h após o 
fim da fase lútea. Porca é uma exceção, c/ o estro 
não ocorrendo antes de 05 – 06 dias.
Em animais, a fase folicular se sobrepõe à lútea e, 
em decorrência, a ovulação se dá relativamente 
cedo no ciclo estral. Ciclo estral foi dividido em 
estágios – eventos comportamentais ou gonadais. 
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Estro – período de receptividade sexual.
Metaestro – período de desenvolvimento do CL.
Diestro – fase madura do CL.
Proestro – período de desenvolvimento folicular, 
subsequente a regressão lútea que termina no estro
Ciclo pode ser descrito em termos comportamentais 
indicando se o animal está no estro (sexualmente 
receptivo) ou no diestro (sexualmente não 
receptivo). 
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No último caso, o diestro inclui os estágios de 
metaestro, diestro e proestro.
Os animais podem estar na fase folicular (proestro 
e estro) ou na fase lútea (metaestro e diestro). 
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Na égua, como é relativamente difícil identificar o 
CL à palpação retal, é costume classificá-la quanto 
ao comportamento sexual, como estro ou diestro. 
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Tb. se emprega a classificação comportamental 
Em outras espécies – cadela, porca, ovelha, cabra, 
devido a dificuldade de determinar o estado dos 
ovários nelas.
Vacas, o estado do ovário pode ser estabelecido c/ 
exatidão à palpação retal, classificando os animais 
como estando na fase lútea ou folicular.
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Caso se consiga identificar o CL, pode-se concluir 
que, esse animal, possui atividade ovariana normal 
porque o CL representa o auge do crescimento 
folicular e da ovulação.
Puberdade e senescência reprodutiva:
Puberdade é o momento que o animal começa a 
liberar células germinativas maduras. Para que se 
iniciem os ciclos reprodutivos das fêmeas, é 
necessário que elas passem por um processo 
chamado de puberdade. 
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Termo é usado p/ definir o início da vida reprodutiva
A definição mais correta refere-se ao momento da 
primeira ovulação.
Em todas as espécies, há pré-requisitos em termos 
de dimensões corporais p/ que inicie a puberdade. 
Ex: cerca de 280 kg em vacas e 40 kg em ovelhas.
Caso tal pré-requisito básico não seja satisfeito 
devido a nutrição inadequada, a puberdade 
demora. 
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Média de idade à puberdade em animais:
12 meses em vacas, cadelas e gatas.
08 meses em cabras e ovelhas.
12 a 18 meses em éguas.
O início da puberdade abrange um aumento na 
síntese e liberação de GnRH pelo hipotálamo.
Esse fenômeno causa a secreção de gonadotrofina 
(de forma pulsátil) e o crescimento folicular. 
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Antes da puberdade, a secreção de GnRH e 
gonadotrofina se mantém latente, porque o 
hipotálamo é muito sensível a inibição por 
retroalimentação negativa pelos estrogênios.
No caso de cordeiros, o início da puberdade é 
assinalado pela perda da sensibilidade à inibição 
por retroalimentação do estrogênio, em geral por 
volta das 16 semanas de idade.
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Espermatogênese (processo de produção de SPTZ 
resultando na presença de SPTZ maduros) costuma 
iniciar-se nessa época, mas devido a demora no 
processo, os ovinos em geral não são capazes de 
fecundar até as 30 semanas ou mais de idade. 
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Ocorre senescência reprodutiva em primatas por inadequação ovariana, não por secreção inadequada de gonadotrofinas:
Fim da atividade ovariana que ocorre em primatas 
– menopausa. Esse fenômeno representa na 
prática, insuficiência ovariana.
Não está esclarecido se os folículos deixam de se 
desenvolver devido a redução do seu número ou 
se a ausência de receptores para gonadotrofinas 
impede que entrem no estágio de crescimento 
dependente de gonadotrofina. 
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Senescência reprodutiva não é percebida na maior 
parte dos animais, talvez, porque certas espécies 
tem a vida encurtada por motivos econômicos. 
Parece que a menopausa não ocorre em animais. 
Um efeito que pode ser observado na cadela é que 
os intervalos entre os ciclos estrais aumentam 
gradualmente do normal de 07 meses p/ 12 – 15 
meses no final da vida.
Comportamento Sexual
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Receptividade sexual é determinada pelos 
hormônios estrogênio e GnRH na fêmea e 
testosterona no macho.
O estrogênio, originário do folículo antral em 
desenvolvimento, é o hormônio necessário para a 
receptividade sexual em todos os animais.
Os androgênios, também são fundamentais para a 
manutenção da libido nos machos. Ocasionalmente 
machos castrados (equinos) mantém a libido. 
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Isso ocorre devido as baixas concentrações de 
andrógenos de origem adrenal após a castração.
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Fatores externos que controlam os ciclos reprodutivos:
O fotoperíodo controla a ocorrência de ciclos 
reprodutivos em éguas, cabras, ovelhas e gatas. O 
resultado é que há 01 período anual em que esses 
animais apresentam atividade ovariana contínua 
(cíclica), e outro em que não há atividade ovariana, 
denominado anestro.
