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Universidade Federal Rural do Semi-Árido Centro de Engenharias Bacharelado em Ciência e Tecnologia Átomos, moléculas e íons Mossoró, dezembro de 2017 • Os átomos se agrupam em diferentes combinações para formar as mais diversas substâncias. • Que regras determinam a maneira como eles se combinam? • Como as propriedades de uma substância estão relacionadas com os tipos de átomos que ela contêm? Introdução • A visão submicroscópica da matéria forma a base para entender porque elementos e compostos reagem e porque exibem propriedades químicas e físicas diferentes. Introdução • Filósofos antigos especulavam sobre a natureza da matéria fundamental da qual o mundo era feito. • Demócrito (460-370 a.C) e outros filósofos gregos – acreditavam que a matéria era constituída de partículas indivisíveis, muito pequenas, denominadas átomos. Teoria atômica da matéria • Platão e Aristóteles - formularam a hipótese de que não poderia haver partículas indivisíveis. Teoria atômica da matéria Postulados de John Dalton (1803- 1807) 1) Cada elemento é composto de partes extremamente pequenas chamadas de átomos. 2) Todos os átomos de um dado elemento são idênticos; Os átomos de diferentes elementos são diferentes e tem diferentes propriedades e diferentes massas. Postulados de John Dalton (1803- 1807) 3) Os átomos de um elemento não se convertem em diferentes tipos de átomos por meio de reações químicas; os átomos não são criados nem destruídos numa reação química. 4) Os compostos são formados quando átomos de mais de um elemento se combinam; um determinado composto tem sempre o mesmo número relativo dos mesmos tipos de átomos. Teoria atômica da matéria • Lei da conservação da massa ou da matéria Baseada no postulado 3 • “A massa total dos materiais presentes depois de uma reação química é igual a massa total antes da reação. Dalton propôs que os átomos se rearranjam para produzir novas combinações”. Teoria atômica da matéria Dalton chegou a sua conclusão sobre os átomos com base nas suas observações químicas no laboratório (universo macroscópico). • A medida que os cientistas desenvolveram métodos para uma investigação mais detalhada, observaram que o átomo não era indivisível, e sim apresentava uma estrutura mais complexa. • O átomo é composto de partículas subatômicas ainda menores. A descoberta da estrutura atômica Raios catódicos e elétrons • Meados do século XVII – cientistas estudaram a descarga elétrica através de tubos parcialmente evacuados. Uma alta voltagem produzia radiação dentro do tubo, que tornou-se conhecida como raios catódicos. • Apesar dos raios não poderem ser vistos, seus movimentos podiam ser detectados, porque os raios faziam com que certos materiais, inclusive o vidro apresentassem fluorescência ou emitissem luz. • Raios: Nova forma de radiação ????? Jato de partículas. ????? A descoberta da estrutura atômica Raios catódicos e elétrons • Joseph Thomson - em artigo publicado conclui em que os raios catódicos são jatos de partículas com massa, carregadas negativamente. • O artigo de Thomson é conhecido como a descoberta daquilo que chamamos de elétron. A descoberta da estrutura atômica • Em 1896 - cientista Henri Becquerel (1852- 1908), estudando o mineral urânio descobriu que espontaneamente o urânio emitia radiação de alta energia. • Em estudos posteriores o cientista britânico Ernest Rutherford, revelou três tipos de radiação: Radiação alfa (α); Radiação beta (β); Radiação gama (γ). A descoberta da estrutura atômica Radioatividade A descoberta da estrutura atômica Radioatividade Figura 1. Comportamento dos raios alfa ( α ), beta (β) e gama (γ) em um campo elétrico • Raios alfa (α) e beta (β) – consistem de partículas de movimento rápido. • Partículas beta - são elétrons em alta velocidade, portanto são atraídas para a placa positiva. • Partículas alfa – são muito mais compactas que as partículas β e tem cargas positivas, portanto são atraídas para a placa negativa. • Radiação γ – é de alta energia, similar à dos raios x. Ela não consiste de partículas e não possui carga. A descoberta da estrutura atômica Para Joseph Thomson o átomo era construído como um pudim de passas: “uma massa compacta de carga elétrica positiva, salpicada de “caroços” de carga negativa, os elétrons”. Modelo de Thomson • Ernest Rutherford – químico neozelandês, naturalizado britânico. • Modelo planetário – Ernest Rutherford • 1911 - defendeu que os átomos têm sua carga positiva concentrada em um pequeno núcleo, e, desse modo, criou o modelo atômico de Rutherford, ou modelo planetário do átomo, através de sua descoberta e interpretação em seu experimento da folha de ouro. • • Graças a Rutherford é amplamente creditada a primeira divisão do átomo, em 1917, liderando a primeira experiência de dividir o núcleo. • Ernest Rutherford mostrou que os átomos não são maciços: se fosse assim, os átomos de uma folha metálica