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Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO Controle do desenvolvimento das gônadas e gametas: O desenvolvimento do sistema genital tubular e da genitália externa está sob o controle do desenvolvimento das gônadas. A ausência de testosterona – importante para as alterações. O desenvolvimento da genitália externa acompanha a direção e o desenvolvimento das gônadas. * * * Se o animal é uma fêmea – há formação de vulva e clitóris. Machos, os androgênios dos testículos comandam a formação do pênis e escroto. A organização final do sexo do indivíduo vem c/ a diferenciação sexual determinada pelo hipotálamo. Exposição do hipotálamo aos androgênios faz c/ que ele se organize como do sexo masculino. Na ausência dos androgênios, o hipotálamo se organiza como do sexo feminino. * * * O conceito fundamental de organização do sistema reprodutivo de acordo c/ o genótipo é de que o sist. feminino se organiza na ausência de testículos. Controle hipotalâmico-hipofisário da reprodução: Hipotálamo e a hipófise anterior secretam proteína e hormônios peptídicos, que controlam a atividade das gônadas. O hipotálamo contém agrupamentos de neurônios (denominados núcleos) que secretam hormônios. * * * Esses hormônios (peptídicos) – importantes para a atividade hipofisária. A hipófise responde aos peptídeos hipotalâmicos produzindo hormônios importantes para o controle das gônadas. A adeno-hipófise produz FSH, LH e prolactina, que controlam os processos reprodutivos: O FSH (hormônio foliculoestimulante) e o LH (hormônio luteinizante) são sinérgicos no desenvolvimento dos folículos ovarianos e na ovulação. * * * * * * O FSH tem um papel mais dominante durante o crescimento dos folículos, e o LH exerce uma ação predominante durante os estágios finais da maturação do folículo até a ovulação. Modificação da liberação de gonadotrofina: O principal padrão secretor de gonadotrofina é na forma pulsátil. Padrão é comandado por secreção pulsátil de GnRH do hipotálamo. * * * Em geral, sistema gerador de pulsos p/ a secreção de gonadotrofina aumenta na fase folicular e diminui na fase lútea do ciclo estral. * * * O hipotálamo e a adeno-hipófise são capazes de responder a aumento na secreção de estrogênio com maior secreção de gonadotrofinas – retroalimentação positiva. O aumento na concentração de estrogênio, que ocorre durante o desenvolvimento final do folículo antral, aumenta a secreção de gonadotrofina, por aumentar a frequência da liberação de GnRH. O objetivo do pico de gonadotrofina é levar a modificações no folículo que levem a ovulação. * * * Duração do pico de gonadotrofina é relativamente curta – 12 a 24 horas (geral). Esse mecanismo fisiológico p/ desencadear o início da ovulação é eficaz – folículo emite um sinal p/ o hipotálamo e adeno-hipófise (maduro). * * * O sinal é por meio de uma substância (estrogênio) produzida em quantidades crescentes à medida que o folículo se torna mais maduro. A secreção de gonadotrofinas é modificada pelos hormônios ovarianos estrogênio e progesterona. Os estrogênios são capazes de provocar uma inibição por retroalimentação negativa da secreção de gonadotrofina. * * * Acredita-se que o efeito modulador da progesterona se dá ao nível do hipotálamo. Já os estrogênios afetam a secreção de gonadotrofina através de um efeito tanto sobre a hipófise quanto o hipotálamo. Outro hormônio, a inibina, uma proteína produzida pela granulosa do folículo em desenvolvimento, tb. inibe a secreção de gonadotrofina, em particular do FSH, durante os estágios finais do desenvolvimento do folículo. * * * Essa depressão na secreção de FSH pode ser importante para o animal controlar o número de folículos que chega ao final da maturação. * * * * * * O controle da secreção de gonadotrofina no macho é semelhante ao da fêmea; os pulsos de GnRH, que surgem no hipotálamo, afetam a secreção pulsátil das gonadotrofinas. Isso, leva a secreção de testosterona pelos testículos. * * * A prolactina, é o terceiro hormônio produzido na adeno-hipófise que tem importância no processo reprodutivo, principalmente por seu efeito