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Fibras Vegetais trabalho mna

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UNIVERSIDADE PAULISTA
KéttunyKaruliny Moreira Gomes - C081JJ-0
Marianne C. De Souza Barcelos -C1515H-0
Rytyelly AlvesAraújo -C10077-3
 Sarah Meire Cabral - C35AGJ-3
VictóriaPassos Rodrigues - C11373-5
FIBRAS VEGETAIS
GOIÂNIA
2016
SUMÁRIO
Introdução.....................................................................................................................02
Fibras Vegetais.............................................................................................................03
Durabilidade..................................................................................................................04
Fibrocimento.................................................................................................................05
Sustentabilidade...........................................................................................................06
Conclusão.....................................................................................................................08
Referências...................................................................................................................09
INTRODUÇÃO
Neste trabalho veremos que estimativas indicam que os resíduos resultantes da construção, manutenção e demolição de edificações representa entre 40% e 60% do resíduo sólido urbano. É preciso buscar soluções para minimizar os impactos do acúmulo desses resíduos, seja pelo reuso, reciclagem ou aumentando o uso de materiais renováveis, como a madeira, a terra crua ou as fibras naturais. O uso de fibras naturais na arquitetura tem crescido muito nos últimos anos, e o Brasil é um dos países que possuem grandes vantagens nessa produção, pois dispõe de extensão territorial, clima favorável e alta produtividade de biomassa. Entretanto, sua aplicação na arquitetura ainda é limitada, e isso acontece porque falta conhecimento sobre o baixo custo de produção das fibras, facilidade de aquisição, benefícios de sua aplicação, além do preconceito quanto ao seu uso, por ser um material orgânico. A utilização de resíduos de biomassa é uma potencial contribuição para a redução de emissões de gases do efeito estufa porque a decomposição ou queima dos resíduos é retardada quando estes são incorporados em produtos de uso durável.
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FIBRAS VEGETAIS
O estudo sistemático de fibras com finalidade de reforço de matrizes começou na Inglaterra em 1970. No Brasil, o trabalho pioneiro cabe ao Ceped (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento), de Camaçari, Bahia, que iniciou seu trabalho em 1980.
Agopyan (1991), em seu abrangente trabalho a respeito do emprego de fibras vegetais como reforço de matrizes frágeis, relacionou 19 fibras potencialmente úteis para a construção civil. A partir de propriedades mecânicas (resistência à tração, módulo de elasticidade e alongamento na ruptura), características físicas, relação entre comprimento e diâmetro, possibilidade de cultivo no Brasil, custo e durabilidade no ambiente natural, selecionou algumas fibras como as mais adequadas.
Como um produto natural, as características das fibras apresentam grande variabilidade, com coeficientes de variação freqüentemente maiores que 40%. Embora apresentem elevada resistência à tração, o módulo de elasticidade das fibras é menor que o das matrizes à base de cimento (de 20 a 30 GPa) e equivalente ao das matrizes de gesso (de 2 a 4 GPa), o que limita sua eficiência como reforço. Assim, as pesquisas no Brasil e no exterior concentram-se nas fibras de coco e sisal (Agopyan, 1991), fartamente disponíveis a preço relativamente baixo. 
Para o reforço de materiais de construção civil podem ser empregadas fibras de menor comprimento, normalmente rejeitadas pelas indústrias de amarra, estofados e tecelagem, tradicionais consumidoras destas fibras.
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DURABILIDADE 
No que diz respeito a novos materiais para a construção civil, a avaliação da durabilidade é de suma importância, pois uma habitação, por exemplo, deve apresentar longa vida.
Em compósitos formados por matrizes frágeis e fibras vegetais, dois fatores são determinantes: o ataque alcalino às fibras e a incompatibilidade física entre fibras e matrizes. A principal fonte de degradação de vegetais no ambiente natural, o ataque biológico por meio de fungos xilófagos, não apresenta maiores preocupações, porque as matrizes empregadas apresentam pH alcalino capaz de inibir sua ação.
Ataque alcalinoàs fibras
As tentativas de produção de argamassas ou pastas de cimento Portland comum reforçadas com fibras vegetais fracassaram. As telhas de cimento sisal, que foram produzidas na década de 70 em países em desenvolvimento, como Guatemala, Colômbia e Nicarágua apresentavam, nas condições ambientais desses países, vida útil entre 2 e 4 anos (Agopyan, 1991).
Uma das principais razões para essa rápida degradação é a elevada alcalinidade da água presente nos poros da matriz de cimento Portland, com pH superior a 13. A região da matriz em torno da fibra (zona de transição) é caracterizada por porosidades elevadas (figura 2), permitindo acúmulo de água e pela presença de quantidades elevadas de hidróxido de cálcio, propiciando elevada alcalinidade (Savastanoet al., 1994). A elevação da temperatura ambiente provoca uma sensível aceleração na velocidade de degradação.Para controle desse fator de degradação, diversas soluções são possíveis (John; Agopyan, 1993):
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Como a velocidade de degradação é relativamente baixa, compósitos de fibras vegetais
e cimento convencional podem ser empregados nas peças em que a resistência a impacto e a ductilidade são necessárias apenas por curto período de tempo, por exemplo, em fôrmas para concretagem ou em peças que necessitem de reforços apenas durante a sua fase de transporte e montagem.
