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PROF. LUCILA NUNES FARIA MASSONI
UNIDADE IV – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
AO CLIENTE 
COM 
PROBLEMAS GASTROENTEROLÓGICOS
ASSIsTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO CLIENTE COM PROBLEMAS GASTROENTEROLÓGICOS
GASTRITE
ÚLCERA GASTRICA E DUODENAL
HERNIA DE HIATO
APENDICITE
DIVERTICULITE
DOENÇA DE CROHN
COLITE
EDUCAÇÃO EM SAUDE PARA O CLIENTE E FAMILIARES
SISTEMA GASTROINTESTINAL
A função do sistema gastrointestinal é a digestão dos alimentos e líquidos, com absorção dos nutrientes para dentro da corrente sanguínea e eliminação dos metabólicos através da defecação.
GASTRITE
Gastrite é um termo usado para descrever um grupo de doenças caracterizadas por inflamação no revestimento do estômago. Comumente, a inflamação da gastrite resulta de infecção com a mesma bactéria que causa a maioria das úlceras do estômago. Há ainda outros fatores – incluindo lesões traumáticas e uso regulares de certos analgésicos – que também podem contribuir para gastrite
GASTRITE
A gastrite pode ocorrer subitamente (gastrite aguda), ou pode ocorrer lentamente com o tempo (gastrite crônica). A respeito das muitas condições associadas com a gastrite, os sinais e sintomas da doença são muito similares: uma dor em queimação no abdome superior e, ocasionalmente, eructações, soluços, náuseas e vômitos
GASTRITE
Em alguns casos, a gastrite pode levar a úlceras e risco aumentado para o câncer de estômago. Para a maioria das pessoas, contudo, a gastrite não é séria e melhora rapidamente com o tratamento.
SINAIS E SINTOMAS
Os sinais e sintomas da gastrite incluem: 
Dor em queimação ou em mordedura (indigestão) em abdome superior que pode se tornar tanto melhor quanto pior quando se alimenta 
Náuseas 
Vômitos 
Perda de apetite
Inchaço ou eructações
Sensação de plenitude em seu abdome superior após a alimentação
Perda de peso
GASTRITE AGUDA
Ocorre subitamente e é mais frequentemente, relacionada com náuseas e dor em queimação ou desconforto no abdome superior
GASTRITE CRÔNICA
Gastrite crônica se desenvolve gradualmente e é mais frequentemente relacionada à uma dor indolente (maçante) e uma sensação de plenitude ou perda de apetite após alguns pedaços de comida. Para muitas pessoas, porém, a gastrite crônica não causa nenhum sinal ou sintoma. Ocasionalmente, a gastrite pode causar sangramento no estômago, mas ele é raramente severo. Mas saiba que sangramento no seu estômago que faz você vomitar sangue ou evacuar fezes pretas e pegajosas requerem cuidados médicos imediatos
CAUSAS
A gastrite geralmente se desenvolve quando a camada protetora do estômago se torna danificada ou sobrepujada. Uma barreira de muco protege as paredes do estômago dos ácidos que ajudam a digerir o alimento. Fragilidades na barreira permitem que os sucos digestivos danifiquem e inflamem o revestimento do estômago. 
causas
Vários fatores podem contribuir para o desencadeamento ou surgimento da gastrite, incluindo: Infecção bacteriana. Pessoas infectadas pelo Helicobacter pylori (H. pylori) podem ter gastrite; mais comumente gastrite crônica
Uso regular de analgésicos. Anti-inflamatórios não-esteróides (AINEs) como a aspirina, ibuprofeno (Profenid), diclofenaco (Voltaren, Cataflan) e outros, podem causar tanto gastrite aguda quanto crônica. O uso regular destas drogas pode reduzir uma substância chave que ajuda a preservar a camada protetora do estômago. Problemas do estômago são mais raros de ocorrer se você faz uso ocasional de AINEs.
causas
Uso excessivo de álcool: 
O álcool pode irritar e corroer a camada interna do estômago, o qual torna seu estômago mais vulnerável aos sucos digestivos. 
O uso excessivo do álcool aumenta as chances de causar gastrite aguda
Estresse
Estresse severo devido à uma grande cirurgia, traumatismos, queimaduras ou infecções severas podem causar gastrite aguda
Doença do refluxo biliar.