sobre a glândula mamária e a lactação. Dopamina, produzida por neurônios no hipotálamo é um inibidor potente da secreção de prolactina. Desenvolvimento do folículo ovariano: O desenvolvimento dos gametas ocorre, no início s/ auxílio da gonadotrofina, depois, c/ a secreção pulsátil da mesma. * * * A proliferação do oócito, que ocorre por divisão mitótica durante o desenvolvimento fetal, termina por volta da época do nascimento. Os oócitos iniciam o processo de redução do nº de cromossomos para o estado haplóide por meiose após o nascimento. O processo é interrompido pelo fator inibidor da meiose, produzido pelas células foliculares em desenvolvimento. * * * * * * O desenvolvimento inicial do folículo o crescimento do oócito. Ao mesmo tempo, as células foliculares começam a dividir-se e formam uma granulosa c/ a espessura de várias células. * * * As células da granulosa então, secretam a zona pelúcida, interna a granulosa, que circunda o oócito. Células da granulosa mantém contato com o oócito através da zona pelúcida. Nesse estágio, os folículos denominam-se primários ou pré-antrais. No folículo pré-antral, desenvolvem-se receptores gonadotrofínicos p/ o LH, que resulta em síntese de androgênio; o FSH na granulosa faz c/ que ela transforme os androgênios em estrogênios. * * * P/ que os folículos progridam além do estágio pré- antral, é preciso que se desenvolvam receptores p/ gonadotrofinas na granulosa e na teca. Receptores p/ LH e FSH desenvolvem-se na teca e na granulosa, respectivamente. O surgimento do folículo antral é marcado pelo aparecimento de líquido – líquido folicular (produto de secreção da granulosa). O líquido forma uma cavidade cada vez maior (antro) na granulosa. * * * No desenvolvimento final do folículo, o oócito permanece circundado por uma camada de células da granulosa. * * * A teca produz androgênios (testosterona), sob a influência do LH, que se difunde para a granulosa, onde se transforma em estrogênio. Um efeito do estrogênio é a formação de receptores adicionais p/ FSH à medida que o desenvolvimento folicular prossegue. Nessa situação, o folículo antral torna-se cada vez mais sensível ao FSH conforme se desenvolve. * * * No final da fase folicular ovariana, desenvolvem-se receptores de LH da granulosa, que facilitam a ocorrência do pico pré-ovulatório de LH para causar a ovulação. Na fase final do desenvolvimento folicular antral, o FSH e os estrogênios iniciam a formação de receptores para o LH na granulosa, enquanto os receptores para o FSH começam a diminuir. O aumento da secreção de estrogênio pelo folículo antral, resulta no início do pico pré-ovulatório de gonadotrofinas. * * * Portanto, nos estágios finais do desenvolvimento, o folículo fica cada vez mais sob o controle do LH, até o ponto de ocorrer a ovulação. * * * Controle da Ovulação e do Corpo Lúteo (CL) Ovulação: Os folículos ovulatórios são selecionados no início da luteólise. Em bovinos, o padrão predominante é de vários folículos antrais dominantes (grandes) desenvolvendo-se durante o ciclo. O primeiro folículo dominante regride por volta do período médio da fase lútea, com um 2º folículo dominante começando a crescer imediatamente. * * * Se o 2º folículo é ovulatório, depende do estágio do folículo no momento da regressão do CL. Portanto, a seleção do folículo ovulatório recai sobre o folículo dominante que ainda estiver em fase de desenvolvimento no momento em que a regressão do CL começa. O período necessário para o desenvolvimento do folículo antral ao ponto de ovulação foi estimado como sendo de cerca de 10 dias em animais. * * * O folículo em crescimento requer exposição a uma taxa de gonadotrofina p/ que os folículos completem seu padrão de crescimento normal até a ovulação. Tal situação costuma ocorrer em conjunto com a regressão do CL, que permite um aumento na taxa pulsátil da secreção de gonadotrofina. Uma das maneiras do folículo dominante manter seu status é produzir substâncias que inibam o desenvolvimento de outros folículos antrais. * * * A inibina, hormônio produzido pela granulosa, inibe a secreção de FSH. * * * O folículo dominante é capaz de