 Incompatibilidade física
As fibras vegetais apresentam variações dimensionais, devido a mudanças no teor de umidade, maiores que as das matrizes de cimento. Assim, os repetidos ciclos de molhagem e secagem introduzem tensões e, progressivamente, vão destruindo a ligação matriz-fibra, reduzindo a ducti-li-dade do material.
FIBROCIMENTO
Nas três últimas décadas, diversas pesquisas têm se dedicado a encontrar uma opção ao uso da fibra de amianto (substância comprovadamente cancerígena) em produtos de fibrocimento amplamente utilizados na construção civil para a fabricação de telhas, caixas d’água e componentes pré-fabricados em geral.
O fibrocimento é uma mistura de fibras (vegetais, sintéticas ou minerais) com o cimento e outros aditivos, apresentando uma densidade relativa menor que os materiais cerâmicos e maior resistência ao impacto. Além disso, é um produto que possibilita a obtenção de peças com geometrias diversas, podendo ser utilizado como material pré-moldado na construção seca,diminuindo resíduos na construção.
Em países desenvolvidos, após o banimento do amianto, a solução encontrada para continuar a produção do fibrocimento foi a adaptação do principal processo produtivo incorporando polpas celulósicas e/ou fibras poliméricas.
O uso do fibrocimento nestes países se mantém graças a constantes aperfeiçoamentos das matérias-primas e processos produtivos. Entretanto, as novas tecnologias para
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produção de fibrocimento sem amianto requerem altos investimentos, algumas vezes impraticáveis na realidade de países como o Brasil.
SUSTENTABILIDADE
 A análise da literatura sobre construções sustentáveis mostra que para que um material de construção seja considerado ambientalmente mais sustentável é desejável que atenda à maior parte dos seguintes requisitos: renovável, reciclável, reaproveitável, de baixo consumo energético, não tóxico e durável. 
Essas características foram reunidas por RAMOS (2008), na forma de um checklist, que pode ser facilmente aplicado na avaliação de materiais de construção. As fibras são materiais de crescimento rápido, de baixocusto, podem ser cultivadas em praticamente todo o território nacional e podem ser encontradas em forma de rejeitos produzidos pelas indústrias, como as de amarra, estofados, tecelagem, sucroalcooleira. 
Por essas razões, entende-se que as fibras podem ser consideradas materiais ambientalmente adequadas.
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 Entretanto, o conceito de sustentabilidade aponta outros requisitos além da dimensão ambiental, que nem sempre estão presentes nos métodos de avaliação de sustentabilidade (YUBA, 2005). Questões como o potencial de geração de trabalho, a legalidade/ilegalidade da atividade, a distribuição de renda devem também ser objetos de análise na avaliação dos materiais de construção.
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CONCLUSÃO
 A fibra de coco em matrizes cimentícias é uma alternativa para dar destinação adequada a este resíduo para torná-lo um subproduto. As pesquisas têm sinalizado que sua utilização melhora algumas propriedades de argamassa e concretos a serem utilizados na construção civil. A importância da utilização da fibra vegetal para a construção civil, passa por caminhos de pesquisa e desenvolvimento, onde a durabilidade e as propriedades mecânicas conduzem a sua aplicação. As fibras vegetais podem contribuir consideravelmente no setor da construção civil, considerando-se os demais fatores de impactos. A aplicação desta tecnologia, poderia economizar recursos não renováveis, como termoplásticos expandidos, para construções com menores impactos à ruídos e variações climáticas.Além disto, o custo da construção civil poderia ser alterado, dado a economia de matériaprima, diminuição da densidade e transporte. A aplicação de fibras vegetais na construção civil pode proporcionar geração de emprego e renda na produção e confecção de fibras destinadas à fabricação de compósitos, contribuindo assim, não apenas na melhoria dos materiais como também na maior socialização do indivíduo.
Marques.ac@gmail.com
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REFERÊNCIAS
http://www.propp.ufms.br/gestor/titan.php?target=openFile&fileId=523
http://piniweb.pini.com.br/construcao/noticias/a-experiencia-brasileira-com-as-fibras-vegetais-85326-1.aspx
https://fapemig.wordpress.com/2015/09/30/fibras-vegetais-na-construcao-civil/
http://marisadiniznetworking.blogspot.com.br/2013/09/sustentabilidade-fibras-vegetais.html
www.metalica.com.br
http://www.engenhariacivil.com/execucao-fachadas-fibras-recicladas
http://construcaoaseco.com.br/category/inovacoes-tecnologicas/page/2/
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-43662000000100019
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