bloqueariam partículas emitidas por elementos radioativos, como o rádio ou o urânio. Modelo de Rutherford • Como a maior parte das partículas atravessa o metal, Rutherford concluiu que a carga positiva e quase toda a massa estariam concentradas num núcleo central. • O núcleo seria responsável pelo rebatimento das poucas partículas que, por acaso, corriam na sua direção. A sua volta, num espaço vazio comparativamente grande, girariam os pequenos elétrons, entre os quais as partículas podiam passar. Modelo de Rutherford A descoberta da estrutura atômica https://www.britannica.com/science/Rutherford-atomic-model Figura 2. Representação do átomo de Rutherford • Niels Bohr – físico dinamarquês. Licenciou-se na sua cidade natal em 1911 e trabalhou com Joseph John Thomson e Ernest Rutherford na Inglaterra. • Bohr passou a dedicar-se ao estudo da estrutura do átomo, baseando-se na descoberta do núcleo atómico, realizada por Ernest Rutherford. • Bohr acreditava que, utilizando a teoria quântica de Planck, seria possível criar um novo modelo atômico, capaz de explicar como os elétrons absorvem e emitem energia radiante. Modelo de Niels Bohr • Em 1913, estudando o átomo de hidrogênio, Bohr formulou um novo modelo atômico, concluindo que o elétron do átomo não emitia radiações enquanto permanecesse na mesma órbita, emitindo-as apenas quando em deslocamento de um nível de maior energia (órbita mais distante do núcleo), para outro de menor energia (órbita menos distante do núcleo). • Bohr concluiu que cada órbita corresponde a um nível bem definido de energia do elétron. Modelo de Niels Bohr • A transição de uma órbita para a outra seria feita por saltos pois, ao absorver energia, o elétron saltaria para uma órbita mais externa e, ao emiti-la, passaria para outra mais interna. Cada uma dessas emissões aparece no espectro como uma linha luminosa bem localizada. • A teoria de Bohr, que foi sucessivamente enriquecida, representou um passo decisivo no conhecimento do átomo. Modelo de Niels Bohr Figura 3. Representação do átomo de Bohr Modelo de Niels Bohr Estruturado átomo Á to m o Prótons (1+) Neutrons Elétrons (1-) Visão moderna da estrutura atômica • Prótons e nêutrons Encontrados no núcleo do átomo, que é considerado pequeno; • Elétrons Localizados fora do núcleo, onde a maior parte do volume atômico se deve aos elétrons. Visão moderna da estrutura atômica A visão moderna da estrutura atômica Figura 4. Representação da estrutura do átomo • Todos os átomos de um mesmo elemento tem o mesmo número de prótons no núcleo. Exemplo: todos os átomos do elemento carbono tem: • Prótons = 6 • Elétrons = 6 • Nêutrons - pode variar entre os átomos de carbono. A visão moderna da estrutura atômica Isótopos, números atômicos e números de massa Isótopos, números atômicos e números de massa • Número atômico (Z) = número de prótons no núcleo. • Número de massa (A) = número total (prótons + neutrons) no núcleo. A visão moderna da estrutura atômica • Convenção, para um elemento X, escreve-se A ZX. • Isótopos têm o mesmo Z, porém a massa (A) é diferente. A visão moderna da estrutura atômica Isótopos – átomos de um determinado elemento cujo número de nêutrons difere e, consequentemente a massa. Figura 5. Representação dos isótopos do carbono A visão moderna da estrutura atômica Tabela 1. Alguns isótopos do carbono Pesos atômicos ou massas atômicas • Átomos - pequenos pedaços de matéria, portanto tem massa. • Cientistas do século XIX, tinham conhecimento de que átomos de diferentes elementos tinham diferentes massas. • Exemplo: 100 g de água a) 11,1 g de hidrogênio; b) 88,9 g de oxigênio Logo a água contém: 88,9/11,1 = 8 vezes mais em massa de oxigênio que hidrogênio. A visão moderna da estrutura atômica • A água contem dois átomos de hidrogênio para um átomo de oxigênio, concluíram que o átomo de oxigênio deve 2 x 8 = 16 vezes mais massa que o átomo de hidrogênio. • Ao hidrogênio, o átomo mais leve, foi atribuída arbitrariamente uma massa relativa 1 (sem unidades). • As massas atômicas de outros elementos foram determinadas em relação a esse valor. Assim ao oxigênio foi atribuída a massa atômica de 16. A visão moderna da estrutura atômica • O átomo é a menor amostra representativa de um elemento, mas apenas os gases nobres são normalmente encontrados na natureza como átomos isolados. • A maior parte da matéria é composta de moléculas ou íons, as quais são formadas por átomos. • Molécula – reunião de dois ou mais átomos ligados entre si. Moléculas e compostos moleculares • Muitos elementos são encontrados na natureza na forma molecular, ou seja, dois ou mais átomos do mesmo tipo ligados entre si. Exemplos: O2 e O3 • Oxigênio e ozônio são compostos formados apenas de oxigênio, porém ambos exibem propriedades físicas e químicas bem diferentes. • O2 – essencial para a vida e inodoro. • O3 - tóxico e tem cheiro pungente • Elementos encontrados como moléculas diatômicas: hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e halogênios. Moléculas e compostos moleculares Moléculas diatômicas Figura 6. Representação de algumas moléculas simples Moléculas e compostos moleculares • Forma molecular – indicam os números e tipos efetivos de átomos em uma molécula. • Forma mínima – indicam apenas os números relativos de átomo de cada tipo. Moléculas e compostos moleculares Formas moleculares e mínimas Fórmula molecular Fórmula mínima H2O2 HO C2H4 CH2 H2O H2O Em alguns casos a formula molecular e a formula mínima são idênticas. Exemplo: H2O Moléculas e compostos moleculares • Fórmula estrutural – mostra como os átomos estão ligados entre si em uma molécula. Moléculas e compostos moleculares A fórmula estrutural geralmente não representa a geometria real da molécula, ou seja, os verdadeiros ângulos nos quais os átomos se unem. A fórmula estrutural fornece uma noção de aparência tridimensional. Íons e compostos iônicos • Os átomos podem facilmente ganhar ou perder elétrons. • Se elétrons são removidos ou adicionados a um átomo neutro, forma-se uma partícula carregada denominada de íon. • Cátion – quando um átomo ou moléculas perde elétrons , ficando com carga positiva (+); • Aníon – quando um átomo ou molécula ganha elétrons, ficando com carga negativa. Íons e compostos iônicos Íons e compostos iônicos Tem 11 prótons e 11 elétrons. Perde facilmente 1 elétron. O cátion resultante tem 11 prótons e 10 elétrons, apresentando uma carga de +1. Cargas (+): representa a perda de elétrons. Cargas (-): representa o ganho de elétrons. Na 11 Íons e compostos iônicos O cloro normalmente ganha um elétron em reações químicas produzindo o íon Cl- . • Em geral átomos metálicos tendem a perder elétrons formando cátions, enquanto átomos não-metálicos tendem a ganhar elétrons formando ânions. • Além dos íons simples como Na+ e Cl - , existem os íons poliatômicos como NO3 -, (íon nitrato) e SO4 - (íon sulfato). Íons e compostos iônicos • Muitos átomos ganham ou perdem seus elétrons para que fiquem com o mesmo número de elétrons do gás nobre mais próximo deles na tabela periódica. • Os elementos da família dos gases nobres são quimicamente pouco reativos e formam pouquíssimos compostos. Isso se deve aos arranjos dos seus elétrons serem muito estáveis. Íons e compostos iônicos Exemplos: • A perda de um elétron do átomo de sódio deixa-o com um mesmo número de elétrons do átomo neutro de neônio (n° atômico = 10). • O ganho de um elétron do átomo de cloro deixa-o com o mesmo número de elétrons do átomo neutro de argônio (n° atômico = 18). Íons e compostos iônicos Compostos iônicos Figura 7. Transferência de elétrons entre os átomos de sódio e cloro, formando o composto iônico cloreto de sódio. Estrutura eletrônica Configuração eletrônica Compreende a distribuição dos elétrons de um átomo ou de um íon por nível de energia. Configuração eletrônica Orbital molecular – é uma função matemática que descreve tendências a um comportamento de uma nuvem eletrônica em uma molécula. • A eletrosfera está dividida em 7 camadas designadas por: K, L, M, N, O, P, Q ou pelos números n = 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7. 1 - Número quântico principal (n) - indica o nível de energia do elétron no átomo (número de camadas). • O número máximo teórico de elétrons em cada nível de energia é dado pela seguinte equação: . Equação de Rydberg: X= 2n2 Configuração eletrônica K L M N O P Q 2 8 18 32 50 72 98 2- Número quântico secundário ou azimutal (l) - estuda os subníveis presentes nas camadas (K, L, M....). Uma camada de numero n será subdividida em subníveis: s, p, d, f. Configuração eletrônica Subnível Numero quântico secundário (l) Máximo de elétrons s 0 2 p 1 6 d 2 10 f 3 14 Distribuição dos elétrons nos subníveis • Os subníveis são preenchidos na ordem crescente de energia. • Linus Pauling descobriu que a energia dos subníveis crescem na ordem:Configuração eletrônica • Regras de distribuição dos elétrons nos orbitais atômicos. a) Sempre preencher um subnível antes de colocar elétrons no próximo subnível; b) Ao preencher um subnível, cada orbital desse subnível recebe inicialmente apenas um elétron, somente depois de o último orbital desse subnível ter recebido seu primeiro elétron começa o preenchimento de cada orbital semi-cheio com o segundo elétron (regra de Hund); c) Quando existem dois elétrons em um orbital, deve-se indicar com setas (a primeira apontando para cima e a segunda para baixo) que ambos possuem spin contrários (princípio de exclusão de Pauli). Configuração eletrônica Distribuição eletrônica • Sabe-se que a distribuição eletrônica para o átomo de Cobre (número atômico 29) termina no subnível 3 d9, veja: • Número quântico principal (n) = 4, pois a última camada preenchida foi a N. O número quântico secundário é 2, porque o último subnível a receber elétrons foi o d. n=4 l = 2 Distribuição eletrônica
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