compensar as baixas concentrações de FSH e continuar a crescer graças ao nº de receptores de FSH que ele tem, comparado aos outros folículos. Se o folículo antral não for exposto a um ambiente gonadotrofínico apropriado, sua atresia (regressão) se iniciará quase imediatamente. Os folículos que regridem são invadidos por células inflamatórias e a área ocupada por eles, é preenchida por tecido conjuntivo (cicatriz ovariana). * * * A ovulação é devida a uma onda pré-ovulatória de gonadotrofinas, induzida pelo estrogênio: A onda pré-ovulatória de LH, que começa cerca de 24 hs antes da ovulação na maioria das espécies, inicia alterações críticas no folículo, que afetam sua condição de órgão endócrino e resultam na liberação do oócito. O efeito da onda de LH sobre a granulosa consiste em permitir o início do processo de luteinização. * * * Esse processo transforma as células secretoras de estrogênio em secretoras de progesterona. Tal processo já está em andamento antes que a ovulação ocorra. Com o advento d a onda de LH, a secreção de estrogênio diminui, ao mesmo tempo que se inicia a de progesterona. Outra função da liberação acentuada pré-ovulatória de LH é fazer c/ que a granulosa produza relaxina e prostaglandina F-2α. * * * Essas substâncias desintegram a teca c/ enzimas hidrolíticas que destroem a matriz do tecido conjuntivo – levando a ruptura do folículo. * * * Em resumo, estrogênio é usado pelos folículos p/: Estimular o crescimento e o desenvolvimento da granulosa. Enviar sinal p/ o hipotálamo e a hipófise anterior de que os folículos estão prontos p/ a ovulação. Corpo lúteo (CL) O CL secreta progesterona, que é essencial para a gestação – prepara o útero para o início e a manutenção da gestação. * * * O CL forma-se a partir da parede do folículo, que se colaba após a ovulação. * * * C/ a ruptura dos folículos, os tecidos que circundam a granulosa se desintegram, podendo ocorrer hemorragia na cavidade, em decorrência do rompimento dos vasos da teca. Embora a granulosa seja a célula dominante do CL, as da teca tb. contribuem p/ a composição de sua estrutura. O processo que as células da granulosa sofrem durante a mudança de secreção do estrogênio para de progesterona – luteinização. * * * Esse processo começa com o surgimento da onda pré-ovulatória de LH e se acelera c/ a ovulação. Na maioria das espécies domésticas, a produção de progesterona pelo CL começa nas 24 h que se seguem a ovulação. LH mantém o CL por meio de um padrão pulsátil lento de liberação (um pulso a cada 2 – 3 horas). A regressão do CL em grandes animais não-prenhes é controla da pela secreção uterina de prostaglandina F-2α: * * * Regressão do CL é importante em grandes animais não-prenhes para que possam voltar ao estado potencialmente fértil o mais rápido possível. Em grandes animais, a duração da fase lútea é de cerca de 14 dias, na ausência de prenhes. Isso faz com que voltem a ciclar a intervalos relativamente frequentes – cerca de 03 semanas. A prostaglandina F-2α é a substância uterina que causa a regressão do CL em grandes animais – vacas, éguas, cabras, ovelhas e porcas. * * * Essa substância não tem efeito na regressão do CL em gatas e cadelas. Regressão do CL se inicia pela liberação de PG F-2α cerca de 14 d após ovulação. * * * A PG F-2α sofre metabolismo sistêmico rápido, c/ mais de 90% sendo alterado por passagem através dos pulmões. O padrão de síntese e liberação de PG F-2α é fundamental p/ seu efeito luteolítico. Sua liberação deve ser pulsátil, c/ pulsos ocorrendo a intervalos de cerca de 06 horas – ocorra a luteólise. É necessário um mínimo de 4 – 5 pulsos em 24 h para que ocorra toda a luteólise. * * * Estrogênio provoca a síntese e a liberação de PG F-2α. A síntese de PG F-2α cessa dentro de 6 – 12 horas após as concentrações de progesterona terem atingido níveis basais – término da luteólise. Há alterações no tempo de vida útil do CL em grandes animais devido a alterações na síntese de PG F-2α pelo útero: A presença de um embrião resulta em bloqueio da síntese de PG F-2α e o prosseguimento da atividade lútea. * * * A vida útil do CL tb. pode ser prolongada em casos