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Trabalho Governância Corporativa

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO FISCAL E TRIBUTÁRIA
Fichamento de Estudo de Caso
Adriane Cardoso dos Santos
Trabalho da disciplina Governança Corporativa e Excelência Empresarial,
 Tutor: Prof. Ricardo Barbosa da Silveira
Ano
2018
Estudo de Caso de Harvard: Fraude Contábil na WorldCom
Referência: KAPLAN, Robert S. ; KIRON, David, Fraude Contábil na WorldCom, Havard Business Scholl, REV: 14 de Setembro de 2007.
Texto do Fichamento:
Este artigo conta a história de fraude da empresa de telecomunicações americana WorldCom; que causou muito prejuízo, logo após entrar com um requerimento de proteção contra falência em julho de 2002. Os efeitos devastadores da fraude seguiram causando consequências a milhões de clientes no varejo e beneficiários da Seguridade Social, ao controle de tráfego Aéreo (Associação Federal de Aviação), ao Departamento de Defesa, As Casas do Congresso e ao Escritório Geral de Contabilidade.
Entre os principais motivos da falência foi a falta de controles internos, governança corporativa, responsabilidade individual, ética e a rápida ascensão sem um planejamento adequado da WorldCom desde o primórdio de sua criação.
Tornou-se oficialmente conhecida por tal nome em 1995 e obteve grande ascensão nas décadas de 80 e 90 adotando estratégias de aquisições e fusões de pequenas empresas de longa distância com áreas de serviço geograficamente limitadas e operadoras de longa distância de terceiro nível. Assim passou a ser a segunda maior companhia de telefonia a longa distância dos Estados Unidos e uma das maiores companhia no fornecimento de tráfego de dados na internet. 
A empresa era liderada pelo CEO Bernard J. Ebbers, um dos nove investidores originais; o mesmo não possuía experiência tecnológica e havia trabalhado em outros ramos, como: leiteiro, garçom, porteiro de bar, vendedor de carros, motorista de caminhão, encarregado em fábrica de vestuário, técnico de basquete e hoteleiro. Ele levou menos do que um ano para tornar a empresa lucrativa e seu objetivo era ser a ação número um de Wall Street, independente do que fosse necessário ser feito.
Depois de várias aquisições, no ano de 1999 a WorldCom tentou adquirir a empresa Sprint, porém o Departamento de Justiça dos EUA se recusou a permitir a fusão. O bloqueio dessa fusão foi um evento significativo na história da WorldCom, foi quando seus executivos 
perceberam que as fusões em grande escala já não eram um meio viável para expandir o negócio. Os empregados da WorldCom notaram que, depois da não conclusão da fusão com a Sprint, pareceu faltar a Ebbers um sentido estratégico de direção, e a companhia começou a entrar em deriva.
O crescimento da WorldCom com as aquisições conduziu a uma mistura de pessoas e culturas, escritórios em diversos lugares que nem mesmo conheciam de perto ou sabiam da existência; o crescimento ocorria sem rever os controles internos e externos, sem planejamentos e sem governança coorporativa. Cada departamento tinha suas próprias regras e estilo de gerência.
 Ninguém falava a mesma língua, não havia nenhuma política escrita. E quando Ebbers foi informado sobre o esforço interno para criar um código de conduta corporativo, ele chamou o projeto de “uma perda de tempo colossal”. Comentário que não condiz com o carga de CEO que ele possuía na companhia.
A falta de senso corporativo também ficava evidente no contato com ao advogados sêniores da companhia, Ebbers não os incluiu em um círculo íntimo e necessário, parece tratar com eles apenas quando lhe é conveniente. Ebbers não sabia ouvir sugestões justificadas, quando ele não gostava logo manifestava o seu descontentamento pessoal com os advogados.
A WorldCom incentivou uma atitude sistemática, conduzida de cima para baixo, de que os funcionários não deviam questionar seus superiores, e sim fazer simplesmente o que lhes fosse dito. Opiniões contrárias às de gestores mais graduados e que enfrentavam frequentemente críticas pessoais depreciativas ou ameaças.
As condições da companhia começaram a se deteriorar em 2000, devido à maior competição no mercado, ao excesso de capacidade e à demanda reduzida para serviços de telecomunicações no início da recessão econômica após o estouro da bolha das empresas ponto.com. Companhias de comunicação em declínio e novos entrantes reduziam drasticamente os preços, e a WorldCom foi forçada a fazer o mesmo. Essa situação competitiva significou uma pressão severa sobre o indicador de desempenho mais importante da companhia, a relação despesas com o custo das linhas contra suas receitas, monitorada por analistas e observadores da indústria.