Éguas e gatas são afetadas de forma positiva pelo 
aumento da luminosidade. 
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Já cabras e ovelhas são afetadas positivamente 
pela redução do fotoperíodo. Em ovelhas, a mera 
exposição a escuridão crescente mantém a 
atividade ovariana.
Os efeitos supressores do fotoperíodo podem ser 
superados pela exposição à luz artificial. No caso 
de éguas e gatas - relativamente fácil - pelo menos 
12 h de luz / dia.
A lactação pode exercer efeitos supressores sobre 
a atividade ovariana. Em porcas, é completa. 
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Elas não entram em estro até o desmame dos 
leitões. Vacas lactantes – não ocorre estro nem 
ovulação antes do 45° dia pós parto.
Não há supressão da atividade ovariana em vacas 
leiteiras em lactação, a menos que haja um déficit 
nutricional significativo.
Éguas costumam ovular entre o 10° e 15° dia pós 
parto, com a lactação não exercendo efeito 
supressor da atividade ovulatória. 
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Ferormônios são compostos químicos que permitem 
a comunicação entre os animais, através do sistema 
olfatório.
Uma síndrome, conhecida como efeito Whitten, 
envolve a sincronização da fêmea mediante a 
introdução súbita de um macho.
Introdução do macho sincroniza o estro em grande 
nº de fêmeas, que apresentam o ciclo 03 dias após 
a introdução dos machos.
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O efeito dos ferormônios é estimular a síntese e a 
liberação de gonadotrofinas.
Os ferormônios são importantes p/ a fêmea atrair o 
macho na época do contato sexual. Os ferormônios 
estão associados ao estro. O mesmo ocorre c/ as 
fêmeas – influenciadas por
odores masculinos.
Além dos ferormônios, visualização do macho pela 
fêmea como o contato físico – importantes fatores 
que influenciam a secreção de gonadotrofinas, e 
portanto, a função ovariana. 
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Nutrição inadequada resulta em inatividade ovariana 
principalmente - vaca. 
Vacas leiteiras geneticamente selecionadas p/ alta 
produtividade – cerca de 45 kg de leite / dia é quase 
impossível consumirem alimento bastante durante a 
1ª parte da lactação p/ manter o peso corpóreo.
Por isso elas apresentam um equilíbrio nutricional 
negativo até 100 dias após o parto. 
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Como os animais precisam ter um nível nutricional 
adequado para que a atividade ovariana se inicie, 
essa atividade é suprimida até que se estabeleça 
um equilíbrio energético positivo.
Se vacas de corte prenhes não adquirirem um 
equilíbrio nutricional positivo por volta do último 
mês de gestação – restabelecimento da atividade 
ovariana que costuma ocorrer entre o 45° - 60° dia 
pós-parto, pode ser retardado. 
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Outra situação que pode afetar a atividade ovariana 
acontece com novilhas de corte prenhas. Elas 
costumam precisar de nutrição extra no período pós 
parto, para que a atividade ovariana se restabeleça.
Isso ocorre porque, além das necessidades para 
crescimento, surgem as da lactação.
Gestação
O desenvolvimento de um embrião se dá a partir da 
fusão de um oócito c/ um SPTZ dentro do oviduto. 
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Geral, os SPTZ são ejaculados na vagina, embora 
algumas espécies (cão, cavalo e porco) – 
ejaculem diretamente na cérvix e útero.
Movimento dos SPTZ através da cérvix é facilitado 
por alterações no muco cervical induzidas pelo 
estrogênio.
É preciso que os SPTZ sofram alterações quando 
estão no genital feminino, indispensáveis para a 
fertilização – denominado capacitação. 
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O SPTZ deve apresentar a reação do acrossoma 
ao entrar em contato c/ o oócito.
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Essa reação engloba a liberação de enzimas pelo 
capuz do acrossoma – importantes p/ penetração 
do SPTZ através da granulosa e da zona pelúcida 
p/ a membrana plasmática do oócito. 
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Devido as alterações pelas quais os SPTZ devem 
passar no sistema reprodutivo feminino antes da 
fertilização, a deposição de esperma antes da 
ovulação é preferível, p/ a fertilidade máxima.
Em geral, as fêmeas ficam receptivas ± 24 h antes 
da ovulação.
Tão logo tenha ocorrido a fertilização, o embrião se 
desenvolve p/ mórula dentro do oviduto, antes de 
seguir para o útero. 
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Esse período, em geral 4 – 5 d, proporciona ao 
útero o tempo necessário p/ finalizar sua resposta 
inflamatória relativa à remoção dos SPTZ, além de 
permitir a secreção de nutrientes pelas glândulas. 
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Esses nutrientes são fundamentais p/ desenvolver 
os embriões no estágio de pré-implantação.
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A duração da vida do CL em grandes espécies e 
gatas é fundamental p/ a manutenção da prenhes. 
A ausência da secreção pulsátil de PGF-2α é 
crítica p/ duração da vida do CL e estabelecimento 
da prenhes.
Infecções uterinas subclínicas podem interferir c/ o 
estabelecimento da gestação. A cérvix é uma 
importante barreira contra a contaminação da luz 
uterina tanto na prenhe quanto na não prenhe. 