de infecção uterina. Ex: vaca em período pós-parto, em que a infecção é insignificante, a síntese de PG F-2α é inibida – não ocorre a regressão do CL. Fases lúteas prolongadas tb. são comuns em éguas sem infecção uterina – parece haver uma propensão genética para a síntese e liberação inadequadas de PG F-2α. * * * * * * É preciso enfatizar que a atividade lútea quase sempre é normal na ausência de patologias uterinas nos grandes animais. Portanto, alterações na duração dos ciclos estrais nesses animais – sinais patognomônicos de infecção uterina. Ciclos Ovarianos Animais que ovulam espontaneamente, os ciclos ovarianos tem duas fases – folicular e lútea; os animais em que a cópula é necessária p/ que ocorra a ovulação tem a penas a fase folicular. * * * Ciclo ovariano num animal não-prenhe é definido como o intervalo entre ovulações sucessivas. O ciclo é constituído por uma fase folicular inicial e uma fase lútea – separadas pela ovulação. Na maioria dos animais domésticos, o processo ovulatório é determinado por mecanismos internos; o estrogênio do folículo antral inicia a liberação ovulatória de gonadotrofinas. Há diferenças entre os animais no que diz respeito à relação entre as fases folicular e lútea do ciclo. * * * Nos grandes animais, ocorre crescimento folicular durante a fase lútea do ciclo. Nesses animais, boa parte do crescimento folicular acontece na fase lútea. Essa situação resulta em ciclos mais curtos – o intervalo que vai da luteólise à ovulação é de 05 a 10 dias. Os animais cuja ovulação depende da cópula são conhecidos como ovuladores induzidos. Incluem as gatas e coelhas. * * * A cópula substitui o estrogênio como estímulo indutor da liberação ovulatória de gonadotrofinas. Os ovuladores induzidos apresentam padrões de crescimento folicular (na ausência de coito) em que se desenvolvem grupos de folículos, mantidos num estado maduro por alguns dias e que, em seguida, regridem. Os padrões de crescimento folicular podem ser bem separados, como na gata. * * * Nela, os folículos se desenvolvem e regridem num período de 06 – 07 dias, com um mínimo de 08 – 09 dias para novo crescimento folicular. Ciclos reprodutivos São conhecidos 02 tipos de ciclos reprodutivos, o estral e o menstrual, c/ a expressão ciclo ovariano representando o intervalo entre duas ovulações. Os que apresentam períodos de estro (receptividade sexual) limitados, usa-se a expressão ciclo estral. * * * O início do estro define o começo do ciclo. O 1º dia do ciclo, ocorre após o término da fase lútea. Nos animais, o estro em geral começa 48 h após o fim da fase lútea. Porca é uma exceção, c/ o estro não ocorrendo antes de 05 – 06 dias. Em animais, a fase folicular se sobrepõe à lútea e, em decorrência, a ovulação se dá relativamente cedo no ciclo estral. Ciclo estral foi dividido em estágios – eventos comportamentais ou gonadais. * * * Estro – período de receptividade sexual. Metaestro – período de desenvolvimento do CL. Diestro – fase madura do CL. Proestro – período de desenvolvimento folicular, subsequente a regressão lútea que termina no estro Ciclo pode ser descrito em termos comportamentais indicando se o animal está no estro (sexualmente receptivo) ou no diestro (sexualmente não receptivo). * * * No último caso, o diestro inclui os estágios de metaestro, diestro e proestro. Os animais podem estar na fase folicular (proestro e estro) ou na fase lútea (metaestro e diestro). * * * Na égua, como é relativamente difícil identificar o CL à palpação retal, é costume classificá-la quanto ao comportamento sexual, como estro ou diestro. * * * Tb. se emprega a classificação comportamental Em outras espécies – cadela, porca, ovelha, cabra, devido a dificuldade de determinar o estado dos ovários nelas. Vacas, o estado do ovário pode ser estabelecido c/ exatidão à palpação retal, classificando os animais como estando na fase lútea ou folicular. * * * Caso se consiga identificar o CL, pode-se concluir que, esse animal, possui atividade ovariana normal porque o CL representa o auge do crescimento folicular e da ovulação. Puberdade e senescência reprodutiva: Puberdade é o momento que o