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ADM II aula 01 adm ind

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Direito administrativo: Administração indireta
Dir. ADMINISTRATIVO iI 
DIR. ADMINISTRATIVO iI
Apresentação da Disciplina
2 encontros semanais
Metodologia de avaliação: 1ª, 2ª, 3ª avaliações e final 
DIR. ADMINISTRATIVO I
BIBLIOGRAFIA 
CRETELLA JÚNIOR, José. Curso de Direito Administrativo. Forense
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. Atlas
FAZZIO Jr., Waldo. Fundamentos de Direito Administrativo. Atlas
GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo. Saraiva
MEDAUAR, Odete. Direito Administrativo Moderno. Revista dos Tribunais
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. Malheiros
DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO
 
DESCONCENTRAÇÃO = distribuição interna de competências (dentro da mesma pessoa jurídica) 
DESCENTRALIZAÇÃO = distribuição de competências de uma para outra pessoa, física ou jurídica.
DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICA ocorre quando o ente descentralizado exerce atribuições próprias que não decorrem do ente central (validade decorre de norma constitucional) 
DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA ocorre quando as atribuições que os entes descentralizados exercem só têm o valor jurídico que lhes empresta o ente central (a validade jurídica decorre da atribuição que o ente descentralizador emana) 
MODALIDADES DE DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 
1. DESCENTRALIZAÇÃO TERRITORIAL ou geográfica 
Verifica-se quando urna entidade local, geograficamente delimitada, é dotada de personalidade jurídica própria, de direito público, com capacidade administrativa genérica 
 
CARACTERISTICAS :
personalidade jurídica de direito público
capacidade de autoadministração
delimitação geográfica
capacidade genérica, ou seja, para exercer a totalidade ou a maior parte dos encargos públicos de interesse da coletividade
sujeição a controle pelo poder central. 
 
Ex. no Brasil: territórios federais (o que configura uma exceção brasileira, pois a descentralização no brasil, em regra é a ‘por serviços’) 
MODALIDADES DE DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 
2. DESCENTRALIZAÇÃO POR SERVIÇOS 
Verifica-se quando o Poder Público (União, Estados ou Municípios) cria uma pessoa jurídica de direito público ou privado e a ela atribui a titularidade e a execução de determinado serviço público
autarquias 
 corresponde, basicamente, à figura da autarquia, mas abrange também: 
fundações 
sociedades de economia mista 
empresas públicas 
consórcios públicos 
MODALIDADES DE DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 
3. DESCENTRALIZAÇÃO POR COLABORAÇÃO
Verifica-se quando, por meio de contrato ou ato administrativo unilateral, se transfere a execução de determinado serviço público a pessoa jurídica de direito privado, previamente existente, conservando o Poder Público a titularidade do serviço. 
ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
MODALIDADES E NATUREZA JURÍDICA
Compõem a Administração Indireta, no direito positivo brasileiro:
 
MODALIDADES: 
AUTARQUIAS 
FUNDAÇÕES 
SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA 
EMPRESAS PÚBLICAS 
CONSÓRCIOS PÚBLICOS 
 
NATUREZA JURÍDICA: 
AUTARQUIAS 
	pessoa jurídica de direito público
FUNDAÇÕES + CONSÓRCIOS PÚBLICOS 
PJ de direito público ou privado, dependendo do regime que lhes for atribuído pela lei instituidora
SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA + EMPRESAS PÚBLICAS 
	PJ de direito privado.
REGIME JURÍDICO
DIFERENÇAS NOS REGIMES JURÍDICOS, ENTRE AS PESSOAS DE DIREITO PÚBLICO E AS DE DIREITO PRIVADO
 
CARACTERÍSTICAS DAS PJ PRIVADAS: 
origem na vontade do particular;
fim geralmente lucrativo;
finalidade de interesse particular;
liberdade de fixar, modificar, prosseguir ou deixar de prosseguir seus próprios fins;
liberdade de se extinguir;
sujeição a controle negativo do Estado ou a simples fiscalização (poder de polícia) ;
ausência de prerrogativas autoritárias.
 