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A placenta funciona como um órgão endócrino:
Uma das funções mais importantes é a produção 
de progesterona – função de manter a gestação.
Hormônios protéicos produzidos durante a gestação 
tendem ser de origem placentária. Relaxina prepara 
os tecidos moles do canal pélvico p/ a passagem do 
feto durante o nascimento e mantém a gestação 
mediante ação sinérgica c/ a progesterona. 
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O lactogênio placentário é outro hormônio que 
parece ter efeitos semelhantes às do hormônio do 
crescimento e da prolactina.
Outro hormônio cuja produção aumenta é a 
prolactina – importante para o desenvolvimento 
alveolar pré-parto (adeno-hipófise).
Parto
O cortisol fetal inicia o parto mediante o aumento 
da secreção de PGF-2α e estrogênio.
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Progesterona tem um papel importante p/ manter a 
quiescência do miométrio, bem como proporcionar 
uma contração firme da cérvix.
Animais – maturação do feto acaba por provocar 
alterações que desencadeiam o processo de sua 
liberação. 
Principal sistema responsável – início do processo 
é o córtex fetal adrenal, c/ o hipotálamo e a adeno-
hipófise com funções de apoio. 
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Alterações na secreção de cortisol pelo feto acabam 
por resultar em síntese e liberação de PGF-2α pelo 
útero, o que resulta em contração muscular e 
relaxamento da cérvix.
O cortisol fetal induz as enzimas placentárias que 
determinam a síntese de progesterona p/ estrogênio 
Resultado final – aumento do estrogênio – aumento 
de PGF-2α.
O efeito da PGF-2α sobre o miométrio consiste em 
liberar cálcio intracelular. 
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O cálcio se liga a actina e miosina p/ desencadear 
o processo contrátil. As prostaglandinas também 
exercem efeitos sobre a cérvix, que se dilata e 
relaxa, permitindo a passagem do feto.
A síntese e liberação da PGF-2α inicia a regressão 
do CL 24 – 36 h antes do parto, com a eliminação 
completa da progesterona 12 – 24 h antes do parto
É a liberação de PGF-2α que causa a luteólise e 
coordena as contrações do miométrio. 
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A ocitocina tb. é importante p/ o processo do parto. 
O estrogênio induz a formação de receptores de 
ocitocina no miométrio.
Quantidades significativas de ocitocina são liberadas 
apenas c/ a entrada do feto no canal do parto. 
A liberação ocorre devido a passagem de impulsos 
através dos nervos sensoriais na medula espinhal p/ 
os núcleos do hipotálamo. A alça eferente envolve o 
transporte de ocitocina da neuro-hipófise via sangue. 
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A ocitocina é sinérgica c/ a PGF-2α em termos de 
promover a contração uterina. Outro hormônio 
importante p/ a preparação do parto é a relaxina.
Causa o relaxamento dos ligamentos e músculos 
que circundam o canal pélvico, que permite que o 
feto expanda o canal ao seu potencial máximo.
Na vaca e na porca, o CL é a fonte de relaxina. A 
liberação pré-parto de PGF-2α causa luteólise, 
levando a liberação de relaxina. 
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Cadelas, éguas e gatas, a relaxina se origina na 
placenta.
Estágios do parto 
O primeiro estágio envolve a apresentação do feto 
no orifício interno da cérvix. Isso ocorre devido ao 
aumento da atividade do miométrio causada pela 
liberação de PGF-2α. 
Quando a cérvix se abre e o feto passa pelo canal 
pélvico, a pressão causada pela contração dos 
músculos abdominais levam ao delivramento. 
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O processo de liberação denomina-se segundo 
estágio do parto.
O terceiro estágio do parto consiste na expulsão 
das membranas fetais. No caso de animais que 
parem ninhadas (cadela, porca), as membranas 
placentárias costumam ser expulsas com ou 
imediatamente após a aparecimento de cada feto.
Nas espécies que tem apenas um filhote em cada 
parição, a placenta pode ser eliminada logo após o 
nascimento ou em poucas horas. 
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Pulsos de PGF-2α são importantes p/ a expulsão 
das membranas placentárias e a redução do 
tamanho do útero devido a contração do miométrio
É provável que a PGF-2α seja o componente mais 
importante da redução do tamanho do útero no 
período pós-parto imediato nos animais.
Recém-nascido
Requer
grande adaptação fisiológica ao meio 
externo. 
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A principal alteração envolve o sistema sanguíneo 
vascular, em particular o respiratório.
Durante a vida fetal o sangue é desviado dos 
pulmões (exceto p/ a perfusão do tecido pulmonar 
suficiente para o desenvolvimento) por meio do 
canal arterioso.
Embora esse canal sofra constrição imediata ao 
nascimento, passam-se meses até que se feche 
por completo. 
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Esse fechamento também é válido para o canal 
venoso, que serve como desvio hepático durante 
a vida fetal.
A conversão rápida de um ambiente líquido para 
gasoso (nascimento), é a maior adaptação do 
recém-nascido.

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