animal começa a liberar células germinativas maduras. Para que se iniciem os ciclos reprodutivos das fêmeas, é necessário que elas passem por um processo chamado de puberdade. * * * Termo é usado p/ definir o início da vida reprodutiva A definição mais correta refere-se ao momento da primeira ovulação. Em todas as espécies, há pré-requisitos em termos de dimensões corporais p/ que inicie a puberdade. Ex: cerca de 280 kg em vacas e 40 kg em ovelhas. Caso tal pré-requisito básico não seja satisfeito devido a nutrição inadequada, a puberdade demora. * * * * * * Média de idade à puberdade em animais: 12 meses em vacas, cadelas e gatas. 08 meses em cabras e ovelhas. 12 a 18 meses em éguas. O início da puberdade abrange um aumento na síntese e liberação de GnRH pelo hipotálamo. Esse fenômeno causa a secreção de gonadotrofina (de forma pulsátil) e o crescimento folicular. * * * Antes da puberdade, a secreção de GnRH e gonadotrofina se mantém latente, porque o hipotálamo é muito sensível a inibição por retroalimentação negativa pelos estrogênios. No caso de cordeiros, o início da puberdade é assinalado pela perda da sensibilidade à inibição por retroalimentação do estrogênio, em geral por volta das 16 semanas de idade. * * * Espermatogênese (processo de produção de SPTZ resultando na presença de SPTZ maduros) costuma iniciar-se nessa época, mas devido a demora no processo, os ovinos em geral não são capazes de fecundar até as 30 semanas ou mais de idade. * * * * * * Ocorre senescência reprodutiva em primatas por inadequação ovariana, não por secreção inadequada de gonadotrofinas: Fim da atividade ovariana que ocorre em primatas – menopausa. Esse fenômeno representa na prática, insuficiência ovariana. Não está esclarecido se os folículos deixam de se desenvolver devido a redução do seu número ou se a ausência de receptores para gonadotrofinas impede que entrem no estágio de crescimento dependente de gonadotrofina. * * * Senescência reprodutiva não é percebida na maior parte dos animais, talvez, porque certas espécies tem a vida encurtada por motivos econômicos. Parece que a menopausa não ocorre em animais. Um efeito que pode ser observado na cadela é que os intervalos entre os ciclos estrais aumentam gradualmente do normal de 07 meses p/ 12 – 15 meses no final da vida. Comportamento Sexual * * * Receptividade sexual é determinada pelos hormônios estrogênio e GnRH na fêmea e testosterona no macho. O estrogênio, originário do folículo antral em desenvolvimento, é o hormônio necessário para a receptividade sexual em todos os animais. Os androgênios, também são fundamentais para a manutenção da libido nos machos. Ocasionalmente machos castrados (equinos) mantém a libido. * * * Isso ocorre devido as baixas concentrações de andrógenos de origem adrenal após a castração. * * * Fatores externos que controlam os ciclos reprodutivos: O fotoperíodo controla a ocorrência de ciclos reprodutivos em éguas, cabras, ovelhas e gatas. O resultado é que há 01 período anual em que esses animais apresentam atividade ovariana contínua (cíclica), e outro em que não há atividade ovariana, denominado anestro. Éguas e gatas são afetadas de forma positiva pelo aumento da luminosidade. * * * Já cabras e ovelhas são afetadas positivamente pela redução do fotoperíodo. Em ovelhas, a mera exposição a escuridão crescente mantém a atividade ovariana. Os efeitos supressores do fotoperíodo podem ser superados pela exposição à luz artificial. No caso de éguas e gatas - relativamente fácil - pelo menos 12 h de luz / dia. A lactação pode exercer efeitos supressores sobre a atividade ovariana. Em porcas, é completa. * * * * * * Elas não entram em estro até o desmame dos leitões. Vacas lactantes – não ocorre estro nem ovulação antes do 45° dia pós parto. Não há supressão da atividade ovariana em vacas leiteiras em lactação, a menos que haja um déficit nutricional significativo. Éguas costumam ovular entre o 10° e 15° dia pós parto, com a lactação não exercendo efeito supressor da atividade ovulatória. * * * Ferormônios são compostos químicos que permitem a comunicação entre os animais, através do sistema