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Resenha Crítica de Caso - Governança Corporativa E Excelência Empresarial

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1 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
MBA EM GESTÃO DE OPERAÇÕES PRODUÇÃO E 
SERVIÇOS 
 
 
Resenha Crítica de Caso 
 
 
 
Trabalho da disciplina Governança Corporativa e Excelência Empresarial 
 Tutor: Prof. Ricardo Barbosa da Silveira 
 
 
Salvador 
2019 
http://portal.estacio.br/
 
 
 
2 
 
ESCÂNDALO DA CONTABILIDADE DA TOSHIBA: COMO A GOVERNANÇA 
CORPORATIVA FALHOU 
 
Referência: MISAWA, M. Escândalo da contabilidade da Toshiba: como a 
governança corporativa falho u. Hong Kong: Asia Case Research Centre, The 
University of Hon Kong, 2016. 
 
Julho de 2015, diversos sites e noticiários do mundo inteiro dava o boletim do 
escândalo contábil da empresa Toshiba. O presidente Hisao Tanaka, o vice-
presidente Norio Sasaki e o ex-presidente e atual conselheiro Atsutoshi Nishida, 
demitiram-se dos respectivos cargos, assumindo a responsabilidade pelo escândalo 
de manipulação da contabilidade da empresa. 
O comitê de auditoria independente revelou uma fraude contábil na organização, 
divulgando o relatório detalhado de uma investigação. O Comitê de Auditoria tem um 
papel importantíssimo na governança corporativa, pois é o agente investigador, 
assegurando um adequado sistema de controles internos e a responsabilidade de 
garantir a confiabilidade e a veracidade ao mercado. 
A Toshiba, empresa japonesa do setor eletrônico, mundialmente conhecida, 
falsificou documentos contábeis para simular lucros, durante 7 anos. Era 
considerada ícone de governança corporativa moderna e transparência. Foram 
descobertos cerca de 4,4 bilhões de lucro reportados incorretamente, eram parte de 
um esforço sistemático para maquiar ganhos, os executivos dos mais altos escalões 
foram apontados como os responsáveis. As manipulações contábeis ocorriam de 
forma ordenada, com participação dos principais diretores. 
Em maio do mesmo ano, os Diretores da Toshiba decidiram ampliar alcance de sua 
auditoria interna, decidindo retirar suas previsões de lucros, cancelando também os 
dividendos do final do ano. A decisão foi motivada pelo escândalo contábil que 
obrigou a Toshiba a corrigir resultados em, pelo menos, 152 bilhões de ienes (cerca 
de R$ 4 bilhões). 
 
 
 
3 
Os Diretores executivos responsáveis pelas unidades, estavam sob uma intensa 
pressão para alcançar altos lucros, que eram chamados internamente como 
desafios. Hisao Tanaka reuniu todos os seus colaboradores ordenando que 
usassem de todos os meios concebidos para atingir lucros, uma vez que ele próprio 
havia prometido recuperar os números daquele ano, no setor de televisões. 
Tentando entender melhor a história dos Diretores executivo: Hisao Tanaka e Norio 
Sasaki, entraram na Toshiba no início dos anos 1970, em 2008, receberam de 
Atsutoshi Nishida, ex-presidente da Toshiba, a ordem de fazer a gestão da empresa 
como se a sua vida dependesse disso. Neste mesmo ano, a Toshiba passava por 
uma fase muito ruim, os resultados eram extremamente embaraçosos para serem 
publicados. Então, Atsutoshi Nishida ordenou aos seus funcionários que fizessem 
tudo o que estava ao seu alcance para esconder esta realidade. 
Pesquisando em diversos artigos, podemos perceber que o Japão possui uma 
cultura corporativa baseada na tradição milenar de lealdade, priorizando as regras 
hierárquicas e os subordinados jamais serão capazes de discutir ou oferecer 
qualquer tipo de resistência às ordens de seus superiores. 
Mas foi durante uma apreciação feita por contadores e advogados, liderados por um 
investigador do Ministério Público de Tóquio, ficou evidenciado abusos financeiros e 
uma cultura de trapaça corporativa. 
Essa trapaça descoberta, levou a demissão dos principais executivos do 
conglomerado, o executivo-chefe, e presidente, e de mais 8 membros conselho. 
Segundo a investigação, eles exageraram os lucros antes dos impostos em pelo 
menos 152 bilhões de ienes (equivalente a US$1.2 bilhão) durante seis anos. 
A Toshiba teria que, diante desse fato, reportar as quedas do valor da Westinghouse 
ao público e aos investidores. Porém, a Toshiba preferiu violar as regras da Bolsa de 
Valores de Tóquio e não realizou a divulgação. Esse evento colocou em dúvida as 
práticas contábeis da empresa. 
 
 
 
4 
No mesmo ano (2015) a empresa informou que começaria a ter ações mais 
transparentes tanto com o público quanto com os seus investidores. Quando essas 
ações começaram, o valor de mercado das Toshiba começou a se deteriorar devido 
à falta de confiança dos investidores e assim se iniciou uma onda de processos 
judiciais por parte dos acionistas para solicitar os danos por perdas incorridas. 
Masashi Muromachi foi nomeado em julho de 2015 como o novo CEO da Toshiba e 
o seu foco era investigar a estrutura governamental da empresa, o porquê da 
governança corporativa dentro da Toshiba ter falhado, os fracassos acerca da 
transparência da empresa. 
Conforme foi atuando como CEO, Muromachi apontou várias ações que ele deveria 
tomar de imediato, como desenvolver uma visão, missão e renovar a estratégia da 
Toshiba; modificar a ideia de valores dos funcionários; e reestruturação do plano de 
negócios. 
Realizar gestão de uma empresa não é um processo fácil e a governança 
corporativa é a resposta. As intenções, valores e pretensões devem ser claras 
dentro do estatuto social para entender a imagem que a empresa deseja passar 
para o mercado. 
A Governança Corporativa se apoia em quatro pilares principais: transparência, 
equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa. A Toshiba deveria ter 
se apoiado a esses pilares, fazendo como sua base principal.

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