CARACTERÍSTICAS DAS PJ PÚBLICAS: 
origem na vontade do Estado;
fins não lucrativos;
finalidade de interesse coletivo;
ausência de liberdade na fixação ou modificação dos próprios fins e obrigação de cumprir os escopos;
impossibilidade d e s e extinguirem pela própria vontade;
sujeição a controle positivo do Estado;
prerrogativas autoritárias de que geralmente dispõem
REGIME JURÍDICO
DIFERENÇAS NOS REGIMES JURÍDICOS, ENTRE AS PESSOAS DE DIREITO PÚBLICO E AS DE DIREITO PRIVADO
 
diferença primordial está nas prerrogativas e restrições próprias do regime jurídico administrativo: 
 
todas têm personalidade jurídica própria, o que implica 1) direitos e obrigações definidos em lei, 2) patrimônio próprio, 3) capacidade de autoadministração, 4) receita própria;
sua criação é sempre feita por lei (CF, art 37, XIX)
sua finalidade essencial não é o lucro e sim a consecução do interesse público;
falta-lhes liberdade na fixação ou modificação de seus próprios fins; é a própria lei singular que, ao criar a entidade, define o seu objeto, o qual só pode ser alterado por outra lei da mesma natureza;
não têm a possibilidade de se extinguirem pela própria vontade; sendo criadas por lei, só outra lei poderá extingui-las, em consonância com o princípio do paralelismo das formas; (não se aplicam a essas entidades as formas normais de extinção previstas no direito civil e comercial)
a todas elas se aplica o controle positivo do Estado (controle finalístico/tutela administrativa)
AUTARQUIAS 
CONCEITO E CARACTERÍSTICAS: 
 
Pessoas jurídicas de direito público (podem exercer direitos e contrair obrigações em nome próprio)
Integrantes da administração indireta
Criadas por lei específica
Possuem capacidade de autoadministração
Encarregadas do desempenho - descentralizado - de atividades administrativas típicas do poder público
Submetem-se a restrições e gozam de prerrogativas típicas do regime jurídico público.
AUTARQUIAS 
CONCEITO E CARACTERÍSTICAS: 
 
Possuem apenas capacidade de autoadministração. 
Diferenciam-se das pessoas jurídicas públicas políticas pois não possuem autonomia política (não podem criar o próprio direito)
São criadas para o desempenho de atividades típicas do poder público (não podendo explorar atividade econômica, p.ex).
Há relação de vinculação entre as autarquias e as pessoas políticas que as criam
Não há relação de hierarquia ou subordinação
Sujeitam-se ao controle finalístico (tutela) por parte do ente criador 
AUTARQUIAS 
CLASSIFICAÇÃO 
QUANTO À CAPACIDADE ADMINISTRATIVA 
QUANTO AO NÍVEL FEDERATIVO 
QUANTO AO OBJETO 
QUANTO AO REGIME JURÍDICO 
AUTARQUIAS 
CLASSIFICAÇÃO 
QUANTO À CAPACIDADE ADMINISTRATIVA 
AUTARQUIAS TERRITORIAIS - Territórios Federais / autarquia territorial - exerce múltiplas atividades no âmbito do seu território; praticamente se desincumbe das mesmas funções que normalmente são exercidas pelos Estados e Municípios (capacidade genérica) 
AUTARQUIAS INSTITUCIONAIS - correspondem aos conceitos de autarquia discutidos amplamente na doutrina - têm capacidade específica = limitada a determinado serviço que lhes é atribuído por lei.
 
AUTARQUIAS 
CLASSIFICAÇÃO 
2. QUANTO AO NÍVEL FEDERATIVO 
federais
estaduais
distritais 
municipais
AUTARQUIAS 
CLASSIFICAÇÃO 
3. QUANTO AO OBJETO 
AUTARQUIAS ASSISTENCIAIS - atividades que buscam a diminuição das desigualdades regionais e sociais
Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE)
Instituto de Colonização e Reforma Agrária (INCRA)
 
AUTARQUIAS PREVIDENCIÁRIAS - atividade de previdência social
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
AUTARQUIAS 
CLASSIFICAÇÃO 
3. QUANTO AO OBJETO 
AUTARQUIAS CULTURAIS: destinadas à educação e ensino 
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
AUTARQUIAS PROFISSIONAIS (ou corporativas) - inscrição de determinados profissionais e fiscalização de certas atividades 
Conselho Regional de Medicina (CRM) 
Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA)
 