olfatório. Uma síndrome, conhecida como efeito Whitten, envolve a sincronização da fêmea mediante a introdução súbita de um macho. Introdução do macho sincroniza o estro em grande nº de fêmeas, que apresentam o ciclo 03 dias após a introdução dos machos. * * * O efeito dos ferormônios é estimular a síntese e a liberação de gonadotrofinas. Os ferormônios são importantes p/ a fêmea atrair o macho na época do contato sexual. Os ferormônios estão associados ao estro. O mesmo ocorre c/ as fêmeas – influenciadas por odores masculinos. Além dos ferormônios, visualização do macho pela fêmea como o contato físico – importantes fatores que influenciam a secreção de gonadotrofinas, e portanto, a função ovariana. * * * * * * Nutrição inadequada resulta em inatividade ovariana principalmente - vaca. Vacas leiteiras geneticamente selecionadas p/ alta produtividade – cerca de 45 kg de leite / dia é quase impossível consumirem alimento bastante durante a 1ª parte da lactação p/ manter o peso corpóreo. Por isso elas apresentam um equilíbrio nutricional negativo até 100 dias após o parto. * * * Como os animais precisam ter um nível nutricional adequado para que a atividade ovariana se inicie, essa atividade é suprimida até que se estabeleça um equilíbrio energético positivo. Se vacas de corte prenhes não adquirirem um equilíbrio nutricional positivo por volta do último mês de gestação – restabelecimento da atividade ovariana que costuma ocorrer entre o 45° - 60° dia pós-parto, pode ser retardado. * * * Outra situação que pode afetar a atividade ovariana acontece com novilhas de corte prenhas. Elas costumam precisar de nutrição extra no período pós parto, para que a atividade ovariana se restabeleça. Isso ocorre porque, além das necessidades para crescimento, surgem as da lactação. Gestação O desenvolvimento de um embrião se dá a partir da fusão de um oócito c/ um SPTZ dentro do oviduto. * * * * * * Geral, os SPTZ são ejaculados na vagina, embora algumas espécies (cão, cavalo e porco) – ejaculem diretamente na cérvix e útero. Movimento dos SPTZ através da cérvix é facilitado por alterações no muco cervical induzidas pelo estrogênio. É preciso que os SPTZ sofram alterações quando estão no genital feminino, indispensáveis para a fertilização – denominado capacitação. * * * O SPTZ deve apresentar a reação do acrossoma ao entrar em contato c/ o oócito. * * * Essa reação engloba a liberação de enzimas pelo capuz do acrossoma – importantes p/ penetração do SPTZ através da granulosa e da zona pelúcida p/ a membrana plasmática do oócito. * * * Devido as alterações pelas quais os SPTZ devem passar no sistema reprodutivo feminino antes da fertilização, a deposição de esperma antes da ovulação é preferível, p/ a fertilidade máxima. Em geral, as fêmeas ficam receptivas ± 24 h antes da ovulação. Tão logo tenha ocorrido a fertilização, o embrião se desenvolve p/ mórula dentro do oviduto, antes de seguir para o útero. * * * Esse período, em geral 4 – 5 d, proporciona ao útero o tempo necessário p/ finalizar sua resposta inflamatória relativa à remoção dos SPTZ, além de permitir a secreção de nutrientes pelas glândulas. * * * Esses nutrientes são fundamentais p/ desenvolver os embriões no estágio de pré-implantação. * * * A duração da vida do CL em grandes espécies e gatas é fundamental p/ a manutenção da prenhes. A ausência da secreção pulsátil de PGF-2α é crítica p/ duração da vida do CL e estabelecimento da prenhes. Infecções uterinas subclínicas podem interferir c/ o estabelecimento da gestação. A cérvix é uma importante barreira contra a contaminação da luz uterina tanto na prenhe quanto na não prenhe. * * * * * * A placenta funciona como um órgão endócrino: Uma das funções mais importantes é a produção de progesterona – função de manter a gestação. Hormônios protéicos produzidos durante a gestação tendem ser de origem placentária. Relaxina prepara os tecidos moles do canal pélvico p/ a passagem do feto durante o nascimento e mantém a gestação mediante ação sinérgica c/ a progesterona. * * * O lactogênio placentário é outro hormônio que parece ter efeitos semelhantes às do hormônio do