Gastrite auto-imune.
diagnóstico
Teste do hálito
Exames de fezes
Endoscopia digestiva alta
Rx contrastado EED
complicações
Se não tratada, a gastrite pode levar a formação de úlceras gástricas e sangramentos no estômago. Algumas formas de gastrite crônica podem aumentar seu risco para o câncer de estômago, especialmente se você apresenta afilamento extenso da parede do estômago (atrofia) ou alterações nas células de revestimento (metaplasia)
tratamento
O tratamento para gastrite depende da causa específica. A gastrite aguda causada por AINEs ou álcool pode ser aliviada pela interrupção do uso dessas substâncias. A gastrite crônica causada pela infecção crônica pelo H. pylori é tratada pela erradicação da bactéria. A maioria dos tratamentos das gastrites incluem medicações que tratam o ácido do estômago para reduzir os sinais e sintomas dos quais está sofrendo e promovam a cicatrização no estômago. 
OMEPRAZOL - PANTOPRAZOL
CIMETIDINA - RANITIDINA
MYLANTA –HIDROXIDO DE ALUMINIO
TRATAMENTO E CUIDADOS
Correção de hábitos alimentares; 
Dieta fracionada; 
Medicamentos; 
Medidas de diminuição do estresse; 
Verificar e observar aceitação alimentar
Observar e anotar queixas álgicas
Promover ambiente calmo e repousante
Observar sinais e sintomas de complicações: hematemese, melena, (rigidez abdominal).
ÚLCERA GASTRICA
Lesão (ferida) na mucosa do estômago, piloro ou duodeno causado por uma erosão em decorrência do aumento da produção de ácido e diminuição da resistência normal da mucosa. 
DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA
“Lesão gástrica ou duodenal que se estende além da muscular da mucosa”.
FATORES CAUSAIS:
Secreção de ácido e pepsina;
Infecção pelo H. pylori;
Ingestão de AINEs.
FATORES DE RISCO
 Idade >40 anos;
 Sexo feminino;
 Ingestão de AINEs;
 Gastroparesia;
 Refluxo gastroduodenal;
 Gastrite e H. pylori;
 Alcoolismo e tabagismo;
 Corticosteróides.
SINAIS E SINTOMAS
Epigastralgia; 
Náuseas; 
Vômitos; 
Pirose; 
Eructação; 
Anorexia; 
Hematêmese; 
Melena; 
Dor abdominal em forma de crises
TRATAMENTO E CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Repouso; 
Medidas para diminuir o estresse; Orientação nutricional; 
Medicamentos
Observar e anotar eliminação intestinal (cor, odor, volume, coloração e aspecto); 
Observar e anotar aceitação de dieta; Observar e anotar evolução de sinais e sintomas; 
Promover ambiente calmo; 
Observar e anotar sinais de complicações (hemorragia, piora brusca da dor); 
Atenção para cuidados pré-operatórios de urgência. 
Hérnia de hiato
A abertura no diafragma através da qual o esôfago atravessa torna-se dilatada, e devido ao alargamento deste espaço, uma parte do estômago desliza em direcção ao tórax, o que se denomina hérnia de hiato. 
 - Hérnia de hiato axial ou deslizante;
 - Hérnia de hiato paraesofágica.
Manifestações clinica
Azia;
Regurgitação;
Eructações (arrotos);
Disfagia;
Dor subesternal.
50% dos pacientes mostram-se assintomáticos
tratamento
O tratamento da hérnia de hiato pode ser clínico ou cirúrgico, na dependência do tamanho da hérnia de hiato e da intensidade do refluxo gastroesofágico. 
Não comer perto da hora de dormir é uma medida preventiva muito importante.
A hérnia de hiato pode provocar dor semelhante a dor da angina e ser confundida com os sintomas dos ataques cardíacos. 
Cuidados de enfermagem
Orientar alimentação em pequenas quantidade e frequentes;
Orientar o paciente a não se reclinar durante 1 hora depois de comer;
Elevar a cabeceira ou orientar a utilização de travesseiros mais altos e/ou colocar pequenos calços na cabeceira da cama; 
Prepara para cirurgia se necessário.
Diverticulite
O divertículo é como uma bolsa saindo da camada interna do intestino e que se estende por um defeito na camada muscular. 
A diverticulite resulta quando a retenção de alimentos e de bactérias em um divertículo produz infecção e inflamação, podendo impedir a drenagem e levar à perfuração ou a formação de abscesso.
Sinais e sintomas
Início assintomático
Irregularidades no intestino
Diarreias
Dor súbita no quadrante inferior esquerdo do abdome
Febre baixa. 
Náusease anorexia podem estar presentes.
Fraqueza, fadiga e fezes finas são sintomas comuns.
DIAGNOSTICO
Através de estudo radiológicos.
Enema de bário.
Raio-x do abdome.
Tomografia computadorizada.
Colonoscopia.