AUTARQUIAS 
CLASSIFICAÇÃO 
3. QUANTO AO OBJETO 
AUTARQUIAS DE CONTROLE - o controle sobre entidades prestadoras de serviço público ou que desempenham
atividade econômica por força de contratos de concessão e permissão. 
Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) 
Agência Nacional do Petróleo (ANP)
AUTARQUIAS ASSOCIATIVAS - são os consórcios públicos, destinados a fomentar a cooperação entre os entes da federação.
AUTARQUIAS 
CLASSIFICAÇÃO 
3. QUANTO AO OBJETO 
AUTARQUIAS ADMINISTRATIVAS - exercício das atividades de natureza administrativa que não sejam passíveis de enquadramento nas demais categorias (categoria residual)
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) 
Banco Central do Brasil (BACEN)
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (IBAMA)
AUTARQUIAS 
CLASSIFICAÇÃO 
QUANTO AO REGIME JURÍDICO 
AUTARQUIAS COMUNS (ou em regime comum) - regime jurídico comum às autarquias / mesmas prerrogativas gerais 
AUTARQUIAS ESPECIAIS (ou em regime especial) - regime específico com prerrogativas especificas informadas pela lei criadora 
	Agências reguladoras 
AUTARQUIAS 
Criação e extinção 
CRIAÇÃO 
somente por lei específica (CF, art. 37, XIX)
 
vocábulo 'somente' = personalidade jurídica da autarquia se inicia imediatamente com a vigência da respectiva lei instituidora
 
vocábulo 'lei especifica' = lei deve tratar especificamente da autarquia (não podendo dispor sobre outras matérias) 
 
 
EXTINÇÃO
 princípio da simetria das formas jurídicas 
 
CF, art. 61, § 1.º, II, e
- iniciativa do chefe do executivo? 
- poderes legislativo e judiciário?
AUTARQUIAS 
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS, ATOS E CONTRATOS 
Autarquias somente podem desenvolver atividades típicas de Estado
ATIVIDADE TÍPICA? = atividade típica é aquela regida -predominantemente- pelo direito público
ATOS administrativos = editados no gozo de prerrogativas estatais compatíveis com os atributos inerentes ao regime jurídico 
CONTRATOS administrativos = firmados com a observância de cláusulas exorbitantes
AUTARQUIAS 
BENS AUTÁRQUICOS
CC, art.98
São Bens públicos? 
 
Impenhorabilidade (não se sujeitam ao processo judicial de execução) 
Imprescritibilidade (não podem ter a propriedade adquirida pela usucapião) 
Inalienáveis (mesmo desafetados, a alienação do bem público não é livre) 
(SIM)
 (SIM)
 (SIM)
AUTARQUIAS 
REGIME DE PESSOAL
CF, art.39 (ver EC 19/1998 e ADI 2.135/DF) 
 
cada ente da federação somente poderá instituir regime jurídico único para os respectivos servidores da administração direta, das autarquias e das fundações públicas.
AUTARQUIAS 
FORO COMPETENTE PARA OS LITÍGIOS JUDICIAIS 
CF, art. 109, I 
Excepcionadas as causas: 
falência (julgadas em varas especializadas que integram a justiça estadual)
empregado contra o INSS, não como empregador, mas como autarquia previdenciária, vara especializada da justiça estadual) 
Justiça Eleitoral 
Justiça do Trabalho
AUTARQUIAS 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
OBJETIVA
AUTARQUIAS 
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA 
Imunidade recíproca (CF, art. 150, §2º)
1) patrimônio, à 2) renda e aos 3) serviços 4) vinculados a suas finalidades essenciais ou às 5) delas decorrentes
e demais atividades? 
 