crescimento e da prolactina. Outro hormônio cuja produção aumenta é a prolactina – importante para o desenvolvimento alveolar pré-parto (adeno-hipófise). Parto O cortisol fetal inicia o parto mediante o aumento da secreção de PGF-2α e estrogênio. * * * Progesterona tem um papel importante p/ manter a quiescência do miométrio, bem como proporcionar uma contração firme da cérvix. Animais – maturação do feto acaba por provocar alterações que desencadeiam o processo de sua liberação. Principal sistema responsável – início do processo é o córtex fetal adrenal, c/ o hipotálamo e a adeno- hipófise com funções de apoio. * * * Alterações na secreção de cortisol pelo feto acabam por resultar em síntese e liberação de PGF-2α pelo útero, o que resulta em contração muscular e relaxamento da cérvix. O cortisol fetal induz as enzimas placentárias que determinam a síntese de progesterona p/ estrogênio Resultado final – aumento do estrogênio – aumento de PGF-2α. O efeito da PGF-2α sobre o miométrio consiste em liberar cálcio intracelular. * * * * * * O cálcio se liga a actina e miosina p/ desencadear o processo contrátil. As prostaglandinas também exercem efeitos sobre a cérvix, que se dilata e relaxa, permitindo a passagem do feto. A síntese e liberação da PGF-2α inicia a regressão do CL 24 – 36 h antes do parto, com a eliminação completa da progesterona 12 – 24 h antes do parto É a liberação de PGF-2α que causa a luteólise e coordena as contrações do miométrio. * * * A ocitocina tb. é importante p/ o processo do parto. O estrogênio induz a formação de receptores de ocitocina no miométrio. Quantidades significativas de ocitocina são liberadas apenas c/ a entrada do feto no canal do parto. A liberação ocorre devido a passagem de impulsos através dos nervos sensoriais na medula espinhal p/ os núcleos do hipotálamo. A alça eferente envolve o transporte de ocitocina da neuro-hipófise via sangue. * * * A ocitocina é sinérgica c/ a PGF-2α em termos de promover a contração uterina. Outro hormônio importante p/ a preparação do parto é a relaxina. Causa o relaxamento dos ligamentos e músculos que circundam o canal pélvico, que permite que o feto expanda o canal ao seu potencial máximo. Na vaca e na porca, o CL é a fonte de relaxina. A liberação pré-parto de PGF-2α causa luteólise, levando a liberação de relaxina. * * * * * * Cadelas, éguas e gatas, a relaxina se origina na placenta. Estágios do parto O primeiro estágio envolve a apresentação do feto no orifício interno da cérvix. Isso ocorre devido ao aumento da atividade do miométrio causada pela liberação de PGF-2α. Quando a cérvix se abre e o feto passa pelo canal pélvico, a pressão causada pela contração dos músculos abdominais levam ao delivramento. * * * O processo de liberação denomina-se segundo estágio do parto. O terceiro estágio do parto consiste na expulsão das membranas fetais. No caso de animais que parem ninhadas (cadela, porca), as membranas placentárias costumam ser expulsas com ou imediatamente após a aparecimento de cada feto. Nas espécies que tem apenas um filhote em cada parição, a placenta pode ser eliminada logo após o nascimento ou em poucas horas. * * * * * * Pulsos de PGF-2α são importantes p/ a expulsão das membranas placentárias e a redução do tamanho do útero devido a contração do miométrio É provável que a PGF-2α seja o componente mais importante da redução do tamanho do útero no período pós-parto imediato nos animais. Recém-nascido Requer grande adaptação fisiológica ao meio externo. * * * A principal alteração envolve o sistema sanguíneo vascular, em particular o respiratório. Durante a vida fetal o sangue é desviado dos pulmões (exceto p/ a perfusão do tecido pulmonar suficiente para o desenvolvimento) por meio do canal arterioso. Embora esse canal sofra constrição imediata ao nascimento, passam-se meses até que se feche por completo. * * * Esse fechamento também é válido para o canal venoso, que serve como desvio hepático durante a vida fetal. A conversão rápida de um ambiente líquido para gasoso (nascimento), é a maior adaptação do recém-nascido.
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