Teste laboratoriais
TRATAMENTO E ASSITENCIA DE ENFERMAGEM
Dieta rica em fibras.
Jejum e administração de líquidos e eletrólitos por via EV.
Antibioticoterapia e Analgésicos e Antiespasmódicos.
Sedativos 
Educação do paciente, quanto a dieta.
Cirurgia.
Doença de crohn
Processo inflamatório crônico
Transmural
Persistente ou recidivante
Comprometendo mucosa e também parede intestinal, mesentério e os gânglios linfáticos
Pode ocorrer de forma descontínua 
Acometendo qualquer região do TGI
Acometimentos extra-intestinais 
epidemiologia
Incidência está aumentando
Maior pico dos 20 aos 40 anos
Menor pico dos 60 aos 80 anos
Acometimento semelhante entre os dois sexos
Mais frequente em brancos
Predisposição familiar
FISIOPATOLOGIA
Pode ser afetada qualquer área do intestino
Áreas descontinuamente afetadas “lesão salteada”
1ª anormalidade é o aumento dos folículos linfóides 
 ↓
 Ulceração aftóide
 ↓
 Progride à ulcerações profundas- pedra em calçamento
FISIOPATOLOGIA
No início: Dor é decorrente de obstrução funcional, por espasmo e edema
No decorrer: 
Obstrução torna-se orgânica por fibrose e estenose 
Comprometimento seroso pela inflamação transmural lesa terminações nervosas
QUADRO CLINICO
Dor abdominal
Sintoma mais comum
Cólica, intensa e mais presente
Piora ao evacuar e pode acordar paciente pela noite
Tendência a se localizar no quadrante inferior direito pelo maior acometimento do íleo terminal
Acometimento ileocolônico tem maior risco de fistulizar
QUADRO CLINICO
Febre
20 a 50% dos casos
Pelo processo inflamatório e pelas complicações
Supuração (abscesso, fístula)
Diarréia
Pode acompanhar dor abdominal
Moderada intensidade, geralmente intermitente
QUADRO CLINICO
Perda de peso
Pode ser sintoma inicial da doença
Várias causas
Redução de alimentos, perdas proteicas para luz intestinal, aumento das necessidades alimentares não atendidas, estado de catabolismo
Déficit de crescimento e retardo da maturação sexual
6 a 50% dos casos de crianças
QUAdrO CLINICO
Doença perianal
15 a 40%
Pode ser a 1ª manifestação da DC
Abscesso e fístula são os mais importantes
Maior risco com acometimento distal da doença
Chegando a 95% nos doentes com envolvimento retal
Incidência aumenta com o decorrer de anos da doença
DIAGNÓSTICO
Em média 1 a 6 anos 
História clínica
dor abd intensa, noturna, diarréia
Exame físico
dor à palpação, com ou sem massas, fissura, fístula ou abscesso perianal ou lesões perianais
DIAGNÓSTICO
Exames laboratoriais
Cultura e parasitológico de fezes
Hemograma 
VHS/ PCR
Indicativo de atividade da doença
DIAGNÓSTICO
Exames de imagem
RX simples de abdome
Para suspeita de obstrução intestinal
Colonoscopia
Enema opaco
Não pode ser realizado na fase aguda pelo risco de perfuração
Tomografia – Ultrason - Ressônancia
Podem ser usados nas crises, presença de massas ou abscesso
tratamento
Parar de fumar
Dieta
Retirada de lactose, sacarose 
Hipoalergênica 
Reduzida em fibra vegetal
Casos graves: nutrição parenteral total
Medicamentoso
Quando iniciar?
tratamento
Corticosteróides
Prednisona ou Prednisolona
Deflazacort
Budezonida
Antimicrobianos
Ciprofloxacino
Metronidazol
tratamento
Novos agentes
Infliximabe
5 mg/kg IV em 2 horas
Indução: 3 doses (2 e 6 semanas)
Possibilidade de suspender corticosteroides
Ação favorável no fechamento de fístulas de difícil tto
Protelar ou abolir tratamento cirúrgico
tratamento
Cirurgia
70% serão submetidos a uma cirurgia no decorrer da vida
Emergenciais
Oclusão intestinal, perfuração com peritonite, abscessos abd
Ocorrem em 20% dos casos
Pacientes crônicos
Instabilidade clínica, manifestações extra-intestinais de difícil controle, distúrbio de crescimento, córtico- dependência
Abscessos perianais multiplos devem ser drenados
Cuidados de enfermagem
 Administrar medicamentos corticosteroides, antidiarreicos, antiespasmódicos; 
• Terapia dietética (restrição alimentar, nutrição parenteral); 
• Observar condições hídricas e nutricionais; 
• Controlar a freqüência, volume, aspecto e consistência das fezes; 
• Orientar paciente; 
• Controle de peso 
apendicite
É uma condição caracterizada pela inflamação do apêndice. É classificada como uma emergência médica cirúrgica exigindo a remoção do apêndice inflamado, quer por laparotomia ou laparoscopia. Não tratada a mortalidade é alta devido a peritonite
causas
O apêndice normalmente produz um volume constante de muco que é drenado para o ceco e se mistura às fezes. O seu grande problema é ser a única região de todo o trato gastrointestinal que tem um fundo cego, ou seja, é um tubo sem saída, como um dedo de luva. Qualquer obstrução à drenagem do muco faz com que o mesmo se acumule, causando dilatação do apêndice. Conforme o interior do órgão vai ficando mais cheio, começa a haver compressão dos vasos sanguíneo, com consequente necrose da sua parede. O processo pode evoluir até o rompimento do apêndice, o que é chamado de apendicite supurada.
