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Apelação

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1° VARA CÍVEL DA COMARCA DE MANHUAÇU/MG.
Processo n°: 001/2017.
Antônio da Silva Júnior, absolutamente incapaz, nacionalidade, portador do RG nº........., inscrito no CPF sob o nº........., residente e domiciliado na Rua........., nr..............bairro............cidade de Manhuaçu/MG, representado por sua genitora Isabel da Silva, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora do RG nº.........., inscrita no CPF sob o nº.........., residente e domiciliada na Rua........., nr..............bairro............cidade de Manhuaçu/MG, também já qualificada no processo descrito acima, movido em desfavor de Walter Costa, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG sob o nº......., inscrito no CPF sob o nº......., vem, por meio do advogado “in fine” assinado, conforme procuração anexa às fls.........interpor, perante Vossa Excelência, recurso de APELAÇÃO em face da sentença proferida por este douto Juízo, requerendo a juntada da guia de preparo e que as razões anexa às fls...... sejam recebidas, processadas e encaminhadas à superior instância, para que este reconheça.
Termos em que, 
Pede deferimento.
Manhuaçu, ........de.............de 2017
____________________/_______________
Advogado/OAB
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS.
APELANTE: Antônio da Silva Júnior, representado por sua genitora Isabel da Silva.
APELADO: Walter Costa
Processo/origem nº: 001/2017 / 1ª Vara Cível da Comarca de Manhuaçu.
TEMPESTIVIDADE:
	O apelante foi intimado em ..../...../2017 da decisão que julgou improcedente o pedido, assim protocolada nesta data e remetida. Portanto não há o que questionar quanto à tempestividade do presente recurso, pelo que requer que Vossa Excelência se digne a recebê-la para que possa produzir seus efeitos legais.
	
PREPARO:
	Segue anexa guia de preparo em fls.......
SÍNTESE DOS AUTOS:
	O Apelante ingressou com “Ação de Indenização por Danos Patrimoniais e Morais” em face do Apelado, pelo fato de ter sido atingido pelo coice de um cavalo de propriedade do mesmo.
	Narra os fatos que em janeiro do ano de 2010 o Apelante voltava da escola para casa e, quando caminhava por uma estrada de terra na Zona Rural onde residia, foi atingido pelo coice de um cavalo que estava em um terreno à margem da estrada.
	O coice que atingiu o Apelante causou sérios danos à sua saúde, o que gerou a necessidade de ter que se submeter a tratamento longo e custoso.
	Os danos gerados pelo animal pertencente ao Apelado, na saúde do Apelante, em virtude do coice, não são somente de natureza material, pelo fato do tratamento ter sido custoso e a longo prazo, mas, também, de natureza moral, tendo em vista ter afetado também sua integridade psicológica.
	Mediante os fatos, têm-se evidente que o Apelante tem direito à reparação pelos danos ocasionados pelo coice do cavalo de propriedade do Apelado. Tal demanda deveria ter sido julgada procedente pelo Juízo “a quo”.
4. DAS RAZÕES RECURAIS:
	Na sentença proferida, os fundamentos utilizados trataram que não se faziam presentes os fundamentos da responsabilidade civil, pela falta de culpa do Apelado, e da prescrição trienal, tais fatos serão tratados abaixo:
	
. DA RESPONSABILIDADE CIVIL:
	O Código Civil estabelece que as únicas situações que poderiam excluir a responsabilidade do detentor do animal seriam a comprovação da culpa exclusiva da vítima ou a força maior, conforme se pode extrair do art. 936 do Código Civil.
	Ficou demonstrado nos autos que não houve emprego do cuidado devido pelo Apelado, pois deixou o cavalo em local de passagem de outras pessoas, inclusive de crianças, razão pela qual não há que se falar em culpa da vítima ou força maior.
	Com relação à força maior tal instituto também fica afastado, pelo fato do Apelado não ter mantido a guarda do cavalo, acidente que poderia se evitar. O art. 393 do Código Civil, parágrafo único, que trata desta situação, segue abaixo: 
Art. 393, parágrafo único, do Código Civil: O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não eram possíveis evitar ou impedir.
 	Como ficou evidenciado a presença do elemento culpa por parte do Apelado, o dever de reparação deve ser reconhecido, devendo tal sentença ser totalmente reformada em favor do Apelante.
DA PRESCRIÇÃO TRIENAL:
	Com relação à prescrição trienal ela não ocorreu, pois, o Apelante era na data do fato e continua sendo na data do ajuizamento da ação absolutamente incapaz, o que afasta a prescrição, conforme trechos do Código Civil que seguem descritos abaixo:
Art. 198. Também não corre a prescrição:
I - contra os incapazes de que trata o art. 3º;
Art. 3º. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida
civil:
I - os menores de dezesseis anos;
	
4. DOS REQUERIMENTOS:
Pelos fatos apresentados, o Apelado requer:
Que seja dado provimento ao recurso e julgar procedente o pedido de dano moral e material;
Caso o Tribunal entenda que a causa não está apta a julgamento, que dê provimento ao recurso para anular a decisão.
Termos em que, 
Pede deferimento.
Manhuaçu, ........de.............de 2017
____________________/_______________
Advogado/OAB

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