Como as operações comerciais continuaram a declinar, o CFO Sullivan decidiu usar dados contábeis para conseguir o desempenho almejado. Sullivan e sua equipe usaram duas táticas principais da contabilidade: reversão de provisionamento em 1999 e 2000, e a capitalização das despesas com linhas em 2001 e 2002.
Ebbers e Sullivan utilizavam de faturamentos e lançamentos de gastos irregulares, omissões e falsificações de operações contábeis para mascarar sua qualidade financeira. A equipe do Departamento Contábil eram forçados a ser coniventes e executores das fraudes contábeis, mesmo incomodados se viam em uma situação onde não tinham alternativas, com medo do desemprego e esperançosos para que tais ações não retornasse a acontecer, porém se viam com frequência em tais situações.
Em agosto de 2001, Cynthia Cooper dirigente do departamento de Auditoria Interna começou uma auditoria operacional de rotina nos gastos de capital da WorldCom e demais rotinas. Ao questionar tais valores ao comitê de auditoria foi ameaçada por Sullivan a ficar longe. Não satisfeita Cooper expandiu sua auditoria administrativa para financeira com a ajuda de Morse. 
No mesmo ano iniciou uma auditoria externa ministrada por Arthur Andersen onde avaliou altos riscos, porém não indo a fundo não encontrou nada comprometedor. Destaco neste ponto que a WorldCom reteve informações, adulterou documentos e omitiu informações sobre materiais requisitados por Andersen.
Cooper logo em seguida encontrou $3 bilhões em despesas questionáveis, chegando até Wyers, que admitiu ter feito a pedido de Sullivan e sem nenhum padrão contábil para embasamentos. Cooper e sua equipe de Auditoria Interna repassaram ao Comitê de Auditoria e divulgaram seus resultados sobre gastos de capital impróprios. Quando Sullivan não pode das uma explicação adequada para as transações, o conselho pediu a Sullivan e Myers que renunciassem imediatamente ou seriam demitidos. Myers renunciou, Sullivan não o fez e foi demitido prontamente
Em 25 de junho de 2002, a WorldCom anunciou que seus lucros tinham sido inflados em $3,8 bilhões durante os últimos quatro trimestres, imediatamente as negociações das ações da WorldCom foram suspensas; a Standart & Poor’s rebaixou o rating de crédito da WorldCom de B+ para CCC-. Em 26 de junho , a SEC entrou com uma ação civil de fraude contra a WorldCom. Advogados do Departamento de justiça dos EUA iniciaram uma 
investigação sobre as atividades de Bernie Ebbers, Scott Sullivan, David Wyers, Buford Yates, Betty Vinson e Troy Normand. 
Cada um foi penalizado e condenado de acordo com a gravidade e crime cometido. Cooper permaneceu como executiva sênior de auditoria Interna da WorldCom até julho de 2004. Não foi promovida na WorldCom (posteriormente MCI), e nenhum executivo sênior da empresa jamais lhe agradeceu pessoalmente. Diversos funcionários ficaram ressentidos com Cooper, acreditando que sua revelação de irregularidade tinha conduzido à bancarrota da WorldCom. Neste mesmo ano ela deixou a companhia para torna-se consultora e palestrante sobre liderança ética e moral.
O estudo de caso mostra uma empresa em desordem empresarial, onde os líderes da WorldCom utilizavam de objetivos pessoais e não corporativos para alcançar os resultados, agiam sem ética eutilizavam de artifícios ilegais.
Mostra também total falta de governança coorporativa, que são conjuntos de regras que orientam como uma empresa deve ser administrada e dirigida perante a Lei. E vemos que nas últimas décadas as empresas vem percebendo a importância de criar uma estrutura governamental interna de qualidade, atraindo assim cada vez mais investidores; a fim de se manter forte em um mercado cada vez mais competitivo.
Dando ênfase aos princípios básicos da governança descritos abaixo, os quais não foram respeitados no caso da WorldCom:
Transparência: Não ser só obrigação informar, mas ter o desejo de disponibilizar para as partes interessadas as informações que sejam de seu interesse, não apenas disponibilizar aquelas impostas por lei. Tudo fica disponível de forma clara e transparente, aumentando o clima de confiança interno e melhorando a relação da empresa com terceiros.
Equidade: Tratamento justo de todos os sócios e partes interessadas, sem distinção alguma. Políticas ou atitude discriminatória são inaceitáveis.
Prestação de Contas: Os agentes de governança devem prestar contas de sua atuação, assumindo consequências de seus atos e omissões.
Responsabilidade corporativa: Os agentes de governança devem zelar pela saúde e sustentabilidade das organizações, visando assim a sua longevidade e qualidade de imagem social.
	
	
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