DIAGNÓSTICO
Principal fator para o diagnóstico:
 Anamnese detalhada
 Exame físico minucioso
 Combinação dos sintomas
 Tempo de progressão
 Dor em fossa ilíaca direita
Exames complementares
 RX de abdomen
 USG
 Exames laboratoriais
 História Clínica
Dor abdominal aguda:
Epigástrica ou Periumbilical… após 6 a 12hs
Anorexia
Náuseas e vômitos
Febre baixa… após 12 a 24hs:
			DOR LOCALIZADA EM FID
QUADRO CLINICO
 Exame Físico
Dor em QID
Blumberg
Peristaltismo 
Massa palpável
Distensão abdominal
Rovsing
TRATAMENTO
Cirurgia Aberta:
TRATAMENTO
TRATAMENTO
 
 
COMPLICAÇÕES
Fístula Digestiva
Infecção do sítio cirúrgico
Abscesso cavitário
Deiscência de sutura
Obstrução Intestinal
Intervenções de enfermagem
Monitore SSVV nas primeiras 06 horas
Anotar ingesta e perda durante internação
Ausculta o abdômen
Examinar regularmente o curativo
Em caso de dreno anotar débito
Estimular deambulação após 12 horas de cirurgia
Avaliar para detectar sinais de peritonite
colelitíase
Pedras no interior da vesícula biliar. A vesícula é um pequeno órgão em forma de saco, localizado próximo ao fígado. Ela armazena a bile, um líquido amarelo esverdeado espesso produzido pelo fígado. Após a alimentação, a vesícula se contrai liberando bile ao intestino, esta entra em contato com o alimento, continuando a digestão iniciada pelo estômago.
A função básica da bile é digerir as gorduras e ajudar na absorção de importantes nutrientes como as vitaminas A,D,E e K.
A colelitíase é frequente na população de 20 a 60 anos, principalmente em mulheres.
tratamento
Existem pontos de vista conflitantes a respeito do tratamento de pacientes assintomáticos com pedras na vesícula. Alguns médicos defendem que eles devem ser operados, outros propõem que devem ser simplesmente acompanhados. Deve-se levar em consideração os riscos advindos das complicações e os riscos cirúrgicos nestes casos. A última palavra será sempre dada pelo paciente, após receber as orientações médicas adequadas.
Nos casos em que a cirurgia é realizada, podem ser usadas duas técnicas, a cirurgia aberta ou a cirurgia por via laparoscópica.
Como são formadas as pedras na vesícula
A bile é excretada pelo fígado e segue pelos ductos biliares para chegar ao intestino. Ela é composta por água,colesterol, sais biliares, e lecitina. Em equilíbrio, estas substâncias mantêm a bile em estado líquido. Quando o colesterol, os sais biliares são produzidos em excesso pelo fígado, há precipitação formando pequenos grânulos. Estes grânulos iniciam a formaçãodos cálculos biliares.
A formação destes cálculos está mais relacionada a fatores metabólicos, hereditários e orgânicos do que à ingestão alimentar, então a alimentação não interfere muito neste processo.
 
O que causa a formação destes cálculos
 Causa da formação das pedras ainda não é bem conhecida . Algumas pessoas que têm problemas sanguíneos relacionados à destruição de hemácias têm maior chance de ter pedras na vesícula, pois a vesícula usa os glóbulos vermelhos destruídos para a produção excessiva de bile. Pode haver aumento da secreção de colesterol pelo fígado ou a vesícula ter alguma dificuldade de esvaziamento.
Fatores de risco
Mulheres em idade fértil, principalmente por volta dos 40 anos.