Autarquias
CONCEITO E CARACTERÍSTICAS 
CLASSIFICAÇÃO 
CRIAÇÃO E EXTINÇÃO 
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS, ATOS E CONTRATOS 
BENS AUTÁRQUICOS
REGIME DE PESSOAL
FORO COMPETENTE PARA OS LITÍGIOS JUDICIAIS 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA
FUNDAÇÕES PÚBLICAS CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA
instituto originário do direito civil (CC, arts. 62 a 69)
características básicas de uma FP:
figura do instituidor, que faz a doação patrimonial (sempre Poder público);
o objeto, consistente em atividades de interesse social; e
a ausência de finalidade lucrativa. 
Podem exercer atividade fora da tipicidade das atividades estatais? 
Podem desenvolver atividades visando ao lucro? 
Podem cobrar pela prestação dos serviços? 
Podem obter excedentes 
 					 (SIM)
						 (NÃO)
					 (SIM)
			 (SIM)
FUNDAÇÕES PÚBLICAS CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA
possuem apenas capacidade administrativa
não possuem autonomia política 
sofrem controle finalístico (tutela administrativa) 
FUNDAÇÕES PÚBLICAS CRIAÇÃO E EXTINÇÃO
 CRIAÇÃO
podem ser constituídas sob o regime de direito público ou privado / Fundações autárquicas? (SIM) Diferenças? (SIM)
FP de DIREITO PRIVADO = a lei apenas autoriza a sua instituição, de modo que a aquisição da personalidade jurídica somente acontece quando, após a autorização legal, a sua escritura pública de constituição é registrada no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas. 
FP de DIREITO PÚBLICO (AUTARQUICAS) = o início da personalidade jurídica das fundações autárquicas coincide com a vigência da respectiva lei instituidora
FUNDAÇÕES PÚBLICAS CRIAÇÃO E EXTINÇÃO
EXTINÇÃO
Princípio da simetria das formas jurídicas (em relação à criação) 
FUNDAÇÕES PÚBLICAS DE DIREITO PÚBLICO = a sua extinção depende apenas da edição de outra lei que retire a sua existência jurídica
FUNDAÇÃO PÚBLICA DE DIREITO PRIVADO = para ser extinta, precisa 1) que seja editada lei específica autorizando a sua extinção. 2) deverá ser elaborado ato extintivo (normalmente uma escritura pública), 3) o qual deverá ser arquivado no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, quando então efetivamente cessará a sua personalidade jurídica. 
FUNDAÇÕES PÚBLICAS REGIME JURÍDICO DAS FUNDAÇÕES PÚBLICAS 
FP de direito público = mesmo regime aplicado às Autarquias 
FP de direito privado (caráter híbrido) 
FUNDAÇÕES PÚBLICAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS, ATOS E CONTRATOS 
em regra, atos de direito privado
Apesar disso, seus contratos devem seguir a disciplina estabelecida na Lei 8.666/1993.
FUNDAÇÕES PÚBLICAS BENS
[
CC, art. 98
Bens Públicos? 
alienabilidade condicionada? 
imprescritibilidade? 
impenhorabilidade? 
		 (NÃO) 
					 (NÃO) 
			 (NÃO) 
			 (NÃO) 
FUNDAÇÕES PÚBLICAS RELAÇÃO COM O ENTE POLÍTICO INSTITUIDOR 
[
Submetem-se a tutela administrativa 
Permanecem vinculadas ao ente criador (integrando a administração indireta do ente federado)
FUNDAÇÕES PÚBLICAS CONTROLE
[
Sujeitam-se ao controle externo do Poder Legislativo, exercido com auxílio do Tribunal de Contas 
Não estão sujeitas a controle específico do Ministério Público 
FUNDAÇÕES PÚBLICAS PESSOAL
Regime trabalhista comum, disciplinado pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
Empregados públicos 
[
FUNDAÇÕES PÚBLICAS FORO COMPETENTE PARA OS LITÍGIOS JUDICIAIS 
Justiça estadual - seja qual for a pessoa federativa a que esteja vinculada (União, Estados, Distrito Federal ou Municípios)
Justiça do Trabalho - em demandas relativas à relação com seus empregados 
FUNDAÇÕES PÚBLICAS RESPONSABILIDADE CIVIL 
OBJETIVA
FUNDAÇÕES PÚBLICAS IMUNIDADE TRIBUTÁRIA 
IMUNIDADE RECÍPROCA (CF, art. 150, VI, a c/c o art. 150, §2º) 
 patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros
FUNDAÇÕES PÚBLICAS 
CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA 
CRIAÇÃO E EXTINÇÃO 
REGIME JURÍDICO DAS FUNDAÇÕES PÚBLICAS 
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS, ATOS E CONTRATOS 
BENS
RELAÇÃO COM O ENTE POLÍTICO INSTITUIDOR 
CONTROLE
PESSOAL
FORO COMPETENTE PARA OS LITÍGIOS JUDICIAIS 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA 
Empresas estatais 
empresas públicas e as sociedades de economia mista 
EXPRESSÃO - entidades, civis ou empresariais, controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público (empresa estatal ou governamental = controle acionário pelo Estado) 
entidade cuja maioria do capital votante pertença, direta ou indiretamente, à União, Estados, Distrito Federal ou Municípios 
Vocábulos – empresa pública / empresa estatal
CF, art. 170, caput, §1º 
Empresas estatais 
empresas públicas e as sociedades de economia mista 
TRAÇOS COMUNS:
criação e extinção autorizadas por lei; 
CF, artigo 37, XIX (EC 19/98) 
CF, art. 61, §1º, alínea e (EC 32/2001)
personalidade jurídica de direito privado;
derrogação parcial do regime de direito privado por normas de direito público; 
Regime jurídico híbrido 
sujeição ao controle estatal;
vinculação aos fins definidos na lei instituidora;
desempenho de atividade de natureza econômica.
Empresas estatais 
empresas públicas e as sociedades de economia mista 
TRAÇOS DISTINTIVOS:
FORMA DE ORGANIZAÇÃO
COMPOSIÇÃO DO CAPITAL
SEM
EP
CAPITAL
> 50% PÚB
100% PUB
TIPO DE SOCIEDADE
S.A.
(SOCIEDADE COMERCIAL)
QUALQUER
(SOCIEDADE CIVIL OU COMERCIAL)
Empresas estatais 
empresas públicas e as sociedades de economia mista 
Finalidade 
empresas públicas e as sociedades de economia mista podem ser criadas para a (1) exploração de atividade econômica ou para a (2) prestação de serviços públicos. 
A exploração de atividade econômica em sentido estrito = (1) atividades comerciais e industriais, (2) prestação de serviços abertos à exploração por particulares, com finalidade lucrativa, (ex.: serviços bancários) ]
A exploração da atividade econômica em sentido amplo = (1) atividade econômica em SE + (2) serviços públicos cuja titularidade pertence ao Poder Público, passíveis de exploração com intuito lucrativo (ex.: serviço de telecomunicações)
Empresas estatais 
empresas públicas e as sociedades de economia mista 
REGIME JURÍDICO 
CF, art. 173, §1º, II
Concurso público - regime celetista (CLT)
CF, art. 173, §2º
Não se sujeitam à falência (Lei 11.101/2005)
Empresas estatais 
empresas públicas e as sociedades de economia mista 
Bens 
são classificados como bens privados 
 CC, art. 98
não se aplicam a estes bens as cláusulas protetivas 
(in)alienabilidade condicionada
impenhorabilidade
imprescritibilidade
Empresas estatais 
empresas públicas e as sociedades de economia mista 
Responsabilidade civil 
Se essas entidades forem prestadoras de serviços públicos - OBJETIVA 
Se desempenharem atividades econômicas em sentido estrito - SUBJETIVA
Empresas estatais 
empresas públicas e as sociedades de economia mista 
REGIME TRIBUTÁRIO 
Em regra não se aplica a imunidade tributária recíproca às empresas estatais. 
 