Mulheres que tiveram múltiplas gestações.
Obesidade.
Emagrecimento acentuado: aumenta a perda de colesterol na bile.
Uso de contraceptivos orais.
Gravidez.
Sedentarismo.
Idade avançada.
Úlceras duodenais: provocam certa estase da vesícula facilitando a formação de cálculos.
Pacientes submetidos a cirurgias gástricas para tratamento de câncer, úlcera ou vagotomias, podem ter maior propensão a formar cálculos biliares.
Anemia crônica.
Uso de dieta parenteral.
Sinais e sintomas
Intolerância quando ingerem alimentos gordurosos como frituras, gema de ovo, empadas, carnes gordurosas, etc.
Mal estar e dor de cabeça podem estar presentes.
Nos quadros mais agudos, há uma dor abdominal intensa, constante, no lado direito do abdome abaixo da costela, próximo ao estômago ou nas costas. A dor é forte, súbita e localizada e o abdome fica endurecido. Dura de 30 minutos a 5 horas.
Náuseas, vômitos acompanham com frequência a dor abdominal.
colicistite
colicistite
Definição
É o processo inflamatório da vesícula que resulta da obstrução do ducto cístico por um cálculo e em casos raros é causada por uma infecção bacteriana.
.
Epidemiologia
25% dos pacientes com colelitíase desenvolverá colecistite aguda, geralmente após repetidos surtos de cólica biliar.
As mulheres são mais acometidas (3:1) até os 50 anos. Depois dessa faixa etária, essa proporção diminui quase se igualando os casos entre homens e mulheres.
Sinais sintomas e Diagnóstico
Manifestações Clinicas
Dor abdominal em HD ou Epigastrica, que aumenta gradativamente e pode irradiar para o dorso (região escapular). Geralmente desencadeada por ingesta alimentar rica em gordura. A dor cessa quando o cálculo retorna para a luz vesicular ou migra para o colédoco.
Anorexia
Náusea
Vômitos
Febre com calafrio (colecistite supurativa ou colangite associada)
Exame Físico
50% casos – Sinal de Murphy +
20% casos – Massa palpável (vesícula distendida)
10% casos – Icterícia ligeira (edema de colédoco ou coledocolitíase)
diagnostico
Exames de laboratório 
RX de abdômen
US abdominal
Tomografia computadorizada
Colangiografia
tratamento
Internação Hospitalar : Hidratação Venosa e Dieta Zero
Antibioticoterapia venosa 
 - 50% dos casos há infecção bacteriana que é a responsável pelas complicações da colecistite.
 - Principais germes: E. Coli (+ comum), Klebsiela sp., Enterococcos, Clostridium welchii , Proteus.
Cuidados de enfermagem
Monitorar SSVV
Observar coloração da pele
Fazer balanço hídrico
Anotar aspecto da urina
Estimular dieta hipogordurosa
Colicistite calculosa
Definição 
 - É a inflamação crônica da vesícula que pode ocorrer de forma insidiosa ou como seqüela de 1 ou mais surtos de colecistite aguda.
É a patologia mais freqüente da vesícula biliar.
A vesícula geralmente está reduzida, fibrosada, com a parede espessada, calcificada , com cálculos ou lama biliar. Porém em alguns casos pode estar quase normal, com alterações inflamatórias mínimas.
tratamento
Tratamento cirúrgico
 - Colecistectomia
 - Colecistostomia percutânea (drenagem do fundo da vesícula) – casos de alto risco cirúrgico.
Sinais sintomas e diagnóstico
Manifestações clínicas
50% casos: sintomas vagos semelhantes a doença dispéptica 
 - Dor em região do HD e Epigástrica , plenitude\distenção epigástrica associado a náusea e eructações que se seguem a alimentação gordurosa. Pode irradiar para o dorso e ombro D (irritação diafragmática).
Cólicas biliares típicas
Exame físico
Não há sinais de defesa muscular, leucocitose, febre e massa palpável 
Exames complementares
Ultrassonografia: método de escolha (97% sensibilidade para litíase biliar)
 - Permite avaliação de estruturas adjacentes
Rx de abdômen
Tomografia computadorizada
Colecistograma oral
tratamento
Antiespasmóticos (alívio sintomático)
Colecistectomia (maioria dos casos)
Alívio dos sintomas
Não altera as funções do trato gastro intestinal
Cuidados de enfermagem
Monitorizar SSVV
Observar Jejum
Manter curativo limpo e seco
Quantificar dreno se houver e característica
Observar e quantificar diurese
Atentar para sinais de vomito e náuseas
Estimular deambulação precoce

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