JURISPRUDÊNCIA 
(STF, 2ª Turma, RE 407.099/RS)
a empresa pública equiparada a uma fundação (que preste serviços públicos essenciais, prestação obrigatória ao Poder público) será beneficiária da imunidade 
CONSÓRCIOS PÚBLICOS
CONCEITO NATUREZA JURÍDICA 
FIGURA INTEGRANTE DA ADM. IND. 
Lei 11.107/2005, art. 6º, §1º 
 
ANTES DA Lei 11.107/2005 (MERO ACORDO DE VONTADES ENTRE OS ENTES) APÓS A LEI (PERSONALIDADE JURIDICA) 
Lei 11.107/2005, art. 1º, §1º 
CONSÓRCIOS PÚBLICOS
São pessoas jurídicas de direito público ou direito privado;
Quando se constituem como associações públicas (espécie de autarquia) são pessoas jurídicas de direito público e integram a administração indireta de todos os entes políticos consorciados;
Quando seguem na sua constituição a legislação civil, têm personalidade jurídica de direito privado, também integrando a administração indireta de todos os entes políticos consorciados, equiparando-se a uma empresa pública interfederativa;
São utilizados para viabilizar a gestão associada de serviços públicos;
Somente podem ser integrados por entes federados (União, Estados, DF e Municípios). 
A União somente pode fazer parte de consórcio com municípios quando o Estado-membro no qual se localiza o território dos municípios consorciados também fizer parte do consórcio (Lei 11.107/2005, art.4º XII, §1º, incisos);
Seu processo formal de criação requer a subscrição de protocolo de intenções e a ratificação deste protocolo por lei dos entes consorciados;
Pode haver consorciamento parcial ou condicional, quando a ratificação do protocolo de intenções for realizada com reserva;
A ratificação do protocolo de intenções que ocorrer após dois anos da subscrição desse protocolo dependerá de homologação da Assembleia-Geral do Consórcio;
Os entes consorciados podem se retirar voluntariamente do consórcio e podem ser punidos com a sua exclusão, quando violarem as normas às quais estão obrigados;
Os consórcios públicos possuem diversos privilégios (limites diferenciados para escolha da modalidade 
licitatória e para dispensa de licitação em face do valor do contrato, podem promover desapropriações, podem ser contratados com dispensa de licitação pelos entes federados consorciados, entre outros); Contrato de rateio: contrato por meio do qual os entes consorciados comprometem-se a fornecer recursos financeiros para a realização das despesas do consórcio público;
Contrato de programa: tem por objetivo constituir e regulamentar as obrigações entre um ente da Federação (ou sua administração indireta) para com outro ente da Federação, ou para com consórcio público, no âmbito da gestão associada de serviços públicos.

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